sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

COLUNA ESPLANADA DO DIA 14/12/2018


Dívida Líquida é a maior dos últimos 11 anos

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 









O presidente Jair Bolsonaro (PSL) irá herdar dos últimos governos a maior Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) desde dezembro de 2006. O dado consta no atual Relatório de Acompanhamento do Instituto Fiscal Independente do Senado. O documento aponta que a expansão do Produto Interno Bruto ao longo dos últimos 7 trimestres (entre março de 2017 e setembro de2018) ainda não foi suficiente para levar a economia de volta ao nível observado no pré-crise (que corresponde ao primeiro trimestre de 2014).

Montante
A Dívida atingiu 53,26% em outubro de 2018, ante 52,15% em setembro e 50,65%
em outubro de 2017. Apesar do cenário de estagnação, o estudo indica ligeira recuperação do consumo das famílias, impulsionada pela melhora de crédito.
Indústria
O Instituto projeta os seguintes índices de crescimento da economia para os próximos anos: 2,3% em 2019 e 2,4% em 2020. A estagnação do setor
da construção civil, em um patamar ainda 30,6% distante do nível pré-crise, conclui o estudo, “tem dificultado a recuperação daindústria e dos investimentos”.
Desemprego
A taxa de desemprego está diminuindo lentamente, situando-se em 11,7% em outubro. Mas a geração de vagas, conforme o relatório, está concentrada, em maior medida, no mercado informal e no trabalho por conta própria.
PF 
O presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal, Flávio Werneck, espera que a visita que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, fez ontem ao COT (Comando de Operações Táticas da Polícia Federal), se exprima como reconhecimento ao trabalho no combate ao narcotráfico e à corrupção.
Lei Orgânica
Que não seja somente de cortesia, mas que se traduza em atitude, diz Werneck ao lembrar que a PF é composta por policiais federais desmotivados: “Se o novo Governo quer prestigiar a categoria, nossa sugestão é que seja finalmente encaminhada ao Congresso uma Lei Orgânica que discipline as atribuições de toda a corporação”.

Alinhados
Dirigentes de partidos alinhados com Jair Bolsonaro (PSL) negam que a relação com o novo Governo será à base do “toma lá, dá cá” com a barganha de cargos em troca de apoio no Congresso.
Diretrizes
O senador e governador eleito de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), diz que o partido e o governo Bolsonaro vão alinhar diretrizes e ações em torno dos projetos importantes para o País: “O Democratas tem uma noção clara do momento político que nós estamos vivendo”.
Cláusula
Com a incorporação do PRP ao Patriota por causa da cláusula de desempenho, parlamentares eleitos decidiram deixar a nova legenda. Júnior Mano, eleito pelo Ceará, vai para o PR; deputada Kia Kicis, eleita pelo DF, sem destino. O senador Jorge Kajuru (GO) ficará na nova legenda.
Surpresa
A ex-deputada de Alagoas Rosinha da Adefal estava colhendo apoio para indicação a Secretária Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência e ao abordar o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) escutou, surpresa:jamais faria indicação para esse governo, mas sendo você abro uma exceção.
Cabide
Senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) responsabiliza o Sistema S pela baixa qualificação da mão de obra no Brasil. Lembra que entidades – como Sesc, Senac, Sesi e Senai -, receberam R$ 44 bilhões nos anos de 2015 e 2016: “É um cabide de emprego. Só a folha de pagamento do Sistema S hoje, eu acredito, deve ter superado a casa dos R$ 10 bilhões”.
Transparência
O tucano acrescenta que o Sistema S caracteriza-se pela falta de transparência e “por uma série de práticas condenáveis, como assinar a maioria dos seus contratos por meio de não exigência ou dispensa de licitação”.
Na praia
O ex-presidente José Sarney decidiu que não irá à posse de Jair Bolsonaro, dia 1º de janeiro. Passará o Natal e o Réveillon com dona Marly, que convalesce de problemas de articulação, e parte da família.
Derrapagem 
Representantes da ANTT admitiram casos de assédio moral e falta de estrutura para os servidores, em audiência com o Ministério Público do Trabalho (MPT).

ESPLANADEIRA
O tradicional Armazém São Joaquim, construído em 1857, em Santa Teresa (RJ), foi colocado à venda pela Sérgio Castro Imóveis.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

PAÍSES RECÉM-INDUSTRIALIZADOS COBRAM FINANCIAMENTO PARA CUMPRIREM O ACORDO DE PARIS


Países do Basic cobram financiamento para conter mudanças climáticas

Agência Brasil








O ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, destacou que o Basic quer colaborar com as negociações na Polônia e que ainda há tempo para que os países saiam da conferência com resultado positivo

Representantes do grupo Basic – bloco de países recém-industrializados formado por Brasil, África do Sul, Índia e China – cobraram nesta quarta-feira (12) avanço nas negociações para implementar o Acordo de Paris. Em entrevista coletiva, na 24ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Katowice, na Polônia, o grupo se comprometeu com os princípios do acordo climático, mas demonstrou preocupação com a questão do financiamento dos países desenvolvidos.
O bloco foi formado em 2009, durante a COP15 de Copenhagen, com o objetivo de fortalecer as discussões sobre o assunto nos países. Desde então, o grupo tem atuado para manter os preceitos dos acordos internacionais relacionados ao clima e para captar recursos que possibilitem a adoção de medidas de controle das emissões de carbono e do aquecimento global.
O ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, destacou que o Basic quer colaborar com as negociações na Polônia e que ainda há tempo para que os países saiam da conferência com resultado positivo.
O Brasil está na COP 24 para mostrar seu exemplo e sua contribuição e que está unido aos outros países, disse Duarte. Ele defendeu propostas comuns à agenda climática. O ministro ressaltou que, apesar de admitir flexibilização em alguns pontos, o grupo quer finalizar os trabalhos da conferência sem parcialidade ou retrocessos.
“Temos defendido a flexibilidade, mas sem retrocessos. Estamos e sempre estivemos com uma posição construtiva e sempre muito preocupados com o multilateralismo e daquilo que for decidido, que não venha a trazer prejuízos. De tal forma que este grupo, que tem uma importância naquilo vem fazendo, defende o cumprimento do acordo, mas sem retrocessos”, disse Duarte.
África do Sul
O representante da África do Sul, Derek Andre Hanekom, afirmou que o multilateralismo "está em perigo" e que a conferência representa a oportunidade de mostrar a importância da ação conjunta. Hanekom ressaltou que é preciso encontrar equilíbrio entre as medidas de mitigação e adaptação dos efeitos das mudanças climáticas e considerar as diferenças de capacidade e habilidade entre as nações para atingir as metas do Acordo de Paris.
O acordo estabelece que as nações devem se esforçar para manter o aumento da temperatura global em até 1,5º C para evitar o agravamento dos efeitos das mudanças climáticas, principalmente em países mais vulneráveis.
O ministro sul-africano destacou a necessidade de financiamento para que seja possível adotar as práticas de combate às mudanças, sob o risco de esvaziar o acordo. “Se não trabalharmos juntos para atingir este objetivo, estamos condenados ao fracasso.”
Acordo de Paris
O Acordo de Paris prevê que os países desenvolvidos devem investir anualmente pelo menos US$ 100 bilhões até 2020. A menos de dois anos do prazo final, o valor ainda não foi atingido e não alcança US$ 1 bilhão por ano, segundo o ministro sul-africano.
“Depois do Acordo de Paris, não deveríamos estar falando em retrocesso, mas em levá-lo adiante. Infelizmente, a situação não melhorou e tem piorado nos últimos anos. E alguns dos compromissos, por exemplo, o financiamento ainda não foi alcançado, e neste estágio não estamos no caminho certo”, acrescentou Hanekom..
O ministro da área ambiental da China, Xie Zhenhua, afirmou que está otimista, apesar de alguns países desenvolvidos estarem demonstrando que não querem a continuidade do Acordo de Paris. O negociador chinês reiterou que é possível ter um resultado bem-sucedido se os princípios do acordo firmado em 2015 não forem descumpridos.
“Depois de tudo o que avançamos, só podemos ir adiante e não voltar atrás. Financiamento é muito importante, é uma das questões mais preocupantes, mas vamos fazer nosso melhor. Temos que agir, somente agindo podemos salvar a humanidade”, declarou.
Até a próxima sexta-feira, mais de 190 nações que integram a convenção quadro das Nações Unidas para o clima devem finalizar um livro de regras que contém um plano de ação para colcoar em prática as metas do Acordo de Paris. Participam da Conferência mais de 30 mil pessoas e delegados de vários países.

BOLSONARO DIZ QUE O BRASIL PODE DEIXAR O ACORDO DE PARIS


Bolsonaro diz que pode deixar Acordo de Paris, critica multas e fala em flexibilizar lei ambiental

Agência Brasil









Bolsonaro voltou a criticar "a indústria de multas abusivas e extorsivas do Ibama", fruto supostamente de "capricho de alguns fiscais"


O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta quarta-feira (12) em pronunciamento pelas redes sociais que pretende propor, via Itamaraty, mudanças ao Acordo de Paris. "Se não mudar, sai fora. Porque temos de ficar? É um acordo possivelmente danoso para a nossa soberania", afirmou.
"Muitos estão fora, não assinaram. Por que o Brasil tem de ficar, para ser politicamente correto?", questionou. Segundo ele, o Brasil pode não conseguir cumprir, até 2030, as exigências previstas no Acordo de Paris - e passaria a correr riscos de sofrer "sanções até de força". "Não conseguiremos reflorestar uma área do tamanho do Rio de Janeiro", exemplificou.
Bolsonaro voltou a criticar "a indústria de multas abusivas e extorsivas do Ibama", fruto supostamente de  "capricho de alguns fiscais". Ele citou vários exemplos - corte de uma árvore que está caindo, derrame de pouco combustível de trator na terra, pesca feita por pequenos pescadores que recebem multa "inacreditável". "Não podem continuar agindo desta forma. Política ambiental não pode atrapalhar o desenvolvimento do país", disse, defendendo a rápida concessão de licenças ambientais. "Isso atrapalha prefeitos, impede que se abra e até se faça manutenção de estrada, principalmente na Amazônia", disse. "Vamos acabar com isso. Se precisar de nova lei, iremos ao Parlamento", afirmou.
Jair Bolsonaro também criticou o Pacto Global de Migração, assinado recentemente pelo governo brasileiro. "Todos somos migrantes no Brasil, mas não podemos escancarar as portas para [todo mundo] vir numa boa." Segundo ele, é preciso ter cautela com a "cultura totalmente diferente da nossa". E deu o seguinte exemplo: "Chegar aqui e querer casar com crianças de 11 anos". "Não podemos admitir certo tipo de gente que venha para o Brasil desrespeitando nossa cultura e nossa religião", resumiu.
Ele passou então a falar sobre Roraima. "Olha Roraima. Se fosse rei de Roraima, com tecnologia, eu, em 20 anos, teria economia igual ao do Japão", previu. O presidente eleito disse que conhece o estado, que é uma terra repleta de minerais - "tem toda a tabela periódica ali" - e que conversou com os indígenas locais. Ele defendeu a "integração dos mesmos à sociedade". Segundo Bolsonaro, os índios querem o mesmo que todo brasileiro. "Não queremos que fiquem atrapalhando o desenvolvimento da nação. Os índios podem receber royalties pela energia elétrica e pela mineração", sugeriu. "Por que eles têm de ser tratados como se estivessem na idade da pedra?".
Ainda se referindo a Roraima, afirmou: "Temos como mexer naqueles pedaços de terra mais ricos do mundo". "Como pode uma terra rica daquela ter que ficar pedindo dinheiro para União? Era para Roraima dar dinheiro pra União!", completou.
Bolsonaro terminou sua transmissão ao vivo dizendo que escolheu seus ministérios sem interferência politica. Comentou, por fim, o caso do ex-assessor de seu filho, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).  "Temos problema com um ex-assessor nosso, do Flávio, com movimentação atípica. Vai ser ouvido na semana que vem. (...) Que paguemos a conta, se algo estiver errado comigo ou com meu filho, mas nós não somos investigados", destacou.
"Dói no coração da gente, porque defendemos o mais firme combate à corrupção. E usaremos o próprio Coaf para combater isso", prometeu. Bolsonaro informou que repetirá semanalmente este contato para prestar contas de seu trabalho em Brasília. "O Brasil é nosso. Muito obrigado".

COLUNA ESPLANADA DO DIA 13/12/2018


Coalizão Bolsonaro

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 









Diferente do prometido durante a campanha vitoriosa à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL) e seu staff da equipe de Transição repetem o roteiro dos últimos governos e, à base do ‘toma lá, dá cá’, já projetam coalizão que contará com o apoio e votos de mais de 350 parlamentares da Câmara. Hoje, Bolsonaro recebe a turma do PP. O partido, ao qual o presidente eleito já foi filiado, perdeu a pasta da Saúde para o DEM e busca emplacar aliados em cargos de segundo e terceiro escalão nos ministérios e nos estados.  Na última semana, Bolsonaro tratou de cargos e temas afins com o PR, legenda do ex-deputado Valdemar Costa Neto, condenado no processo do mensalão do PT.
Previdência
O tamanho da base aliada que está sendo costurada pessoalmente por Bolsonaro e o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, irá definir a estratégia do novo Governo para tentar aprovar a reforma da Previdência.
Previdência 2
A equipe econômica da Transição se divide entre manter o texto do governo de Michel Temer, que já está pronto para votação no plenário da Câmara, ou fatiar a reforma.
Que alívio
Nilson Leitão, o único federal do PSDB que aparece com pompas e abertamente na Transição, tem história curiosa. Detido pela Polícia Federal na Operação da Gautama, há 11 anos, então prefeito de Sinop (MT), conseguiu provar inocência e é, hoje, um dos poucos que tiveram indenização da União, na Justiça, pelo episódio.
Memória
Apesar do convívio com os envolvidos, não havia provas contra ele no esquema. Leitão, conta a próximos, teve taquicardia e foi detido na frente dos filhos pequenos.

Receita
O enfrentamento da crise fiscal e a intensificação do combate à corrupção e à sonegação, como têm defendido futuros ministros, apontam que a Receita Federal terá papel relevante no governo de Jair Bolsonaro (PSL). A expectativa é do presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), Claudio Damasceno.

Lava Jato
Damasceno diz que, além de ser responsável por 97% da arrecadação federal, a Receita teve papel relevante nas diversas operações de combate à corrupção: “Um exemplo é a Lava Jato”.
Doleiro
O ex-presidente do Paraguai, Horacio Cartes, terá que se explicar ao Congresso sobre suposta conexão com doleiro brasileiro Darío Messer. O depoimento está marcado para sexta-feira, 14.
Lavagem
Comissão do Congresso paraguaio convocou Cartes depois que seu nome foi citado pela ex-funcionária da Secretaria de Prevenção de Lavagem de Dinheiro e Bens (Seprelad), Raquel Cuevas. O doleiro Messer está foragido.
Cartéis
Horas depois de a Polícia Federal fazer buscar em endereços do senador Aécio Neves (PSDB-MG), a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou projeto do tucano que dobra a indenização paga por empresas ou grupos econômicos que praticarem infração à ordem econômica, como o cartel.
Repressão
No texto apresentado em 2016 (PLS 283), o tucano sublinha que “o projeto de lei, portanto, aprimorará a repressão e dissuasão das infrações à ordem econômica”. A proposta segue para análise da Câmara dos Deputados.
Administração
A contribuição de Belmiro Siqueira à Administração no Brasil ganhou forma de livro e filme. Biografia e documentário do patrono da profissão serão lançados pelo Conselho Federal de Administração, nessa quarta-feira, 12, em Brasília.
Conselhos
Belmiro Siqueira prestou dezenove concursos públicos e foi aprovado em primeiro lugar em todos. Foi professor em 25 faculdades, autor de vários trabalhos sobre administração e colunista em jornais. Participou da criação dos Conselhos Regionais em todas as capitais do País.

ESPLANADEIRA
O diretor social do Iate Clube do Rio de Janeiro, Alexandre Barroso, inaugurou novo espaço para shows, na pérgula da piscina, com a apresentação da cantora Hanna em homenagem aos 60 anos da Bossa Nova.

ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

  Brasil e Mundo ...