terça-feira, 9 de julho de 2019

PALESTRA DO MINISTRO GENERAL HELENO EM BELO HORIZONTE-MG


‘Estamos à beira do abismo’, afirma ministro Augusto Heleno sobre Previdência durante palestra em BH

Renata Evangelista









O ministro falou para uma audiência de empresários, a convite da Fiemg

"O Brasil não sai do buraco sem a reforma da Previdência. Estamos à beira do abismo". A afirmação é do ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), general Augusto Heleno, que esteve em Belo Horizonte, nesta segunda-feira (8), para evento empresarial.
"É inadiável e fundamental para o nosso futuro. O investidor precisa de segurança. A partir daí (aprovação da reforma) será um novo país, vai chover dinheiro, independente do presidente", declarou o militar, que defendeu ferrenhamente a medida.
Na capital mineira, Augusto Heleno discursou para cerca de 450 empresários e listou algumas das ações tomadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). "O crescimento não é fácil. O Bolsonaro tem seis meses de governo, não vai concertar tudo neste período. E pegamos o Brasil quebrado", disse. Ele adiantou que, depois da reforma da Previdência, uma das metas do governo será a reforma Tributária "que já está na agulha".
Na avaliação do general, o acordo entre o Mercosul e a União Europeia vai abrir portas para outras negociações. "Foi importante para nós", acredita
Investimento
Para o empresariado mineiro, o ministro contou que Bolsonaro investirá na conclusão de obras que foram iniciadas com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e que estão inacabadas.
"A preocupação do governo é acabar com as milhares de obras que foram iniciadas", disse. "A infraestrutura é o grande motor do país", completou.
Entre as medidas que estão sendo tomadas pelo governo federal, ele citou as concessões de rodovias, arrendamento de aeroportos e integração de ferrovias.
Segurança
O general definiu o ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, como "herói nacional" e, também, ressaltou a importância do pacote anticrimes apresentado pelo ex-juiz.
"A segurança pública se tornou um problema de segurança nacional. Estamos caminhando para nos tornar um ‘narcopaís’", falou em referência ao tráfico de drogas e armas no Brasil.
Educação
Augusto Heleno destacou que a educação do país está "deplorável" e, para mudar este cenário, acredita que é preciso valorizar o professor e deixar de ensinar com cunhos ideológicos.
Para o ministro, o Brasil forma analfabetos funcionais e, também por isso, brasileiros com "diploma não conseguem a produtividade do currículo".
Amazônia
Sobre a Floresta Amazônica, o ministro foi enfático ao afirmar que não acredita nos índices de desmatamento que são divulgados por ONGs. "Se fosse assim, não teríamos mais floresta. A conta não fecha", argumentou.
Ele reconheceu que é necessário fazer um trabalho de conscientização com as populações ribeirinhas, para que elas não se envolvam com o ilícito para ganhar dinheiro, e reconheceu que é necessário monitorar melhor as fronteiras com do país, até para evitar "crimes de tráfico de drogas e armas."
O general Augusto Heleno esteve em BH a convite da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) para proferir a palestra "Desafios para a reconstrução de um país democrático e feliz".

COLUNA ESPLANADA DO DIA 09/07/2019


Previdência e sustentabilidade fiscal

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 







Ao defender a aprovação da reforma pelo Congresso Nacional, o subsecretário do Regime Geral de Previdência Social, Rogério Nagamine Constanzi, aponta que o Brasil passa por um envelhecimento populacional muito rápido e precisa se planejar para o futuro. Estudo apresentado por Constanzi aos senadores da Comissão de Direitos Humanos (CDH) indica que o conjunto de reformas (trabalhista, previdenciária e tributária) e outras mudanças em discussão no Congresso Nacional terão impacto positivo sobre o crescimento econômico, a geração de empregos e, consequentemente, sobre a taxa de desemprego/desocupação.

Desigualdade 
O levantamento mostra que, na faixa etária considerada como aposentadoria precoce, a renda média de trabalho dos aposentados é maior que a dos ocupados: “Neste caso, o pagamento da aposentadoria mais que triplica a desigualdade de renda que era observada no mercado de trabalho”.

Dívida
“A dívida bruta do governo passou de 50% do PIB para quase 80% no período de cinco anos. Se essa trajetória for mantida, vamos chegar a 2023 com 100% do PIB. Isso significa gastar mais com juros no futuro. Com a nova Previdência, vamos estabilizar e diminuir a dívida pública”, prevê Rogério Nagamine Constanzi.

Interstício
Deputados governistas discutem, nos bastidores, a possibilidade de acordo para aprovar requerimento de quebra de interstício e acelerar a tramitação da reforma da Previdência na Câmara. Isso porque, o regimento interno prevê o prazo de cinco sessões do Plenário, entre a aprovação no primeiro e a votação no segundo turno. Se o interstício for aprovado, a reforma poderá ser votada em dois turnos na mesma sessão.

Orçamento 
Relator do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2020, o deputado Cacá Leão (PP-BA) alterou a proposta original enviada pelo Executivo. No parecer, o parlamentar abre a possibilidade de reajustes salariais para o pessoal civil da União. O Executivo havia previsto apenas a correção das remunerações nas Forças Armadas.
Déficit 
O projeto da LDO prevê para 2020 um déficit de R$ 124,1 bilhões para o governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central). As contas do governo federal estão no vermelho desde 2014. A previsão de déficit para este ano é de R$ 139 bilhões. O parecer do relator Cacá Leão será discutido e votado na Comissão Mista de Orçamento (CMO) antes de ser analisado em sessão do Congresso Nacional.

Lava Jato 
O procurador da República Deltan Dallagnol não vai à Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM) para prestar esclarecimentos sobre as supostas mensagens da Lava Jato. Em ofício enviado ao colegiado, alega que prefere concentrar suas manifestações “na esfera técnica”.

Fronteiras 
O Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), que vem operando com R$ 230 milhões anuais - isso já com a expansão territorial para outros estados, como Paraná e Mato Grosso - precisaria de R$ 650 milhões/ano para concluir as fases seguintes e reforçar o combate aos crimes transfronteiriços. A falta de orçamento para o projeto será discutida hoje na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).

Tráfico 
O presidente da Comissão, senador Nelsinho Trad (PSD/MS), defende que o parlamento dê sua contribuição para que o programa não acabe já no seu início: “A gente sabe que, mesmo chegando ao montante necessário, o custo ainda é pequeno, se comparado a bilhões que se perdem anualmente com a violência e o tráfico de drogas e armas na fronteira brasileira”.
Esplanadeira
# Idealizado por Carlos Alberto Serpa e coordenado por Leandro Bellini, o Prêmio Cesgranrio de Teatro dará um total de R$ 300 mil aos vencedores de cada uma das 12 categorias.
Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste

segunda-feira, 8 de julho de 2019

A SELEÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL GANHOU ONTEM A COPA AMÉRICA VENCENDO O PERU POR 3X1


Brasil supera expulsão de Jesus e confirma nono título da Copa América

Gazeta Esportiva 





Sempre que sediou a Copa América, o Brasil ficou com o título. A edição 2019 do torneio continental não foi diferente. Com uma vitória de retoques dramáticos, mas inquestionável sobre o Peru por 3 a 1, no Maracanã, a Seleção Brasileira garantiu sua nona taça. Antes, comemorou nos anos de 1919, 1922, 1949, 1989, 1997, 1999, 2004 e 2007. Aos bicampeões peruanos (1939 e 1975) restou o orgulho pela final em uma campanha marcada pelos triunfos sobre Uruguai e Chile.


A taça coroou uma campanha irretocável. Baseado nos números, o Brasil, de fato, foi o melhor time da Copa América. Tite, conseguiu superar a perda de Neymar, até então grande estrela de seu elenco, para chegar ao seu primeiro título com a Seleção depois de três anos no cargo e a estreia no palco carioca.
A confirmação do favoritismo só não foi tão fácil quanto muitos esperavam. Longe de algo semelhante ao visto na Arena Corinthians, quando os brasileiros enfiaram 5 a 0 nos rivais.
O ímpeto dos visitantes nos minutos iniciais, no entanto, foi destruído logo no 14º minuto de jogo. O capitão Daniel Alves alçou a bola por cima da marcação para encontrar Gabriel Jesus na ponta direita. Um drible desconcertante e cruzamento na medida. Livre, Everton só empurrou para as redes para explodir o ambiente nas cadeiras.
O gol abalou os comandados de Gareca, e por outro lado deu tranquilidade aos anfitriões, que passaram a agradar seus torcedores com toques rápidos e plásticos.
A superioridade era notória e incontestável, mas a vantagem mínima. E bastou um toque de braço de Thiago Silva na bola, dentro da área, para o clima mudar rapidamente.
Três minutos depois da jogada de Cueva, Paolo Guerrero foi autorizado a cobrar a penalidade. Com classe, o camisa 9 de 35 anos deslocou Alisson e deu esperança aos seus conterrâneos. Um sentimento que não perdurou por mais de quatro minutos.
A rápida resposta do Brasil surgiu de uma bola roubada por Roberto Firmino na ponta direita. Arthur carregou até deixar Gabriel Jesus na boa para marcar e manter a Seleção à frente no placar durante o intervalo.
Inesperadamente, o panorama se alterou completamente na etapa final. Jesus levou o segundo amarelo e, consequentemente, o cartão vermelho. Gareca, então, lançou seus jogadores ao ataque. Os brasileiros passaram por apuros, momento percebido pelos torcedores, que na base do grito tentaram manter a equipe firme.
Com experiência e tranquilidade, os mandantes não chegaram a retomar o controle da disputa, mas frearam a pressão peruana.
Aos 41, Everton Cebolinha escolheu o instante ideal para chamar a responsabilidade e ir para dentro da defesa peruana. Só foi parado com falta, dentro da área. Recuperado de caxumba, Richarlison havia entrado há pouco e foi o escolhido. Sem dó, guardou a bola na rede e deu início aos gritos de “é campeão”. Daí para frente foi só esperar o tempo passar e festa




FICHA TÉCNICA:
BRASIL 3 X 1 PERU
Data: 7 de julho de 2019, domingo
Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro
Horário: 17 horas (de Brasília)
Árbitro: Roberto Tobar (CHI)
Assistentes: Christian Schiemann (CHI) e Claudio Rios (CHI)
VAR: Julio Bascuñan (CHI)
Cartões amarelos: Gabriel Jesus (2), Thiago Silva, Richarlison (BRA); Tapia, Zambrano, Advíncula (PER)
Cartão vermelho: Gabriel Jesus (BRA)
Público e Renda: 58.504 pagantes / 11.402 não pagantes / R$ 38.769.850,00
GOLS:
Brasil: Everton, aos 14, e Gabriel Jesus, aos 47 minutos do 1T. Richarlison, aos 44 minutos do 2T.
Peru: Guerrero, aos 43 minutos do 1T.

BRASIL: Alisson; Daniel Alves, Thiago Alves, Marquinhos e Alex Sandro; Casemiro, Arthur e Philippe Coutinho (Militão); Gabriel Jesus, Firmino (Richarlison) e Everton Cebolinha (Allan)
Técnico: Tite
PERU: Gallese; Advíncula, Zambrano, Abram e Trauco; Tapia (González), Yotún (Díaz), Carrillo (Polo)), Cueva e Flores; Paolo Guerrero
Técnico: Ricardo Gareca