quinta-feira, 16 de maio de 2019

SENADO APROVA VOTAÇÃO ABERTA PARA JULGAR CRIMES DOS SENADORES


No Senado, CCJ aprova votação aberta sobre prisão de parlamentares

Agência Brasil













Segundo a proposta, o eleitor tem o direito de saber como o seu representante se posiciona na votação

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (15) o relatório da senadora Juiza Selma (PSL – MT) sobre o projeto de resolução PRS 57/2015 que altera o Regimento Interno da Casa para que votações sobre manutenção de prisão de parlamentar sejam abertas.
Para o autor da proposta, senador Reguffe ( Sem partido - DF), o eleitor tem o direito de saber como o seu representante se posiciona em cada uma das votações, seja qual for o assunto em apreciação pelo Plenário. Segundo o senador, seu projeto faz apenas uma adequação do Regimento ao que já diz a Constituição no caso de prisão de parlamentar.
Pelo Parágrafo2º do Artigo 53 da Constituição Federal “desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de 24 horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão”.
O último caso de votação desse tipo envolveu o ex-senador Delcídio do Amaral , em novembro de 2015. À época, em uma votação aberta, os senadores mantiveram a prisão do parlamentar, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal.
Como se trata de uma alteração no Regimento Interno da Casa, o texto segue para deliberação da Comissão Diretora da Casa. O colegiado, composto pelos membros da Mesa do Senado, não tem prazo para analisar a matéria que, até o fechamento dessa reportagem, tinha duas emendas apresentadas.

TEMER SABIA QUE IA SER SOLTO


Após seis dias preso, Temer diz que aguardou soltura 'com serenidade'

Agência Brasil











Temer estava preso preventivamente por suspeita de desvios de recursos na obra da usina nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro

O ex-presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira (15), após deixar a prisão no Comando de Policiamento de Choque (CPChoque) da Polícia Militar, que aguardou "com serenidade", a decisão da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça que, por unanimidade, concedeu nesta terça-feira (14) liminar para que o ex-presidente fosse solto. “Eu disse que aguardaria com toda tranquilidade e com toda serenidade a decisão do Superior Tribunal de Justiça [STJ], que se deu no dia de ontem”, disse ele em frente à sua casa, no bairro Alto de Pinheiros.
Temer estava preso preventivamente por suspeita de desvios de recursos na obra da usina nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro. O advogado do ex-presidente, Eduardo Carnelós, disse não acreditar em novas detenções. “Não posso acreditar que depois da decisão proferida ontem pela Sexta Turma do STJ que haja uma nova determinação de prisão, obviamente sem que haja fato novo. E não há fato novo a ocorrer”, destacou.
A liminar concedida ontem também vale para o coronel João Baptista Lima, amigo do ex-presidente e apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como operador financeiro de Temer. A decisão unânime determinou a soltura de Temer e Lima e definiu que eles não podem mudar de endereço, ter contato com outras pessoas físicas ou jurídicas investigadas ou deixar o país, além de ter de entregar seus passaportes à Justiça, caso já não o tenham feito.
Para a defesa do ex-presidente, há uma perseguição política a seu cliente. “Isso é um fato. Não há dúvida que há uma evidente determinação em perseguir o ex-presidente Temer. Eu só posso lamentar que isso ocorra. Eu disse, logo depois da determinação do TRF [Tribunal Regional Federal] da 2ª Região, saindo da sessão, que nós confiamos no Poder Judiciário. (…)  Essas acusações serão desmascaradas”, declarou.
Prisão
Temer e coronel Lima foram presos preventivamente pela primeira vez em 21 de março, por ordem do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro. Entre as razões, o magistrado citou a “gravidade da prática criminosa de pessoas com alto padrão social, mormente políticos nos mais altos cargos da República, que tentam burlar os trâmites legais”.
Quatro dias depois, entretanto, o desembargador Ivan Athié, do TRF2, concedeu liminar libertando os dois, por considerar insuficiente e genérica a fundamentação da prisão preventiva, uma vez que não apontava ato recente específico que demonstrasse tentativa de obstruir as investigações.
O Ministério Público Federal (MPF) recorreu e, em 8 de maio, a Primeira Turma Especializada do TRF-2 derrubou a liminar que determinou a soltura de Temer por 2 votos a 1. A posição de Athié foi vencida pelos votos dos desembargadores Abel Gomes e Paulo Espírito Santo. Temer voltou ao cárcere no dia seguinte, em São Paulo, onde tem residência.
Operação Descontaminação
O pano de fundo das prisões e liberações de Temer e Lima é a Operação Descontaminação, que apura a participação de ambos no desvio de recursos na obra da usina nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro. Segundo os procuradores responsáveis pelo caso, os desvios na construção da unidade de geração de energia chegam a R$ 1,6 bilhão, em decorrência de diferentes esquemas.
No início de abril, Bretas aceitou duas denúncias do MPF, tornando Temer, Lima e outras 11 pessoas réus no caso. O ex-presidente foi acusado dos crimes de corrupção passiva, peculato (quando funcionário público tira vantagem do cargo) e lavagem de dinheiro.
O esquema detalhado nesta denúncia específica teria desviado R$ 18 milhões das obras de Angra 3, dos quais R$ 1,1 milhão teriam sido pagos como propina, por intermédio da empresa Argeplan, do coronel Lima.
Temer é réu ainda em outras cinco ações penais, a maioria delas na Justiça Federal do Distrito Federal (JFDF). Ele ainda responde a outras cinco investigações em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 16/05/2019


Pressão para todo lado

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini













Não bastasse a desinformação nas cidades Brasil adentro - pesquisas apontam que a maioria da população não entende as mudanças na Previdência, não as aceitam e não compreendem o tamanho da importância para as contas do Governo - os deputados sofrem pressão diária, e presencial, dos servidores públicos e suas associações na Câmara Federal. O clima piora entre os militares. Mesmo assim, esses grupos encontram dificuldades para recolher assinaturas dos parlamentares para mudanças na PEC. Entre as “injustiças” da reforma, os servidores questionam a desconstitucionalização das regras, a idade mínima, a transição, a pensão por morte e as alíquotas progressivas de contribuição.
Em busca
O Regimento da Câmara estabelece que são necessárias assinaturas de, no mínimo, um terço dos deputados (171) para que emendas sejam protocoladas na Comissão Especial.

Aproximação
Os servidores têm procurado os insatisfeitos deputados do Centrão - PSD, DEM, PP, PR, PRB, Solidariedade - como aliados contra o Palácio para emplacar as emendas.

Brasil quebra
O alerta já foi dado por especialistas de dentro e em especial de fora do Governo: se a reforma não passar, em 15 anos 100% do dinheiro da União vai para aposentadorias.

Coringa x Dudu
O deputado Dudu da Fonte (PP-PE) depõe hoje na Polícia Federal e há risco de ficar por lá. É suspeito de obstrução de Justiça na Operação Lava Jato. Dudu é acusado de tentar comprar silêncio de um ex-assessor. Esse homem fechou delação premiada e tornou-se um Coringa, dos maiores colaboradores de informações preciosas para a PF, de vários políticos. Está no serviço de proteção a testemunhas.

‘Aliados’
Um dos partidos que apoiou a eleição do presidente Jair Bolsonaro, o PRB juntou-se à oposição e recomendou à bancada obstrução nas votações das medidas provisórias no plenário da Câmara Federal. Apesar de serem favoráveis à reforma administrativa (MP 870/19) - a que reduz o número de ministérios, entre outros pontos - parlamentares da legenda reclamam da falta de diálogo e de articulação do Planalto.

Força da fé
A insatisfação dos deputados pode levar o PRB a apoiar os projetos que pretendem sustar o decreto que ampliou o direito de porte e posse de armas, assinado no último dia 7 pelo presidente Bolsonaro. O partido tem em sua base forte a bancada evangélica.

Da lousa
Em dia de protestos de estudantes na frente do Congresso, por conta do contingenciamento de verbas para a educação, o deputado federal Prof. Israel (PV-DF) levou sugestão que chamou a atenção do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), relator da reforma da Previdência na comissão especial: a exemplo dos militares, sugeriu retirar do texto os professores, que teriam regras diferentes. O relator vai analisar.

Chocolateiro
O senador estreante Styvenson Valentim (Pode-RN) fez seu lobby em plenário ontem distribuindo chocolates para todos os colegas, na tentativa de ver aprovado um projeto que relatou. Conseguiu sucesso no PLC 37/13, que faz mudanças pontuais no Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas. Quem votou a favor ganhou mais chocolate, claro.

Sinal de fumaça
A indústria nacional de cigarros usa o ministro da Justiça, Sérgio Moro, para passar imagem de que os cigarros contrabandeados do Paraguai é que causam doenças nos brasileiros. Balela. Cigarro faz mal, seja nacional ou paraguaio. O Governo criou grupo de trabalho para tentar reduzir a carga tributária dos cigarros no Brasil.

Mas...
... a Souza Cruz, segundo relatório Tax Justice Network, dos EUA, sonegou US$ 128 milhões - ou perto de R$ 450 milhões - nos últimos anos no Brasil. A fabricante contesta o relatório.

Olha aí, cidadão
A Câmara Federal lançou a Secretaria da Transparência que terá a missão de supervisionar o cumprimento da Lei de Acesso à Informação, propor medidas de aprimoramento da legislação, etc. O órgão, que será chefiado pelo deputado Roberto de Lucena (Pode-SP), também promoverá pesquisas para uso da tecnologia de informação.

Vamos seguir
“O convite do presidente (Rodrigo) Maia demonstra o reconhecimento ao nosso trabalho pela transparência na aplicação de recursos públicos e no combate à corrupção. Temos que continuar avançando em diálogo com a sociedade”, pontua Lucena.

ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

  Brasil e Mundo ...