quarta-feira, 10 de julho de 2019

COLUNA ESPLANADA DO DIA 10/07/2019


Previdência destrava

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini






Além da liberação de emendas, as negociações por votos pela aprovação da reforma da Previdência passaram pelo compromisso do Palácio do Planalto e ministros do governo de, no segundo semestre, acelerar as demandas dos deputados que estão encalhadas nos ministérios. São muitas as queixas de parlamentares alinhados ao presidente Jair Bolsonaro sobre a dificuldade de acesso às pastas e a burocracia que enfrentam para conseguir a liberação de recursos e atender suas bases eleitorais.
Novos tempos 1
Aos deputados com os quais despachou nos últimos dias, Bolsonaro disse que, com a mudança na articulação do Palácio, os “desgastes” serão superados.

Novos tempos 2
Chamou a atenção numa praça de Londrina (PR), há dias, o protesto miúdo de cinco pessoas na campanha “Lula Livre”. Dois deles eram o ex-ministro Gilberto Carvalho e o ex-deputado presidiário André Vargas.

Moro educador
Antes de tirar licença, o ministro da Justiça, Sérgio Moro - um mistério por que ele, e não o ministro da Educação, Abraham Weintraub - assinou, em Palmas, a Lei Federal 13.856, que cria a Universidade Federal do Norte do Tocantins.

Estudem, garotada
A UFNT terá sede em Araguaína. Haverá também campi de Xambioá e Guaraí. Todos eles vinculados ao Ministério da Educação. A boa notícia é para a turma que não precisa mais pegar estrada para Palmas. A ruim é para o MEC, com protagonismo do MJ.

Mais um
O deputado federal Felipe Carreras (PE) corre risco de ser o segundo filiado a ser expulso do PSB. O primeiro foi o senador Jorge Kajuru (GO). O partido fechou questão contra a reforma da Previdência. E Carreras já dissera que votaria a favor do governo.

Pista livre
Caso saia do PSB, Carreras abre caminho para o filho do saudoso Eduardo Campos, o também federal João Campos, ser alçado candidato a prefeito do Recife.
Coldre e apito
A se confirmar que um delegado será presidente da Funai, como ventila-se na Esplanada, os apitos dos indígenas soarão alto. Exonerado na última gestão de Franklinberg de Freitas - o general que caiu por pressão da bancada ruralista - o policial não é benquisto nas etnias.

Da UTI
A linha de crédito no BNDES idealizada pelo ex-presidente Joaquim Levy para os hospitais das santas casas, que poderá salvá-las dos rombos bilionários Brasil afora, vem a calhar com uma promessa do ministro da Saúde, Luiz Mandetta, para os colegas da Câmara. Dezenas de deputados que apadrinharam Mandetta no cargo são padrinhos das santas casas, para onde destinam dezenas de milhões, por ano, em emendas.

Novela real
Veja como, nesse embate da reforma da Previdência por manutenção de direitos, “os fins justificam os meios” na sobrevivência das categorias. Um grupo de servidores em protesto na Câmara ovacionou o deputado José Guimarães (PT-CE). É do jogo. Mas confrontados por uma mulher sobre a lembrança de que era o deputado cujo assessor foi flagrado com os dólares na cueca, anos atrás, o grupo soltou, com sorriso amarelo: “Mas agora ele defende nossos interesses”.

Souza na Bienal
Um dos mais renomados escritores do Amazonas vai marcar presença na Bienal do Livro do Rio de Janeiro em lugar nobre - e merecido. Márcio Souza, autor de “Amazônia Indígena” (Record), entre outros clássicos (que inspiraram filme e minissérie), dividirá mesa com Larry Rohter, autor da biografia de Marechal Rondon, no Café Literário. A dupla terá companhia de Mànya Millen e Sérgio Abranches.
Esplanadeira
# Carlos Lupi pedirá um minuto de silêncio em homenagem a João Gilberto na reunião da Executiva do PDT, hoje, em Brasília. # A psicóloga Flavia Pitella fará palestra para os alunos da Unicesumar Barra, na sexta, e para os refugiados da startup Toti, no sábado.
Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste

terça-feira, 9 de julho de 2019

DESCOBERTA BRASILEIRA PODE MUDAR A HISTÓRIA DA HUMANIDADE


Descoberta de pesquisadores brasileiros pode mudar história da humanidade

Agência Brasil







Descobertas demonstraram que o homem não deixou a África por volta de 1,9 milhão, mas há 2,4 milhões de anos


Uma equipe de pesquisadores brasileiros e italianos encontrou materiais que teriam 2,4 milhões de anos em um sítio arqueológico na Jordânia. A descoberta coloca novos elementos que podem mudar o conhecimento consolidado sobre o desenvolvimento da humanidade e das dinâmicas de migração do gênero homo a partir da África para outras regiões do planeta. O resultado do estudo foi divulgado em uma revista científica.
Nos debates acadêmicos, a tese predominante, em que pese polêmicas e hipóteses divergentes, dá conta que o gênero homo surgiu há cerca de 2,4 milhões de anos na África, tendo como primeiro representante o homo habilis. Há 2 milhões de anos, teria surgido o homo erectus.
As primeiras evidências da presença de homo erectus fora do continente africano ocorreu em um sítio arqueológico da Geórgia, datada de 1,8 milhão de anos. Os pesquisadores não identificaram fósseis, mas material de pedra lascada no sítio da Jordânia.
As escavações ocorreram entre 2013 e 2015. “Na hora que um homíneo lascou. Isso quer dizer um evento de lascamento. Elas estavam localizadas em algum ponto a 20 cm uma da outra. É muito possível que a gente não só tenha encontrado um sítio antigo, mas que ele tenha significado comportamental”, disse o pesquisador do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP (Universidade de São Paulo), Astolfo Araújo.
As primeiras amostras foram pegas em 2013, sendo  submetidas a um método segundo o qual pedras teriam cerca de cinco milhões e o basalto mais baixo teria 2,5 milhões.
Lâminas coletadas
Segundo Giancarlo Scardia, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), outros dois métodos de datação foram aplicados em lâminas coletadas. “Tivemos cuidado para ter uma idade mais confiável. Os dados convergem para um modelo que não tem incongruências”, afirmou o pesquisador, em São Paulo.
De acordo com o coordenador da pesquisa, o professor do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, Walter Neves, as descobertas demonstraram que o homem não deixou a África por volta de 1,9 milhão, mas há 2,4 milhões de anos, e joga luz sobre qual teria sido a primeira modalidade do gênero homo a deixar o continente.
“Nós retrocedemos em 500 mil anos a saída da África. Isso coloca uma pergunta: quem foi esse primeiro hominíneo a deixar a África? O homo erectus? Fica claro que o primeiro hominíneo a deixar a África foi o homo habilis. Veja como muda a perspectiva”, declarou Neves.
O cientista destacou que essa descoberta ajuda a compreender algumas reflexões “nebulosas” nas pesquisas vigentes.
“Nossa pesquisa vai ajudar a enterrar a discussão do que fazer com essa variabilidade tremenda que tínhamos na Geórgia. Era diferente porque a transição entre habilis e erectus se deu na Geórgia. E depois disso se espalhou para o resto do mundo. A gente resolve um dos maiores pepinos da paleoantropologia dos últimos anos”, disse.

A íntegra da pesquisa está publicada na revista Quaternary Science Reviews

AS COMUNICAÇÕES NO BRASIL SERÃO AVALIADAS PELA ANATEL


Anatel inicia estudo sobre qualidade dos serviços de telecomunicações

Agência Brasil







Agência vai ouvir 89 mil consumidores no segundo semestre deste ano

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) iniciou na última segunda-feira a quinta Pesquisa de Satisfação e Qualidade Percebida. Cerca de 89 mil consumidores vão participar do levantamento que vai avaliar a qualidade e a satisfação do público com os serviços prestados pelas empresas de telefonia fixa, telefonia móvel, banda larga fixa e TV por assinatura. A previsão de divulgação dos resultados é para o primeiro trimestre de 2020.
Os consumidores responderão perguntas sobre satisfação geral com a prestação dos serviços e sobre a qualidade percebida com os canais de atendimento, oferta e contratação de serviços, funcionamento dos serviços, cobrança, reparo e instalação, além de capacidade de resolução de problemas. Para que a agência possa construir dados de acordo com o perfil sociodemográfico dos cidadãos, o questionário inclui perguntas sobre a cidade onde o consumidor reside, renda e escolaridade. A Anatel destaca ainda que não serão solicitados número de documentos pessoais, e-mail para contato, endereço, número de cartão de crédito, dados bancários ou senhas.
O levantamento funciona como um panorama sobre os serviços de telecomunicações no país e subsidia o trabalho da Anatel. Os resultados permitem comparar, por unidade da federação, a satisfação e percepção de qualidade dos consumidores por prestadora e por serviço.
Pesquisas anteriores
A Anatel promove pesquisas sobre satisfação desde 2002 e, de qualidade percebida, desde 2012. No último levantamento divulgado pela agência, no início deste ano, foram entrevistadas cerca de 100 mil pessoas em todo o país.
De modo geral, no ano de 2018, o desempenho dos serviços pesquisados melhorou em relação às pesquisas anteriores. Na média nacional, subiu a nota de satisfação geral (numa escala de 0 a 10) para todos os serviços. Os consumidores de telefonia móvel pós-paga foram os que se declararam mais satisfeitos, com a nota média nacional de 7,32, contra 6,99 em 2017.
Já os consumidores de banda larga fixa foram os que se mostraram menos satisfeitos, embora a média nacional de satisfação geral tenha aumentado em relação ao ano anterior, passando de 6,23 para 6,43.