terça-feira, 26 de março de 2019

COLUNA ESPLANADA DO DIA 26/03/2019


Mercado e a reforma

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini













O Governo federal começa hoje uma ofensiva em diferentes frentes para tranqüilizar o mercado e garantir que a reforma da Previdência será aprovada. O ministro Paulo Guedes vai à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara amanhã para defender a reforma e tentar acalmar os investidores. O líder do Governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), tem planilha atualizada de votos que garantem a aprovação, disse ontem ao presidente Jair Bolsonaro em reunião no Palácio da Alvorada. A meta, esta semana em que o texto terá o teste na CCJ, é reforçar a aliança em contatos por telefone.
Mãos ao alto
O Congresso, famigerado assaltante, bota a faca no pescoço do presidente Bolsonaro para condicionar a reforma da Previdência e usa o presidente da Câmara para recados.
PSDB-DEM
João Dória e Rodrigo Maia transformaram um almoço em palanque, e fizeram comício em coletiva. Nasceu uma chapa presidencial com menos de 3 meses de novo Governo.
Aliás..
.. Dória só contribuiu para jogar mais querosene no paiol do plenário em Brasília, onde o País precisa aprovar a reforma da Previdência. Maia, esperto, soprou para apagar.
Tensão
O otimismo do mercado financeiro em relação à reforma arrefeceu nos últimos dias. Quatro fatores contribuíram: a prisão do ex-presidente Michel Temer, o embate do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), com o ministro Sérgio Moro (Justiça), as críticas ao texto da reforma para militares e a articulação cambaleante no Congresso.
General pop
Hamilton Mourão segue cada dia mais popular, ao contrário do presidente Bolsonaro, preso em agendas internas no Palácio. O vice caminhou com seguranças no Parque da Floresta Nacional ontem, na região de Taguatinga, distribuindo acenos e sorrisos.
Emenda$
Em busca de votos para aprovar a reforma da Previdência, o Ministério da Economia não incluiu as emendas parlamentares no contingenciamento, de R$ 29,792 bilhões nas despesas discricionárias (não obrigatórias) do Orçamento para garantir o cumprimento da meta fiscal deste ano.
É a regra
No Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, o contingenciamento é necessário para que o Tesouro Nacional, Previdência e Banco Central cumpram a meta de déficit primário de R$ 139 bilhões estipulada para 2019. Ano passado, de R$ 16,2 bilhões contingenciados, mais de R$ 8 bi foram para emendas parlamentares.
Ah, senador..
O senador Angelo Coronel (PSD-BA) virou alvo da ira feminina no Senado. Ele é autor do projeto 1.256/19 que pretende acabar com a cota mínima de 30% de candidaturas de mulheres. Coronel aponta, no texto da proposta, que mulheres têm sido compelidas a participar do processo eleitoral apenas para assegurar o percentual exigido, numa prática que se convencionou denominar candidaturas “laranjas”.
Vai ter volta
O senador é alvo de duras críticas tanto na CCJ, onde tramita a proposta, quanto no plenário. Para senadora Leila Barros (PSB-DF), as denúncias de “laranjas” bancadas por partidos não podem ser justificativas para o retrocesso da Lei. O relator, senador Fabiano Contarato (Rede-ES), já apresentou parecer contrário ao texto.
Novo Mundo
Um fundo Private Equity, com investidores estrangeiros, negocia a compra do tradicional Hotel Novo Mundo, no Flamengo, Rio de Janeiro, que será fechado. A ideia do grupo é transformá-lo em lofts para estudantes.
Atente, cidadão
Não confie em políticos da oposição que criticaram a prisão do ex-presidente Michel Temer com uma conotação de solidariedade. É porque há muita gente na fila, de várias legendas. Fato é que a prisão tem respaldo na Lei, e a Lei é para todos.
Turma do tanque
A Plural, que reúne os maiores distribuidores de combustíveis do País, contesta nota publicada sobre preocupação do grupo com transparência no preço dos produtos, em razão de sigilo empresarial. Fato é que nos bastidores o ambiente foi de constrangimento de alguns diretores da ANP com comentários.
ESPLANADEIRA
Engenheira e responsável pelos figurinos do Teatro Cesgranrio, Beth Serpa ganhou homenagem surpresa, pelo seu aniversário, de amigos, artistas  e do marido e parceiro,  professor Carlos Alberto Serpa, na Casa Julieta de Serpa no Rio    .     O pesquisador  Ricardo Cravo Albin anunciará nesta quarta, data em que Miguel Proença,  presidente da Funarte, completa 80 anos, a criação de um comitê formado por amigos e profissionais de música clássica encarregados de promover uma série de homenagens ao pianista por suas oito décadas de existência.

segunda-feira, 25 de março de 2019

BALANÇO ATÉ O MOMENTO DA TRAGÉDIA DE BRUMADINHO-MG OCORRIDA NO DIA 25/01/2019


Número de mortos chega a 214 em Brumadinho; 91 ainda estão desaparecidos

Mariana Durães*









O número de mortes confirmadas após o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, chegou a 214. A atualização foi divulgada nesta segunda-feira (25) pela Defesa Civil. Dois meses após a tragédia, 91 pessoas permanecem desaparecidas.
O trabalho dos bombeiros no cenário da tragédia não tem data para acabar. Até agora, já são mais de 964 horas de buscas incansáveis para tentar amenizar a angústia das famílias. A operação de resgate é a maior da história de Minas Gerais. Nos 60 dias de trabalho, são cerca de 1.800 oficiais mineiros e de outros 11 estados envolvidos.
Diariamente, a média é de 150 militares atuando na área varrida pela lama. Doze cães farejadores ajudam e foram responsáveis por 80% dos resgates.
Nesta segunda, 129 bombeiros participam das buscas em 23 frentes de trabalho. Quase 80 máquinas pesadas apoiam os trabalhos. Hoje, no entanto, os cachorros não estarão em campo. A varredura se concentra nas próximidades de onde será construído o primeiro dique de contenção dos rejeitos, além de remanejamento da lama da áre de descarte 2 para a descarte 1.
No dia 25 de janeiro, a barragem na Mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, se rompeu. Foram atingidos a área operacional, administrativa, o refeitório da mina, uma conhecida pousada da região, o bairro Parque da Cachoeira e o Rio Paraopeba.
* Com Simon Nascimento
Nesta segunda-feira (25), quando os ponteiros dos relógios marcarem 12h28, completam-se 1.440 horas do colapso da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho. Um tempo arrastado, mas que dá a medida exata da saudade de quem perdeu amigos e parentes na tragédia. E que anuncia uma dor que vai atravessar a eternidade.
Com 212 mortos e 93 vítimas ainda desaparecidas sob o mar de lama, o trabalho heróico dos bombeiros no cenário da tragédia não tem data para acabar. Até agora, já são pelo menos 964 horas de buscas incansáveis para tentar amenizar a angústia das famílias.
É um consolo paliativo. Sem remédio capaz de curar o vazio no peito, parentes de quem perdeu a vida no desastre relatam dificuldades para dormir, trabalhar, se alimentar e seguir adiante. “A esperança é encontrar nem que seja só um pedaço do corpo. Eles não podem deixar meu pai lá”, desabafa Adilson Lopes da Silva, de 35 anos, morador do Córrego do Feijão. O pai dele, Levir Gonçalves da Silva, de 59, era empregado de uma rede ferroviária que prestava serviços à Vale.
No momento do colapso na barragem, Levir estava próximo aos vagões que apareceram em um vídeo sendo carregados e retorcidos pela avalanche de lama. Funcionário da empresa há 15 anos, o hobby do pai de Adilson era a pesca. “Na quinta-feira, um dia antes da catástrofe, a gente ia pescar junto, mas ele não conseguiu ir porque estava cansado. Na volta, passei na casa dele e a gente conversou por um bom tempo”, lembrou. Foi o último contato com o pai.
Diferentemente de Adilson, a viúva Zulma Pires, de 39 anos, conseguiu enterrar o marido Ângelo Gabriel Lemos, de 57. Ex-motorista de uma empresa que prestava serviços à mineradora, o corpo do trabalhador foi localizado seis dias após a tragédia.
Com o adeus, Zulma passou a ser arrimo da família, formada, ainda, pelos dois filhos de 21 e 23 anos. “Estou vivendo um luto na luta. Minha filha está sem estudar porque não consigo pagar o valor da mensalidade e ela perdeu o prazo de renovação do contrato em meio à calamidade”, lamentou.
A doação de R$ 100 mil feita pela mineradora aos familiares das vítimas é um desrespeito, na opinião de Zulma. “É uma forma de calar nossa boca. Quero que os culpados pela tragédia sejam responsabilizados e que nossos direitos sejam respeitados”, pontua.
Mãe de Helbert Vilhena, de 32 anos, que trabalhava como técnico de informática da Vale, Maria da Glória, de 55, lembra que o filho havia comentado sobre os riscos da barragem. “Eles estavam cientes. Os funcionários sabiam que não estava segura. Meu filho estava preocupado e até se inscreveu para um processo seletivo em outra empresa. Perdi o que tinha de mais importante na minha vida”, conta.
Promotor do Ministério Público de Minas Gerais e integrante da força-tarefa que investiga o rompimento da estrutura, André Sperling diz que a companhia tem colocado empecilhos para pagar as indenizações aos atingidos.
“Eles alegam ser muita gente, que há dificuldade para pagar a dívida dos agricultores. Mas se deram conta de fazer o desastre, de ceifar a vida de centenas de pessoas, então precisam arcar com a reparação. É o mínimo”, ressalta.
A Vale informou que o atendimento de registro para pagamento das indenizações emergenciais de moradores de Brumadinho e municípios atingidos começa hoje e termina em 29 de abril. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo 0800 888 1182.
Operação de resgate é a maior da história de Minas Gerais
A operação de busca às vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho é a maior realizada pelo Corpo de Bombeiros de Minas em toda a história. São 60 dias de trabalho, com cerca de 1.800 oficiais mineiros e de outros 11 estados envolvidos.
Diariamente, a média é de 150 militares atuando na área varrida pela lama. Doze cães farejadores ajudam nos trabalhos. Os cachorros, inclusive, foram responsáveis por 80% dos resgates.
Segundo o porta-voz da corporação, tenente Pedro Aihara, ainda que se trate de uma situação catastrófica, o legado após o término dos trabalhos de busca será positivo. Para o oficial de 26 anos, que se destacou pela serenidade ao atualizar os boletins, as operações em Mariana, em 2015, e agora em Brumadinho credenciam o Corpo de Bombeiros do Estado a ser uma referência internacional no resgate de vítimas de desastres ambientais.
“Antes da tragédia da Samarco a gente já tinha uma capacitação grande porque a atividade de mineração no Estado é intensa. Essas técnicas se intensificaram em Brumadinho e avalio que tivemos muito sucesso até agora”, afirmou o tenente.
Conforme Aihara, outro legado relevante da operação em Brumadinho foi o uso da tecnologia e a integração de trabalho com universidades, militares de outros estados e forças de segurança de Israel. "Foi um esforço muito bonito de se ver. Sempre há espaços para melhoria e investimentos tecnológicos. Tudo que chegar será bem recebido e colocado a serviço da população”, destaca.
Uma das maiores dificuldades durante os dois meses de trabalho em Brumadinho foram as fake news, revela o tenente. Os boatos falavam de rompimento de novas barragens e, até mesmo, do encerramento das buscas. “Brincar em uma tragédia como esta é ferir a esperança das famílias. Lamentável que a crueldade humana tenha chegado a esse nível”, critica.
Os primeiros dias de buscas foram os mais desgastantes. Aihara diz que ficou até cinco dias sem dormir e sem se alimentar direito devido à dinâmica da operação. “É inerente à profissão. Não tem cansaço que se compare à dor dessas famílias. Então farei o que estiver ao meu alcance para trazer conforto e tranquilidade aos familiares”, garante.
Ainda não há previsão para o término das buscas. O que pode ocorrer, conforme o porta-voz dos bombeiros, é uma diminuição no efetivo de militares nas próximas semanas.
Em nota, a Vale informou que fará um aporte de R$ 20 milhões para o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.

ELEITO O MELHOR PROFESSOR DO MUNDO - ELE É QUENIANO


Queniano é eleito melhor professor do mundo e ganha um milhão de dólares

Estadão Conteúdo










Peter Tabichi é professor de matemática e física dá aula em uma escola rural do Quênia



Um professor queniano ganhou um prêmio de um milhão de dólares, neste domingo (24), por seu trabalho ensinando em uma escola administrada pelo governo que tem apenas um computador e acesso à internet de má qualidade. De uma aldeia remota, Peter Tabichi deu a maior parte de seus ganhos para os pobres.

O anual Global Teacher Prize foi concedido a Peter Tabichi no opulento Atlantis Hotel, em Dubai, em uma cerimônia apresentada pelo ator Hugh Jackman. O prêmio é distribuído pela Fundação Varkey, cujo fundador, Sunny Varkey, criou a empresa GEMS Education, com fins lucrativos, que administra 55 escolas no Emirados Árabes Unidos, Egito e Catar.

Ele ensina ciência para estudantes do ensino médio na aldeia semiárida de Pwani onde quase um terço das crianças são órfãs ou têm apenas um dos pais. Seca e fome são comuns. Tabichi disse que a escola não tem biblioteca nem laboratório e que planeja usar o dinheiro do prêmio para melhorar a instituição e alimentar os pobres.

Tabichi disse que o mais distante que ele viajou antes disso foi para Uganda. A ida para Dubai também marcou sua primeira vez em um avião.

"Eu me sinto ótimo. Não posso acreditar. Eu me sinto muito feliz por estar entre os melhores, sendo o melhor do mundo", disse ele à Associated Press após sua vitória.

Apesar dos obstáculos que os alunos de Tabichi enfrentam, ele é creditado por ajudar muitos a permanecer na escola, qualificar para competições internacionais em ciência e engenharia e ir para a faculdade.

"Sempre que eu reflito sobre os desafios que eles enfrentam, eu derramo lágrimas", disse ele sobre seus alunos, acrescentando que sua vitória vai ajudar a dar-lhes confiança.

O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, disse em um comunicado que a história de Tabichi "é a história da África e esperança para as gerações futuras".

Como membro da irmandade católica romana, Tabichi usou uma túnica marrom até o chão para receber o prêmio apresentado pelo príncipe herdeiro de Dubai Sheikh Hamdan bin Mohammed bin Rashid Al Maktoum.


Em seu discurso, Tabichi disse que sua mãe morreu quando ele tinha apenas 11 anos de idade, deixando seu pai, um professor de escola primária, com o trabalho de criar ele e seus irmãos sozinhos.

Tabichi agradeceu a seu pai por ensinar valores cristãos e então apontou para ele na plateia, convidou-o para subir ao palco e entregou o prêmio. O local se encheu de aplausos da plateia.

"Esta noite foi incrivelmente emocionante, muito comovente", disse Hugh Jackman à AP depois de apresentar a cerimônia e tocar números musicais de seu filme The Greatest Showman.

"Foi uma grande honra, uma emoção estar aqui e a noite foi cheia de um espírito realmente puro", acrescentou.

Agora em seu quinto ano, o prêmio é o maior desse tipo. Rapidamente tornou-se um dos mais cobiçados e prestigiados pelos professores. Tabichi foi selecionado entre dez mil candidatos.

O vencedor é selecionado por comitês compostos por professores, jornalistas, funcionários, empresários, líderes empresariais e cientistas.

No ano passado, um professor de arte britânico foi premiado por seu trabalho em um dos lugares mais etnicamente diversos no país. Seu trabalho foi apontado pelos alunos por ser responsável por se sentirem bem-vindos e seguros em um bairro com altas taxas de homicídios.

Outros vencedores incluem um professor canadense por seu trabalho com alunos indígenas em uma aldeia isolada do Ártico, onde as taxas de suicídio são altas, e uma professora palestina por seu trabalho em ajudar crianças refugiadas na Cisjordânia traumatizadas por violência.

O primeiro vencedor em 2015 foi um professor do Maine que fundou uma organização sem fins lucrativos para desenvolver e disseminar novos métodos de ensino.


(Com a colaboração de Malak Harb, da Associated Press)

PRÍNCIPE CHARLES DA INGLATERRA VISITA CUBA


Príncipe Charles visita Cuba e é o 1º membro da família real a viajar ao país

Estadão Conteúdo











A visita histórica terá três dias e é parte de um giro pela região caribenha



O príncipe Charles e sua mulher, Camila, aterrissaram nesse domingo, dia 24, em Havana para a primeira visita oficial da família real britânica a Cuba, ao mesmo tempo em que um dos principais parceiros do país europeu - os Estados Unidos - tenta isolar cada vez mais a ilha.

Pouco depois de chegar em um avião da Força Aérea Real, o herdeiro do trono britânico de 70 anos depositou uma coroa de flores no memorial dedicado ao líder da independência de Cuba, José Martí, localizado na Praça da Revolução.

A visita histórica terá três dias e é parte de um giro pela região caribenha. A agenda dos próximos dois dias inclui visitas a cidades históricas de Cuba, a uma fazenda orgânica e a um centro de pesquisa biomédica. O príncipe também participará de um jantar de gala com o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, fará um tour pelo bairro colonial restaurado de Havana e verá um desfile de carros britânicos antigos.

A visita real ocorre três anos depois que o ex-presidente americano Barack Obama foi ao país, em um ato que ficou conhecido como o início de um novo capítulo dos laços entre os velhos inimigos da Guerra Fria. Desde que Donald Trump assumiu a Casa Branca, contudo, os EUA voltaram a pressionar Cuba, incluindo o aperto de seu embargo comercial à ilha.

O governo britânico pediu ao casal real que passasse por Cuba durante sua viagem ao Caribe com o objetivo de aumentar os laços comerciais e culturais e a influência política na região. O comércio britânico com o país caribenho foi de menos de US$ 100 milhões em 2018.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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