sexta-feira, 9 de agosto de 2019

COLUNA ESPLANADA DO DIA 09/08/2019


Mina de ouro

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 








Um movimento intenso de jatinhos de executivos de bancos começou no Aeroporto de Brasília com a notícia do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que vai lutar para incluir a capitalização na reforma da Previdência. Se passar, o cidadão poderá ter uma opção mista – colaborar para o governo e fazer a previdência nos bancos. É uma mina de ouro, e o tema já foi pivô da briga do ministro com deputados que barraram a proposta. Não à toa o Palácio do Planalto quer acompanhar de perto e o senador Flávio Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, pediu a relatoria no Senado.
Calma, doutor
A intensidade com que Guedes cobra a capitalização na reforma causou estranheza até em colegas do Planalto e em muitos parlamentares do Congresso. É muita sede.
Prévia
Mas a presidente da CCJ, senadora Simone Tebet (MDB-MS), confirmou a sindicalistas que a Casa deve manter o texto aprovado pela Câmara.
Pela tangente
A senadora adiantou aos representantes da Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público e ao Fórum das Carreiras de Estado que ajustes como suas demandas à inclusão dos estados e municípios podem ser atendidos na PEC paralela.
Supremo atropelo
A grande maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal atropelou a pauta, o Código de Processo Penal e a Constituição para salvar Lula: além de empurrar a ordem do dia, o Plenário não poderia analisar ação impetrada diretamente na Corte antes de passar pelo TRF 4 – o que não houve. E não existe na Constituição uma linha que prevê cela especial para ex-presidente condenado. A lei é a mesma para todos.
Voto vencido
A única voz constitucional no Plenário foi o ministro Marco Aurélio Mello, que não acompanhou o relator Edson Fachin. O STF abriu precedente perigoso ao manter Lula com privilégios. Mello, aliás, é conhecido como voto vencido na Corte.
Plano$
Senadores não têm a menor pressa em discutir um projeto de resolução que acaba com o plano de saúde da Casa. Além dos atuais parlamentares, têm direito ao benefício ex-senadores e seus cônjuges e dependentes. O PRS (8/2019) está esquecido na CCJ desde fevereiro e aguarda parecer do relator Sérgio Petecão (PSD-AC).
Do seu, do nosso
A Coluna revelou que as despesas com assistência à saúde de senadores e ex-senadores mais que dobrou nos últimos nove anos. Saltou de mais de R$ 4,8 milhões em 2009 para R$ 11,5 milhões em 2018. Neste ano, conforme dados do Portal da Transparência do Senado, os gastos, bancados com recursos públicos, já somam mais de R$ 5,6 mi.
Nordeste contra-ataca
A oposição quer convocar o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, para prestar esclarecimentos à Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados sobre a redução de operações de crédito destinadas a estados e municípios do Nordeste. O requerimento da bancada no PSB poderá ser aprovado na próxima terça-feira.
Calma nessa hora
O contribuinte em débito com a União poderá ter um prazo maior para regularizar sua situação antes de receber uma cobrança executiva da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Foi aprovado na CCJ do Senado o Projeto de Lei 467/18, do senador José Serra (PSDB-SP), que altera o processo administrativo fiscal federal regulamentado pelo Decreto 70.235, de 1972.
A regra
A norma, atualmente, dá 30 dias para cobrança amigável da dívida federal. Se o devedor não saldar seu débito nesse prazo, o processo já é encaminhado à PGFN para execução.
Quem diria...
... O PT pedindo para Lula ficar preso em Curitiba.
No mais
Coitados dos presos condenados que não indicaram um ministro para o STF.
Esplanadeira
A seção com curtinhas de cultura, mercado, esporte e eventos retorna amanhã.

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

REFORMA DA PREVIDÊNCIA FOI FINALIZADA PELA CÂMARA DOS DEPUTADOS


Câmara rejeita destaques, finaliza 2ª turno e Previdência vai ao Senado

Mateus Maia 





© Pablo Valadares Destaques foram votados pelo plenário da Câmara ao longo desta 4ª (7.ago)

A Câmara dos Deputados finalizou, às 22h01 desta 4ª feira (7.ago.2019), a votação da reforma da Previdência. O texto vai agora ao Senado Federal. Depois de aprovar em 2º turno o texto-base, na madrugada desta 4ª, com 370 votos favoráveis, os deputados rejeitaram todos os 8 destaques apresentados e concluíram essa fase da tramitação.


No 2º turno, era possível apenas fazer pedidos para retirar partes da matéria aprovada. Foram analisados 3 destaques do PT, 1 do PDT, 1 do Psol, 1 do PSB, 1 do PC do B e 1 do partido Novo. Todos tiveram resultados expressivos a favor do governo, que para manter a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) inalterada, precisava ter ao menos 308 votos em cada uma das votações.
Destaques
O destaque apresentado pelo Novo foi o que teve maior rejeição. A mudança consistia em retirar da reforma da Previdência as regras de transição, deixando as condições de aposentadorias mais duras até para aqueles que já estão perto de se aposentar. A proposta foi rejeitada por 394 a 9 –385 votos de diferença.
O do PC do B, que visava retirar da reforma o trecho que permitiria que trabalhadores ganhem menos que 1 salário mínimo de pensão por morte, era considerado o mais polêmico e, portanto, com maior risco de derrota para os governistas. Foi rejeitado por 339 a 153.
O Partido dos Trabalhadores foi o que mais sugeriu retiradas de trechos da proposta. Em 1 destaque, a sigla pedia o fim da contribuição mínima. Em outro, a supressão da nova regra de cálculo para os 2 regimes previdenciários. No 3º pedido, queria mudar os critérios usados para categorizar como miserável o idoso que recebe o BPC (Benefício De Prestação Continuada).
O destaque do PSB requeria a retirada da elevação da contagem de pontos, soma do tempo de contribuição e idade, na nova regra de aposentadoria para quem trabalha com produtos ou em condições nocivas. Foi rejeitado por 347 a 137.
O destaque proposto pelo Psol visava acabar com o critério de 2 salários mínimos para conceder o abono salarial do PIS/Pasep, substituindo-o pelo critério de baixa renda.
Tramitação
A proposta enviada pelo governo ainda no início do ano sofreu várias mudanças em seu caminho pela Câmara. Ainda na comissão especial os trabalhadores rurais e os beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada) foram retirados da reforma.
Com a aprovação do texto-base em 1º turno, os deputados ainda aprovaram destaques que davam regras mais brandas para mulheres, para policiais e para professores. Além de 1 novo tempo mínimo de contribuição para homens, que passou de 20 anos para 15 anos.
As mudanças também tiveram impacto na economia esperada com o projeto em 10 anos, que quando chegou ao Legislativo era acima de R$ 1 trilhão. No dia da aprovação em 1º turno, contudo, o governo estimou que a reforma resultaria em uma economia próxima de R$ 900 bilhões. Seis dias depois, aumentou a previsão para R$ 933,5 bilhões em 10 anos.
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DEPUTADO DA OPOSIÇÃO FALOU ALGUMA COISA É INDICIADO PELA PF

Brasil e Mundo ...