sábado, 18 de maio de 2019

VOCÊ SE ACHA MUITO BONZINHO?


As três facetas dos 'bonzinhos'

Simone Demolinari











Muitas vezes, o nobre ato de ajudar pode não ser tão nobre assim. As aparências enganam. “Tal qual as questões físicas, as psíquicas não são necessariamente aquilo que parecem ser”, disse Freud. É preciso enxergar além do óbvio. Para avaliar melhor, podemos dividir a conduta generosa em três partes: altruísmo, fraqueza e manipulação.

1- Altruísmo: é a generosidade feita espontaneamente sem pretensão de ser reconhecido ou de receber recompensa. Pessoas altruístas são genuinamente boas. Fazem o bem sem olhar a quem.

2- Fraqueza: o bonzinho por fraqueza é vitima de si mesmo. Se tornou bonzinho pela dificuldade em falar a verdade ou por medo julgamento alheio. Algumas situações que estimulam este comportamento:

- Dificuldade em falar não: essa dificuldade está diretamente ligada à culpa. Negar um pedido de alguém pode gerar em algumas pessoas um sentimento de culpa, como se houvesse uma obrigatoriedade em fazê-lo. Há quem chegue à situação de comprar coisas das quais não gostou só pela dificuldade em dizer “não” ao vendedor. Se prejudicam para não desagradar o outro.

- Medo da rejeição: viver evitando a rejeição é um caminho curto para se tornar um “bonzinho”. A lógica é: quanto mais eu agradar, menor a possibilidade do outro me largar. Equivocam-se!

- Necessidade de ser aceito: não basta evitar rejeição, é preciso ser aceito. Receber aval do outro faz surgir um sentimento de mais valia. Por isso, quanto mais “bonzinho” maior a chance de ser imprescindível na vida do outro.

- Insegurança: pessoas inseguras, além de não confiarem em si, se sentem, por vezes, inadequadas. Costumam se tornar “boazinhas”, divertidas e solícitas; uma maneira inconsciente de compensar sua insegurança.

- Carência afetiva: os carentes tentando “comprar” afeto através da sua bondade, por isso se tornam exímios doadores. O tamanho da carência é proporcional à doação. Ofertar ao outro, nesse caso, revela uma tentativa de “garantir” uma retribuição em forma de afetividade.

3- Manipulação:
- Levar vantagem: algumas pessoas se tornam boazinhas para receber benefícios. Se especializam em puxar-sacos, fazer fofoca em tom de confidência. São os famosos “lava e traz”. Tentam, através desse comportamento, se valer de benefícios.

- Autopromoção: existem os “bonzinhos” por vaidade. São aqueles que praticam o bem, fazem favores, ofertam ajudas, lideram campanhas sociais não pela ajuda em si, mas para ser aplaudidas. Aliás, nunca foi tão fácil jogar confete em si mesmo quanto na era da rede social.

Se reconhecer “bonzinho” por fraqueza ou por manipulação, não é tarefa fácil. Alias, é muito difícil. A vaidade inebria a visão, tornando turva a capacidade de estabelecer uma autocrítica honesta. Para piorar, a anomalia se desenvolve à espreita, despojando o afetado de lucidez e o deixando acreditar que ele é altruísta. Mas nem tudo é altruísmo no reino dos bonzinhos.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 18/05/2019


Dirceu 2.0

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini








O ex-ministro petista José Dirceu viajou de carro de Brasília para Curitiba, onde se entrega à Polícia Federal, e nessa nova temporada na cadeia - não se sabe por quanto tempo - vai escrever o segundo volume de suas memórias. Levou um calhamaço de pesquisas na bagagem. Dirceu tem esperança de conseguir novo habeas corpus junto ao STJ ou ao STF, em liminar, e sua defesa impetrará a ação neste sábado ou segunda. Os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região negaram pedido da defesa de prescrição de pena na sua segunda condenação pela Operação Lava Jato. Na primeira condenação, ele conseguiu HC via liminar concedida pelo presidente do STF, ministro Dias Toffoli, para responder em liberdade. E assim viajava o país lançando seu livro.
Perto do lar
Se continuar preso, sem sucesso do HC nas cortes superiores, Dirceu vai pedir para ficar preso na Papuda, em Brasília, para receber a visita da mulher e da filha pequena.

O morde-língua
Hoje crítico do teto de gastos, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi um dos principais entusiastas da PEC 241, que congelou as despesas pelo prazo de 20 anos. Na terça passada, para plateia de investidores reunidos pelo BTG Pactual, em Nova York, Maia disse que as amarras impostas pela lei do teto de gastos, aliada à falta de crescimento econômico, pode levar o Brasil a um “colapso social”.

Memória
Em 2016, quando a PEC do Governo Temer tramitava na Câmara, o mesmo Maia chamava de “irresponsáveis e hipócritas” aqueles que se opunham à proposta. À época, todos os deputados do DEM, partido de Maia, votaram a favor da PEC.

Acareação...
Morna até aqui, a CPI do Senado que apura causas e responsabilidades da tragédia de Brumadinho (MG) poderá esquentar nos próximos dias. Senadores da comissão querem fazer acareação com o ex-presidente da Vale Fábio Schvartsman, os ex-diretores Silmar Silva e Gerd Poppinga, os atuais gerentes-executivos Joaquim Pedro de Toledo e Rodrigo de Melo e o ex-funcionário da empresa Felipe Rocha.

...no lamaçal
No requerimento que será votado em breve, senador Jorge Kajuru (PSB-GO) diz acreditar “que desse confronto verbal serão extraídos elementos favoráveis à melhor compreensão dos fatos que precederam o rompimento da barragem”. Aponta ainda que “há clara contradição entre o que declarou Felipe Rocha e demais depoentes”.

Ouvidoria
Na tentativa de consolidar a base aliada na Câmara e evitar novas derrotas no plenário e em comissões, líderes e vice-líderes do Governo estão ouvindo as principais queixas de parlamentares para levá-las ao presidente Bolsonaro. Além da alegada falta de diálogo, os deputados reclamam do excesso de edição de medidas provisórias e decretos.

Dalla$
O PSol protocolou requerimento na Casa Civil e no Ministério das Relações Exteriores com um questionário sobre a viagem do presidente Jair Bolsonaro e comitiva para Dallas, em agenda tida como de promoção pessoal. Em seu quinto mês, aponta o partido, Bolsonaro acumula gasto de R$ 13 milhões em viagens internacionais.

Grana extra 
A Consultoria de Orçamento e Fiscalização do Senado contesta os argumentos e justificativas do Governo para a liberação de R$ 248,9 bilhões para saldar todas as despesas deste ano. O pedido de crédito extra consta no projeto (PLN 4/19) enviado pelo presidente Bolsonaro ao Congresso Nacional em março, conforme citamos na sexta-feira.

Esplanadeira
# Radicada na Bélgica, a pianista carioca Sylvia Thereza faz apresentação única, hoje, na Sala Cecília Meireles, lançando novo CD. # Ciro Gomes participa hoje, no Bangu Atlético Clube, de palestra sobre a Previdência Social organizada pelo PDT. # A Rede Mais, afiliada da Record no Sul de Minas, estreou seu estúdio móvel na feira do Café em Varginha.

sexta-feira, 17 de maio de 2019

TENSÃO ENTRE OS EUA E IRÃ POR ATITUDES TERRORISTAS


Trump diz esperar que EUA não entrem em guerra com Irã

Agência Brasil











Trump prefere a rota diplomática com o Irã

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, disse nesta quinta-feira (16) esperar que os EUA não entrem em guerra com o Irã, enquanto se preparava para se reunir com o presidente da Suíça, Ueli Maurer, cujo país serviu de mediador diplomático entre as duas nações.
Indagado se os Estados Unidos entrarão numa guerra contra o Irã, Trump disse a repórteres que "espera que não", enquanto cumprimentava Maurer na Casa Branca.
As tensões entre EUA e Irã cresceram nos últimos dias, com maiores preocupações sobre um potencial conflito entre os dois países. Nesta semana os Estados Unidos retiraram pessoal diplomático de sua embaixada em Bagdá, após ataques no fim de semana contra quatro petroleiros na região do Golfo.
A Suíça, um país neutro, tem historicamente sido um mediador entre os EUA e o Irã, que não têm relações diplomáticas entre si.
O jornal Washington Post, citando autoridades norte-americanas não identificadas, disse na quarta-feira que Trump prefere a rota diplomática com o Irã e negociações diretas com os líderes do país, mas estava preocupado que alguns de seus conselheiros estavam pressionando pela guerra.
A presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, saudou nesta quinta-feira o que chamou de falta de "apetite" de Trump por um conflito militar com Teerã.
Em uma escala de tensões, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Zarif, disse nesta quinta-feira (16) que o país deve ter o direito de responder às "inaceitáveis" sanções impostas pelos Estados Unidos, que há um ano se retiraram unilateralmente do acordo nuclear e reativaram o asfixiamento econômico contra a República Islâmica.

O Irã foi acusado pelos EUA e pela Organização das Nações Unidas de fornecer mísseis balísticos e outras armas para os houthis, que reivindicaram o recente atentado a oleodutos de petróleo dos Emirados Árabes Unidos. Teerã nega apoiar esses rebeldes.

As autoridades dos EUA disseram ter detectado sinais de preparativos iranianos para ataques potenciais às forças dos EUA no Oriente Médio, embora sem apresentar evidências, e ordenaram que funcionários considerados não essenciais da embaixada em Bagdá e do consulado em Irbil, no Iraque, deixassem a região.

O líder do Irã chegou a emitir uma ameaça velada na semana passada, dizendo que não seria difícil para o país enriquecer urânio para fins bélicos. Fonte: Associated Press.

GOVER NO LULA NÃO CONCORDA COM AS REDES SOCIAIS LIVRES DE CENSURA

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