sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

FORAM RESGATADOS ATÉ AGORA 110 CORPOS E 238 ESTÃO DESAPARECIDOS EM BRUMADINHO-MG


Número de mortes sobe para 110 em Brumadinho; 238 continuam desaparecidos

Anderson Rocha – Jornal Hoje em Dia












O número de mortos após o rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, subiu para 110, de acordo com a Defesa Civil estadual. A atualização foi divulgada na noite desta quinta-feira (31), em conjunto ao Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Polícia Militar. A quantidade de desaparecidos diminuiu para 238 pessoas.
No último balanço, divulgado na noite dessa quarta (30), o número de mortes confirmadas era de 99 pessoas. Já as vítimas ainda desaparecidas eram 257.
Para o porta-voz do Corpo de Bombeiros, Tenente Pedro Aihara, a operação - que é considerada a maior na história do Estado - chega a uma fase difícil de localização de vítimas. "A maioria dos corpos que estavam em localidades superficiais já foram encontrados. A partir de agora, necessitamos de um trabalho de escavação já que a maioria dos corpos íntegros já foi recuperada", afirmou.
Segundo Aihara, o foco está na recuperação de partes de corpos, o que diminuirá a velocidade de localização, já que isso demandará a escavação do solo.
De acordo com o porta-voz da PM, Major Flávio Santiago, já foram percorridos 2/3 dos 400 quilômetros quadrados de área de varredura na busca de desaparecidos. Segundo ele, 950 policiais militares atuam na cidade, sendo que 400 deles estão na área rural e o restante na prevenção de furtos e outros crimes contra residências de pessoas que deixaram Brumadinho.
Segundo Arlen Bahia, delegado da Polícia Civil de Minas Gerais, o foco do trabalho do órgão está na liberação imediata dos corpos localizados.
'Maior tragédia humana da história recente do país', dizem especialistas



Bombeiros atuam na zona quente, enquanto voluntários cobrem a zona morna



As buscas por vítimas do desastre causado pelo rompimento da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte, continuam nesta sexta (1º) pelo oitavo dia. O desastre é apontado por especialistas como a maior tragédia humana da história recente do país.
O balanço mais recente indica 110 mortos, 238 desaparecidos e 394 identificados. Dos mortos, 71 foram identificados por exames realizados pela Polícia Civil. Também há 108 desabrigados e seis pessoas hospitalizadas.
A Vale informou, há três dias, que a empresa vai acabar com dez barragens, como a que se rompeu em Brumadinho. As barragens serão descomissionadas. Todas localizadas em Minas Gerais. Segundo a empresa, descomissionar significa preparar a barragem para integrá-la à natureza.
Bloqueios
A Justiça do Trabalho autorizou um novo bloqueio de R$ 800 milhões da mineradora Vale, responsável pela barragem que se rompeu em Brumadinho.
Na última segunda-feira (28), já haviam sido bloqueados R$ 800 milhões, valor correspondente a 50% do total pedido pelo Ministério Público do Trabalho em Minas Gerais (MPT-MG). A Vale também teve bloqueados, em outras ações, R$ 11 bilhões.
Medidas
Desde o desastre no último dia 25, a empresa anuncia medidas e faz reuniões com autoridades públicas federais e estaduais. Em encontro com procuradores em Brasília, o presidente da empresa, Fabio Schvartsman, disse que vai acelerar os acordos extrajudiciais.
Paralelamente, a empresa ofereceu o pagamento de R$ 100 mil para cada família cujo parente morreu ou está desaparecido. O cadastramento dos parentes começou, mas muitos se queixam do método utilizado.
Bolsa Família
O Ministério da Cidadania anunciou a antecipação do pagamento do Bolsa Famíliapara os beneficiários do programa que vivem em Brumadinho. Com a medida, os beneficiários poderão sacar o dinheiro a que têm direito sem precisar seguir o calendário do programa. Atualmente, 1.506 famílias da cidade mineira estão inscritas no Bolsa Família.
Buscas
As buscas por vítimas completam hoje oito dias. Um grupo de 136 militares de Israeldesembarcou na região de Brumadinho para ajudar nas operações de resgate. De acordo com informações oficiais, a tropa israelense contribuiu na localização de 35 corpos.
Trabalham no local militares do Corpo de Bombeiros, inclusive de outros estados, das Forças Armadas, Defesa Civil, Polícia Civil e Política Militar.
A delegacia de Brumadinho funciona 24h para atender familiares e receber ocorrências. Também está sendo providenciada uma equipe para atuar na expedição das identidades de parentes de familiares vitimados pelo rompimento da barragem.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, mais de 360 militares atuam na área com apoio de 15 aeronaves e 21 cães farejadores. Há ainda 66 voluntários, que atuam entre área seca e a inundada. Esses voluntários são pessoas com qualificação técnica.
O resgate de corpos em Brumadinho, que até ontem localizou 110 vítimas do rompimento da barragem da Mina de Córrego do Feijão, entra em uma fase mais difícil, informou o Corpo de Bombeiros. Segundo a corporação, a maioria dos cadáveres em áreas superficiais já foi encontrada. Agora, o trabalho de escavação será reforçado, o que poderá diminuir o ritmo das operações.
Conforme o balanço de óbitos, divulgado na noite de ontem, mais 11 pessoas foram encontradas sem vida desde a última quarta-feira. Do total de vítimas levadas para o Instituto Médico-Legal (IML), 71 já foram reconhecidas pelos familiares. Os desaparecidos são 238.
Segundo o porta-voz dos Bombeiros, tenente Pedro Aihara, a operação de busca entra em uma fase mais trabalhosa porque muitos dos corpos, agora, estão em áreas mais profundas.
Representante da Polícia Militar (PM), major Flávio Santiago informou que as equipes já percorreram cerca de dois terços dos 400 quilômetros quadrados da área demarcada para a varredura.
Ainda segundo ele, 950 militares atuam em Brumadinho, sendo que 400 deles estão na área rural e o restante trabalha na prevenção de furtos e outros crimes contra residências de pessoas que deixaram o município.
Interrupção
Ontem, por cerca de uma hora, os trabalhos foram suspensos por conta do risco de uma tempestade na cidade.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a medida foi tomada para garantir a segurança dos militares e voluntários envolvidos nas operações.


COLUNA ESPLANADA DO DIA 01/02/2019


Questão de ordem

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini










Senadores da ala anti-Renan vão apresentar várias questões de ordem para tentar abrir o voto durante a sessão de hoje que vai eleger o novo presidente do Senado. Já os aliados do senador de Alagoas, que tenta presidir o Senado pela quinta vez, vão revidar com recursos baseados no artigo 60 do Regimento Interno que estabelece que a eleição para o comando da Casa deve ser secreta. Os senadores Lasier Martins (PSD-RS) e Espiridião Amin (PP-SC) concluíram ontem os textos das questões de ordem que serão anunciadas na abertura da sessão. “Será tenso”, prevê Lasier à Coluna.

Batalha

Já o senador Eduardo Girão (Pros-CE) peregrinou pelos gabinetes nos últimos três dias e diz ter confirmado o apoio de 41 senadores pela votação aberta. A expectativa é de que, em virtude da batalha de questões de ordem e recursos, a sessão seja longa e entre pela madrugada.

PT

Na frente de apoio à Renan Calheiros, o PT irá defender o voto secreto. Senadores da legenda alegam, nos bastidores, que o alagoano é o “único entre os candidatos que tem perfil para agir com independência em relação ao governo Bolsonaro”.

Tropa

A tropa de Renan vai articular durante todo o dia para que a votação seja realizada em apenas um turno e de forma secreta. Nesse cenário, o alagoano terá entre 47 e 48 votos – calculam aliados.

Etanol

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu caminhões com etanol que saíram de uma usina paulista - controlada por uma multinacional - com destino a uma usina em Campos de Goytacazes (RJ), recentemente acusada pelas grandes distribuidoras de combustíveis por ser responsável pela comercialização de etanol adulterado.

Fraude

A usina localizada no Norte Fluminense está comprando etanol em São Paulo, ao invés de produzi-lo, e comercializando o produto direto para uma distribuidora do mesmo grupo, em Duque de Caxias (RJ). Fraudando assim a origem do produto.

ICMS
A manobra é feita para garantir o uso do incentivo fiscal concedido pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral que reduziu o ICMS de 32% para 2% para o etanol produzido pela usina. O que possibilita a comercialização de milhões de litros de etanol sem o pagamento de imposto.

Floresta
A ruptura da barragem de Brumadinho resultou na perda de 125 hectares de florestas, o equivalente a mais de um milhão de metros quadrados ou 125 campos de futebol. O impacto na cobertura ambiental foi mensurado pela pelo WWF-Brasil com base em imagens de satélite e mapas anteriores à tragédia.

Regulamentação
Mauricio Voivodic, diretor do WWF-Brasil, afirma que o setor de mineração precisa pesquisar e investir em processos de menor impacto e risco, como nos processos secos: “Essas mudanças urgentes devem ser impulsionadas por fortes regulamentações ambientais”.

LAI
A Transparência Brasil defende a revogação do decreto do governo Bolsonaro que alterou a regulamentação da Lei de Acesso à Informação (LAI) e ampliou o número de agentes públicos que podem categorizar informações públicas como sigilosas. Entidade pediu à CGU que a polêmica seja discutida na próxima reunião do Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção (CTPCC).

Líder
Novo líder da bancada do Psol na Câmara dos Deputados, deputado Ivan Valente (SP) afirma que a luta do partido será “contra privatizações, a homofobia, a violência contra a mulher e o racismo”.

ESPLANADEIRA
A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) diz ser “totalmente inverídica” a informação, difundida por redes sociais e aplicativos de mensagens, sobre a ocorrência de ataque terrorista contra a barragem de Brumadinho/MG. Afirma que não recebeu qualquer relato sobre prisões de venezuelano e cubano na região.

(*) Walmor Parente - interino e subeditor

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

GOVERNO PARALELO DE GUAIDÓ NA VENEZUELA NOMEIA REPRESENTANTE NA OEA


Não há na Venezuela quem morra por Maduro, diz representante de Guaidó

Estadão Conteúdo









Diplomata e novo representante especial da Venezuela na Organização dos Estados Americanos (OEA) designado pelo opositor Juan Gauidó - que se auto proclamou presidente interino da Venezuela -, Gustavo Tarre disse na tarde desta terça-feira, 29, em Washington que Nicolás Maduro não tem suporte no país capaz de mantê-lo no poder. "Não acho que há na Venezuela quem iria morrer pelo Maduro. Há pessoas corruptas, há pessoas com simpatia por Maduro, mas pessoas que iriam morrer, brigar por Maduro? Não acredito", afirmou Tarre em um auditório lotado em Washington, na sede do think tank Centro para Estudos Internacionais e Estratégicos (CSIS, na sigla em inglês).

Tarre é um dos indicados por Guaidó para ocupar postos de representação do governo paralelo venezuelano - parte de um movimento que tem se ampliado nos últimos dias e faz o líder opositor ganhar espaço como presidente interino do país em oposição a Maduro. Tarre foi indicado à OEA pela Assembleia Nacional da Venezuela no dia 23 de janeiro, mesmo dia em que parte da comunidade internacional reconheceu Guaidó como interino.

"Temos a pressão das pessoas na rua e da comunidade internacional", afirmou Tarre, mostrando fotos das manifestações pela saída de Maduro. Ao falar sobre as sanções aplicadas pelo governo americano à Venezuela, inclusive o bloqueio de Maduro à receita da compra de petróleo pelos EUA, afirmou que é parte de uma "conjunção de forças que colocará Maduro para fora".

Em 2017, Maduro anunciou a saída da Venezuela da OEA após a convocação de uma reunião para discutir a crise humanitária no país. No dia 10 de janeiro, mais da metade dos países que integram o Conselho Permanente da organização declarou que o governo de Maduro é ilegítimo. A decisão de Guaidó de indicar um diplomata para a OEA reverte o processo de saída do país do principal fórum regional.

Durante apresentação em Washington, Tarre foi interrompido ao menos três vezes por manifestantes isolados, com palavras de ordem e cartazes denunciando um golpe na Venezuela. Eles foram retirados pelos seguranças do evento. "Que protestem, têm direito", disse Tarre.

Ele afirmou que Guaidó tem trabalhado para garantir a realização de eleições livres e democráticas, com observação da comunidade internacional. Sobre a posição das Forças Armadas venezuelanas, consideradas cruciais até o momento para o apoio e sustentação de Maduro, o diplomata disse que Hugo Chávez soube "destruir os princípios da organização militar". "Tudo o que Guaidó pede é que os militares respeitem a Constituição. Essa é a esperança que temos", disse.

Ao falar da situação do país, Tarre mencionou a crise humanitária e o que considera a entrada de forças estrangeiras como Cuba e Rússia. "As pessoas não têm o que comer. Vocês viram vídeos de pessoas abrindo os sacos de lixo na rua para encontrar comida. O governo Maduro não provê o sistema básico de saúde. O governo não é capaz de garantir a integridade do território venezuelano de guerrilheiros e uma parte está sob controle do narcotráfico."

China e Rússia

Tarre vê diferença entre o apoio da China e o da Rússia a Maduro Para ele, com a China a questão é puramente econômica - e, por isso, os chineses não devem se indispor com um possível novo governo venezuelano. Já a Rússia, na visão dele, está engajada numa briga política.

Presente no evento, o ex-embaixador dos EUA na Venezuela William Brownfield avaliou que há duas questões em jogo quando se fala sobre China e Rússia. Para ele, "o dinheiro fala" e é preciso analisar se os dois países continuam, nas últimas semanas, investindo altas cifras na Venezuela. "Me parece que eles também estão parados para ver o que acontece", afirmou.

Além disso, o ex-embaixador considera que as realidades geográficas importam e, por mais que os dois países exerçam grande influência na Venezuela, há uma conjunção de forças na região contra Maduro por parte de Colômbia, Chile, Argentina, Canadá, Brasil e Estados Unidos.

"As coisas que estão acontecendo na Venezuela hoje não aconteciam há muitos, muitos anos. Guaidó está nomeando diplomatas para representar a Venezuela no exterior. Em pouco tempo, de várias formas, ele está de fato agindo como o presidente interino.
Como comunidade internacional, precisamos ser cuidadosos", avaliou Brownfield.

VÁRIOS ESTADOS ESTÃO ISENTANDO DE IPVA CARROS A PARTIR DE 10 ANIOS

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