terça-feira, 14 de janeiro de 2020

BRASIL REINAUGURA HOJE NOVA ESTAÇÃO BASE DE PESQUISA NA ANTÁRTICA


Mourão reinaugura hoje estação brasileira na Antártica

Agência Brasil









O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, reinaugura hoje (14) a Estação Comandante Ferraz, base de pesquisa do Brasil na Antártica.
O novo prédio, que fica na ilha Rei George, na Baía do Almirantado, e foi erguido ao lado da atual base, que tem estrutura provisória. O evento vai ser transmitido ao vivo pela TV Brasil e pelas redes sociais da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
A Estação Comandante Ferraz foi criada em 1984, mas em 2012 sofreu um incêndio de grande proporções. Na ocasião, dois militares morreram e 70% das suas instalações foram perdidas. O governo federal investiu cerca de US$ 100 milhões na obra, e a unidade recebeu os equipamentos mais avançados do mundo. No local, pesquisadores vão realizar estudos nas áreas de biologia, oceanografia, glaciologia, meteorologia e antropologia.
Mauricio de Almeida - TV Brasil / N/A



O novo prédio, que fica na ilha Rei George, na Baía do Almirantado, e foi erguido ao lado da atual base, que tem estrutura provisória

"[A estação]  vai dar melhores condições de trabalho aos nossos pesquisadores, vai manter nossa presença no trabalho que está sendo feito pela comunidade científica internacional, de buscar respostas e avanços no conhecimento, na tecnologia, outras áreas que são pesquisadas lá. Ao mesmo tempo, permite que a Marinha faça um adestramento em termos de logística, em termos de deslocamento em águas, que não são tão tranquilas assim. Nós, do governo Bolsonaro, vemos com extrema satisfação este momento de reinaugurarmos a Estação Comandante Ferraz e darmos uma nova roupagem ao trabalho de pesquisa que está sendo realizado lá", afirmou o vice-presidente, em entrevista exclusiva à EBC.
Estação Antártica
Ocupando uma área de 4,5 mil metros quadrados, a estação poderá hospedar 64 pessoas, segundo a Marinha. O novo centro de pesquisas vai contar com 17 laboratórios. Cientistas da Fiocruz, por exemplo, estão entre os primeiros a trabalhar na nova estação, desenvolvendo pesquisas na área de microbiologia, a partir da análise de fungos que só existem na Antártica, e no poder medicinal desses micro-organismos. A Agência Internacional de Energia Atômica (Aeia) também já confirmou que vai desenvolver projetos meteorológicos na base brasileira.
Para ficar acima da densa camada de neve que se forma no inverno, o prédio recebeu uma estrutura elevada. Os pilares de sustentação pesam até 70 toneladas e deixam o centro de pesquisa a mais de três metros do solo. Os quartos da base, com duas camas e banheiros, abrigarão pesquisadores e militares. A estação também tem uma sala de vídeo, locais para reuniões, academia de ginástica, cozinha e um ambulatório para emergências.
Em todas as unidades da base foram instaladas portas corta-fogo e colocados sensores de fumaça e alarmes de incêndio. Nas salas onde ficam máquinas e geradores, as paredes são feitas de material ultrarresistente. No caso de um incêndio, elas conseguem suportar o fogo durante duas horas e não permitem que ele se espalhe por outros locais antes da chegada do esquadrão anti-incêndio.
A estação tem ainda uma usina eólica que aproveita os ventos antárticos. Placas para captar energia solar também foram instaladas na base e vão gerar energia, principalmente no verão, quando o sol na Antártica brilha mais de 20 horas por dia.
O projeto de reconstrução da estação é todo brasileiro e começou a ser executado em 2017 pela empresa China Electronics Import and Export Corporation, que venceu a licitação do governo. A companhia de engenharia precisou dividir a obra em três etapas, porque entre os meses de abril e outubro é impossível realizar qualquer atividade externa na Antártica devido ao frio intenso, às tempestades de neve e aos ventos fortes. Por causa disso, os chineses construíram os módulos na China durante o inverno e transportaram para a Antártica nos verões de 2017, 2018 e 2019, a fim de fazer a instalação.
O Brasil faz parte de um seleto grupo de 29 países que possuem estações científicas na Antártica. Esta presença é muito importante porque, de acordo com o tratado antártico, só quem desenvolve pesquisas na região poderá definir o futuro do continente gelado.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 14/01/2020


Mineração

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini








O Ministério de Minas e Energia posicionou à Câmara dos Deputados que o  projeto que irá autorizar a exploração da mineração em terras indígenas está em preparação e “seu sigilo está resguardado por lei”. Assinado pelo ministro Bento Albuquerque, o ofício (861/2019), ao qual a Coluna teve acesso, diz que a elaboração da proposta aconteceu no “âmbito da administração federal e não houve a realização de encontros com quaisquer empresas do setor”.
Minuta
Segundo o documento, representantes de cinco ministérios e da Funai participaram da elaboração da proposta. A minuta foi “fundamentada tecnicamente”, de acordo com a pasta, sem dar mais detalhes e citar novamente o “sigilo resguardado por lei”.
Indígenas
Sobre a participação das comunidades indígenas na elaboração do projeto, o ministério tergiversa: “supõe-se que até a edição do ato legislativo será dada a oportunidade de que os interessados se manifestem sobre os temas”.
CPI
Procurada pela Coluna, a Polícia Federal não confirma se recebeu ou tomou providências sobre o pedido da CPI das Fake News para que sejam apuradas supostas ameaças a integrantes da comissão.
Providências
O ofício com pedido de “adoção de providências cabíveis” foi encaminhado à PF em dezembro pelo presidente da CPI, senador Ângelo Coronel (PSD-BA).
Zona Franca
A bancada do Amazonas tenta reverter a queda – de 10% para 4% - no incentivo cedido à indústria de refrigerantes da Zona Franca de Manaus (ZFM). Os deputados alegam que a redução traz insegurança jurídica e vai gerar desemprego na região.
Audiência
O decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro que mantinha o incentivo em 10% venceu no dia 31 de dezembro de 2019. Deputados da bancada aguardam confirmação de audiência com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para tentar reestabelecer o percentual de crédito tributário às empresas.
Pesquisa
Em 2019, segundo a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Capes retiraram mais de 15 mil bolsas do sistema.
Rotas
Com 2 milhões de passageiros cadastrados e crescimento de 15% ao mês, a Buser ampliou suas operações no Nordeste, com viagens entre as capitais do Ceará, Sergipe, Paraíba, Alagoas, Rio Grande do Norte e Pernambuco.
BRT
O BRT (Bus Rapid Transit) agoniza em Pernambuco. Sob alegação de falta de passageiros, parte de seu sistema utilizará este ano ônibus menores e não-articulados. O governo estadual fala em perda de faturamento da ordem de 20%.

NOTÍCIAS DA ECONOMIA PARA 2020


Guedes deve dar sinal verde para elevar salário mínimo e compensar perda da inflação

Adriana Fernandes 






                      © Dida Sampaio/Estadão (13/03/2019) O ministro da Economia, Paulo Guedes

BRASÍLIA - O ministro da Economia, Paulo Guedes, deve dar sinal verde para elevar o valor do salário mínimo de 2020 e garantir a recomposição da inflação do ano passado. O assunto foi tema de reunião do ministro com a equipe na volta ao trabalho após um período de férias de fim ano. O custo adicional deve ficar entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões.
A avaliação é que, se o governo não fizer o ajuste no mínimo para recompor a inflação passada, o próprio Congresso fará na volta dos trabalhos do Legislativo, com desgaste para o presidente Jair Bolsonaro. O governo também quer evitar que os mais pobres tenham um reajuste menor já que para aposentadorias e pensões acima de um salário mínimo, o porcentual ficou em 4,48%. Esse valor é maior que a correção dos segurados do INSS que ganham um salário mínimo (4,1%).
O salário mínimo foi fixado em R$ 1.039, com alta de 4,1%. O ajuste ficou abaixo do Índice Nacional de Preços ao Mercado (INPC) de 2019, de 4,48%, que serve como base para correção do salário mínimo. Se for dado o mesmo índice sobre o salário mínimo vigente em 2019, o valor subirá para R$ 1.042,71.
Apesar dos temas delicados, o ministro voltou animado, repassou prioridades e metas ao seus secretários. Guedes disse que o trabalho foi "zerado, como se o governo começasse agora".
Um integrante da equipe econômica informou ao Estado que todos os temas mais polêmicos precisam passar ainda pelas análises técnicas. Segunda a fonte, o governo “pode fazer muita coisa desde que escolha o que é prioritário”. O papel da equipe econômica, reforçou, é apenas alertar para as regras orçamentárias. As restrições são legais. Não há como criar novas despesas sem que se tenha claro a fonte orçamentária e se há espaço no teto de gastos (mecanismo que impede que as despesas cresçam em ritmo superior à inflação). Auxiliares do ministro afirmam que o risco maior é que uma parte do governo ache que o ajuste fiscal já foi feito.
O Ministério da Economia já se posicionou contra a concessão de subsídios para a conta de luz de templos religiosos. O ministro, no entanto, ainda não discutiu o assunto com o presidente da República, mas a tendência é que o governo recue devido à repercussão negativa da proposta nas redes sociais – que tem sido apelidado de “dízimo elétrico” e “dízimo de ateu”. A tentativa do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, de diminuir a polêmica, tampouco deu certo - ele considerou insignificante um custo de R$ 37 milhões por ano. O subsídio seria concedido aos templos de grande porte, conectados à alta tensão, que pagam valores até 300% mais altos no horário de ponta, entre o fim da tarde e o início da noite. Pelo plano em estudo, eles pagariam uma tarifa mais barata nesses horários, e a diferença seria repassada às tarifas dos demais consumidores.


AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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