sábado, 27 de outubro de 2018

COLUNA ESPLANADA DO DIA 27/10/2018


Garantia da lei e da ordem

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 












O acirramento da disputa presidencial deste ano provocou aumento significativo de cidades que terão reforço das Forças Armadas no segundo turno das eleições. Em 2014, as tropas federais atuaram em 230 localidades. No domingo, 28, serão 356 cidades resguardadas pelos militares. Os pedidos dos Tribunais Regionais Eleitorais foram aprovados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As tropas federais foram acionadas para garantir a normalidade da votação e do andamento da apuração dos resultados nos estados do Acre, Amazonas, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Tocantins.
1.º turno 
No primeiro turno, as forças federais atuaram em 513 cidades. Na mesma etapa do pleito de 2014, os militares reforçaram a segurança em 280 localidades.
Ribeirinhos 
De acordo com o Ministério da Defesa, 27 mil militares foram colocados à disposição dos TREs. Além da segurança, as tropas vão auxiliar no deslocamento de urnas e equipes que trabalharão em locais de difícil acesso, como tribos indígenas e comunidades ribeirinhas.
Rota de colisão 
A sinalização do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) de nomear um militar para comandar a Petrobras, em seu eventual governo, divide integrantes da campanha e pode expor mais um desgaste com o guru econômico Paulo Guedes.
Nacionalismo
Isso porque a postura nacionalista (histórica) dos militares tende a ser um empecilho para os planos de Guedes de privatização da petroleira. Bolsonaro já se estranhou com o economista após ele suscitar a hipótese de criação de um imposto semelhante à CPMF.
Cabo eleitoral 
Hoje aliado e cabo eleitoral do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), o candidato ao Governo de São Paulo, João Doria (PSDB), alfinetou o deputado há um ano em almoço com parlamentares da Frente da Agropecuária em Brasília.
Falência
Coluna registrou que o tucano lembrou, no encontro, que seu pai, o ex-deputado João Agripino Doria, à época empresário do ramo de calçados, foi à falência durante a ditadura militar defendida Bolsonaro.
Visita íntima
Quem passou pela Esplanada dos Ministérios ontem se deparou com um protesto inusitado: 700 mulheres com faixas e bandeiras ocuparam a frente do Congresso Nacional contra portaria do Ministério da Justiça que restringe as visitas íntimas em presídios federais.
Laços 
A norma chegou a ser derrubada por decisões de primeira instância. Mas voltou a vigorar por determinação do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. O Ministério Público se posiciona contra a regra sob o argumento de que “fere o direito da população carcerária à manutenção dos laços afetivos”.
Ânimo 
O ex-presidente Lula recebeu de visitantes as pesquisas internas do PT que mostram o candidato Fernando Haddad atrás e bem distante do adversário Jair Bolsonaro (PSL). Não está tão “animado” como insistem em dizer os petistas em entrevistas em frente à sede da PF em Curitiba.
Bagagens
Senadores não entendem a demora da Câmara em votar o fim da cobrança de despacho de bagagens em voos nacionais. O projeto (PDS 89/2016) aguarda análise há dois anos. Pedro Chaves (PRB-MS) lembra que a cobrança não reduziu preços dos bilhetes: “Desde a vigência da resolução (da Anac), o valor médio das passagens já subiu 10 por cento, considerando a inflação do período”.
Vetado 
Justiça barrou “comício” que estava previsto para ser realizado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul com a presença de Guilherme Boulos (Psol) e o ex-ministro da Justiça Tarso Genro (PT).
Esplanadeira
]Cantora Hanna começa a gravar hoje o clipe ‘’Eu sei que vou te amar em homenagem aos 105 anos de Vinícius de Moraes’’. O lançamento será no dia 8 de dezembro em show no Iate Clube do Rio de Janeiro.



sexta-feira, 26 de outubro de 2018

14.403 CONTRATOS COM OS GOVERNOS ESTÃO COM OBRAS PARALIZADAS - 144 BILHÕES EM JOGO


CNJ e tribunais de Contas farão diagnóstico de obras paralisadas

Agência Brasil










Segundo o presidente do CNJ, ministro Dias Toffoli, o objetivo é ter um primeiro diagnóstico concluído em até 30 dias

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e os tribunais de Contas da União (TCU) e dos estados criaram um comitê para fazer um pente-fino de todas as obras paralisadas do país, com o objetivo de tentar destravá-las.
Segundo o presidente do CNJ, ministro Dias Toffoli, o objetivo é ter um primeiro diagnóstico concluído em até 30 dias, “tendo como foco a infraestrutura, a saúde, a educação e a segurança pública”.
O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Raimundo Carreiro, apresentou números preliminares do órgão, relativos a contratos na esfera federal. De acordo com ele, dos cerca de 40 mil contratos escrutinados até agora, 14.403 dos quais com obras paralisadas, cujo orçamento soma R$ 144 bilhões.
Das obras paradas, o TCU identificou 2.292 relativas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, que concentram a maior parte dos recursos não aplicados, de R$ 127 bilhões.
A maioria das obras paradas são ligadas à infraestrutura, mas incluem creches, escolas, postos de saúde e outros tipos de construção. As razões para as paralisações vão desde abandono de empresa a questões ambientais, disputas jurídicas e falta de recursos, embora a maior parte diga respeito a projetos deficientes que necessitam de retificação.
O assunto foi debatido na manhã desta quinta-feira (25) em uma reunião de cerca de 2 horas com presidentes de tribunais de contas de todo o país. Segundo o técnico do TCU Nicola Khoury, o número de obras paralisadas deve ser “bem maior”. A ideia é que sejam cruzados sistemas ainda dos estados e dos municípios, o que deve inflar os dados.


ÁLCOOL - PENSAR ANTES DE PEDIR MAIS UM CHOPE


Cientistas apontam que o álcool sequestra mecanismos de formação das memórias

Estadão Conteúdo










Algo para pensar na próxima vez que pedir mais um chope

Você bebe umas doses a mais. Fica tonto, se sente mal, fala besteira, manda uma mensagem imprópria para o seu ex. No dia seguinte, ainda acorda de ressaca. Mesmo assim, alguns dias depois, lá está você novamente, abrindo mais uma garrafa. Por que as experiências ruins não são suficientes para nos afastar do álcool? Esta foi a pergunta feita por pesquisadores da Universidade de Brown, nos EUA.

Em novo estudo, os cientistas revelam que o álcool, na verdade, sequestra os mecanismos de formação das memórias e muda a expressão das proteínas nos neurônios, criando aquela incontrolável sensação de "quero beber mais" a despeito de eventuais memórias ruins associadas à bebida. Apenas uns poucos drinques em uma noite são suficientes para alterar a formação das memórias em nível molecular. As descobertas foram publicadas na "Neuron".

Um dos maiores desafios na luta contra o alcoolismo é o alto risco de recaídas -- mesmo depois de progressos significativos. Para tentar entender os mecanismos por trás do problema, cientistas da Universidade de Brown, nos Estados Unidos, decidiram estudar o cérebro das moscas-de-fruta, cujos sinais de formação de memórias de repulsa e recompensa são muito parecidos aos dos humanos.

Explicando de forma muito simplificada: o cérebro tem mecanismos para nos "premiar" por determinadas ações - nos fazendo sentir bem - e nos punir por atos não tão bons - nos fazendo sentir mal em relação a eles. São mecanismos talhados pela evolução para nos proteger. No entanto, com as drogas em geral, a coisa não funciona bem assim.

"Uma das coisas que eu queria entender é por que drogas produzem memórias positivas, de recompensa, quando, na verdade são neurotóxicas", explicou a principal autora do estudo, Karla Kaun. "Todas as drogas de abuso - álcool, cocaína, metanfetamina - têm efeitos colaterais adversos. Elas fazem com que as pessoas sintam náuseas, tenham ressacas. Então, por que as achamos tão boas? Por que lembramos das sensações boas (que elas provocam) e não das ruins? Meu grupo está tentando entender, em nível molecular, o que as drogas provocam nas memórias e por que elas causam esse desejo incontrolável."

Uma vez que os pesquisadores consigam entender as mudanças moleculares ocorridas no momento em que esse desejo se forma eles esperam poder ajudar na recuperação de alcoólatras e viciados em outras drogas reduzindo a duração ou a intensidade dessas memórias positivas.

As moscas-de-frutas têm apenas cem mil neurônios, contra cerca de cem bilhões dos seres humanos. A escala menor - e o fato de gerações de cientistas terem desenvolvido ferramentas genéticas para manipular a atividade desses neurônios - transformaram os insetos no modelo perfeito de organismo para que o grupo de Kaun pesquisasse os mecanismos envolvidos na formação de boas memórias em relação ao álcool.

Lançando mão de ferramentas genéticas, os pesquisadores "desligaram" seletivamente alguns genes das moscas, ao mesmo tempo em que ensinaram os insetos onde conseguir álcool com facilidade. Isso permitiu aos cientistas observar as proteínas envolvidas no mecanismo de recompensa.

Uma das proteínas responsáveis pelo gosto dos insetos pelo álcool é conhecida como Notch. Essa proteína é a primeira peça do dominó numa cadeia molecular que envolve o desenvolvimento do embrião, o desenvolvimento do cérebro e as funções do cérebro adulto de humanos e outros animais. Tais cadeias moleculares são similares ao que chamamos de "efeito dominó" - quando a primeira peça cai (neste caso, quando a molécula biológica é ativada) e deflagra a queda de várias outras peças na sequência.

Uma das peças de domino nessa cadeia molecular afetada pelo álcool é um gene receptor de dopamina - ou seja que faz com que uma proteína nos neurônios reconheça o neurotransmissor responsável pela sensação de bem estar. O gene receptor é responsável por classificar uma memória como agradável ou desagradável. E é ai que o álcool atua.

Segundo explica a pesquisadora, o álcool não "liga" nem "desliga" o gene receptor, nem aumenta ou diminui a quantidade de proteína produzida. Trata-se de algo mais sutil: o álcool altera levemente a versão da proteína produzida.

"Não sabemos quais são as consequências biológicas dessa pequena alteração, mas uma das descobertas importantes do estudo é que os cientistas precisam estudar não apenas que genes estão sendo 'ligados' ou 'desligados', mas de que formas cada gene está sendo 'ligado' ou 'desligado'", afirmou Kaun, no material de divulgação do estudo.

"Se esse mecanismo funcionar da mesma forma em seres humanos, uma taça de vinho é o suficiente para ativar o mecanismo, mas ele retorna ao normal dentro de uma hora", explicou a pesquisadora. "Depois de três taças, no entanto, com um intervalo de uma hora entre cada uma, o mecanismo ativado só retorna ao normal depois de 24h. Nós achamos que essa persistência é o que provavelmente provoca as mudanças nas expressões do gene no circuito da memória."

Algo para pensar na próxima vez que pedir mais um chope.


COLUNA ESPLANADA DO DIA 26/10/2018


Bolsonaro convoca fiscais

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini







A campanha do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) intensifica a convocação de filiados e apoiadores para atuarem como fiscais credenciados ou voluntários nas sessões de votação no domingo, 28, segundo turno das eleições. No “guia” que convoca e orienta os eleitores alinhados com o deputado que lidera as pesquisas, o PSL afirma que “as urnas eletrônicas possuem fragilidades já apontadas por especialistas”. O presidente da legenda, Gustavo Bebianno, em vídeo de recrutamento de fiscais, afirma que, no primeiro turno, “recebemos relatos de problemas com as urnas eletrônicas em todo o País.”

QR Code

Bebianno também fala em “garantia de normalidade democrática” e afirma que a participação dos “fiscais do Jair” será decisiva no segundo turno. Aos voluntários, o PSL orienta a “missão”: capturar o QR Code do Boletim de Urna de seções e zonas eleitorais para uma totalização paralela dos votos.

Auditoria

Após o primeiro turno, o PSL e eleitores de Bolsonaro pediram auditoria de urnas que supostamente apresentaram problemas. A Justiça Eleitoral acatou o pedido e descartou indícios de fraude na votação após auditar equipamentos em cinco estados.

Carta
Nessa semana, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, e os presidentes dos tribunais regionais eleitorais (TREs) divulgaram uma “Carta à Nação Brasileira”, na qual reafirmaram a segurança das urnas eletrônicas e do processo eleitoral.

Currículo
Cotado para integrar a cúpula do eventual governo de Jair Bolsonaro (PSL), o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) tem no currículo duas condenações na Justiça. Uma por corrupção e outra por porte ilegal de armas. O parlamentar também foi alvo de um processo no Conselho de Ética da Câmara por caluniar Marielle Franco.

Fake News
O deputado postou acusações falsas sobre Marielle Franco nas redes sociais depois do assassinato da vereadora. Ao arquivar o processo, o Conselho de Ética entendeu que “os parlamentares têm imunidade de opinião mesmo estando fora da Câmara”.

Reajuste

A Medida Provisória (MP 849/18) que adia o aumento dos servidores públicos federais já recebeu 120 emendas parlamentares, a maioria pela manutenção dos reajustes.
Ativos & inativos
A MP prevê que o cancelamento do reajuste atingirá 209 mil servidores civis ativos, além de 163 mil inativos, e irá resultar em uma economia de R$ 4,7 bilhões para o exercício de 2019.

Decreto

Senador José Pimentel (PT-CE) diz que o governo Temer quer criminalizar os movimentos sociais com o Decreto Presidencial 9.527/2018, que criou a Força-Tarefa de Inteligência para o enfrentamento ao crime organizado no Brasil.

Ato institucional

O petista apresentou Projeto Legislativo (PDS 110/2018) para sustar o decreto publicado em 16 de outubro: “Trata-se de um verdadeiro ‘ato institucional’ de cunho autoritário e preparatório para uma ofensiva ao regime democrático sem precedentes”.

Justiça & paz

A três dias do segundo turno das eleições no país, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) defende que a democracia seja respeitada e valores, como justiça e paz social, preservados. “Exortamos a que se deponham armas de ódio e de vingança que têm gerado um clima de violência, estimulado por notícias falsas, discursos e posturas radicais”, frisa carta da entidade.

Desmatamento

Cooperação entre o Ministério Público, Ministério do Meio Ambiente, Ibama e ICMBio já resultou na instauração de 1.088 ações civis públicas contra mais de mil réus responsáveis pelo desmatamento ilegal de cerca de 151 mil hectares na Amazônia. As ações cobram na Justiça indenizações que ultrapassam os R$ 2,4 bilhões.</CW>{TEXT}


DELEGADOS DA POLÍCIA FEDERAL CONTRA OS CORTES NO ORÇAMENTO DA PF

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