Entendendo o medo da mudança
Simone Demolinari
Temos a tendência de
nos manter em nossa “zona de conforto”. Essa expressão nos dá ideia de um lugar
prazeroso e bom, mas na verdade, não é isso. Na psicologia, o termo “conforto”
tem a ver com o fato de ser um lugar conhecido, mas não necessariamente
agradável. Aliás, a maioria dessas zonas é bem desconfortável. A dificuldade em
sair delas deriva da dificuldade em encarar a mudança.
Um bom exemplo disso é o trabalho. Nem sempre nos sentimos satisfeitos com o nosso emprego, com a atividade que exercemos e nem com o salário que recebemos. Porém, sem coragem para mudar, continuamos parados onde estamos, à espera de uma melhora, que no fundo, sabemos que não irá acontecer.
A permanência nessas zonas de conforto ocorre não só em empregos ruins, mas também em casamentos ruins, amizades abusivas e outras situações desconfortáveis que, por inércia, não conseguimos desvencilhar. Costumamos passar décadas convivendo com dores e aborrecimentos que poderíamos evitar.
Não é sempre que conseguimos nos livrar daquilo que nos faz sofrer. Há dores que são inevitáveis: morte, doença, tragédias e saber lidar com elas significa maturidade emocional, resiliência e força. Contudo, conviver com dores que poderiam ser evitadas, mas não são por comodismo, caracteriza fraqueza emocional.
Mas por que agimos assim se o principal interessado somos nós mesmos?
Primeiro, porque sair de zona de conforto não é fácil; o movimento é árduo, permeado por medos e inseguranças. Quanto menos tentamos, mais inseguros nos tornamos. E segundo porque mudar requer esforço, disciplina, privações, determinação e várias outras atitudes imediatamente desprazerosas. Não é fácil quebrar padrões repetidos por anos. Além disso, para mudar um único comportamento, é preciso mudar no mínimo outros três e ainda ter que lidar com a questão do recomeço. Muitos não estão dispostos a isso; preferem ficar onde estão a começar do zero.
Um bom exemplo disso é o trabalho. Nem sempre nos sentimos satisfeitos com o nosso emprego, com a atividade que exercemos e nem com o salário que recebemos. Porém, sem coragem para mudar, continuamos parados onde estamos, à espera de uma melhora, que no fundo, sabemos que não irá acontecer.
A permanência nessas zonas de conforto ocorre não só em empregos ruins, mas também em casamentos ruins, amizades abusivas e outras situações desconfortáveis que, por inércia, não conseguimos desvencilhar. Costumamos passar décadas convivendo com dores e aborrecimentos que poderíamos evitar.
Não é sempre que conseguimos nos livrar daquilo que nos faz sofrer. Há dores que são inevitáveis: morte, doença, tragédias e saber lidar com elas significa maturidade emocional, resiliência e força. Contudo, conviver com dores que poderiam ser evitadas, mas não são por comodismo, caracteriza fraqueza emocional.
Mas por que agimos assim se o principal interessado somos nós mesmos?
Primeiro, porque sair de zona de conforto não é fácil; o movimento é árduo, permeado por medos e inseguranças. Quanto menos tentamos, mais inseguros nos tornamos. E segundo porque mudar requer esforço, disciplina, privações, determinação e várias outras atitudes imediatamente desprazerosas. Não é fácil quebrar padrões repetidos por anos. Além disso, para mudar um único comportamento, é preciso mudar no mínimo outros três e ainda ter que lidar com a questão do recomeço. Muitos não estão dispostos a isso; preferem ficar onde estão a começar do zero.
A permanência nessas zonas de conforto ocorre não só em empregos ruins,
mas também em casamentos ruins, amizades abusivas
Outro fator responsável por ficarmos estagnados na zona de conforto é a psicologia do medo cultuada por muitas famílias. É difícil ter coragem para ousar ouvindo os pais advertirem: não troque o certo pelo duvidoso.
Sem o apoio da família o problema costuma aumentar. Isso porque toda mudança é um embrião de um possível fracasso. Pensando assim, muitos preferem não arriscar para não ter que ouvir o desagradável “eu te avisei”.
Aos que estão dispostos a romper com a zona conhecida e ir além, precisam desenvolver capacidade de se importar menos com a opinião alheia; conseguir lidar bem com a frustração, entendendo que possíveis quedas fazem parte da caminhada e principalmente se sentir merecedor de uma condição melhor.