segunda-feira, 20 de maio de 2019

COLUNA ESPLANADA DO DIA 20/05/2019


Dedos no gatilho

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini












O decreto da posse e porte de armas do presidente Jair Bolsonaro corre risco de cair. Senadores da Rede, Cidadania, PT e Pros articulam para que tramitem em regime de urgência todos os projetos de decreto legislativo que questionam a flexibilização. São quatro PDLs no Senado que pedem a suspensão dos efeitos do Decreto 9.785 assinado pelo presidente. O Plenário já aprovou requerimento da senadora Simone Tebet (MDB-MS) que determinou a tramitação conjunta dos projetos. Se aprovada a urgência, os textos não terão que passar pelas demoradas sessões da Comissão de Constituição e Justiça, e serão analisados diretamente no plenário da Casa Alta.
Em suma
Muitos parlamentares reclamam que o tema deveria passar por debate no Congresso.
Sem coldre
Há possibilidade de derrota para o presidente. Por exemplo, ele não tem maioria hoje no Senado para aprovar a Reforma da Previdência – se passar na Câmara.
Garoto propaganda?
O lobby da indústria do cigarro pega pesado e usa a boa vontade do ministro Sérgio Moro para tentar reduzir a carga tributária. O Palácio já sacou e alertou o ministro.
Aliás...
...alguém aí já viu o Sérgio Moro com um cigarro na mão? Muito menos na boca.
Da proa
A saída da empresária bolsonarista Leticia Catelani da Apex Brasil, onde fora nomeada diretora de Negócios, foi mais constrangedora que o divulgado por ela nas redes sociais. Letícia mal passou da portaria ao voltar para pegar suas coisas após a demissão. O presidente Bolsonaro soube e determinou ao novo presidente da Apex, almirante Sérgio Segovia, que se retratasse. Não se sabe se houve o pedido de desculpas.
Segredo de aliada
Catelani era ligada aos ‘olavistas’ e contra a forte ascensão dos militares no Governo. E qual o poder dela sobre o presidente Bolsonaro? Empresária de família rica paulista, ela abraçou a candidatura há mais de ano, e foi ela quem arrumou jatinho para Bolsonaro viajar de Juiz de Fora para internação no Albert Einstein (SP), quando sofreu atentado.
Cadê a mamadeira??
Um importante ex-mandatário com bela esposa deputada federal foi acometido por crise numa agenda oficial de viagens dela em comitiva. Ligou várias vezes à noite, durante dias, avisando que o filho pequeno passava mal. Era só ciúme e saudade.
Rota feminina
A Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Governo do Rio lança amanhã o projeto ‘Uma Por Todas’. A estreia será com dois ônibus equipados para atender mulheres em situação vulnerável em 13 municípios do noroeste fluminense.
Lupa neles
Chegou ao gabinete do ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, o caso revoltante da morte, há dias, do jovem Andrei Francisquini. A família acusa a PM de erro numa abordagem em Santo Antônio da Platina (PR) e quer federalizar a investigação.
CULTURA
Leitura de Bibi
Herdeiros colocaram em leilão a biblioteca da saudosa Bibi Ferreira – exatos 538 livros. ‘Jeremias, O Bom’, de Ziraldo, e ‘A Glória e seu cortejo de horrores’, de Fernanda Torres, autografados para a cantora, foram vendidos por R$ 140, cada um. Há outras preciosidades e raras primeiras edições no site do leiloeiro Antônio Ferreira.
100 de Dias Gomes
A família de Dias Gomes organiza ações para o centenário do dramaturgo, em outubro de 2022. Haverá exposições, montagens de peças e filmes, como ‘O Santo Inquérito’. A Coluna revelou que sua viúva encontrou originais de nova adaptação para o filme ‘O Pagador de Promessas’ – que ganhou a Palma em Cannes. Seu sonho era o Oscar.
MERCADO
Feirão na pista
O Mercado Livre promove a partir de amanhã novo feirão on-line de veículos. Repetirá a ação de recompensa (R$ 500 na conta do Mercado Pago). Clientes do Rio, SP e Minas são os mercados mais participativos do feirão, constatou o Mercado.


sábado, 18 de maio de 2019

BOMBEIROS ESTÃO DE SOBREAVISO POR RISCO DE ROMPÍMENTO DA BARRAGEM DE BARÃO DE COCAIS


Bombeiros de Valadares e Ipatinga estão de sobreaviso por risco de rompimento em Barão de Cocais

José Vítor Camilo











Militares das cidades que já atuaram em Brumadinho já estão de sobreaviso


Os militares do Corpo de Bombeiros das cidades Ipatinga, no Vale do Aço, e de Governador Valadares, na região do Rio Doce, estão de sobreaviso desde a quinta-feira (16) para atuarem no caso do rompimento da barragem Sul Superior, da mina Gongo Soco da Vale, em Barão de Cocais, na região Central de Minas Gerais. A estrutura está sob risco de ruptura iminente e com um estado de alerta máximo devido à movimentação de um talude da mina, que, se desabar, pode ser um gatilho para que a barragem também entre em colapso.
O Hoje em Dia teve acesso a um ofício interno assinado pelo major Washington Goulart do Nascimento, Chefe da Divisão Operacional da corporação, direcionado ao 11º Batalhão, sediado em Ipatinga, ao 6º Batalhão e ao 5º Comando Operacional, ambos de Governador Valadares.
Para o pedido, o documento cita a reativação do Posto de Comando em Barão de Cocais "devido à constatação da movimentação do talude na cava da barragem de Gongo Soco" e cita a informação, divulgada pela própria Vale às autoridades, de que o talude está apresentando uma movimentação diária de 3 a 4 centímetros.
Após pontuar os motivos, o texto pede que os comandantes das unidades dos bombeiros coloquem os militares que atuam na parte administrativa da corporação de sobreaviso até que a situação se normalize.
"Orientem os militares, principalmente os que já foram empenhados na Operação Brumadinho, que os mesmos deverão manter fardamento e equipamento em condições de uso nos alojamentos e vestiários para pronto emprego operacional", conclui o documento.
Medida é padrão da corporação
Procurado pela reportagem, o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, disse que essa medida adotada faz parte da rotina da corporação.
"Mesmo quando estamos fora de operações, a gente tem sempre um efetivo de sobreaviso, para caso de algum acontecimento de maior escala. Por isso existem os acionamentos 2, 3 e 4 de reforço, é uma escala que já existe. Mas agora, que estamos com essa situação em Barão de Cocais, sabemos que pode ser um evento de escala gigantesca, sempre temos um efetivo maior preparado", garante.






PESQUISA CONTRA O CÂNCER AVANÇA


Cientista brasileira cria 'caneta' que detecta câncer durante cirurgia

Estadão Conteúdo 
















A pesquisadora, que já mora há dez anos nos EUA

Uma cientista brasileira de 33 anos desenvolveu uma espécie de caneta capaz de detectar células tumorais em poucos segundos. Livia Schiavinato Eberlin é formada em Química pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e, apesar da pouca idade, já é chefe de um laboratório de pesquisa da Universidade do Texas em Austin, nos Estados Unidos.

Foi lá que, há quatro anos, ela iniciou os estudos de um dispositivo capaz de extrair moléculas de tecido humano e apontar, no material analisado, a presença de células cancerosas. A tecnologia está em estudo, mas já teve resultados promissores ao ser usada na análise de 800 amostras de tecido humano.

A pesquisadora, que já mora há dez anos nos EUA, para onde se mudou para fazer doutorado, está no Brasil nesta semana para apresentar os achados de sua pesquisa no congresso Next Frontiers to Cure Cancer, promovido anualmente pelo A.C. Camargo Cancer Center na cidade de São Paulo.

Nos Estados Unidos, Livia ganhou destaque na comunidade científica ao ser uma das personalidades selecionadas em 2018 para receber a renomada bolsa da Fundação MacArthur, conhecida como "bolsa dos gênios" e destinada a profissionais com atuação destacada e criativa em sua área. O prêmio, no valor de U$ 625 mil (cerca de R$ 2,5 milhões), é de uso livre pelo bolsista.

Em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S. Paulo, a pesquisadora explicou que a caneta, batizada de MacSpec Pen, tem como principal objetivo certificar, durante uma cirurgia oncológica, que todo o tecido tumoral foi removido do corpo do paciente. Isso porque nem sempre é possível visualizar a olho nu o limite entre a lesão cancerosa e o tecido saudável. "Muitas vezes o tecido é retirado e analisado por um patologista ainda durante a cirurgia para confirmar se todo o tumor está sendo retirado, mas esse processo leva de 30 a 40 minutos e, enquanto isso, o paciente fica lá, exposto à anestesia e a outros riscos cirúrgicos", explica Livia.

A caneta desenvolvida por ela e sua equipe de pesquisadores usa uma técnica de análise química para dar essa mesma resposta que um patologista daria. "A caneta tem um reservatório preenchido com água. Quando a ponta dela toca o tecido, capta moléculas que se dissolvem em água e são transportadas para um espectrômetro de massa, equipamento que caracteriza a amostra como cancerosa ou não", explica a cientista.

Essa caracterização da amostra em maligna ou não pode ser feita porque a tecnologia usa, além dos equipamentos de análise química, técnicas de inteligência artificial para que a máquina "responda" se as células são tumorais.

Para isso, foram usadas, na criação do modelo, centenas de amostras de tecidos cancerosos que, por meio de suas características, "ensinam" a máquina a identificar tecido tumoral.

"Na primeira fase da pesquisa analisamos mais de 200 amostras de tecido humano e verificamos uma precisão de identificação do câncer de 97%", conta Livia.

Próximos passos

O resultado dessa etapa do estudo foi publicado na prestigiosa revista científica Science Translational Medicine em 2017. Depois, o grupo de pesquisa da brasileira nos EUA ampliou a investigação para 800 amostras de tecido e, mais recentemente, obteve autorização de comitês de ética de instituições americanas para testar a técnica em humanos, durante cirurgias reais.

"Apesar dos bons resultados em amostras de tecido, o modelo ainda precisa ser validado em testes clínicos. Se os resultados forem confirmados, ainda deve demorar de dois a três anos para a caneta ser lançada como produto", opina Livia. O dispositivo já foi testado para câncer de cérebro, ovário, tireoide, mama e pulmão, e está começando a ser usado também nas pesquisas de tumor de pele.

Caso a técnica se mostre eficaz também para esse tipo de câncer, ela poderia ser usada para identificar se pintas ou outras lesões de pele são malignas sem a necessidade de remoção de uma parte do tecido, o que pode trazer danos estéticos.

Para Fabiana Baroni Makdissi, cirurgiã oncológica e diretora do Centro de Referência da Mama do A. C. Camargo Cancer Center, caso confirmada a eficácia do método em todas as fases da pesquisa, ele trará ganhos nos tratamentos contra o câncer por permitir maior precisão na retirada dos tumores. "Uma das coisas mais importantes quando a gente fala de tratamento cirúrgico é que o cirurgião consiga retirar completamente o tumor. As taxas de cura vão estar relacionadas a isso, mas temos limitações em garantir que toda a circunferência do tecido retirado esteja livre de células tumorais. Então, uma tecnologia como essa, se validada, tem muito a agregar."

Ela explica que a técnica seria importante porque nem todos os hospitais contam com um patologista na equipe cirúrgica para analisar o tecido removido ainda durante a operação. "Nesses casos em que não há essa análise das margens durante a cirurgia, a taxa de reoperação é maior", diz.

Fabiana destaca ainda que a rapidez do novo método pode ter outras vantagens para o paciente. "A redução do tempo cirúrgico seria um benefício agregado da técnica, principalmente em pacientes mais idosos, com doenças crônicas, que têm maiores riscos durante um procedimento cirúrgico", diz a especialista.





GOVER NO LULA NÃO CONCORDA COM AS REDES SOCIAIS LIVRES DE CENSURA

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