sábado, 10 de novembro de 2018

ENCONTRO ENTRE TRUMP E PUTIN NO G-20 DA ARGENTINA


Vou me encontrar com Putin no G-20, na Argentina, afirma Trump

Estadão Conteúdo








No último mês, o governo americano havia confirmado que Trump e Putin planejavam se reunir em Paris

O presidente americano, Donald Trump, confirmou que vai se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin, na cúpula do G-20 em Buenos Aires, na Argentina, nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro.

No último mês, o governo americano havia confirmado que Trump e Putin planejavam se reunir em Paris, para onde o presidente dos EUA partiu nesta sexta-feira (9), depois de falar com repórteres na Casa Branca. Na última semana, porém, ele disse que não sabia se o encontro aconteceria.

Trump também comentou que não falou com o procurador-geral interino, Matthew Whitaker, nomeado após a saída de Jeff Sessions, sobre a investigação sobre a interferência russa nas eleições presidentes americanas de 2016. "Não falei com Matt, não o conheço, mas acho que ele fará um ótimo trabalho", disse.


SÓ MESMO PUNIÇÃO PARA ACABAR COM OS DESVIOS DE DINHEIRO PÚBLICO


Desdobramento da “Lava Jato” leva vice-governador Antonio Andrade de Minas Gerais e mais 15 à cadeia

Lucas Simões









Em um desdobramento da operação “Lava Jato”, a Polícia Federal prendeu ontem 16 pessoas, entre elas o empresário Joesley Batista, o vice-governador de Minas Gerais Antonio Andrade (MDB) e o deputado estadual João Magalhães (MDB). Eles são investigados em um suposto esquema de corrupção no Ministério da Agricultura, entre 2013 e 2015. Todas as prisões são temporárias, ou seja, com validade de apenas cinco dias, mas a Polícia Federal informou que vai pedir a prisão preventiva de todos os acusados.
Segundo a denúncia, o ex-deputado federal Eduardo Cunha, que cumpre pena em Curitiba (PR) no âmbito da “Lava Jato”, seria o principal intermediário do esquema junto com Joesley Batista. Cunha teria recebido R$ 30 milhões do empresário para iniciar um processo de aprovação de medidas ilícitas junto ao Ministério da Agricultura, que beneficiassem a J&F Investimentos, incluindo a JBS, principalmente em relação à concorrência na exportação de carnes.
Nesse contexto, parte da propina de R$ 30 milhões foi usada por Cunha para custear a própria campanha à Presidência da Câmara dos Deputados, em 2014, da qual saiu vitorioso. Outros R$ 15 milhões serviram para financiar a candidatura de deputados estaduais e federais do MDB por Minas.
Segundo o delegado da Polícia Federal Mário Veloso, presidente do inquérito, o dinheiro para pagamento das propinas foi transportado pelos acusados “em malas de viagem e até mesmo em caixas de sabão em pó”.
De acordo com a PF, o vice-governador Antonio Andrade teria recebido R$ 15 milhões por intermédio do deputado estadual João Magalhães (MDB), também preso ontem no bojo da Operação Capitu.
O objetivo era repartir o dinheiro para financiar as candidaturas do MDB nas eleições de 2014. Além disso, a PF ainda apura o envolvimento de parlamentares mineiros que teriam recebido propina.
Para favorecer a JBS, uma das propinas recebidas por Antonio Andrade, de R$ 3 milhões, teve o objetivo de proibir o medicamento ivermectina, usado no combate de parasitas de longa duração em gado bovino, após reclamações de empresários americanos sobre a qualidade da carne exportada ao país pela JBS. A mudança, que revogou a circular nº279/2004, foi feita pelo então secretário de Defesa Agropecuária, Rodrigo Figueiredo, a pedido de Andrade.
Em nota, a assessoria de Andrade se limitou a dizer que “haverá manifestação tão logo a defesa tome conhecimento do conteúdo do inquérito” e reforçou que “Antônio Andrade respondeu tudo o que lhe foi perguntado e colaborou com o trabalho da Polícia Federal”.
Já na gestão de Neri Geller à frente do Ministério da Agricultura, deputado federal eleito pelo PP do Mato Grosso, foram pagos R$ 5 milhões para impedir que frigoríficos de menor porte exportassem despojos — partes de carnes bovinas não consumidas no Brasil, mas com forte mercado consumidor na Ásia. A medida foi uma das mais benéficas para a JBS, segundo a Polícia Federal.
Em outra frente da investigação, o vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Junior (MDB), é acusado de receber R$ 50 mil em propinas para manipular a Medida Provisória (MP) 653/2014 em favor da JBS, quando ainda era deputado federal. Apesar de dispor sobre regulações para o setor farmacêutico, a MP recebeu uma cláusula fora do objetivo regulatório, que obrigava as inspeções frigoríficas a serem realizadas apenas pelo Ministério da Agricultura, beneficiando a JBS.


Investigação aponta doações ilegais a campanhas eleitorais
Para maquiar a origem das propinas recebidas no suposto esquema no Ministério da Agricultura, seis empresas de advocacia de Belo Horizonte eram usadas para gerar notas frias em cima do recebimento do dinheiro.
Em relação aos R$ 30 milhões que teriam sido entregues a Eduardo Cunha, a investigação revela que os escritórios de advocacia forjaram notas fiscais frias de serviços nunca prestados, justamente para “dar contornos de legalidade ao dinheiro”, segundo o delegado Mário Veloso, presidente do inquérito.
Além disso, as investigações apontam que o Supermercado BH e o Supermercado MG colaboraram com doações de pelo menos R$ 9 milhões ilegais a campanhas políticas. Apesar disso, a PF não soube precisar qual a vantagem que os frigoríficos tiravam desse suposto esquema.
Em outra frente para maquiar as propinas, os supermercados compravam produtos da JBS, mas ao invés de pagar ao frigorífico, repassavam apenas parte do dinheiro ao intermediário João Magalhães (MDB), conseguindo uma espécie de “desconto financeiro”.
“Havia uma simulação. As empresas de supermercado compravam das frigoríficas. Mas as redes não faziam o pagamento devido aos frigoríficos. Só que os frigoríficos davam a quitação. O problema é que o dinheiro saía da rede de supermercados para os agentes políticos”, disse o delegado.
Um dos acusados, sócio do Supermercado BH, está em viagem ao Uruguai, mas negocia com a PF para se entregar. Em nota, a assessoria do Supermercados BH informou que o cumprimento dos mandados deu-se de maneira tranquila e em ambiente de cooperação. “Não foi possível conhecer a integralidade dos autos dos pedidos de medidas cautelares que determinaram tais diligências”, diz. A rede afirmou ainda que irá contribuir com as investigações. A assessoria do Supermercado MG não se manifestou.
Para o delegado Veloso, há indícios de que houve irregularidades na campanha de 2014 com apoio das redes alimentícias. “As doações eleitorais (em 2014) foram feitas por supermercados. É como se fosse uma doação legal, à época, empresas podiam doar. Mas a origem desse dinheiro não é lícita”, disse o delegado. Outra investigação da PF vai apurar se houve caixa dois no âmbito do esquema de corrupção.
Segundo a Polícia Federal, o esquema de corrupção no Ministério da Agricultura começou a ser desmontado após três empresários da JBS, Joesley Batista, Ricardo Saud e Demilton de Castro, tentarem atrapalhar as investigações e confundir a polícia. “Houve ocultação de parte do material probatório e destruição de provas do arquivo da empresa. Percebemos que havia uma tentativa de conduzir a investigação”, disse Veloso.
A desembargadora federal Mônica Sifuentes, relatora do inquérito, informou que, ainda em 2015, “foi possível tomar conhecimento da possível eliminação de documentos ocorrida na sede da J&F”.
A reportagem não obteve retorno de Neri Geller e João Magalhães e não conseguiu o contato de nenhum representante de Eduardo Cunha.
O advogado da JBS, Pierpaolo Bottini, espera que as prisões de Joesley, Ricardo Saud e Demilton de Castro sejam revogadas assim que os fatos forem esclarecidos. “A investigação só existe porque os executivos da J&F colaboraram com a Justiça”.



COLUNA ESPLANADA DO DIA 10/11/2018


O abate do ruralista

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 









O presidente Jair Bolsonaro (PSL) decidiu antecipar o anúncio da deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) para o comando do Ministério da Agricultura para estancar a crise que preocupava a equipe de transição. Nos bastidores, o presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antônio Nabhan Garcia, passou a minar nomes que contavam com a simpatia do futuro ministro da Casa Civil, Ônix Lorenzoni (DEM-RS). Entre eles, o de Tereza Cristina, do deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) e outros da bancada ruralista. A estratégia de Nabhan era desgastar concorrentes e pavimentar seu nome para a chefia da pasta.

Lobby 
Como esperado, Bolsonaro seguiu a indicação da ala de Lorenzoni. Antes da escolha de Tereza Cristina, Nabhan chegou a convocar amigos que comandam entidades do agro para apoiá-lo publicamente. Foi prontamente atendido e contou, em vão, com o lobby de 273 associações do campo que integram o Movimento Abril Verde e Amarelo.
Pavão
No auge da guerra com o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Nabhan disparou duras críticas em grupos de WhatsApp: “Já vi muito pavão virar espanador”, escreveu o ruralista, além de chamar Ônix de prepotente e despreparado.

Bloco na rua
O deputado Carlos Sampaio (SP) já botou o bloco na rua para tentar se eleger como novo líder do PSDB na Câmara. Organizou um almoço na quarta-feira, 7, em Brasília, onde reuniu Dória, Aécio e deputados federais.

Presidente-propaganda
Depois do posto Ipiranga, agora o Leite Moça. Bolsonaro colocou em evidência sua receita de pão francês recheado com leite condensado. O que virá mais nas palavras e atos do presidente-propaganda?

Açodamento 1
Alvo de três inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), entrou em contradição ao pautar repentinamente, sem consultar os colegas, projetos que reajustaram os salários para ministros do STF e para o procurador-geral da República. Em agosto, o emedebista dissera que os projetos iriam ser analisados sem “açodamento”.
Açodamento 2 
À época, Eunício recusou-se, inclusive, a discutir as propostas nas sessões do esforço concentrado do Senado durante as eleições. “Isso (inclusão dos projetos na pauta) não foi discutido com nenhum líder”, queixou-se pelos corredores da senadora Gleisi Hoffmann (PT).

Quórum
Com 10 deputados presos, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) terá dificuldades em fechar quórum para cumprir a agenda de votações definida na terça-feira, 6, dois dias antes da Operação Furna da Onça.

Calamidade 
Um das prioridades da pauta da “propi-nolândia” <EL-5>_</EL> como definiu o procurador Carlos Aguiar <EL-5>_</EL> é a votação do projeto que prevê a prorrogação da situação de calamidade pública financeira do Estado, mantida, por enquanto, para 4 de dezembro.

Sistema S 
O tempo anda fechado para os lados do Sistema S. Dias atrás, o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmou que entidades como Sebrae, Sesi, Sesc e Senai serão profundamente reformuladas. Na quarta, 7, foi a vez de a Comissão de Fiscalização Senado aprovar requerimento para que o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, apure junto ao Banco Central e ao Coaf se os dirigentes da CNI, da CNT, da CNA e da CNT têm contas bancárias no exterior, declaradas ou não.

Saque$ 
O requerimento é do tucano Ataídes Oliveira, que também quer saber se entidades fizeram saques superiores a R$ 50 mil, em dinheiro, entre 2014 e 2018. “Já passou da hora de se abrir a caixa-preta dos recursos bilionários recebidos por essas entidades”, diz o senador.
Esplanadeira
A cantora Hanna fará homenagem pelos 115 anos de Ary Barroso, em apresentação da música Aquarela do Brasil, dia 19, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

3 MILHÕES DE VENEZUELANOS JÁ DEIXARAM O PAÍS


3 milhões de venezuelanos já deixaram o país, dizem agências da ONU

Estadão Conteúdo









Agências da ONU anunciaram nesta quinta-feira (8) que o número de refugiados e migrantes venezuelanos já chega à marca de 3 milhões de pessoas. Os dados foram divulgados pelo Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur) e pela Organização Internacional de Migrações (OIM).

Ao final de julho, a ONU estimava que 2,3 milhões de venezuelanos já estavam fora do país. No último dia de setembro, a organização ampliou sua estimativa para 2,6 milhões de venezuelanos - naquele momento, 5 mil pessoas por dia tomavam a estrada em direção aos países vizinhos.

Hoje, apenas na América Latina, os venezuelanos já somariam 2,4 milhões de pessoas, enquanto países como Espanha, Canadá, EUA, entre outros, teriam acolhido outros 600 mil cidadãos do país caribenho. A ONU não divulgou o número de venezuelanos deixando o país a cada dia.

A mais quantidade de venezuelanos está na Colômbia, para onde se dirigiram um milhão de venezuelanos que deixaram a crise econômica, social e política do governo de Nicolás Maduro. Outros 500 mil estão no Peru, contra 220 mil no Equador, 130 mil na Argentina e 100 mil no Chile. O Brasil aparece apenas na sexta colocação, com 85 mil venezuelanos.

"Os países na América Latina mantiveram em grande parte uma política de portas abertas para esses refugiados e migrantes da Venezuela. Mas sua capacidade de recepção está severamente afetada, exigindo uma resposta mais imediata e robusta da comunidade internacional, se quisermos que essa generosidade e solidariedade continuem", disse Eduardo Stein, representante especial da ONU para a crise de migração na Venezuela.

Seu alerta é claro: se países ricos não injetarem recursos em pacotes de ajuda, os governos da região podem começar a fechar as portas para o fluxo, cada vez mais intenso em algumas áreas.

Além dos países sul-americanos, a ONU destaca que 94 mil venezuelanos já vivem no Panamá, além de uma população importante em ilhas no Caribe. "Com os números cada vez mais em alta, as necessidades desses migrantes e das comunidades que os recebem serão cada vez mais significativas", alertou Stein.

Nos dias 22 e 23 de novembro, governos da região voltarão a se reunir para avaliar a crise venezuelana. A ONU afirmou que um grupo com cerca de 40 entidades tenta dar uma resposta também a situação de Caracas.

Na semana passada, as Nações Unidas indicaram que o número de refugiados e migrantes venezuelanos que entraram no Peru vindos do Equador pela principal fronteira de Tumbes atingiu o recorde de mais de 6.700 pessoas em um único dia, número três vezes maior do que o registrado duas semanas antes.

Em recente passagem por Genebra, o chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, negou a existência de uma crise de migração e disse que o fluxo era apenas "circunstancial". Segundo ele, "milhares" de venezuelanos também estavam voltando para suas casas, depois de planos frustrados no exterior.

Caracas não disfarça o temor de que a fuga em massa seja usada por governos estrangeiros para justificar algum tipo de intervenção.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...