Líderes da UE
rejeitam apelo do Reino Unido para renegociar Brexit
Agência Brasil
A primeira-ministra britânica Theresa May afirmou que pretende reabrir
negociações sobre o acordo
Líderes da União
Europeia (UE) rejeitaram o apelo do Reino Unido para que o acordo do Brexit (a
saída do país da UE) seja renegociado. A rejeição ocorreu devido a preocupações
com a fronteira irlandesa.
Na terça-feira (29), a primeira-ministra britânica Theresa May afirmou que pretende reabrir negociações sobre o acordo, após o Parlamento ter aprovado uma moção exortando May a buscar "alternativas" para o chamado backstop irlandês. Trata-se de uma medida para evitar o retorno de uma fronteira rígida entre a Irlanda do Norte, que faz parte do Reino Unido, e a Irlanda, que é membro da União Europeia.
No Parlamento Europeu, na quarta-feira, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, declarou que a votação do Reino Unido elevou o risco de uma saída desordenada.
Já o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, afirmou que conversou por telefone com Theresa May, na quarta-feira (30), e que disse a ela que o acordo de retirada não estava aberto para renegociação.
A menos de dois meses até o Brexit, programado para ocorrer em 29 de março, não existe perspectiva para uma solução.
Na terça-feira (29), a primeira-ministra britânica Theresa May afirmou que pretende reabrir negociações sobre o acordo, após o Parlamento ter aprovado uma moção exortando May a buscar "alternativas" para o chamado backstop irlandês. Trata-se de uma medida para evitar o retorno de uma fronteira rígida entre a Irlanda do Norte, que faz parte do Reino Unido, e a Irlanda, que é membro da União Europeia.
No Parlamento Europeu, na quarta-feira, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, declarou que a votação do Reino Unido elevou o risco de uma saída desordenada.
Já o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, afirmou que conversou por telefone com Theresa May, na quarta-feira (30), e que disse a ela que o acordo de retirada não estava aberto para renegociação.
A menos de dois meses até o Brexit, programado para ocorrer em 29 de março, não existe perspectiva para uma solução.
O líder do Partido
Trabalhista britânico, Jeremy Corbyn, enviou uma carta à primeira-ministro,
Theresa May, na qual afirma que propor a saída imediata do Reino Unido da União
Europeia sem acordo é uma “ameaça” e pode ter um “resultado desastroso”. A
reação ocorre no momento em que o governo negocia com partidos políticos
alternativas para o Brexit, rejeitado há dois dias.
“Estamos firmemente
convencidos de que o ponto de partida para qualquer discussão sobre como
quebrar o impasse de Brexit deve ser que descartar ameaça de um resultado
desastroso de ‘nenhum acordo’", diz o texto.
Segundo Corbyn, é
uma posição compartilhada por todos os partidos da oposição, incluindo o
Partido Democrático Unionista (DUP).
Negociações
Theresa May tem até
segunda-feira (20) para apresentar o chamado “plano B”, a proposta alternativa
à rejeitada, para fixar as regras para saída do Reino Unido da União Europeia.
Na quinta-feira (16)
a primeira-ministra, que sobreviveu à moção de desconfiança, depois de o
Parlamento rejeitar sua proposta de deixar a UE, convidou todos os líderes
partidários a discutir individualmente uma saída do Brexit.
Corbyn afirmou que
aceitará conversar com May apenas diante da certeza que a saída ocorrerá
mediante um acordo.
Durante um discurso
no distrito de Hastings, no sul da Inglaterra, Corbyn observou que é possível
encontrar uma solução satisfatória.
"Somos
sensatos, somos sérios e somos positivos nisso", insistiu, observando que
o segundo referendo na União Europeia continua sendo uma "opção".