quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

ATITUDES QUE PODEM MELHORAR A SUA VIDA


Seis atitudes que podem deixar a vida mais leve

Simone Demolinari 









Algumas atitudes podem melhorar nossa qualidade de vida e bem-estar:
1 – Livrar-se da necessidade de estar sempre certo. Há um ditado que diz: “É melhor ser feliz do que ter razão”, mas nem sempre conseguimos colocar isso em prática. Desfazemos relações, amizades e parcerias simplesmente pelo fato de o outro pensar diferente de nós. Somos intolerantes às escolhas alheias e queremos convencer as pessoas de que o nosso lado é o certo. Essa rigidez pesa as relações.
2 – Abandonar o hábito de se comparar. A comparação é fonte geradora de sofrimento. Não existe lado bom. Se eu me comparo ao outro e me sinto inferior, há sofrimento e, por vezes, inveja. Se me sinto superior, isso reforçará em mim a vaidade e o orgulho, sentimentos opostos à felicidade. Sem contar que sempre será preciso que o outro fique pior para eu me sentir superior. Não há ganhos, só perdas. Aqueles que buscam vida leve, devem se comparar consigo mesmos e, a partir daí, avançar naquilo que desejam.
3 – Deixar de olhar para o próprio umbigo. Muitas vezes, damos importância exagerada a nós mesmos. O egocentrismo nos faz megalômanos: sentimos como se o mundo girasse ao nosso redor e acreditamos que somos mais importantes do que realmente somos. Com isso, nos ofendemos quando o outro não nos trata conforme achamos que merecemos. Uma afronta ao ego.
4 – Motivação a partir de estímulos internos. Quando nossa motivação (motivo para ação) é interna, significa que a combustão do sentimento que nos move tem bases reais. Ao passo que, quando é externa, torna-se mais vulnerável. Exemplo: aquele que quer parar de fumar para preservar a saúde tem muito mais chances de êxito do que aquele que quer largar o cigarro para agradar o cônjuge.
5 – Abandonar o papel de vitimismo. Não tem como deixar a vida leve sendo vitimista. Mas, é importante diferenciar: vítima é a pessoa cuja fraqueza foi explorada; vitimista é aquela que, para justificar sua infelicidade, estagna na reclamação e culpa o outro pelo seu sofrimento. Pessoas com boa autoestima, podem até ser vítimas, mas, jamais se tornam vitimistas. Viram o jogo e são mestres em “transformar o limão em limonada”. O vitimismo pode até ser vantajoso num primeiro momento, pois comove pessoas, no entanto, em termos de evolução, não contribui em nada, aliás, só piora.
6 – Deixar de se sentir ofendido. Não se ofender é fundamental para a leveza da vida. Reza a lenda que certa vez um aprendiz se dirigiu ao Samurai e perguntou: “Mestre, como o Senhor pode suportar tanta ofensa sendo que possui uma espada e sabes que podes vencer qualquer luta?”. E o samurai respondeu: “Se alguém chega até você com um presente e você não o aceita, a quem pertence o presente?”. “A quem tentou entregá-lo”, respondeu o aprendiz. E o mestre continuou: “O mesmo vale para as ofensas e os insultos. Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carrega consigo”.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA É O GRANDE VILÃO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS


Começou domingo passado conferência sobre mudanças climáticas na Polônia

Agência Brasil








A cidade de Katowice, na Polônia, abre neste domingo (2) a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 24). Sob o clima gelado do inverno polonês, a ONU começa as negociações com a expectativa de que os 196 países-membros possam fazer um plano de ação e mostrem como vão implementar o chamado Acordo de Paris, firmado em 2015 pelas nações com o objetivo de conter as emissões de gases de efeito estufa e manter o aumento da temperatura global abaixo de 2º, se possível em até 1,5º.
O objetivo da Conferência da ONU este ano é aprofundar a questão dos financiamentos de ações climáticas, considerando a meta de doação de pelo menos US$ 100 bilhões por ano de países desenvolvidos para as nações de menor renda. A organização também pretende estimular que os países desenvolvam planos para dar início ao cumprimento das metas a partir de 2020, prazo determinado pelo Acordo de Paris.
Entre as ações que devem ser promovidas está a proteção de florestas e outros ecossistemas que têm a capacidade de absorver gases causadores do efeito estufa, além do fortalecimento de ações de adaptação e de redução da vulnerabilidade aos efeitos das mudanças climáticas.
Durante a conferência, que será encerrada em 14 de dezembro, a pequena cidade de Katowice, que tem aproximadamente 300 mil habitantes, deve receber cerca de 11 mil delegados de vários países. A cidade tem mais de 150 anos e tradicionalmente é associada à exploração de carvão e à indústria pesada.
Nos últimos anos, a área de mineração de carvão, principal base energética da Polônia, foi revitalizada na cidade, que tem se tornado referência por adotar novas tecnologias, modernizar o setor de negócios e atrair investimentos sustentáveis. Katowice tem se destacado nos esforços de minimizar os efeitos da degradação ambiental e diminuir a poluição do ar, considerado um dos grandes problemas ambientais da Polônia.
Participação brasileira
A delegação do governo brasileiro, representada por membros do Itamaraty e do Ministério do Meio Ambiente, entre outros órgãos do governo federal, da academia e da sociedade civil, está mais enxuta este ano. O grupo vai se debruçar nas próximas duas semanas em mais de 190 itens da agenda da COP da Polônia.
Segundo o secretário de Mudança do Clima e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Thiago Mendes, o Brasil deve se destacar no chamado Diálogo de Talanoa, momento em que os países compartilham diferentes experiências e esforços empreendidos para contenção das emissões de gás carbônico. O secretário explicou que no Brasil foram realizadas sete rodadas deste tipo de Diálogo, nas quais foram encontradas 130 iniciativas que promovem baixas emissões de CO2 do setor privado e da sociedade civil, em todas as regiões do país.
Deste total, o MMA escolheu 42 projetos que serão apresentados pelo ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, no final do Dialogo de Talanoa global, durante a COP 24. “Isso foi muito inovador, porque a gente não viu nenhum país trabalhando nessa mesma linha, com o número de casos tão vastos e tão diverso”, comenta Mendes, que também é especialista em Relações Internacionais.
“O que a sociedade brasileira está nos indicando que é a favor do desenvolvimento sustentável e já tem feito uma série de atividades para ao avanço dessa agenda de movimentos resilientes com baixas emissões de CO2. Tem casos de sucesso muito fortes, desde construção vinculada a biocombustíveis, organização de comunidades para reflorestamento, geração de energia eólica e fotovoltaica”, completa Mendes.
O secretário disse também que o Brasil apresentará “dados sólidos” de redução do desmatamento nos últimos dez anos. Uma das metas assumidas pelo Brasil é reduzir a área desmatada na Amazônia a menos de 3,9 mil km² até 2020.
“Mesmo tendo variações que sobem e descem, essas variações são muito pequenas em relação ao montante total da redução. Caímos mais de 20 mil km² para cerca de 7,9 mil km². Tudo bem que a de 2018 é a maior dos últimos 10 anos, mas durante a última década, estamos 72% abaixo do que era em 2004”, afirmou.
Metas
O coordenador-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Alfredo Sirkis, avalia que o Brasil ainda tem condições técnicas de cumprir as metas a partir de 2020. Apesar das discrepâncias entre algumas metas nacionais com as firmadas em âmbito internacional, o Brasil pode chegar a uma redução da emissão de carbono a 1,2 gigatoneladas em 2030, segundo estudo do Fórum.
O pesquisador ressalta que as medidas em curso na área florestal, na agricultura, no sistema de transportes e na indústria para contenção do aumento da temperatura não prejudicam o desenvolvimento econômico e social. A busca da redução nas emissões também pode atrair investimentos para o país, segundo projeções dos especialistas.
“Por exemplo, na área de agricultura, as medidas de baixo carbono são todas muito boas para negócios, fazem muito sentido do ponto de vista empresarial. A redução do desmatamento é fundamental, porque garante o clima que permite a agricultura continuar crescendo sem grandes problemas. Muitos agricultores já perceberam claramente que o desmatamento é muito ameaçador pra eles. Por outro lado, do ponto de vista da indústria, dos transportes, optar por biocombustíveis, onde o Brasil tem uma vantagem competitiva, e mesmo acelerar a eletrificação dos veículos, são coisas positivas do ponto de vista econômico”, explica.
Discussões
Durante a COP 24, os delegados esperam que sejam discutidas estratégias concretas de longo prazo que devem ser adotadas pelos países para descarbonizar suas atividades econômicas. Sirkis acredita, no entanto, que este ano não sairá uma grande decisão das rodadas de negociação de alto nível, como ocorreu nas conferências de Paris (2015) ou de Copenhage (2009).
O pesquisador comenta que, devido a alguns fatores negativos do contexto mundial no momento, a COP da Polônia terá uma importância de natureza política. Ele cita que poderão ter certo peso durante as discussões o anúncio feito pelo presidente norte-americano, Donald Trump, de tirar os Estados Unidos do Acordo de Paris, além dos acenos similares do futuro governo brasileiro. Resultados dos últimos relatórios da comunidade científica apontam que os países devem triplicar os esforços de descarbonização de suas economias para atingir as metas de contenção do aquecimento extremo do clima.
“Até um tempo atrás se julgava que iríamos chegar até 2050 com reduções de cerca de 60%, 70% das emissões, comparado com 1990, que é um ano base que a União Europeia usa. E hoje se chega à conclusão de que é necessário zerar as emissões líquidas em algum ponto entre 2050 e 2060, isso pra poder realmente garantir o cenário de 2 graus e uma chance pra termos o cenário de 1,5 grau”, comenta.
O pesquisador ressalta que ainda assim o evento é importante para chamar a atenção do mundo para o problema do aquecimento da temperatura. “A COP é um momento de atenção mundial sobre o que está acontecendo com o clima, um momento de mobilização da mídia e da opinião pública em nível internacional. Nesse sentido, a COP é sempre importante porque é quando que você faz o balanço de tudo o que ocorreu e como você vê o futuro”.
Preocupação
Para o ambientalista, o Brasil terá uma participação mais tímida este ano, devido ao cenário político interno e à retirada da candidatura do país para sediar a COP 25 no ano que vem. Ele avalia que o Brasil poderá perder o papel de articulador que construiu ao longo dos últimos anos e que a delegação brasileira estará em situação difícil pela primeira vez na história, desde 1992, quando sediou a Rio 92
“A delegação brasileira vai estar profundamente constrangida e inibida com a situação. E o Brasil que sempre foi vanguarda nos processos negociadores, sempre teve um grande papel de articulação dos outros países, possivelmente será o mais discreto possível”, avalia.
Na opinião de Sirkis, o Brasil tinha condições financeiras de realizar a COP e poderia recuperar grande parte das despesas pela movimentação turística de 30 mil pessoas que participariam do evento no país. “Ou seja, não havia uma equação econômica que justificasse a não realização da COP. O problema foi essencialmente de natureza política”, opinou.
Para o secretário de Mudança do Clima do MMA, Thiago Mendes, o Brasil tem ainda condições de manter sua influência. Contudo, ele reconhece que há uma preocupação sobre o impacto de intenções de não cumprimento do Acordo de Paris possa ter sobre outros países, principalmente desenvolvidos.
“Eu não acredito que nossa participação vá ser alterada, porque historicamente o Brasil sempre teve uma delegação com um nível de qualificação muito forte e alto. Isso não mudou. O que há é uma ausência de liderança dos países desenvolvidos. Com o posicionamento da administração Trump, você tem uma sinalização para outros países desenvolvidos seguirem o mesmo caminho [de sair do Acordo de Paris]”, diz.
Compromissos
O secretário do MMA reforça que percebeu uma baixa adesão de países desenvolvidos aos compromissos e esforços de redução das emissões. Mendes espera que durante a Conferência os países assumam compromissos mais fortes para que os países em desenvolvimento também tenham condições de fortalecer suas ações.
“A gente está percebendo é que os países desenvolvidos não estão cumprindo com as regras que estão debaixo da convenção. Isso gera um desconforto muito grande, porque eles não estão cumprindo nem suas metas de redução de carbono, nem as metas de apresentação de doações financeiras. A nossa preocupação é que isso possa gerar uma falta de ambição na construção das regras de Paris”.
Para Sirkis, as discussões em torno das mudanças climáticas devem focar na realidade e nas informações que têm sido divulgadas por importantes estudos da área climática. Ele considera preocupantes os posicionamentos que menosprezam os esforços dos cientistas e que avaliam suas projeções como alarmistas.
“Eu acho que é urgente desideologizar essa discussão da questão climática. E remover coisas que são absolutas fantasias. Essa história, por exemplo, de que o acordo de Paris em alguma coisa ameaça a nossa soberania, é totalmente descabida. O acordo de Paris foi muito cioso em levar em consideração a soberania de todos os países, tanto que as metas apresentadas são voluntárias”, avalia Sirkis.

BOLSONARO REUNE DEPUTADOS E PEDE APOIO POLÍTICO


Bolsonaro pede apoio do MDB e fala em aprofundar reforma trabalhista

Agência Brasil










Jair Bolsonaro disse ser necessária a aprovação de reformas para tirar o país da situação crítica


O presidente eleito, Jair Bolsonaro, recebeu nesta terça-feira (4) a bancada de parlamentares do MDB na Câmara do Deputados e pediu apoio para aprovar reformas no Congresso Nacional. A reunião ocorreu no Centro de Cultura Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de trasição, em Brasília.
Segundo relatos de parlamentares à reportagem, Bolsonaro disse ser necessária a aprovação de reformas para tirar o país da situação crítica em que se encontra, mas garantiu que não exigirá sacrifícios da população.
Na reunião, que durou cerca de 50 minutos, o presidente eleito elogiou a reforma trabalhista aprovada em 2016 pelo governo de Michel Temer e ainda defendeu um aprofundamento da medida como forma de "desengessar" as relações de trabalho e destravar investimentos no país, sem entrar em detalhes sobre as alterações que ainda poderiam ser realizadas. Bolsonaro afirmou que Paulo Guedes, futuro ministro da Economia, não conseguirá sozinho aprovar as medidas necessárias para retomar o o crescimento da economia e a geração de empregos.
"Ele disse que espera o apoio do MDB no que for possível. Se não for da bancada, o apoio individual", contou o deputado Freire Júnior (MDB-TO). Apesar de falar em reformas, Bolsonaro não chegou a mencionar de forma específica a reforma da previdência, considerada pelo mercado a medida prioritária do próximo governo. O tema, no entanto, foi levantado na reunião pelo deputado Darcísio Perondi (MDB-RS).
Relação com parlamentares
De acordo com deputados que participaram do encontro, Bolsonaro reforçou o discurso de que terá uma reação "republicana e transparente" com o Congresso. Prometeu também que os parlamentares terão tratamento à altura do Poder Legislativo.
"Ele manteve o discurso de que, para construir um Brasil melhor, que cresça e gere empregos, precisa do Parlamento", disse o deputado Sergio Morais (MDB-PR).
Indicado como futuro ministro da Cidadania, o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) defendeu a proposta de uma nova relação entre governo e Congresso, sem imposições por parte das lideranças partidárias. "Em política, não adianta ameaçar. Eu, muitas vezes, votei contra a orientação do partido, porque eu não acreditava no que estava sendo votado, e votei contra. A forma de fazer política tem que mudar um pouco. Acho que tem que respeitar o partido, no seu poder de pressão, mas é ganhando corações e mentes dos parlamentares que você fará com que eles votem mudanças importantes para o país", afirmou.
Nessa segunda-feira (3), o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, já havia dito que o governo de Bolsonaro não vai exigir fechamento de questão das bancadas nas votações do Congresso.
Após a reunião, que contou com cerca de 50 deputados, entre os atuais e os eleitos e reeleitos em outubro, o líder da bancada, Baleia Rossi (MDB-SP), lembrou que o partido declarou-se independente em relação ao futuro governo, mas que terá responsabilidade com os assuntos importantes para o país. "O MDB vai discutir agenda. O MDB já se declarou independente, mas a bancada vai discutir ponto a ponto. O partido terá responsabilidade", garantiu.
Indicação de cargos
Sobre a indicação de partidos para ocupação de cargos no governo, Baleia Rossi disse que é natural que o presidente eleito cumpra sua promessa de campanha de não atrelar ocupação de ministérios a votos no Congresso. "Imagina se já na transição de governo ele descumprisse uma promessa de campanha"?", comentou.
Para outros emedebistas que participaram do encontro, no entanto, a sensação de alguns parlamentares é a de que se o futuro governo não buscar atender as demandas parlamentares, especialmente em suas bases nos estados, será difícil garantir o apoio em determinadas matérias.

O SUPREMO DELEGADO FEDERAL DO STF

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