segunda-feira, 27 de maio de 2019

TEORIA DA RELATIVIDADE COMPLETA 100 ANOS DE DESCOBERTA


Fenômeno que confirmou a Teoria da Relatividade completa 100 anos

Agência Brasil






O Observatório Nacional abriu nesta sexta-feira, (24), com um seminário especial, as comemorações do centenário do eclipse de Sobral (CE), que comprovou a Teoria da Relatividade Geral, do físico alemão Albert Einstein. A Teoria da Relatividade foi proposta por Einstein em 1915 e é um dos pilares da física moderna ao lado da mecânica quântica. O eclipse de Sobral completa 100 anos no próximo dia 29.
Na avaliação do astrofísico e pesquisador do Observatório Nacional Jailson Souza de Alcaniz, o eclipse de Sobral foi a primeira comprovação observacional da teoria da relatividade geral e abriu caminho para uma nova teoria da gravitação. "Quando é demonstrado, pela observação, que a teoria de Einstein é correta no campo gravitacional, isso abre caminho para outros testes. A relatividade geral tem pouco mais de 100 anos agora e a grande maioria dos experimentos e observações é inquestionável", disse o pesquisador.
Jailson Alcaniz lembrou que depois do fenômeno de Sobral vieram outras evidências. Segundo ele, a relatividade geral explica muito bem a existência, por exemplo, dos chamados buracos negros supermassivos, encontrados principalmente nos centros das galáxias. Recentemente, as ondas gravitacionais previstas pela teoria de Einstein foram detectadas e a velocidade de propagação dessas ondas é exatamente a velocidade da luz, conforme previsto pelo físico teórico alemão.
Segundo o astrofísico, em várias escalas de comprimento diferentes, sejam escalas mais locais do sistema solar, na galáxia, e também fora dela, a relatividade geral tem se mostrado uma teoria de gravitação bem consistente "e, possivelmente, muito próximo do que deve ser a realidade".
Desafio
Jailson Alcaniz disse que o grande desafio agora consiste em se estudar o universo em grandes escalas na cosmologia. Isso se explica porque, em 1998, foi descoberto que o universo não só se expandia, como foi comprovado em 1929, mas também que essa expansão ocorria aceleradamente. Para explicar isso na relatividade geral, o pesquisador disse ser necessário introduzir o conceito de uma componente extra no universo que se denomina energia escura.
"Só que a gente não sabe nada sobre a origem dessa componente, que deveria contribuir com cerca de 70% da composição do universo. Como a gente não sabe nada sobre a origem e a natureza dela, uma parcela da comunidade científica vê esse fenômeno da aceleração cósmica como, possivelmente, uma primeira evidência de que em escalas muito grandes, cosmológicas, a relatividade geral, talvez, precise ser substituída por uma teoria mais geral do campo gravitacional, que explique a aceleração do universo sem a necessidade de postular a existência de uma energia escura", explicou.
De acordo com o astrofísico, o grande desafio agora da relatividade geral é a compreensão sobre o campo gravitacional. Jailson Alcaniz disse que isso virá a ocorrer nas próximas décadas, quando as grandes campanhas observacionais da estrutura de grande escala do universo vão confirmar se existe um desvio da relatividade geral impressa na distribuição de galáxias ou se, de fato, a relatividade geral é comprovada não só em escalas menores, como também na maior escala, que é a escala cosmológica. "É um desafio que a teoria tem para a próxima década".
Cooperação
O Brasil já tem cientistas trabalhando com essa finalidade. O Observatório Nacional lidera, junto com pesquisadores espanhóis, um grande projeto que vai observar "centenas de milhões de galáxias" a partir do próximo ano, disse Jailson Alcaniz.
Esse projeto permitirá fazer esse tipo de pesquisa que é procurar um "print" ou da relatividade geral ou de alguma teoria de gravidade em queda na distribuição de galáxias em grande escala no universo. O Brasil participa de algumas parcerias que vão ter como objetivo esse teste da relatividade geral e da gravitação.
Hoje, termina o encontro, na Espanha, entre cientistas do Observatório Nacional e espanhóis. Alcaniz disse, entretanto, que a observação "pra valer" começa em 2020. "Mas já no primeiro ano a gente vai ter dados para iniciar essa pesquisa e colocar isso para funcionar".
Se as suposições forem comprovadas, o astrofísico assegurou que terá uma repercussão e importância tão grandes como foi o eclipse de Sobral. "Você hoje mostra, a partir das observações, que a teoria da relatividade geral funciona muito bem nas escalas menores, mas em escala cosmológica tem que ser substituída por uma outra".
Para a física teórica e para a compreensão da redução gravitacional, do espaço, do tempo e da história do universo, "isso seria uma revolução", disse o pesquisador.

BOLSONARO DIZ QUE O POVO FOI ÀS RUAS PARA DEFENDER O FUTURO DESSE PAÍS


Povo está indo às ruas em defesa do futuro da nação, diz Bolsonaro

Agência Brasil








O presidente Jair Bolsonaro afirmou, no Rio de Janeiro, que a população está indo às ruas neste domingo (26) para defender o futuro do país. “Hoje, por coincidência, é um dia em que o povo está indo às ruas não para defender o presidente, um político ou quem quer que seja. Ele está indo para defender o futuro desta nação, uma manifestação espontânea com uma pauta definida, com respeito às leis e às instituições, mas com firme propósito de dar um recado àqueles que teimam, por velhas práticas, não deixar que esse povo se liberte”, afirmou, durante culto na Igreja Batista Atitude, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

Dirigindo-se aos cerca de 4 mil fiéis que lotam a Igreja, Bolsonaro disse que, pela primeira vez na história do Brasil, há um presidente eleito que está cumprindo o que prometeu durante a campanha. “As palavras na política nem sempre representam a prática. Nós estamos casando a palavra com a prática, [e] os problemas se avolumam. Se fosse só eu a sofrer, eu até diria que vale a pena, mas quem está ao meu lado, parente ou não, também sofre. Nós estamos mudando o paradigma, mudando a forma de se apresentar junto a vocês, 208 milhões de pessoas às quais eu devo [ser] obediente, devo lealdade, devo o norte que tem que ser dado para o futuro do nosso Brasil.”

Bolsonaro lembrou-se do momento em que levou uma facada no abdômen durante a campanha presidencial e, dirigindo-se ao pastor Josué Valandro Júnior, líder da Igreja, afirmou que não há um dia em que não agradece a Deus por ter sobrevivido. “Se os senhores estão aqui é porque acreditam em Deus. Juntos e somente com a força de vocês nós poderemos governar.”

Como fez em novembro, quando ainda presidente eleito e participou de um culto na igreja, Bolsonaro destacou a superação do povo de Israel das diante das dificuldades daquele país. Contou que já visitou Israel duas vezes, sendo a última como chefe de Estado. “Temos como exemplo aquela nação cujo povo sofreu muito mais do que nós. O que nos diferencia deles, ou o que nos une, é a fé. Nós temos como transformar o Brasil em uma grande nação. Peço-lhes oração para mim. Orações para o Brasil. Orações para as autoridades para que nós consigamos, de verdade, vencer esses obstáculos. Se lá, quase do outro lado do mundo, eles venceram, com a mesma fé seremos vitoriosos aqui no Brasil”, acrescentou.

O presidente agradeceu a confiança e a consideração que muitos tiveram por ele, afirmando ainda que a responsabilidade de conduzir o país é muito grande. “Essa missão Deus me deu e juntamente com vocês, no espírito fraterno, nós chegaremos a um porto seguro. Meus irmãos da Igreja Atitude, brasileiros de todos os rincões dessa nação maravilhosa, vamos juntos, tendo Deus no coração, colocar o Brasil no local de destaque que ele merece. Meu muito obrigado a todos”, concluiu.

Antes de passar a palavra a Bolsonaro, o pastor Valandro Júnior agradeceu a presença do presidente. “Quando alguém é eleito presidente da República, ele não é presidente apenas de quem votou nele. Ele passa a ser presidente de toda uma nação. É presidente dos que votaram e daqueles que nem sabem que houve eleição, porque vivem em um cantão do Brasil aonde a informação nem chegou”, disse.

Valandro Junior chamou o presidente e a primeira-dama ao palco para fazer a oração e os dois, de joelhos, ouviram o pastor. “Uma oração pela sua vida, pelos seus ministros por aqueles que estão em Brasília no Congresso Nacional e tenham uma proteção para esta nação para que seja uma nação melhor onde não haja divisão por raça, por sexo, por ideias”, destacou Valandro Junior.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 27/05/2019


Tom conciliador

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini









O presidente Jair Bolsonaro, em reunião com o líder do governo na Câmara Federal, Major Vitor Hugo (PSL-GO), determinou que ele se reconciliasse com o presidente da Casa, Rodrigo Maia, como condição para mantê-lo no cargo. Feito, na sexta-feira. Presidente nacional do PSL, partido de Bolsonaro, o deputado Luciano Bivar (PE) afirma à Coluna que o partido está fechado com o líder Vitor Hugo e nega que haja a intenção do Palácio ou da bancada de substituí-lo. Mas já havia lista de indicados de partidos do Centrão (PP, PRB, PR, SD, DEM) na mesa de Bolsonaro. E Maia, que descartou conversa com Vitor Hugo, ainda está um pouco reticente, embora tenha enviado sinais positivos a Bolsonaro.
Daqui pra frente
Sobre as derrotas no Congresso, Bivar pondera que matérias importantes do Palácio – como reestruturação dos ministérios –, passaram e a tendência agora é consolidar a base.

Oi, amigo
Ao negar atritos com o DEM, Bivar também usa tom conciliador e diz ver no presidente da Câmara é um aliado “que recebeu e recebe o apoio do partido (PSL)”.

Da democracia
Os deputados Kim Kataguiri (DEM-SP) e Marcelo Freixo (PSOL), de ideologias bem distintas, andam conversando, e muito, na Câmara. Alguns estranham, mas é do jogo.
Barba S.A.
O ex-presidente Lula da Silva, condenado por corrupção e preso em Curitiba, continua atuando politicamente da cadeia em duas frentes de olho nas ruas. Enquanto elabora a rota de Fernando Haddad (PT) para a Caravana ‘Lula Livre’, pediu a Carlos Lupi, presidente do PDT – que o visitou há dias – que faça gestões junto a instituições.
Pela soberania
Lula pediu a Lupi que promova encontros com diferentes setores da sociedade para que participem de mobilização “em defesa da soberania nacional”. “Vou marcar reuniões com ministros do STF, representantes da CNBB, OAB, centrais sindicais, empresários, professores e estudantes”, diz Lupi à Coluna.
Óleo & lousa
A mobilização, na visão do líder petista, é pela Petrobras e pelos investimentos em educação. Vale ressaltar que Lula, quando presidente, já chegou a bloquear até R$ 10 bilhões do setor. E não houve a gritaria de hoje. Surfava na popularidade.
Morde, assopra
Após ser atacado pela militância virtual bolsonarista e por deputados governistas, o presidente da Comissão Especial que analisa a reforma da Previdência, Marcelo Ramos (PR-AM), foi procurado por lideranças do PSL, que rechaçaram as acusações de suposto atraso na tramitação do texto.
Até a merenda
O PSOL na Câmara esmiuçou dados do Planejamento e aponta que o contingenciamento “perpassa” todos os níveis da educação e ultrapassa os R$ 5 bilhões, afetando da pós-graduação até a merenda das crianças nos centros de educação infantil.
Cadê o papel?
O levantamento indica que R$ 1,83 bilhão bloqueados das universidades pagariam as contas de água, energia, telefone, vigilância, limpeza e compra de materiais (inclusive papel higiênico e outros produtos, que já faltam em muitas unidades). </CW>
Acorda, ministro
Está cada vez pior o clima entre o Ministério da Justiça e o Palácio, com ministros no cangote de Sérgio Moro alertando sobre os riscos das decisões do Grupo de Trabalho para reduzir a carga tributária do cigarro, na esteira do debate sobre o contrabando.
Pegou mal
Na ponta do problema, nos bastidores, está a Souza Cruz, a maior fabricante do país. O comentário no MJ é que eventual decisão a favor dos cigarros – que causam prejuízo de R$ 57 bilhões/ano na Saúde – será barrada no Palácio e no Ministério da Economia, que precisa arrecadar, e não abrir mão de impostos sobre um setor tão problemático.
Versão romântica
O mais renomado consultor de crises do país envolve-se, há meses, num projeto pessoal literário egresso das introspecções – e o leitor não se assuste nas livrarias, não é um homônimo o da capa floreada. Mário Rosa lança “Prosas com melodia de amor e de destino” (Geração editorial), também em áudio-book. Pelos trechos que leu a amigos, vem literatura na veia, diferente das análises conhecidas nas obras anteriores.

DEMOCRACIA RELATIVA DE LULA E MADURO CADA UM AO SEU MODO

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