terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

O AQUECIMENTO GLOBAL AFETA AS GELEIRAS DO HIMALAIA


Estudo aponta que dois terços das geleiras do Himalaia podem derreter até 2100

Estadão Conteúdo











A área, que inclui algumas das montanhas mais altas do mundo, tem geleiras que alimentam sistemas fluviais como os rios Indo, Ganges, Yangtzé e Mekong



Um terço das geleiras do Himalaia pode derreter até o fim do século em razão das mudanças climáticas, que ameaçam as fontes de água doce para cerca de 1,9 bilhão de pessoas, mesmo que os atuais esforços para reduzir o aquecimento global funcionem. Mas se essas ações falharem, o impacto pode ser ainda pior: dois terços das geleiras da região poderão derreter até 2100.

As informações são de um estudo publicado nesta segunda-feira, (4), pelo Centro Internacional para o Desenvolvimento Integrado de Montanhas. "O aquecimento global está a caminho de transformar os glaciares, os picos das montanhas cobertas por geleiras da região do Hindu Kush e Himalaia", disse Philippus Wester, da entidade, que liderou as pesquisas.

O estudo foi realizado durante cinco anos e observou os efeitos das mudanças climáticas na região que passa por Afeganistão, Paquistão, Índia, Nepal, China, Butão, Bangladesh e Mianmar. A área, que inclui algumas das montanhas mais altas do mundo, tem geleiras que alimentam sistemas fluviais como os rios Indo, Ganges, Yangtzé e Mekong.

As pesquisas apontam que o impacto do derretimento pode variar de inundações causadas pelo aumento de escoamento a uma elevação dos níveis de poluição do ar em razão do carbono negro e poeira depositada nas geleiras.

Saleemul Huq, diretor do Centro Internacional para Mudança Climática e Desenvolvimento, um centro de pesquisas sobre meio ambiente em Dhaka, descreveu as descobertas no estudo como "muito alarmantes". "Todos os países afetados precisam priorizar o combate a esse problema antes que ele atinja proporções de crise", afirmou.

Huq foi um dos revisores externos do estudo, que ressaltou ainda que mesmo que um ambicioso Acordo de Paris consiga limitar o aquecimento global a 1,5°C até o fim do século, mais de um terço das geleiras da região serão perdidas. Se a temperatura global aumentar 2°C, dois terços dos glaciares do Himalaia derreterão.

O Acordo de Paris de 2015 foi um momento crucial na diplomacia internacional, reunindo governos com diferentes visões sobre como reduzir o aquecimento global. Foi estipulada uma meta de evitar que as temperaturas subam mais de 2°C, ou 1,5°C se possível.

Segundo um estudo recente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, as emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono, precisariam ser reduzidas a um nível que o planeta consegue absorver - conhecido como net-zero - até 2050 para manter as temperaturas globais em 1,5°C, como previsto no acordo.

O Centro Internacional para o Desenvolvimento Integrado de Montanhas disse que o estudo contou com o trabalho de mais de 350 pesquisadores e especialistas de 22 países.

Anitta foi na contramão do desafio dos 10 anos, ou o "Ten years challenge", e decidiu não publicar fotos pessoais. A cantora postou duas imagens. Na primeira, uma grande geleira. Na segunda, uma década depois, o bloco de gelo praticamente desaparecido.

"Apesar das minhas setecentas plásticas que me fazem desacreditar nas fotos antigas, juro que esse é o desafio dos 10 anos que mais me choca", escreveu na legenda no perfil dela no Instagram.

A cantora também criticou a série de imagens em que as pessoas aparecem belas e esbeltas. "Todo mundo se esforçando para melhorar de vida e de aparência a cada dia. E nossa casa (a única que temos) só se degradando. Quanta destruição aconteceu em apenas 10 anos. Faz parecer que a Terra nem é tão grande assim", analisou.

Até a publicação desta matéria, a publicação de Anitta havia recebido mais de meio milhão de curtidas e o apoio maciço dos fãs. "Parabéns por trazer tão importante reflexão", "Rainha sensata" e "A melhor publicação de todas" foram alguns dos comentários.

Para concluir a reflexão sobre o aquecimento global, Anitta alertou que cada um deve fazer sua parte. "Nosso planeta é nossa casa, a casa que todos nós compartilhamos independentemente de espécie, raça, dinheiro, nacionalidade, crenças, etc. Somos obrigados a conviver nesta casa, querendo ou não. Vamos cada um fazer sua parte entendendo que não há lucro em ser egoísta num mundo inteiramente compartilhado", finalizou.

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