quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

O GOVERNO DE MINAS APRESENTA A SUA REFORMA ADMINISTRATIVA


Reforma administrativa de Minas corta até R$ 1 bilhão em gastos

Rafaela Matias e Tatiana Moraes – Jornal Hoje em Dia










Enfrentando a crise - Zema afirmou que o projeto é apenas o primeiro passo e que novas reformas serão feitas ao longo dos quatro anos de governo


O governador Romeu Zema (Novo) apresentou ontem o projeto de lei da reforma administrativa do Estado. A expectativa era a de que ele fosse encaminhado no mesmo dia à Assembleia Legislativa. A proposta é reduzir 47% dos gastos com as secretarias e economizar R$ 1 bilhão nos próximos quatro anos.

O governo pretende passar, oficialmente, de 21 para 12 as pastas hoje existentes e manter a exoneração de 60% dos 6 mil servidores que já haviam sido desligados no fim do ano passado e início deste ano, o que representa 3.600 funcionários. Os outros 40% serão reabsorvidos. Porém, mesmo com a economia prevista com a reforma, o governo informou que não será possível garantir que o salário dos servidores seja pago em dia.

A ideia da reforma administrativa, elaborada com a participação dos secretários de Estado de Planejamento e Gestão, Otto Levy, e de Fazenda, Gustavo Barbosa, é reduzir de R$ 815 milhões para R$ 580 milhões o gasto anual com secretarias, uma economia de R$ 235 milhões ao ano.

Para enxugar a máquina, a reforma prevê o corte de subsecretarias, superintendências, diretorias e assessorias, além da extinção, em um segundo momento, de empresas públicas, autarquias e fundações. A expectativa é a de que, ao fim da reforma, haja redução da estrutura estadual de 75 para 57 órgãos.

Em pronunciamento ontem, o governador Romeu Zema afirmou que a economia não será suficiente para resolver a crise financeira do Estado, mas servirá como um primeiro e importante passo.

“A situação do Estado é extremamente delicada e não há outro caminho a seguir”, disse Zema, garantindo que novas reformas serão feitas ao longo do mandato.

“Esse é apenas o primeiro passo, aquilo que estamos fazendo na ponta do iceberg. Na medida em que o trabalho se desenrolar por toda a estrutura do Estado, essa economia vai se repetir” , garantiu.

Salários

Mesmo com os cortes, o secretário da Fazenda, Gustavo Barbosa, disse que ainda não é possível afirmar que os salários dos servidores serão quitados em dia, já que a folha de pagamento custa aproximadamente R$ 3 bilhões ao mês. “Estamos falando, agora, de uma economia de R$ 1 bilhão em 4 anos. Precisamos fazer muito mais para remodelar esse pagamento em escala. Por enquanto vai permanecer a forma como está colocado”, disse.

Mesmo assim, ele acredita que as pessoas serão beneficiadas pela reforma. “A primeira coisa que o cidadão pensa é como o Estado arrumado vai conseguir prestar o melhor serviço. A otimização da administração – várias secretarias se juntando, reduzindo estrutura – já é um grande avanço. Ter isso como primeiro projeto de lei enviado à Assembleia Legislativa é simbólico, mostra que estamos comprometidos com a redução da máquina pública”.


Sobre a fusão das pastas, o secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Otto Levy, disse que a população não será prejudicada e que a ideia é otimizar a prestação dos serviços. “Às vezes, você ter muita gente fazendo pedaços é menos eficiente do que você ter a estrutura mais concentrada”, afirmou.

O projeto de lei enviado à Assembleia prevê a fusão das seguintes pastas: Administração Prisional e Segurança Pública; Governo e Casa Civil e Relações Institucionais; Cultura e Turismo; Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Esportes, Trabalho e Desenvolvimento Social e Direitos Humanos; Desenvolvimento Integrado e Fóruns Regionais, Cidades e Integração Regional, Desenvolvimento e Integração Norte e Nordeste, Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia. As outras continuam independentes.


Votação em plenário pode acontecer só daqui a duas semanas

Embora a reforma administrativa tramite em regime de urgência, o projeto de lei, previsto para ser protocolado ontem, ainda deve demorar cerca de duas semanas para ir a plenário. O motivo é simples. Como a primeira reunião parlamentar da 19ª legislatura foi realizada nessa terça-feira, os deputados se organizam para montar os blocos e comissões.

“Estamos nos articulando. As conversas com vários partidos estão avançadas, especialmente com aqueles que apoiaram a reeleição de Pimentel”, afirma o líder do PT na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, André Quintão. Entre os partidos com os quais o PT conversa estão Psol, PCdoB e Rede.

Além das bancadas, é necessário formar as comissões pelas quais os projetos vão tramitar. Ao todo, 22 comissões funcionam na Casa. Inicialmente, sabe-se que a reforma administrativa vai tramitar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Depois, é esperado que vá para a Comissão de Administração Pública. Os integrantes dos grupos são indicados pelos partidos, com base no número de deputados eleitos, e os presidentes eleitos pelos membros.

Na avaliação de Quintão, é necessário analisar a proposta de Romeu Zema (Novo) com atenção. “É legítimo que um governo recém-eleito apresente uma proposta administrativa de acordo com o seu programa. Mas é importante que a proposta seja amplamente discutida. Ela não pode prejudicar a prestação do serviço público para reduzir gastos”, ressalta.

O deputado Guilherme da Cunha (Novo) afirma que a eficiência do Estado será aumentada. “A junção das secretarias é uma forma de concentrar decisões e melhorar ações. No caso da Administração Prisional e da Segurança Pública, por exemplo, a união garante que a inteligência do Estado trabalhe de forma mais rápida”, diz. Ele acredita que o governo terá a maioria dos parlamentares na votação, realizada em dois turnos.

O deputado Sargento Rodrigues (PTB) apoia a redução dos gastos, mas reforça que todos os poderes devem trabalhar para diminuir o orçamento. “O Ministério Público, o Tribunal de Contas do Estado, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais e a Defensoria Pública também precisam aderir ao pacto por Minas”, enfatiza.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 06/02/2019


Projeto de Moro fortalece o MP

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini  











Projeto de Moro fortalece o MP
No Projeto de Lei anticrime apresentado ao Congresso, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, busca fortalecer o Ministério Público e incentivar os métodos da operação Lava Jato, como a delação premiada e as forças-tarefas. Mas virou alvo em diferentes frentes – duas delas de aliados locais no Rio e em São Paulo. A presidente do Sindicato dos Delegados Federais de SP, Tânia Prado, alerta à Coluna que Moro “pensou na fase pós-inquérito e esqueceu da fase da investigação”, embora veja avanços necessários, e que demandam “amadurecimento e discussão”. No Rio, nota da Defensoria Pública indica preocupação: “Diversas medidas violam os princípios constitucionais da presunção de inocência, da individualização da pena e do devido processo legal”. Já a AJUFE, dos juízes federais, saiu em defesa de Moro. “O projeto é bastante positivo para a sociedade e contempla diversos pontos defendidos há alguns anos pela Ajufe”, diz o presidente da entidade, juiz Fernando Mendes.
Se cuidem
Governadores estão desconfiados, vão consultar bases, mas eles, congressistas e outras entidades vêem o momento certo para endurecer a pena contra a bandidagem.
Grito da cela
O projeto, porém, não sugere medidas para conter a superlotação no sistema carcerário hoje com 840 mil detentos. Isso foi ponto criticado por advogados.
A conferir
Um dos mais conhecidos criminalistas do País, Kakay soltou nota para amigos: “(o PL) é castrador de uma série de direitos consolidados”. Diz que os mais pobres vão sofrer.
E a PF?
A delegada Tânia Prado lembra o déficit operacional da Polícia Federal hoje está em “25% do efetivo”. Detalhe: O ministro tem vários delegados federais no gabinete.
Hora.. 
Após derrotar a tropa de Renan Calheiros (MDB-AL), o novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), passou a ser cobrado pelos senadores que o apoiaram. O democrata tem dito aos aliados que não os deixarão na mão e, nos bastidores, articula para emplacá-los em cargos da Mesa Diretora do Senado e comandos de comissões permanentes e temporárias.

..da fatura
Alcolumbre tem dado atenção especial aos emedebistas – da ala anti-Renan – e aos senadores de primeiro mandato.

Menos um
O miúdo Podemos vai perder um senador. Elmano Ferrer (PI) articula sua filiação ao MDB.
Meninas Mulheres
Números da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos revelam que 1.421 meninas estão grávidas no Estado do Rio de Janeiro – a maioria na capital. Em seguida, vem Campos, Duque de Caxias e Nova Iguaçu. Muitas garotas são menores de 12 anos.
Colo oficial
A secretária Fabiana Bentes pediu um levantamento mais detalhado porque os dados são subnotificados. Entre as ações a serem desenvolvidas pelas SEDSDH estão atendimentos com psicólogos, assistentes sociais e pedagogos.
Sobrou para o posto
Segundo fontes da Secretaria de Fazenda Fluminense, caso fique constatado que existe fraude fiscal estruturada da usina de Campos de Goytacazes (RJ), suspeita de forjar origem do etanol para se beneficiar do regime fiscal concedido pelo ex-governador de Sérgio Cabral, quem poderá pagar o imposto devido serão os postos revendedores, que adquirem o produto da distribuidora do mesmo grupo empresarial.
Cardápio de primeira
O secretário de Educação do Governo do Rio, Pedro Fernandes, que tem visitado escolas logo ao amanhecer, mudou seu horário de inspeções para a hora do almoço. Quer comprovar se é bom mesmo o cardápio de primeira nas unidades. Tem de strogonoff a Quibebe (prato de origem africana), passando pela carne assada e até pirão. O cardápio fica online no site da Secretaria.
Perdeu o doce
E o Renan Calheiros, hein? Não sabe brincar, não desce pro Play..

ESPLANADEIRA
. Claudio Castro, diretor da Sergio Castro Imóveis, produziu documentário sobre seu avô, o engenheiro Richard, que construiu o bairro do Grajaú
.  O  escritório Andrade Silva Advogados (BH, Rio e DF) recebe inscrições para evento que abordará os desafios enfrentados pelas empresas familiares no processo de transição para o modelo societário ideal. O encontro acontece dia 12.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

O AQUECIMENTO GLOBAL AFETA AS GELEIRAS DO HIMALAIA


Estudo aponta que dois terços das geleiras do Himalaia podem derreter até 2100

Estadão Conteúdo











A área, que inclui algumas das montanhas mais altas do mundo, tem geleiras que alimentam sistemas fluviais como os rios Indo, Ganges, Yangtzé e Mekong



Um terço das geleiras do Himalaia pode derreter até o fim do século em razão das mudanças climáticas, que ameaçam as fontes de água doce para cerca de 1,9 bilhão de pessoas, mesmo que os atuais esforços para reduzir o aquecimento global funcionem. Mas se essas ações falharem, o impacto pode ser ainda pior: dois terços das geleiras da região poderão derreter até 2100.

As informações são de um estudo publicado nesta segunda-feira, (4), pelo Centro Internacional para o Desenvolvimento Integrado de Montanhas. "O aquecimento global está a caminho de transformar os glaciares, os picos das montanhas cobertas por geleiras da região do Hindu Kush e Himalaia", disse Philippus Wester, da entidade, que liderou as pesquisas.

O estudo foi realizado durante cinco anos e observou os efeitos das mudanças climáticas na região que passa por Afeganistão, Paquistão, Índia, Nepal, China, Butão, Bangladesh e Mianmar. A área, que inclui algumas das montanhas mais altas do mundo, tem geleiras que alimentam sistemas fluviais como os rios Indo, Ganges, Yangtzé e Mekong.

As pesquisas apontam que o impacto do derretimento pode variar de inundações causadas pelo aumento de escoamento a uma elevação dos níveis de poluição do ar em razão do carbono negro e poeira depositada nas geleiras.

Saleemul Huq, diretor do Centro Internacional para Mudança Climática e Desenvolvimento, um centro de pesquisas sobre meio ambiente em Dhaka, descreveu as descobertas no estudo como "muito alarmantes". "Todos os países afetados precisam priorizar o combate a esse problema antes que ele atinja proporções de crise", afirmou.

Huq foi um dos revisores externos do estudo, que ressaltou ainda que mesmo que um ambicioso Acordo de Paris consiga limitar o aquecimento global a 1,5°C até o fim do século, mais de um terço das geleiras da região serão perdidas. Se a temperatura global aumentar 2°C, dois terços dos glaciares do Himalaia derreterão.

O Acordo de Paris de 2015 foi um momento crucial na diplomacia internacional, reunindo governos com diferentes visões sobre como reduzir o aquecimento global. Foi estipulada uma meta de evitar que as temperaturas subam mais de 2°C, ou 1,5°C se possível.

Segundo um estudo recente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, as emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono, precisariam ser reduzidas a um nível que o planeta consegue absorver - conhecido como net-zero - até 2050 para manter as temperaturas globais em 1,5°C, como previsto no acordo.

O Centro Internacional para o Desenvolvimento Integrado de Montanhas disse que o estudo contou com o trabalho de mais de 350 pesquisadores e especialistas de 22 países.

Anitta foi na contramão do desafio dos 10 anos, ou o "Ten years challenge", e decidiu não publicar fotos pessoais. A cantora postou duas imagens. Na primeira, uma grande geleira. Na segunda, uma década depois, o bloco de gelo praticamente desaparecido.

"Apesar das minhas setecentas plásticas que me fazem desacreditar nas fotos antigas, juro que esse é o desafio dos 10 anos que mais me choca", escreveu na legenda no perfil dela no Instagram.

A cantora também criticou a série de imagens em que as pessoas aparecem belas e esbeltas. "Todo mundo se esforçando para melhorar de vida e de aparência a cada dia. E nossa casa (a única que temos) só se degradando. Quanta destruição aconteceu em apenas 10 anos. Faz parecer que a Terra nem é tão grande assim", analisou.

Até a publicação desta matéria, a publicação de Anitta havia recebido mais de meio milhão de curtidas e o apoio maciço dos fãs. "Parabéns por trazer tão importante reflexão", "Rainha sensata" e "A melhor publicação de todas" foram alguns dos comentários.

Para concluir a reflexão sobre o aquecimento global, Anitta alertou que cada um deve fazer sua parte. "Nosso planeta é nossa casa, a casa que todos nós compartilhamos independentemente de espécie, raça, dinheiro, nacionalidade, crenças, etc. Somos obrigados a conviver nesta casa, querendo ou não. Vamos cada um fazer sua parte entendendo que não há lucro em ser egoísta num mundo inteiramente compartilhado", finalizou.

FACEBOOK FAZ QUINZE ANOS


No aniversário de 15 anos do Facebook, Zuckerberg faz textão e promete segurança

Estadão Conteúdo











Zuckerberg também defendeu a rede social das críticas


Mark Zuckerberg decidiu comemorar o aniversário de 15 anos do Facebook de uma maneira que seus usuários conhecem bem: fazendo um longo texto sobre o assunto em seu perfil. Na primeira metade do texto, ele lembrou dos primeiros dias da rede social em Harvard, no qual conquistou dois terços dos estudantes em uma semana, passou pela abertura gradual para mais universidades até atingir a marca de 100 milhões de pessoas no seu quarto ano de operações.

"Aquela primeira década conectando as pessoas foi uma época empolgante. Muitas pessoas de fora desprezavam o que estava acontecendo, dizendo que era uma modinha ou algo inconsequente, mas para nós que usávamos esses serviços bem no começo era claro que algo especial e importante estava acontecendo", escreveu ele.

O executivo, então, passou a enfatizar o fato de que o Facebook dá poder às pessoas para que não dependam de instituições hierárquicas, como governos. também ressaltou como a rede social permitiu pessoas com gostos parecidos a se conectarem. Na parte seguinte, passou a falar dos assuntos polêmicos e dilemas que cercam a rede social, como o equilíbrio entre censura de conteúdo perigosos e liberdade de expressão, privacidade e compartilhamento de dados, saúde em tempos de conexão permanente e integridade de processos eleitorais.

E prometeu mais segurança. "Fizemos progresso real nessas questões e construímos os sistemas mais avançados do mundo para lidar com elas, mas ainda há muito mais a fazer", disse ele. "Neste ano, planejamos gastar mais em segurança do que toda a nossa receita gerada pela nossa oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), e a inteligência artificial exigida para administrar em larga escala conteúdo não existia até recentemente. Mas, enquanto as pessoas usam essas redes para modificar a sociedade, é crítico que continuemos fazendo progresso nessas áreas", completou.

Zuckerberg também defendeu a rede social das críticas. Disse que algumas pessoas lamentam a mudança na sociedade que substitui hierarquias tradicionais e que preferem exaltar o lado negativo do serviço. Segundo ele, os críticos acreditam que a mudanças de poder é danosa para a sociedade e a democracia. É a posição, por exemplo, do filósofo da computação Jaron Lanier, que diz que as redes sociais deixam a sociedade mais vulnerável.

"Acredito que tendência a longo prazo é que teremos uma sociedade mais aberta e responsabilizada", defendeu ele. "Os próximos 15 anos serão sobre as pessoas usarem seu poder para alterar a sociedade de formas que têm potencial para ser profundamente positiva nas próximas décadas", concluiu.

O SUPREMO DELEGADO FEDERAL DO STF

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