Firjan diz que reforma vai estimular R$ 1,4 trilhão
em investimentos
Agência Brasil
Bolsonaro foi
homenageado com a medalha do Mérito Industrial do Estado do Rio de Janeiro
A Federação das
Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) divulgou nesta
segunda-feira (20) projeção em que prevê que R$ 1,4 trilhão em
investimentos poderão ser materializados caso a reforma da Previdência seja
aprovada no Congresso Nacional. O estudo foi apresentado diante do presidente
Jair Bolsonaro, que foi homenageado com a Medalha do Mérito Industrial.
Segundo a Firjan, R$
655 bilhões em investimentos públicos e R$ 729 bilhões em investimentos
privados poderiam ocorrer com a mudança na situação das contas públicas e da
confiança do setor privado.O presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouveia
Vieira, disse que, além da melhora do déficit público, a reforma vai promover a
retomada da confiança e estimular a atividade econômica, além de uma
potencial de redução dos juros e da inflação.
"O Brasil
define pelos próximos dois ou três meses seu destino nas próximas duas ou três
décadas", disse o presidente da federação, que estimou que poderiam ser
destinados R$ 770 bilhões para a habitação, R$ 221 bilhões para o saneamento,
R$ 95 bilhões para segurança, R$ 130 bilhões na saúde, R$ 33 bilhões na
educação e R$ 135 bilhões para a finalização de obras que se encontram
paralisadas.
Prefeito do Rio diz
que Brasil precisa evoluir
Também estavam
presentes ao evento o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, o prefeito
do Rio, Marcelo Crivella, e os presidentes do Banco Nacional do Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, e da Petrobras, Roberto Castello
Branco, além de ministros.
O prefeito do Rio
foi o primeiro a discursar. Disse que o país vive um momento extraordinário
porque o Brasil precisa evoluir em relação a suas práticas políticas.
"Esse copo
transbordou", afirmou, observando que antes havia um dogma de que só era
possível ter governabilidade com distribuição de vantagens.
Já o governador
Wilson Witzel agradeceu ao presidente da República pela "atenção
especial" dada ao estado do Rio de Janeiro. "Tenho recebido
semanalmente os ministros de Vossa Excelência", disse ele, que destacou
expectativas de investimentos nas áreas petrolífera, turística e energética.
O governador disse
ainda que se reuniu com parlamentares da bancada do Rio no Congresso Nacional
em favor da reforma da Previdência. "Que nós avancemos para que o Brasil
possa avançar", finalizou.
“Temos expectativa
que a aprovação da Reforma da Previdência fortalecerá a previsibilidade e a
certeza sobre o futuro da economia brasileira” disse a diretora-gerente do
Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, após o encerramento do
Fórum Econômico de Astana. Segundo ela, a Reforma da Previdência vai
desencadear um movimento de solidez e das finanças do Brasil.
O Fórum Econômico de
Astana, ocorrido na cidade de Nur Surtan, capital do Cazaquistão, nos dias 16 e
17 de maio, reuniu 5.500 delegados de 74 países. Eles sugeriram que os países
da Ásia Central podem dar prosseguimento às diretrizes do Fórum de Davos
(Suíça), em favor do crescimento da economia mundial. O fórum anual é
considerado um evento econômico chave na Europa e na Ásia. O tema do fórum
deste ano foi "Inspirando o crescimento: pessoas, cidades,
economias".
O Fórum Econômico de
Astana também enfatizou a necessidade de que todas as nações do mundo,
especialmente as da Ásia, busquem cumprir as sugestões formuladas pela Agenda
2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.
"O mais
importante é que precisamos de um crescimento inclusivo e sustentável que
melhore as perspectivas das mulheres, jovens, pobres e aqueles que vivem nas
áreas rurais e que aumentem as expectativas das gerações futuras", disse
Christine Lagarde, dirigindo-se aos participantes do fórum.
“Se a Ásia Central
pode aproveitar o poder da tecnologia financeira, como fizeram as economias
emergentes em outras regiões, os ganhos potenciais para os pobres, mulheres e
jovens serão significativos”, acrescentou a diretora-gerente do FMI.
Desevolvimento
Sustentável
Cazaquistão e sua
capital Nur Sultan, enquanto cooperam com outras nações e cidades, também
precisam estabelecer sua própria abordagem para o desenvolvimento, disse
Alexander Petrov, ministro assistente da Comissão Econômica da Eurásia e
gerente de projetos de Transformação Digital para a região da Ásia Central.
“A principal tarefa
da liderança do Cazaquistão e da cidade de Nur Sultan é criar seu próprio
ecossistema. Não podemos copiar a experiência de alguém. Precisamos
desenvolver o nosso próprio programa. Para isso, é muito importante
manter as pessoas capazes de incorporar as tarefas tecnológicas mais ousadas. É
importante que eles não partam para Cingapura ou para os Estados Unidos, mas
fiquem em seus respectivos lugares para desenvolver seu próprio ecossistema
", disse Petrov.
Delegados de vários
países também observaram que o Fórum Econômico de Astana, o Fórum de Davos e
outros fóruns similares oferecem uma boa oportunidade para facilitar a
cooperação internacional no combate aos desafios globais.
“Até 2030, 5,1
bilhões de pessoas, ou 60% da população global, estarão morando nas cidades.
Pressões ambientais serão sem precedentes. Hoje, apenas 10% dos residentes
urbanos têm condições adequadas, de acordo com as recomendações da Organização
Mundial da Saúde ”, disse o Presidente do Conselho de Administração do Boston
Consulting Group, Hans-Paul Bürkner, que participou do Fórum Econômico de
Astana.
*Com informações da
Kazinform (Agência de notícias do Cazaquistão)
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