quinta-feira, 23 de maio de 2019

COLUNA ESPLANADA DO DIA 23/05/2019


Mais fumaça!

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini








O Governo começou o contra-ataque à indústria do cigarro, que usou a boa vontade do ministro da Justiça, Sérgio Moro, para tentar reduzir sua carga tributária. A situação ficou feia para a Souza Cruz, que controla grande parte da fabricação no Brasil, e a concorrente Philip Morris. A Advocacia Geral da União entrou na Justiça Federal, no Rio Grande do Sul, para cobrar indenizações por gastos na saúde com tratamentos de doenças causadas pelo fumo - que custam ao Governo até R$ 57 bilhões por ano. A ação da AGU ocorre no momento em que o ministro Paulo Guedes, da Economia, precisa arrecadar mais, e de todos os setores.
Vai pra gaveta
O Palácio do Planalto monitora o grupo de trabalho criado no âmbito do Ministério da Justiça e avisou que pegou muito mal. O caso seria para o Ministério da Economia.

Da fábrica
A assessoria da Souza Cruz informou que foi surpreendida pela AGU, e que, segundo Ibope, 54% do mercado brasileiro consomem cigarros paraguaios.

Em debate
Quem quiser ver de perto dois ministros do STF e o que pensam de fake news: Toffoli e Lewandowski vão à Faculdade de Direito da USP para debates da OAB, amanhã.

PSL corre
A bancada do PSL lançou ofensiva para tentar manter o líder do Governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), e evitar que o cobiçado posto seja ocupado por um parlamentar do Centrão. A mobilização, que não conta com o apoio da líder do Governo no Congresso, Joyce Hasselmann (PSL-SP), começou após rumores de que o Planalto tem “nomes na mesa” para trocar o líder, conforme a Coluna antecipou.

Apoio fraco
Alguns fiéis defendem até a divulgação de carta aberta de apoio a Vitor Hugo. Apesar dos apelos dos deputados, a mudança na liderança está em discussão avançada no Palácio do Planalto. A situação de Vitor Hugo ficou mais delicada após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, anunciar o rompimento com o deputado goiano.

Pela culatra
O presidente Jair Bolsonaro não precisa contar com votos da bancada do Cidadania (ex-PPS) contra os projetos que tentam derrubar os decretos que liberam posse e porte de armas. Presidente do Cidadania, o ex-senador Roberto Freire criticou o decreto em palestra para estudantes, na quinta, no Ceará.
Neutralidade
“Além de estimular a violência na cidade, provocará mais conflitos no campo. É um decreto ilegal”. O Cidadania é neutro no Congresso, com viés de oposição puxado pelo seu líder nacional.

Peregrinação
Em resposta às críticas pela frágil articulação política com o Congresso, o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, atualizou seu balanço do número de congressistas que passou pelo gabinete no Palácio desde o início da atual Legislatura, em fevereiro. O democrata garante que, em quatro meses, já foram recebidos 386 parlamentares.

Sem base
Destes, 282 atendidos por Onyx. Mas a peregrinação de políticos à Casa Civil não surtiu efeito: o Governo segue sem base consolidada no Congresso e coleciona derrotas em comissões. E, hoje, não tem votos suficientes para aprovar a Reforma da Previdência.

Barragem... 
Em petição de cinco advogados, protocolada na CPI do Senado, que apura a tragédia de Brumadinho, o ex-presidente da Vale Fábio Schvartsman alega que “inexistem contradições ou divergências” em seu depoimento ao questionar o requerimento, aprovado na terça, que determina acareação dele com outros ex-diretores da mineradora.

...jurídica
No documento, ao qual a Coluna teve acesso, Schvartsman diz que não há motivo para “a acareação pretendida e que segue à disposição para apresentar documentos e qualquer material que possa auxiliar no esclarecimento dos fatos”. O requerimento é do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), que agora não vai dar mole para a turma.

Repetente 
Sabem quem vai aparecer para a acareação? O diretor Peter Poppinga, que cuidava da barragem em Brumadinho. Era ele quem estava à frente da Samarco, em Mariana.

quarta-feira, 22 de maio de 2019

A CHINESA HUAWEI NÃO SE SENTE PREJUDICADA COM AS RESTRIÇÕES AMERICANAS


Huawei diz que restrição americana não afeta seus produtos de ponta

Agência Brasil






O fundador e presidente da Huawei Technologies, Ren Zhengfei, afirmou hoje (21) que as restrições dos Estados Unidos contra a empresa chinesa não vão afetar os produtos de tecnologia de ponta da companhia, particularmente o serviço 5G.As restrições adotadas pelo Escritório da Indústria e Segurança do Departamento de Comércio dos Estados Unidos se referem à inclusão da Huawei e suas afiliadas em uma "Lista de Entidade". As regras desta lista lista estabelecem restrições para a venda ou transferência de tecnologias dos Estados Unidos para a empresa.
Segundo Ren Zhengfei, a proibição vai ter um impacto negativo apenas em produtos de gama inferior da Huawei.
Ele acrescentou, porém, que a empresa não deve restringir sua atuação de maneira prejudicar a posição de liderança em tecnologia.
"Nosso trabalho é para beneficiar toda a humanidade", disse Ren, acrescentando que o equipamento 5G da Huawei vai reduzir consideravelmente o custo de construção da rede mundial de telecomunicação.
A briga entre Google e Huawei, que resultou na suspensão da licença do Androidpara dispositivos da fabricante de smartphones, fez com que a população chinesa se manifestasse a favor da companhia local — iniciando uma campanha contra o sistema operacional e até fazendo pouco caso do banimento dos Estados Unidos.
A informação é do What's on Weibo, que compila novidades publicadas na rede social chinesa Weibo, uma das mais populares do país. De acordo com a página, a maior parte dos fãs afirma que não vai abandonar a marca e espera que ela compre essa briga, se tornando totalmente independente dos serviços norte-americanos. Até o momento, serviços de pós-venda e atualizações de segurança continuam garantidos.
Hashtags com mensagens de apoio — "A Huawei não precisa confiar na América para seus chips" e "Sistema operacional próprio da Huawei, o Hong Meng" — bombaram nesta segunda-feira (20), indicando que chineses querem manter o smartphone mesmo com outro sistema — que estaria em desenvolvimento como um plano B há alguns anos, prevendo algum tipo de proibição. Vale lembrar que vários serviços da Google já são censurados ou bloqueados na China, o que significa que muita gente por lá já não é tão acostumada assim com os aplicativos nativos do Android.

"Orgulho nacional"

Já na rede social Douyin, equivalente ao TikTok, muitos vídeos de apoio foram encontrados, inclusive discursos de um gerente da Huawei. "Alguns de meus amigos estão pensando em comprar um iPhone, e eu acho isso vergonhoso" e "Eu vou apoiar incondicionalmente os produtos produzidos domesticamente. Vai, Huawei!" são alguns dos comentários encontrados por lá.
Por outro lado, usuários de fora da China estariam preocupados com a falta de suporte. Além disso, Intel e Qualcomm suspenderam acordos com a fabricante no fornecimento de processadores.

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO RJ E FMI ACREDITAM NA REFORMA DA PREVIDÊNCIA


Firjan diz que reforma vai estimular R$ 1,4 trilhão em investimentos

Agência Brasil




Bolsonaro foi homenageado com a medalha do Mérito Industrial do Estado do Rio de Janeiro

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) divulgou nesta segunda-feira (20) projeção em que prevê que R$ 1,4 trilhão em investimentos poderão ser materializados caso a reforma da Previdência seja aprovada no Congresso Nacional. O estudo foi apresentado diante do presidente Jair Bolsonaro, que foi homenageado com a Medalha do Mérito Industrial.
Segundo a Firjan, R$ 655 bilhões em investimentos públicos e R$ 729 bilhões em investimentos privados poderiam ocorrer com a mudança na situação das contas públicas e da confiança do setor privado.O presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouveia Vieira, disse que, além da melhora do déficit público, a reforma vai promover a retomada da confiança e estimular a atividade econômica,  além de uma potencial de redução dos juros e da inflação.
"O Brasil define pelos próximos dois ou três meses seu destino nas próximas duas ou três décadas", disse o presidente da federação, que estimou que poderiam ser destinados R$ 770 bilhões para a habitação, R$ 221 bilhões para o saneamento, R$ 95 bilhões para segurança, R$ 130 bilhões na saúde, R$ 33 bilhões na educação e R$ 135 bilhões para a finalização de obras que se encontram paralisadas.
Prefeito do Rio diz que Brasil precisa evoluir
Também estavam presentes ao evento o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, e os presidentes do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, e da Petrobras, Roberto Castello Branco, além de ministros.
O prefeito do Rio foi o primeiro a discursar. Disse que o país vive um momento extraordinário porque o Brasil precisa evoluir em relação a suas práticas políticas.
"Esse copo transbordou", afirmou, observando que antes havia um dogma de que só era possível ter governabilidade com distribuição de vantagens.
Já o governador Wilson Witzel agradeceu ao presidente da República pela "atenção especial" dada ao estado do Rio de Janeiro. "Tenho recebido semanalmente os ministros de Vossa Excelência", disse ele, que destacou expectativas de investimentos nas áreas petrolífera, turística e energética.
O governador disse ainda que se reuniu com parlamentares da bancada do Rio no Congresso Nacional em favor da reforma da Previdência. "Que nós avancemos para que o Brasil possa avançar", finalizou.
“Temos expectativa que a aprovação da Reforma da Previdência fortalecerá a previsibilidade e a certeza sobre o futuro da economia brasileira” disse a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, após o encerramento do Fórum Econômico de Astana. Segundo ela, a Reforma da Previdência vai desencadear um movimento de solidez e das finanças do Brasil.
O Fórum Econômico de Astana, ocorrido na cidade de Nur Surtan, capital do Cazaquistão, nos dias 16 e 17 de maio, reuniu 5.500 delegados de 74 países. Eles sugeriram que os países da Ásia Central podem dar prosseguimento às diretrizes do Fórum de Davos (Suíça), em favor do crescimento da economia mundial. O fórum anual é considerado um evento econômico chave na Europa e na Ásia. O tema do fórum deste ano foi "Inspirando o crescimento: pessoas, cidades, economias".
O Fórum Econômico de Astana também  enfatizou a necessidade de que todas as nações do mundo, especialmente as da Ásia, busquem cumprir as sugestões formuladas pela Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.
"O mais importante é que precisamos de um crescimento inclusivo e sustentável que melhore as perspectivas das mulheres, jovens, pobres e aqueles que vivem nas áreas rurais e que aumentem as expectativas das gerações futuras", disse Christine Lagarde, dirigindo-se aos participantes do fórum.
“Se a Ásia Central pode aproveitar o poder da tecnologia financeira, como fizeram as economias emergentes em outras regiões, os ganhos potenciais para os pobres, mulheres e jovens serão significativos”, acrescentou a diretora-gerente do FMI.
Desevolvimento Sustentável
Cazaquistão e sua capital Nur Sultan, enquanto cooperam com outras nações e cidades, também precisam estabelecer sua própria abordagem para o desenvolvimento, disse Alexander Petrov, ministro assistente da Comissão Econômica da Eurásia e gerente de projetos de Transformação Digital para a região da Ásia Central.
“A principal tarefa da liderança do Cazaquistão e da cidade de Nur Sultan é criar seu próprio ecossistema. Não podemos copiar a experiência de alguém. Precisamos  desenvolver o nosso próprio programa. Para isso, é muito importante manter as pessoas capazes de incorporar as tarefas tecnológicas mais ousadas. É importante que eles não partam para Cingapura ou para os Estados Unidos, mas fiquem em seus respectivos lugares para desenvolver seu próprio ecossistema ", disse Petrov.
Delegados de vários países também observaram que o Fórum Econômico de Astana, o Fórum de Davos e outros fóruns similares oferecem uma boa oportunidade para facilitar a cooperação internacional no combate aos desafios globais.
“Até 2030, 5,1 bilhões de pessoas, ou 60% da população global, estarão morando nas cidades. Pressões ambientais serão sem precedentes. Hoje, apenas 10% dos residentes urbanos têm condições adequadas, de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde ”, disse o Presidente do Conselho de Administração do Boston Consulting Group, Hans-Paul Bürkner, que participou do Fórum Econômico de Astana.
*Com informações da Kazinform (Agência de notícias do Cazaquistão)








DEMOCRACIA RELATIVA DE LULA E MADURO CADA UM AO SEU MODO

  Brasil e Mundo ...