segunda-feira, 20 de maio de 2019

BARRAGEM EM BARÃO DE COCAIS MG PODE SE ROMPER A QUALQUER MOMENTO


Talude de barragem em Barão de Cocais pode se romper a qualquer momento, dizem autoridades

Renata Evangelista 








Comunidade de Socorro foi um das evacuadas após laudo não atestar segurança em barragem

Órgãos de segurança e moradores de Barão de Cocais, na região Central de Minas, esperam para qualquer momento o colpaso do talude da cava da Mina Gongo Soco, que poderia provocar a ruptura da barragem Sul Superior, a 1,5 km de distância da estrutura. Relatório da Vale, responsável pela mina, revela que o talude pode se romper deste domingo (19) até o próximo sábado (25).
A dimensão da ruptura ainda é desconhecida e, até o momento, a Vale não informou se a vibração provocada por ela poderia causar a desestabilização e o colapso da barragem. Se o pior cenário for confirmado, a onda de rejeitos deve atingir a área Central da cidade e os bairros São Geraldo, São Benedito, Três Moinhos e Vila Regina, impactando aproximadamente 6 mil pessoas.
A Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e outros órgãos, como Agência Nacional de Mineração (ANM), estão em alerta. Para evitar novos desastres humanos, como o que ocorreu em Brumadinho, na Grande BH, quando o rompimento da Mina Córrego do Feijão deixou 240 mortos e 30 desaparecidos, os moradores de Barão de Cocais passaram por um treinamento sobre deixarem as áreas de risco e seguirem para pontos seguros do município. 
Além disso, a Justiça mineira ordenou que a Vale apresente estudo completo com impactos e danos ocasionados pelo possível rompimento da barragem. A decisão obriga a mineradora a entregar o chamado “dam break” até segunda-feira (20), sob pena de multa de R$ 300 milhões em caso de descumprimento.
Por nota, a Vale declarou que já apresentou o relatório mais atualizado de dam break da Barragem Sul Superior, "explicando naquela oportunidade a adequação dos critérios técnicos". Além disso, a empresa garantiu que não foi intimada de qualquer decisão quanto a eventual descumprimento da decisão liminar.



Entenda onde está o talude e como ele pode afetar a barragem da Vale. Clique na imagem para ampliá-la

Monitoramento
Ainda em comunicado enviado à imprensa, a Vale disse que a cava da Mina de Gongo Soco vem sendo monitorada 24 horas por dia de forma remota, "com o uso de radar e estação robótica capazes de detectar movimentações milimétricas da estrutura, além de sobrevoos com drone". O vídeo-monitoramento é feito em tempo real.
A empresa garantiu que iniciou, na última quinta-feira (16), a terraplenagem para construção da contenção em concreto localizada a 6 km a jusante da barragem Sul Superior. De acordo com a Vale, a estrutura seria capaz de reter grande parte do volume de rejeitos da barragem em caso de rompimento. "Essa obra atuará como barreira física no sentido de reduzir a velocidade de avanço de uma possível mancha, contendo o espalhamento do material a uma área mais restrita", garantiu por meio de nota.

O GOVERNO BRASILEIRO FARÁ NOVO CORTE DE GASTOS NAS SUAS DESPESAS


Governo anunciará novos contingenciamentos no orçamento na quarta

Patrícia Santos Dumont







O orçamento passará por um novo desafio na próxima quarta-feira (22). Em meio à desaceleração econômica, a Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia anunciará mais um contingenciamento (bloqueio temporário de verbas) na nova edição do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas.
Publicado a cada dois meses, o relatório traz as atualizações das estimativas oficiais para a economia brasileira e o impacto dela nas previsões de receitas e despesas. Com base nas receitas, o governo revisa as despesas para garantir o cumprimento da meta de déficit primário (resultado negativo das contas do governo excluindo os juros da dívida pública) de R$ 139 bilhões e do teto de gastos federais.
Na última semana, o governo recebeu diversos sinais amarelos em relação à economia. O Boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central (BC), indicou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) fechará o ano em 1,45%. A previsão deve baixar no próximo boletim, a ser divulgado na segunda-feira (20).
Outro alerta foi dado pelo Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central, que funciona como uma prévia do PIB. Famoso por antecipar tendências da economia, o indicador fechou o primeiro trimestre com queda de 0,68% em dados dessazonalizados (que desconsideram as oscilações típicas de determinadas épocas do ano).
A desaceleração da economia reduz a arrecadação de tributos, impactando a receita do governo. A queda de receita deve ser parcialmente neutralizada pela alta no preço internacional do petróleo, que está no maior nível em sete meses. Em audiência pública na Comissão Mista de Orçamento na última terça-feira (14), o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, confirmou que o próximo relatório terá bloqueios adicionais de verbas.
No fim de março, a Secretaria Especial de Fazenda tinha anunciado o contingenciamento de quase R$ 30 bilhões do Orçamento. De lá para cá, o volume total bloqueado não foi alterado, mas o governo fez remanejamentos que retiraram recursos da educação e desencadearam uma onda de protestos na última quarta-feira (15) pela manutenção das verbas.
Pela lei, somente despesas discricionárias (não obrigatórias) podem ser contingenciadas. O volume de contingenciamento, no entanto, pode ser parcialmente reduzido se a equipe econômica reestimar reduções de gastos obrigatórios, geralmente reservas para cumprimento de decisões judiciais ou de gastos com o funcionalismo.

DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS


Maio roxo: dez questões sobre doenças inflamatórias intestinais

Da Redação*









Uma das campanhas de saúde realizadas no quinto mês do ano é o Maio Roxo, que alerta e conscientiza sobre doenças inflamatórias intestinais (DIIs). Neste domingo (19), é lembrado o Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal. Duas das mais comuns DIIs são a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa, cujos sintomas envolvem dor abdominal, perda de peso, diarreia e sangramento retal.

O ator Tyler James Williams, que conquistou sucesso ao interpretar o protagonista da série Todo Mundo Odeia o Chris, sofre com a síndrome de Crohn. Recentemente, ele usou as redes sociais para desabafar sobre o próprio estado de saúde.
Veja:

As doenças inflamatórias intestinais prejudicam significativamente a vida de 78% dos pacientes, segundo a pesquisa Jornada do Paciente com DII, realizada pela Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD). Mais de 3 mil pessoas participaram do levantamento...

Reconhecer os sintomas para o diagnóstico e o início do tratamento adequado são essenciais para proporcionar o bem-estar das pessoas. Para esclarecer as principais dúvidas sobre o tema, a gastroenterologista Marta Machado, presidente da ABCD, responde dez questões sobre as DIIs.

A retocolite ulcerativa e a doença de Crohn são iguais?

Não. As duas principais enfermidades que compõem o grupo das DIIs são inflamatórias, crônicas, sem cura e podem ter diversos fatores de origem. Entretanto, são enfermidades distintas. A doença de Crohn pode acometer desde a boca ao ânus, atingindo todas as camadas do trato digestivo e, por isso, pode evoluir para perfuração e estreitamento no intestino. Já a retocolite ulcerativa é restrita ao reto e ao intestino grosso, com o acometimento restrito à mucosa.

O paciente com DII tem febre e dor como sintoma?

Sim. A dor abdominal está presente quando a doença está em atividade e o paciente pode ter quadros de febre. Além disso, os principais sinais das doenças são diarreia ou constipação, presença de sangue ou muco nas fezes e distensão abdominal.

É possível ocorrer perda de peso e queda de cabelo?

Sim. A pessoa com DII pode sofrer um emagrecimento excessivo e também queda de cabelo. Isso ocorre por questões secundárias como a desnutrição, a falta de vitaminas ou como efeito colateral de alguma medicação.

As DIIs apresentam sinais apenas no trato gastrointestinal?

Não. As enfermidades podem apresentar manifestações além do intestino, como uveíte (inflamação no olho), artrite (inflamação das articulações), sacroileíte (inflamação na articulação do sacro, osso localizado na base da coluna vertebral), eritema nodoso (inflamação na pele), piodermite gangrenosa (feridas na pele), hidrosadenite supurativa (doença crônica de pele), hepatites, colangite (inflamação nos canais biliares), tromboses (coágulo no sangue), entre outras.

As DIIs podem ser confundidas com outras doenças?

Sim. Essas enfermidades podem ter inúmeras formas de apresentação com uma gama enorme de manifestações. Dessa forma, é essencial a realização correta e bem detalhada da história clínica do paciente e exame físico completo para o diagnóstico final.

Como é feito o diagnóstico?

As doenças inflamatórias intestinais são diagnosticadas por história clínica completa, exames físicos e laboratoriais, incluindo estudos de imagem endoscópica e radiológica.

A síndrome do intestino irritável é uma doença inflamatória intestinal?

Não. A SII não é considerada uma doença inflamatória intestinal, principalmente porque não causa inflamação no intestino. Trata-se de um transtorno funcional, uma vez que não há uma origem aparente para os sintomas, ao contrário das DIIs, que são enfermidades orgânicas. Além disso, muitos indivíduos com SII não apresentam quaisquer alterações em seus exames.

Como é o tratamento para DIIs?

Existem diversas opções de terapias e a escolha do tratamento indicado para cada paciente depende da gravidade e da localização da doença após uma criteriosa avaliação médica. Entre as alternativas terapêuticas estão os aminossalicilatos, os corticoides, os imunomoduladores, os antibióticos e os medicamentos biológicos, sendo que, nesta última classe, há três mecanismos de ação diferentes: os anti-TNF, anti-integrina e anti-interleucinas 12 e 23. Os tratamentos biológicos mais inovadores são capazes de aliviar os sintomas da doença de maneira rápida e manter a resposta por um período de tempo prolongado, sendo hoje mais indicados em quadros moderados e graves das DIIs, embora já se discuta a adoção mais precoce pelos benefícios que proporcionam.

Cuidar da alimentação é suficiente para o tratamento das enfermidades?

Não. Em casos mais leves, a mudança dos hábitos alimentares pode ser suficiente, mas essa situação é muito rara. Normalmente, é recomendado que o paciente evite os alimentos que pioram os sintomas das doenças. Além disso, em algumas fases, pode ser necessário diminuir o consumo de fibras e, em outras, de lactose. Um acompanhamento com nutricionista é muito importante.

O estilo de vida está relacionado com o desenvolvimento de DIIs?

Depende. Não há confirmações científicas sobre essa influência, porém é possível afirmar que estresse, uso abusivo de medicamentos desde a infância, consumo em excesso de alimentos industrializados, gordurosos e com agrotóxicos afetam o funcionamento do aparelho digestivo.
* Com Estadão Conteúdo

GOVER NO LULA NÃO CONCORDA COM AS REDES SOCIAIS LIVRES DE CENSURA

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