terça-feira, 2 de julho de 2019

UM DOS MAIORES INCÊNDIOS NA ALEMANHA AMEAÇA DETORNAR MUNIÇÕES DA 2ª GUERRA


Incêndio florestal na Alemanha ameaça detonar munições da 2ª Guerra

Agência Brasil









Cerca de 400 bombeiros e soldados das Forças Armadas da Alemanha trabalham nesta segunda-feira (1°) para combater um dos maiores incêndios florestais já registrados no estado de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, no leste do país.
Até o início da tarde, o incêndio já havia atingido 430 hectares de floresta a cerca de 50 quilômetros a sudoeste da cidade de Schwerin. Agora as autoridades temem que as chamas invadam uma antiga área militar onde estão enterradas toneladas de antigas munições, muitas delas da época da Segunda Guerra Mundial.
O secretário do Meio Ambiente de Mecklemburgo, Till Backhaus, afirmou que serviços de emergência estão lutando para controlar o incêndio por causa das munições não detonadas no solo. Durante a tarde, as chamas chegaram a aproximadamente 50 metros do terreno onde estão enterradas as munições.
As autoridades estimam que 45 toneladas de explosivos e munições ainda estejam enterradas na área, que abrigou um antigo paiol da Kriegsmarine (marinha de guerra da Alemanha nazista) até 1945.
Veículos especiais e helicópteros do Exército dão apoio aos bombeiros, que estão sendo obrigados a ficar a um quilômetro de distância das chamas perto da antiga área militar por causa do risco de explosões.
Cerca de 650 pessoas de três cidades e 100 crianças que estavam em um acampamento de férias perto das chamas foram retiradas da região pelos bombeiros nesta segunda-feira.
A escala do incêndio levou a fumaça a se deslocar para os estados vizinhos de Brandemburgo, Berlim e Saxônia. As autoridades pediram aos moradores que fechem suas janelas e portas.
O cheiro do incêndio podia ser facilmente sentido na capital alemã, que fica a 200 quilômetros, nesta segunda-feira.  "O cheiro é irritante, mas não perigoso", escreveu o serviço de bombeiros de Berlim no Twitter.
As autoridades suspeitam que a origem do incêndio é criminosa e acreditam que ele foi iniciado deliberadamente em três locais diferentes. Os primeiros registros de chamas ocorreram na sexta-feira (28), mas as autoridades informaram pouco depois que elas haviam sido extintas. No domingo (30), contudo, a região voltou a ser atingida por um incêndio em outro ponto.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 02/07/2019


Tráfico militar

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini







O governo deu bobeira na fiscalização porque já sabe, há anos, dos riscos de transporte de drogas em veículos terrestres, em navios e nos aviões da Força Aérea Brasileira. É alto o número de militares das três Forças Armadas processados por porte ou tráfico de drogas em serviço entre os anos de 2014 e 2017, segundo levantamento do Superior Tribunal Militar para a Coluna. Neste período, foram nada menos que 271 condenados, julgados em 2ª instância, dentro do Artigo 290 do Código Penal Militar: “Tráfico, posse ou uso de entorpecente ou substância de efeito similar”.
Livres
O STM também registrou 136 processos com ‘punibilidade extinta’, de 2013 a 2017. E 45 militares foram absolvidos. Os dados de 2018 ainda estão em compilação.<EM><EM><QA0>

Reforminha básica
Mesmo no aperto no cofre e fechando embaixadas, o governo vai honrar compromissos de gestões passadas e reformar residências oficiais em alguns países.

Ah, ministro
O ministro Sérgio Moro frustrou delegados e agentes da Polícia Federal em discurso na Academia Nacional, na abertura do curso dos novos convocados, há dias, ao dizer que a PF já tem estatuto legal com autonomia e independência. É justamente por esses temas que corporação luta na PEC 412 que tramita na Câmara Federal há anos.

Reforço judicial
Delegados lembram que Sérgio Moro, enquanto juiz federal em Curitiba, teve de destinar recursos da Justiça para a PF comprar equipamentos e até pagar contas de luz, para a Operação Lava Jato não parar...

Desarticulação
A queda da MP 873, que instituía a cobrança de contribuição sindical por boleto, expôs mais uma vez a fragilidade da articulação do Planalto com o Congresso. Apesar de inúmeras tentativas, a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), não conseguiu acordo nem para eleger o presidente e definir o relator da comissão.

Pela tangente
A proposta, publicada no dia 1º de março, caducou na última sexta (28) e havia recebido mais de 500 emendas para alterá-la. Agora, o Planalto e parlamentares aliados discutem a apresentação de um Projeto de Lei com mesmo teor da Medida Provisória.

Frevo da aliança
“O MDB de Pernambuco está pacificado”. A frase é do deputado federal Raul Henry, que será o presidente da legenda e candidato à Prefeitura do Recife. O senador Fernando Bezerra Coelho constrói sua candidatura ao governo com o apoio dos ex-adversários Jarbas Vasconcelos, novamente senador, e o federal Raul.

Índios & Justiça
O Conselho Nacional de Justiça aprovou resolução específica para tratamento de indígenas acusados por crimes variados, em acordo com a Funai. Entre outras novidades, haverá encaminhamento dos autos do processo à Funai em até 48 horas; a garantia da presença de intérprete do processo; a realização de perícia antropológica.

Indústria vence
O decreto publicado ontem ampliando para 8% (de 1º de julho até 30 de setembro de 2019) e posteriormente para 10% (até 31 de dezembro de 2019) a alíquota do IPI sobre o xarope de refrigerante da Zona Franca de Manaus causará prejuízo diário de R$ 500 mil para estados e municípios, diz o deputado federal Fausto Pinato (PP-SP), presidente da Frente Parlamentar Mista em defesa da indústria brasileira de bebidas.

Drible oficial
Explica-se: a perda na arrecadação é em razão do paradoxo tributário que beneficia as companhias estrangeiras que possuem sede na Zona Franca, que conseguem reverter o IPI que deveriam pagar sobre o xarope em crédito tributário. Coisa do forte lobby.
Esplanadeira
Maria da Conceição Tavares - que fará 90 anos em 2020 - foi a figura central de encontro com Saturnino Braga, Hildete Pereira, Carmen Feijó e Glauber Carvalho, no Centro Celso Furtado.
Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste


EM SEIS MESES DO GOVERNO BOLSONARO A OPOSIÇÃO NÃO CONSEGUIU O SEU INTENTO DE DESORGANIZAR O GOVERNO DELE


Seis meses após posse de Bolsonaro, oposição segue desorganizada

Marcelo de Moraes 




© Isac Nóbrega 'Deve ir, está sendo discutido aqui, para o Onyx', disse Bolsonaro, após cerimônia de assinatura da MP 871, no Palácio do Planalto
Caro leitor,

Depois de o PT ser derrotado no segundo turno por Jair Bolsonaro, havia a expectativa de que a oposição conseguiria se organizar politicamente para se contrapor solidamente ao novo governo. Mas, seis meses depois da posse presidencial, o que se vê é que os principais problemas enfrentados por Bolsonaro são causados por integrantes de sua própria equipe ou por grupos políticos próximos do seu campo ideológico, como é o caso dos integrantes do Centrão.
Dos petistas, pelo tamanho de suas bancadas, esperava-se que liderassem o processo de oposição dentro do Congresso. O partido têm preferido, no entanto, insistir em concentrar seus esforços na campanha pela libertação do ex-presidente Lula. À exceção de bastante gritaria em algumas sessões na Câmara e no Senado, o PT tem passado longe de incomodar o governo e ficou muito mais concentrado na torcida para que o Supremo soltasse o ex-presidente do que na discussão da reforma da Previdência, por exemplo.
Nesse link você pode acompanhar como foi a cobertura ao vivo do julgamento do pedido para que Lula fosse solto. Aqui, na newsletter do BR18, eu analiso como foi o efeito político dessa decisão. E se você quiser saber como foram os seis primeiros meses do governo Bolsonaro até agora não pode perder esse material especial preparado pelo Estadão.
A oposição tinha uma oportunidade real de marcar presença na discussão, por exemplo, da reforma da Previdência. O PDT de Ciro Gomes, e o PSB ainda se organizaram para discutir o tema e tentar apresentar alternativas, mas já desembarcaram da iniciativa.
Já PT, PSOL e PCdoB preferiram ser refratários à discussão. Assim, os defensores da proposta têm enfrentado muito mais resistência nesse debate de setores corporativos contrários às mudanças, como é o caso de policiais, professores e servidores. Os partidos do Centrão também têm verbalizado com muita mais veemência suas queixas contra a proposta.
Até governadores e prefeitos têm sido mais efetivos nas críticas ao projeto. Assim, se a reforma avançar ou recuar, isso independe dos movimentos políticos feitos pela oposição. Nessa reportagem, você pode ver que a discussão da proposta tem enfrentado problemas para avançar na Comissão Especial da Câmara, mas isso não corresponde a alguma ação organizada dos partidos de oposição.
É normal que forças políticas enfrentem dificuldades depois de uma mudança tão expressiva no cenário como aconteceu com a vitória de Jair Bolsonaro. O PT não está sozinho nesse barco. Acostumado a polarizar com os petistas as disputas presidenciais, o PSDB amargou seu pior resultado na disputa pelo Planalto em 2018 e está precisando se reinventar sob a liderança política do governador de São Paulo, João Doria.
Mesmo sendo um movimento de reconstrução, o PSDB já conseguiu provocar uma reação de Bolsonaro. Na discussão pela organização do GP Brasil de Fórmula 1, disputado por São Paulo e Rio, o presidente trocou farpas com Doria, ironizando sua pretensão ao Planalto em 2022. Você pode ver aqui como foi essa discussão. Aqui, você pode ler a reação do governador paulista.
O PT, ao contrário, ainda segue engessado na pauta do “Lula Livre” e tenta aproveitar o efeito do vazamentos das mensagens de integrantes da Lava Jato com Sérgio Moro para tentar minar a credibilidade do ministro da Justiça. O objetivo é o de tentar invalidar a condenação do ex-presidente considerando que a atuação de Moro como juiz desses casos foi abusiva. Mesmo com sua imagem desgastada pelo problema, o ministro conseguiu receber apoio popular importante, depois das manifestações organizadas no fim de semana pelo País. O Estadão mostrou bem como foram as manifestações.
Assim, é difícil vislumbrar qual seria o projeto eleitoral do PT para as próximas eleições, sejam as municipais no ano que vem, ou as estaduais e nacionais de 2022. Preso nessa espécie de sebastianismo tropical, que aguarda pela libertação de Lula, o partido corre o risco, inclusive, de sequer encabeçar a chapa na disputa por capitais importantes, como em São Paulo. O partido nem precisaria deixar de lado sua luta pela libertação de seu principal ator político. Mas deveria estar preocupado em tentar construir algum projeto de poder capaz de responder ao atual governo. Por enquanto, foram seis meses onde a oposição tem sido mera figurante.

MOURÃO CRITICA PLANO DE GOLPE SEM PÉ E NEM CABEÇA

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