Bombeiros de Valadares e Ipatinga estão de
sobreaviso por risco de rompimento em Barão de Cocais
José Vítor Camilo
Militares das
cidades que já atuaram em Brumadinho já estão de sobreaviso
Os militares do
Corpo de Bombeiros das cidades Ipatinga, no Vale do Aço, e de Governador
Valadares, na região do Rio Doce, estão de sobreaviso desde a quinta-feira (16)
para atuarem no caso do rompimento da barragem Sul Superior, da mina Gongo Soco
da Vale, em Barão de Cocais, na região Central de Minas Gerais. A estrutura
está sob risco de ruptura iminente e com um estado de alerta máximo devido à
movimentação de um talude da mina, que, se desabar, pode ser um gatilho para
que a barragem também entre em colapso.
O Hoje em Dia
teve acesso a um ofício interno assinado pelo major Washington Goulart do
Nascimento, Chefe da Divisão Operacional da corporação, direcionado ao 11º
Batalhão, sediado em Ipatinga, ao 6º Batalhão e ao 5º Comando Operacional,
ambos de Governador Valadares.
Para o pedido, o
documento cita a reativação do Posto de Comando em Barão de Cocais
"devido à constatação da movimentação do talude na cava da barragem de
Gongo Soco" e cita a informação, divulgada pela própria Vale às
autoridades, de que o talude está apresentando uma movimentação diária de 3 a 4
centímetros.
Após pontuar os
motivos, o texto pede que os comandantes das unidades dos bombeiros coloquem os
militares que atuam na parte administrativa da corporação de sobreaviso até que
a situação se normalize.
"Orientem os
militares, principalmente os que já foram empenhados na Operação Brumadinho,
que os mesmos deverão manter fardamento e equipamento em condições de uso nos
alojamentos e vestiários para pronto emprego operacional", conclui o
documento.
Medida é padrão da
corporação
Procurado pela
reportagem, o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, disse
que essa medida adotada faz parte da rotina da corporação.
"Mesmo quando
estamos fora de operações, a gente tem sempre um efetivo de sobreaviso, para
caso de algum acontecimento de maior escala. Por isso existem os acionamentos
2, 3 e 4 de reforço, é uma escala que já existe. Mas agora, que estamos com
essa situação em Barão de Cocais, sabemos que pode ser um evento de escala
gigantesca, sempre temos um efetivo maior preparado", garante.
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