terça-feira, 16 de outubro de 2018

14 PARTIDOS BRASILEIROS CORREM RISCO DE EXTINÇÃO


Alto risco de extinção: de 14 siglas “barradas” nesse pleito, ao menos oito já analisam fusões
 
Lucas Simões








Jô Moraes irá defender criação de federações

Dos 14 partidos que correm o risco de ser extintos pela cláusula de barreiras no ano que vem, de acordo com levantamento da Câmara do Deputados, ao menos oito deles trabalham em acordos para possíveis fusões entre legendas.
Pelas novas regras da reforma política aprovada em 2017, só terá direito ao fundo partidário e ao tempo de propaganda eleitoral o partido que recebeu ao menos 1,5% dos votos válidos nas eleições para a Câmara Federal, distribuídos em pelo menos nove estados, com um mínimo de 1% dos votos válidos em cada um deles.
Caso não cumpridos os requisitos, o partido precisaria eleger nove deputados federais em ao menos nove estados.
Neste ano, os 14 partidos que não cumpriram os parâmetros da cláusula de barreiras são PCdoB, Patriotras, Rede, PRTB, PHS, PRP, PMN, PTC, PPL, DC, PMB,
PCB, PSTU e PCO. Desses, PCdoB, Patriotas e Rede têm a fusão como certa e outros cinco, PTC, PMB, PHS, PTB E PRB, estudam essas possibilidades.
No Patriotas, o deputado federal eleito Fred Costa confirmou a fusão com outras siglas, na maior aglutinação de partidos até o momento. A legenda tem conversas com PTC, PMB, PHS, PTB e PRB, e deve bater o martelo nesta semana. “A fusão vai ser o melhor. Provavelmente na quarta-feira teremos uma deliberação dos partidos que irão compor esse projeto”, disse o deputado.



Fred Costa diz que Patriotas será fundido a outras siglas

Na Rede, a deliberação da executiva nacional tem praticamente certa uma fusão com o PV, numa tentativa de criar uma bancada ambientalista na Câmara — os dois partidos já abrigaram candidaturas de Marina Silva ao Palácio do Planalto. “A fusão vai acontecer. Mas, querem criar uma bancada forte, voltada para o meio ambiente. É um projeto maior que vai ganhar corpo”, disse uma fonte do partido, ligada à deputada federal eleita mineira Ana Paula Siqueira (Rede).
Já o PCdoB ainda busca partidos para uma fusão, tendo diálogo aberto com o PCO. A deputada federal Jô Moraes diz que o primeiro passo é ceder à fusão, mas, posteriormente, a legenda irá retomar a pauta das federações. Na prática, essa proposta permitiria que, ao invés de serem extintos, partidos com afinidades ideológicas possam se unir em federação, tendo tempo de propaganda e direito ao fundo eleitoral. No entanto, esses partidos teriam que atuar como um bloco parlamentar único durante toda a legislatura.
“Acreditamos que essa restrição democrática não permanecerá. Então, depois de uma fusão, vamos trabalhar pela criação das federações. Se a cláusula estivesse em vigor antes desse ano, o partido do Bolsonaro (PSL) não teria nenhum representante na Câmara. Mas, hoje, tem mais de 50. E o PCdoB, com 96 anos de história, com partidários mortos pela ditadura, agora é ameaçado de acabar? Isso é inacreditável”, questiona Jô.
Resistência
Até o momento, PSTU e PRTB são os únicos partidos que declararam não aderir às fusões ou incorporações —ambos vão abrir mão do fundo partidário e da propaganda eleitoral. Por questões ideológicas, Vera Lúcia, candidata do PSTU à Presidência da República neste ano, descartou a possibilidade de fusão ou incorporações partidária —recomendação seguida por todos os diretórios da sigla no país.
Com o mesmo posicionamento, a presidente do PRTB em Minas, Rita Del Bianco, diz que o presidente nacional da legenda, Levy Fidélix, informou a todos os diretórios que não haverá fusão, apesar da proximidade da sigla com o PSL.
“O partido apoia o PSL de Bolsonaro, mas o Levi não vai ceder à fusões. Acredito que para as eleições municipais não faz tanta diferença. Vai ser até bom. Vamos tentar eleger prefeitos e vereadores, aproveitando que não haverá mais as proporcionais e os puxadores de voto”, diz Rita.

SAIBA MAIS
Além das novas regras eleitorais que entram em vigor no ano que vem, a cláusula de barreiras prevê um crescimento gradativo das exigências até 2030. A partir de 2020, acabam as coligações proporcionais para deputados e vereadores. Consequentemente, deve ter fim o “efeito Tiririca”, quando um candidato com votação muito expressiva puxa outros partidários com votações menores, às vezes até inexpressivas. Para 2022, as regras ficam ainda mais rígidas. Só terão acesso ao fundo e ao tempo de TV as siglas que conseguirem 2% dos votos válidos para deputado federal em nove diferentes estados do país — sendo um mínimo de 1% em cada uma delas — ou tiverem elegidos pelo menos 11 deputados federais distribuídos em nove unidades da federação. Nas eleições de 2031, os partidos precisam de 3% dos votos válidos em nove estados, com 2% dos votos válidos em cada um deles. Caso não cumpram esses requisitos, as siglas precisam eleger 15 deputados em ao menos nove estados.


HORÁRIO DE VERÃO BRASILEIRO COMEÇA NO DIA 04/11/2018


Governo decide manter início do horário de verão para o dia 4 de novembro

Estadão Conteúdo







No início do mês, o governo anunciou que adiaria o horário de verão para o dia 18 de novembro a fim de atender a um pedido do MEC por causa da realização do Enem

O presidente Michel Temer recuou e decidiu manter o início do horário de verão para o dia 4 de novembro, quando os relógios serão adiantados em uma hora em parte do País. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Palácio do Planalto na noite desta segunda-feira, 15. A justificativa da decisão, no entanto, não foi apresentada.

No início do mês, o governo anunciou que adiaria o horário de verão para o dia 18 de novembro a fim de atender a um pedido do Ministério da Educação por causa da realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que acontece nos dois primeiros domingos de novembro - 4 e 11. O MEC argumentou que candidatos podem perder o exame com a alteração do horário no mesmo dia da mudança dos relógios.

Desde então, o governo passou a ser pressionado a retomar a data original principalmente pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que representa as maiores empresas áreas do Brasil. A entidade argumentou que a mudança poderia afetar cerca de 42 mil voos. "Essa mudança trará sérias consequências para o planejamento da operação aérea e, consequentemente, para os consumidores com volume expressivo de passageiros podendo perder voos, pois os bilhetes foram adquiridos com antecedência", disse.

Um eventual adiamento para o dia 18 representaria a segunda mudança de data do horário de verão. A primeira foi devido ao segundo turno das eleições, que ocorre no dia 28 de outubro.

NOVA PESQUISA ELEITORAL DO SEGUNDO TURNO - BOLSONARO NA FRENTE DE HADDAD


Bolsonaro tem 59% dos votos válidos e Haddad tem 41%, aponta Ibope

Agência Brasil









O levantamento do Ibope ouviu 2.506 pessoas no sábado e domingo (13 e 14 de outubro)

Nova pesquisa de intenção de votos do Ibope indica que o candidato Jair Bolsonaro (PSL) tem 59% das preferências contra 41% das menções a Fernando Haddad (PT), considerando apenas os votos válidos, não computando as respostas de votos em branco, nulo ou indeciso.
Levando em conta todas as respostas da pesquisa de opinião, Bolsonaro lidera com 52% das intenções de voto e Haddad tem 37% das preferências. Conforme o levantamento, 9% responderam estar dispostos a anular ou votar em branco, e 2% disseram não saber ou não quiseram responder.
Votos convictos 

Além de perguntar aos entrevistados quem é seu candidato preferido, o Ibope procurou medir o potencial de voto de cada um dos concorrentes. Após citar o nome de cada um dos candidatos, os entrevistadores perguntaram se votariam em cada um dos candidatos “com certeza”, se “poderiam votar” ou “se não votariam de jeito nenhum”. Jair Bolsonaro é o candidato com mais votos declarados e convictos: 41% disseram que votariam nele “com certeza”. O percentual de voto “certo” em Haddad é de 28%.
Rejeição

Diferente dos resultados apurados pelo Ibope no primeiro turno, o índice de rejeição de Jair Bolsonaro é menor em comparação ao de Fernando Haddad. Trinta e cinco por cento não votariam de jeito nenhum no candidato do PSL, enquanto a rejeição do petista é de 47%.
O levantamento do Ibope ouviu 2.506 pessoas no sábado e domingo (13 e 14 de outubro). Como outras pesquisas de intenção de voto do instituto, a margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. A margem de confiança é de 95%.
A pesquisa do Ibope, contratada pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela Rede Globo, foi registrada na semana passada na Justiça Eleitoral (BR-01112/2018). No site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), estão disponíveis o questionário do levantamento e os locais onde a pesquisa foi aplicada.



segunda-feira, 15 de outubro de 2018

BANCO CENTRAL DIZ QUE A SITUAÇÃO DO PAÍS MONETARIAMENTE É ESTÁVEL


Brasil está bem para resistir a choques, diz Goldfajn para FMI

Agência Brasil








Presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, defende continuidade de reformas no Brasil

O Brasil está bem posicionado para resistir a choques. Essa é a avaliação que o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, apresenta durante as reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, desde quinta-feira (11) até domingo (14), em Bali, na Indonésia.
Goldfajn avalia que o cenário global continua desafiador para os países emergentes, devido à normalização das taxas de juros em economias avançadas, como os Estados Unidos. Com taxa de juros mais alta no mercado norte-americano, investidores com capital aplicado em países emergentes, como o Brasil, podem preferir tirar recurso do país e investir em títulos do Tesouro americano. Esse é um dos motivos que fazem com que o dólar se valorize em relação ao real. Goldfajn também citou as incertezas no comércio internacional, o que pode afetar o crescimento econômico global.
Goldfajn reforça que o Brasil tem um balanço de pagamentos robusto, regime cambial flutuante (taxa de câmbio definida no mercado), nível adequado de reservas internacionais (acima de US$ 380 bilhões) e inflação baixa e controlada.
Segundo o presidente do BC, o balanço de pagamento está em posição confortável, porque o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo da economia) cobre mais de quatro vezes o déficit em transações correntes (compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com outras nações).
Goldfajn acrescenta que o sistema financeiro brasileiro é resiliente e seus recursos vêm principalmente de fontes domésticas, limitando o impacto dos choques globais.
O presidente do BC também defende a continuidade das reformas no Brasil, especialmente a da Previdência. “Apesar do progresso da agenda de reformas nos últimos dois anos, o passo decisivo que é a reforma do sistema de aposentadorias ainda não foi dado. O cenário financeiro global mais adverso reforça a necessidade de continuação das reformas e ajustes, a fim de garantir a confiança na sustentabilidade fiscal e gerar maior crescimento econômico”, afirma Goldfajn, em seus apontamentos para a reunião.

DELEGADOS DA POLÍCIA FEDERAL CONTRA OS CORTES NO ORÇAMENTO DA PF

  Brasil e Mundo ...