sexta-feira, 14 de junho de 2019

ASSANGE SERÁ JULGADO EM 2020


Julgamento de extradição de Assange é marcado para fevereiro de 2020

Estadão Conteúdo







O jornalista australiano, de 47 anos, enfrenta 18 novas acusações

O julgamento de extradição para os Estados Unidos do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, detido no Reino Unido, começará no dia 25 de fevereiro de 2020, determinou nesta sexta-feira, (14), uma juíza britânica.

A decisão que a Justiça britânica tomar em fevereiro poderá ser contestada pelos advogados de Assange, que já anunciaram que lutarão até que todos os recursos se esgotem para evitar que ele seja entregue aos Estados Unidos.

O jornalista australiano, de 47 anos, enfrenta 18 novas acusações, incluindo suspeitas de espionagem e a publicação de documentos altamente sigilosos. Ele foi preso em 11 de abril pelas autoridades britânicas depois de o Equador retirar o asilo concedido pelo ex-presidente Rafael Correa.

Em breve audiência preliminar realizada nesta sexta-feira, Assange defendeu que o WikiLeaks "não é nada mais do que um meio de comunicação" e afirmou que "estão em jogo 175 anos" da sua vida, em referência à pena à qual pode ser condenado.

A audiência aconteceu um dia depois que o ministro de Interior britânico, Sajid Javid, assinou a solicitação de extradição dos EUA - a decisão final, no entanto, cabe à Justiça britânica.

Em representação da Justiça americana, o advogado Ben Brandon, argumentou nesta sexta na Corte de magistrados de Westminster (Londres) que o caso de Assange "tem relação com um dos maiores vazamentos de informação confidencial na história dos Estados Unidos".

Por sua vez, defendendo o jornalista, o advogado Mark Summers ressaltou que o processo contra seu cliente representa "uma agressão frontal e atroz" contra os direitos jornalísticos. Washington reivindica o ex-hacker por ter conspirado para supostamente invadir computadores do Pentágono.

RELATOR DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA DEIXA ESTADOS E MUNICIPIOS FORA DA REFORMA


Reforma da discórdia: excluídos, estados e municípios reagem a relatório sobre nova Previdência

Lucas Simões









Relatório da reforma da Previdência foi lido na Comissão Especial, que ainda precisa aprovar o texto antes da votação em plenário

A exclusão de Estados e municípios do relatório do projeto de reforma da Previdência, apresentado ontem [TEXTO]pelo deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), fez prefeitos e governadores reagirem – principalmente aqueles que se encontram em maiores dificuldades financeiras e políticas.
A decisão de deixar esses entes fora do texto aconteceu após uma queda de braço entre os parlamentares do Centrão e os governadores. A estratégia do Centrão, que tem 207 deputados e a maioria da Câmara, é obrigar os gestores estaduais a apoiarem a reforma, principalmente os do Nordeste, que têm se posicionado contra a proposta.
Com esse impasse, o Centrão pretende arrastar a inclusão até o último momento, deixando a decisão para o plenário. “A inclusão de municípios e estados pode ser feita em plenário. É uma pressão para atrair os governadores, que não querem ficar de fora e, para isso, precisariam apoiar o projeto publicamente. O problema é que muitos são contra o texto”, explica o deputado Diego Andrade (PSD-MG), coordenador da bancada mineira na Câmara.
Para o presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Julvan Lacerda, uma reforma sem estados e municípios é “inviável”. Em Minas Gerais, apenas 200 municípios dos 853 possuem regime próprio de Previdência, segundo a AMM.
“Não tem lógica fazer uma reforma fracionada. Em Minas, você atrasaria o desenvolvimento de centenas de cidades, que certamente teriam dificuldades para aprovar Previdências próprias, seja por crises políticas ou por causa de desestabilização financeira. Iríamos postergar a novela da Previdência por décadas”, avalia Julvan.
Na mesma linha, o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Glademir Aroldi, diz que pelo menos 70% das cidades brasileiras não têm regime de Previdência próprio. “Jogar na conta das prefeituras é desonesto. Principalmente as do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul, que enfrentam graves crises fiscais. Iria sufocar os Estados também. Com a flexibilização de alguns pontos, governadores e prefeitos vão aderir”, diz Aroldi.
Segundo o ranking do Instituto Independente do Senado Federal (IFI), Minas ocupa o penúltimo lugar entre os Estados com a pior situação previdenciária do país, atrás apenas do Rio Grande do Sul. Para o fim do ano, a previsão do governo mineiro é a de que o déficit previdenciário atinja R$ 18,6 bilhões – apresentando pequena elevação se comparado ao déficit de R$ 16 bilhões do ano passado.
Preocupado, nesta semana o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), defendeu, em Brasília, que a reforma da Previdência inclua Estados e municípios, mas permita ajustes regionais, se necessários.
“Foi analisado um instrumento jurídico em que o governador que sentir que a reforma da Previdência precise de mais alguma coisa em seu estado, ele encaminhe para a sua Assembleia Legislativa”, disse Zema durante o Fórum de Governadores. Procurado ontem, o governo de Minas não se manifestou sobre a exclusão de Estados e municípios do texto.
Como um passo para atrair o apoio dos governadores, principalmente os do Nordeste, que fazem oposição ao presidente Jair Bolsonaro (PSL), o relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), apresentado ontem à Comissão Especial antes de ir à Plenário, derruba algumas das propostas mais rígidas do governo federal.
Foram excluídas as mudanças do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e da aposentadoria rural. Além disso, o texto não prevê mais o regime de capitalização e mantém as regras atuais de idade e tempo de contribuição para as mulheres.
Agora, os deputados terão 12 dias para analisar a o relatório. A previsão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é a de que o tema seja votado na Comissão Especial em 25 de junho e esteja pronto para ser analisado em plenário na primeira semana de julho. São necessários 308 votos dos 513 deputados, em dois turnos.

Servidores de saúde, educação e metrô prometem paralisação geral hoje em BH
Em mais uma greve geral programada para esta sexta-feira no país, a principal bandeira dos protestos será pela não aprovação da reforma da Previdência proposta pelo governo federal. Na capital mineira, a concentração para os protestos acontece a partir das 11h, na praça Afonso Arinos, no Centro de Belo Horizonte, com cortejo em direção à Praça da Estação. Trabalhadores, entidades sindicais e movimentos sociais irão marchar pelas ruas do Centro durante toda a tarde.
De acordo com entidades sindicais e a Central Única dos Trabalhadores em Minas Gerais (CUT-MG), o funcionalismo público do Estado deve aderir em massa à greve. Isso inclui os trabalhadores da Cemig, Copasa e Correios, conforme confirmaram os respectivos sindicatos. Além de Sindieletro-MG, Sindágua-MG e Sintect-MG.
“Quando a gente analisa o que o governo está propondo sob a justificativa de ‘cortar privilégio’, a gente percebe que os mais afetados serão os aposentados, as pessoas que estão para se aposentar e aqueles que estão entrando no mercado de trabalho. A nossa reivindicação é também pela questão da geração de empregos e pela educação”, diz o secretário geral da CUT-MG, Jairo Nogueira.
O presidente do Sindbel, Israel Arimar, acredita que, de modo geral, os trabalhadores são contra a reforma da Previdência porque serão os mais prejudicados pelas regras do texto— ainda que algumas questões tenham sido flexibilizadas no relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), como a exclusão das mudanças na aposentadoria rural e na idade mínima e tempo de contribuição para mulheres.
“Nos aspectos sociais mais gerais, como a questão da redução do auxílio desemprego, a gente entende que a reforma não é para acabar com os privilégios, mas o contrário. E pelo viés do servidor municipal, um dos argumentos da reforma é o déficit, e que o governo estaria gastando tudo o que arrecada com a Previdência, mas, por exemplo, em BH a realidade não é esta. A folha de pagamento dos aposentados corresponde a uma parcela muito pequena da arrecadação total”, comenta.  (Juliana Baêta)

COLUNA ESPLANADA DO DIA 14/06/2019


Nos trilhos

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini


O ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes deve receber nos próximos meses uma vultosa comissão com a venda do monotrilho da linha 17, que liga as estações Morumbi e Congonhas, em São Paulo. Ele é vice-presidente da chinesa BYD Motors América Latina, que deve pegar a obra, herança da enrolada Andrade Gutierrez e da falida Scomi, da Malásia. A contratação da linha 17, que ocorreu em 2013, foi suspensa em março deste ano pelo governador João Dória. O secretário de Transportes Metropolitanos do estado, Alexandre Baldy, conduz a nova licitação, anunciada no fim de maio. E a BYD já marca presença certeira nos corredores, nos cafés de Paes com o amigo Baldy.
Memória
O sogro de Baldy, o empresário Marcelo Limírio, foi o principal doador da campanha de Pedro Paulo, o indicado de Paes para a Prefeitura do Rio de Janeiro em 2016.

Silêncio na estação
Paes não foi localizado pela Coluna - enviamos e-mail para endereço pessoal cadastrado há anos, e não tivemos respostas. O secretário Baldy ainda não respondeu.

Vitória de Pirro
Que não se animem os ruralistas que derrubaram Franklimberg de Freitas. O ministro Sérgio Moro avalia nomear outro general linha dura para o comando da Funai.

Mesa política
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, jantou terça-feira com a bancada federal do DEM e o presidente do partido, ACM Neto, prefeito de Salvador. Marcaram presença também os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, ambos do partido.

Cercadinho
Os seguranças não deixaram curiosos se aproximarem da ala reservada da conhecida Trattoria do Rosário. O grupo tinha cerca de 70 convidados.

Fogo amigo
O presidente do PSL e deputado federal Luciano Bivar (PE) garante que não vai renunciar ao comando do partido. Alega que deu uma legenda ao então candidato Jair Bolsonaro e que não admite ser fritado pelo vice-presidente do PSL, Antônio Rueda. Admite que o fogo amigo é o responsável pelas denúncias na mídia.

Fogo amigo 2
O suplente Paulo Marinho, mui amigo, abandonou o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e pulou para o PSDB. Foi Marinho o articulador da malsucedida visita de João Doria a Jair Bolsonaro, na transição, quando o presidente eleito não quis receber o governador eleito de São Paulo. Na casa do próprio Marinho. É porque faltou combinar com o chefe.

Batalha do Palácio
Terminou a fritura do general Santos Cruz no Palácio do Planalto. Bolsonaro chegou a tirar de suas mãos a Secretaria de Comunicação, mas o homem dançou. Os olavistas (seguidores de Olavo de Carvalho) voltarão a ter controle em indicações no governo.

Pá-pá-pá
Cresceu estupendamente o número de pedidos de exames psicológicos para manuseio de armas, em consultórios credenciados pela Polícia Federal.

Teste popular
O presidente Bolsonaro disse que levou Moro ao Estádio Nacional, em Brasília, porque “ele torce lá pro Maringá”. O jogo era Flamengo x CSA. Mas gostaram da ovação.

Pontapé
A empresa curitibana Phonetrack passou a dispensar seus 50 funcionários para assistirem aos jogos da Seleção Feminina do Futebol na Copa do Mundo. Questão de tempo - ou algumas copas ainda - o restante do país fazer o mesmo.
Esplanadeira
# O artista plástico Omar Franco abre amanhã exposição de suas telas no Espaço Cult da Paulo Octavio em Brasília. # O artista plástico Abner Gomez lança exposição hoje, na Fundação Cesgranrio, no  Rio de Janeiro. # Susana Madruga promove o show do príncipe Juan de Bourbon amanhã no Alegretti, no Copacabana Rio Hotel.

Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste

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