quarta-feira, 29 de maio de 2019

PAPA É CONTRA O ACORDO COM TRAFICANTES PARA DIMINUIR A VIOLÊNCIA


Papa Francisco se opõe a acordo com narcotráfico para reduzir violência

Agência Brasil





Francisco disse que o México deve buscar "saídas políticas" para seus problemas,

O papa Francisco se opôs à ideia de que as autoridades do México deveriam fazer um pacto com o narcotráfico, tendo em vista a redução da violência no país, atingido pelo crime organizado.
O pontífice disse que o México deve buscar "saídas políticas" para seus problemas, além de acordos políticos entre os diversos setores e partidos. Embora tenha observado que não poderia dar recomendações ao governo do presidente Andrés Manuel López Obrador, afirmou que é preciso ser criativo na política.
"Para mim, soa ruim", disse Francisco quando questionado sobre um eventual acordo entre o narcotráfico, em entrevista à emissora Televisa transmitida nessa terça-feira. "É como se eu, para ajudar a evangelização de um país, fizesse um pacto com o diabo."
No violento estado de Guerrero, um sacerdote católico, Salvador Rangel, se reuniu com poderosos narcotraficantes visando a apaziguar a violência que atinge a região. Antes de assumir a Presidência em dezembro, López Obrador foi uma das poucas figuras públicas a apoiar o bispo.
Assim como há quatro anos, o papa avaliou que "o diabo realmente tem ressentimentos contra o México", acrescentando que essa é sua opinião como "homem do povo". Em 2015, Francisco disse que os conflitos e a violência que assolam o país são um castigo do diabo devido à tradicional devoção católica no país.
O México vive há 12 anos em um espiral de violência, que resultou na morte de milhares de pessoas e deixou milhares desaparecidas, ao passo que o crime organizado segue expandindo suas atividades a amplas regiões do país.
López Obrador disse que não vai combater a violência com mais violência e que vai se concentrar nos motivos que levam milhares de jovens a ampliar a rede do narcotráfico, que lhes oferece trabalho e oportunidades.

Trump

Na entrevista, o papa Francisco afirmou ainda que está disposto a dizer ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pessoalmente, que é errado construir muros nas fronteiras, e alertá-lo a não retomar uma política de separação de famílias.
Ele também minimizou as críticas de católicos ultraconservadores que o chamam de herege.
Francisco, que já se opôs a Trump em temas ligados à imigração, debateu a situação na fronteira EUA-México com Valentina Alazraki, repórter veterana do Vaticano que é mexicana.
"Não sei o que está acontecendo com esta nova cultura de defender territórios construindo muros. Já conhecemos um, aquele em Berlim, que trouxe tantas dores de cabeça e tanto sofrimento", disse.
"Separar crianças dos pais vai contra a lei natural, e aqueles cristãos... não se faz isso. É cruel. Está entre as maiores crueldades. E para defender o quê? Territórios, ou a economia de um país ou sabe lá o quê", disse, acrescentando que tais políticas são "muito tristes".
Indagado se diria a Trump a mesma coisa se o presidente estivesse sentado diante dele, em vez da repórter, Francisco respondeu: "O mesmo. O mesmo porque o digo publicamente... eu até disse que aqueles que constroem muros acabam sendo prisioneiros dos muros que constroem".

O BRASIL ALÉM DE DIMINUIR A QUANTIDADE DE IMPOSTOS PRECISA TAMBÉM DIMINUI-LOS


O Brasil precisa reduzir seus impostos
Tiago Mitraud








Nesta quinta-feira (30) acontece o Dia Livre de Impostos, em que lojistas de diversas cidades vão ofertar produtos com descontos equivalentes aos valores das taxas de tributação. A iniciativa irá demonstrar como o bolso dos consumidores brasileiros seriam poupados se não fossem os altos tributos que incidem sobre bens e serviços no país.
O Doing Business, estudo do Banco Mundial, aponta que os tributos recolhidos pelo governo atingem cerca de 65% dos lucros das empresas em seu segundo ano de operação. A arrecadação total hoje no Brasil é de quase um terço do PIB, o que nos torna o país com a segunda carga tributária mais alta da América Latina - atrás apenas de Cuba.
Como se já não bastasse a alta carga, nosso sistema tributário é extremamente complexo. Também de acordo com o Doing Business, temos o 6º pior sistema do mundo. Uma empresa de médio porte no Brasil gasta quase 2 mil horas por ano apenas para lidar com o pagamento de tributos, enquanto a média da América Latina e do Caribe é 330 horas (comparação feita pela OCDE). Neste quesito, estamos na última colocação mundial.
Portanto, além de pesar diretamente no preço final de produtos, os tributos também aumentam muito o custo de operação das empresas, que diminuem sua produtividade ao serem obrigadas a investir horas e horas em questões tributárias e em recursos preciosos na contratação de advogados e escritórios de contabilidade.
Ao fim do dia, isso significa que o próprio governo cria barreiras para quem mais pode gerar empregos no país, dificultando a geração de renda e inibindo o crescimento econômico. Não restam dúvidas de que, além da Previdência, outra grande reforma que o Brasil precisa é a Tributária. A PEC 45/19, que trata desse tema, já está em tramitação no Congresso e teve sua constitucionalidade aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara na última quarta (22) e agora segue para ser debatida em Comissão Especial.
A essência desta PEC é consolidar 5 tributos em apenas 1 - os federais IPI, PIS e Confins, o estadual ICMS e o municipal ISS se juntariam no IBS (Imposto sobre Operações com Bens e Serviços). Desta forma, simplificaria muito nosso complexo sistema tributário, abrindo espaço para um aumento de produtividade e oferta de emprego no país.
Ainda precisamos de outras mudanças para reduzir a carga tributária no Brasil, como a diminuição do tamanho do setor público, mas este já é um grande avanço. Por ora, comemoremos o Dia Livre de Impostos e o andamento da Reforma Tributária. Certamente já são grandes passos para tornar nossa economia mais livre e, consequentemente, mais próspera para todos os brasileiros.
                                                          

COLUNA ESPLANADA DO DIA 29/05/2019


Pista dupla

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini








A ANTT está numa guerra com o Buser – o aplicativo que dá dor de cabeça a grandes viações tradicionais, ao compartilhar viagens em ônibus próprios, a preços muito mais competitivos ou de graça. Segundo a agência, o Buser está na contramão com seu “circuito aberto”, em desacordo com normas. Segundo a ANTT, o Buser lança mão do fretamento sem seguir as normas da agência, com intervalo de apenas seis horas numa ida e volta entre São Paulo-Belo Horizonte – citou de exemplo. O Buser teve este veículo apreendido por fiscais, semana passada, mas já informou que atendeu os clientes com outro ônibus poucas horas depois.
GT da Fumaça
A Secretaria Nacional do Consumidor, órgão sob o comando do Ministério da Justiça, segue num clima tenso. Nos bastidores, a Senacom é conta o Grupo de Trabalho que estuda redução da carga tributária sobre os cigarros, armadilha na qual caiu o ministro Sérgio Moro – ansioso para se livrar da encrenca. Mas a secretaria está protegendo os integrantes do GT e não quer revelar os nomes – algo surreal, inédito e contra a transparência tão citada na pasta. A pauta foi empurrada via ETCO pelas fabricantes de cigarros, em especial a Souza Cruz, a maior do Brasil, e irritou profundamente o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes, da Economia.
As razões
O governo já gasta R$ 57 bilhões/ano na saúde com doenças originárias do tabaco. E Guedes precisa arrecadar, e dar benefícios ao setor da fumaça pega mal, muito mal.
Extra
A Coluna iniciou há semanas, com exclusividade, a série sobre o arranjo das cigarreiras para driblar os impostos, e incomoda a indústria do maço. A AGU entrou na briga.
Fogo no maço
O Ministério da Saúde também é contra o GT da Fumaça, e, ciente disso, o governo federal não perdoou a rasteira no ministro Moro e contra-atacou. Foi à Justiça.
Aperto na ponta
A Advocacia Geral da União já fez chegar às matrizes da Souza Cruz – a British American Tobacco – e da Philip a ação na Justiça Federal impetrada no RS. O governo exige que paguem pelos tratamentos das vítimas de doenças do tabaco.
Hello!
A AGU informa que é “importante destacar que as matrizes das fabricantes foram acionadas em razão das mesmas sempre exercerem pleno controle sobre a administração e as estratégias das empresas brasileiras, de modo que as atividades e condutas praticadas no Brasil podem e devem também ser a elas atribuídas”.
Desidratação
Sem votos, por ora, para aprovar a PEC da reforma da Previdência no plenário da Câmara, o Governo e seus líderes vão centrar a articulação na Comissão Especial para evitar a desidratação do texto. Até agora, foram apresentadas mais de 50 emendas que, se aprovadas, podem reduzir muito a estimativa de economia de mais de R$ 1,2 trilhão.
Jeitinho camarada
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, prorrogou até amanhã o prazo para apresentação de emendas à proposta da reforma. O prazo terminaria no último dia 23.
HD do milhão
O deputado Márcio Labre (PSL-RJ) defende que a Comissão de Fiscalização Financeira da Câmara apure a compra (no Governo Temer) de um HD externo no valor de R$ 7 milhões para a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos. Integrante do colegiado, o parlamentar afirma que o valor é “um tapa na cara da sociedade”.
Cópia da discórdia
A comissão deverá receber, nos próximos dias, uma cópia do HD, hoje sob custódia da CGU. A ministra Damares Alves já tem explicado o convênio.
Esplanadeira
César Farias promove o show do conjunto musical Itálico, a partir de amanhã, no restaurante Don Camillo, em Copacabana. # O compositor Ricardo Tacuchian comemora 80 anos com estreias, homenagens e  concertos. Na sexta, o Quarteto Radamés Gnattali apresenta seu "Quarteto de Cordas nº 5" na Sala Cecília Meireles.
Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste



CRISE NO MERCADO DE BENS DE LUXO

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