sábado, 6 de outubro de 2018

ANÁLISE DE UM MINISTRO DO STF - SOBRE CORRUPÇÃO, SEGURANÇA E EDUCAÇÃO


Corrupção não é uma nota de pé de página da história, diz Barroso

Agência Brasil








Segundo Barroso há dois tipos de corruptos: os que não querem ser punidos e os que são os que não querem ficar honestos

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse nesta sexta-feira (5) no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), que a corrupção não é uma nota de pé de página da história. Barroso participou de um encontro para comemorar os 30 anos da Constituição Brasileira, organizado pela Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj).
“Ela [a corrupção] desvia recursos que não vão para serviços públicos, que não vão para serem redistribuídos. Ela cria uma relação pervertida entre cidadania e o Estado. Cria um ambiente generalizado de desconfiança em que todo mundo pensa que pode passar o outro para trás. Estão errados os progressistas que pensam assim”, disse à Agência Brasil após o encontro.
Segundo Barroso há dois tipos de corruptos: os que não querem ser punidos e os que são os que não querem ficar honestos, apesar dos escândalos já divulgados no país. Este segundo tipo, na opinião do ministro, são os piores. “Acaba sendo uma batalha muito difícil, quando não muito solitária, quando se precisa enfrentar os progressistas, a elite e os corruptos. Mesmo assim, acho que esse trem já saiu da estação e doravante, cada vez menos, a sociedade vai aceitar este modo desonesto com que se faz política e negócios no Brasil”, disse.
Violência
O ministro também destacou os altos índices de violência no Brasil. “Nos tornamos o país mais violento do mundo, com 63 mil homicídios por ano. É mais do que morre na guerra da Síria. É um número quase invisível, porque são pessoas pobres, de baixa escolaridade, negras. O país não pode conviver com estes índices de violência, portanto, precisamos ter isso na agenda brasileira e diagnosticar a causa dessas mortes e o que precisamos fazer para superar estes números que nos envergonham tanto quanto a corrupção”.
Para o ministro, uma das causas da violência pode ser a falta de investimentos efetivos na educação básica, que, apesar de ter registrado avanços, não foram suficientes para as necessidades da população.
“A educação é tratada com descuido no Brasil. Na economia todo mundo quer saber quais são os nomes e quais são os projetos pelo mundo para sair da recessão. Na educação ninguém debateu, ninguém pensou quais são os melhores nomes”, disse. “Acho que em um país polarizado nós devemos buscar denominadores comuns e acho que um projeto suprapartidário patriótico de curto, médio e longo prazo para a educação básica é capaz de unificar o país”.
De acordo com Barroso, um projeto como esse seria capaz de unir setores da esquerda à direita com o objetivo de elevar o nível educacional brasileiro e preparar a nova geração para um país melhor.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 06/10/2018


Empacou

Coluna Esplanada - Leandro Mazzini 










A dois meses do fim do Governo “tampão”, o presidente Michel Temer não irá cumprir a promessa feita quando tomou posse em 2016, após o impeachment da ex-presidente Dilma (PT). Ele prometera concluir mais de 7 mil obras paralisadas no País. Criou o programa Avançar baseado no modelo do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), dos Governos Lula e Dilma. O último balanço do Avançar, elaborado pelo Ministério do Planejamento, mostra que apenas 30,5% do total de projetos previstos foram concluídos até agora e “98,5% estão em andamento”.
Avatar
Nos bastidores de Brasília, e do próprio Governo, o Avançar, o PAC do Temer, é apelidado de ‘Avatar’. Ficou na ficção.

Antecipados
Ciro, Alckmin e Marina já se telefonam desde a segunda-feira para conversas sobre rumos do eventual 2º turno. Foi ideia de Ciro após o debate no SBT. Haverá reuniões.

Patronais x trabalhadores
Panorama da polarização eleitoral: a classe patronal está com Bolsonaro, que promete manter a reforma trabalhista; os sindicatos de trabalhadores com Haddad, contra.

‘Centrão’ de Bolsonaro
O anúncio do apoio da Frente Parlamentar Agropecuária à campanha de Jair Bolsonaro (PSL) escancara o abandono dos partidos do chamado Centrão à candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB). Com atuação na Câmara e no Senado, a Frente é formada por 260 parlamentares. A grande maioria pertence a legendas do PSDB, PP, DEM, PTB e PSD.

Frentão 
Alguns destes vêm da frente suprapartidária de apoio a Bolsonaro, lançada por ele há dois meses, na Câmara Federal. Muitos são de partidos que têm candidatos ao Planalto.

Capitão da ‘porteira’
A via Bolsonaro foi pavimentada pela presidente da Frente, deputada Tereza Cristina (DEM-MS), que chegou a ser cotada para vice de Alckmin. Durante almoço com parlamentares da Frente, há um ano, Bolsonaro disse que, caso seja eleito, entregará o Ministério da Agricultura de “porteira fechada” para o setor indicar técnicos. E vai fundir a pasta com Meio Ambiente, vista como entrave em muitos projetos.
Resistência 
Roberto Freire, presidente do PPS, disse a amigos que será difícil seu partido apoiar Bolsonaro. “Sempre lutei contra o fascismo”, disse Freire, numa clara alusão ao candidato do PSL. Ele elogiou a manifestação Mulheres contra Bolsonaro.

Polícia x fakes
A Polícia Federal vai montar um QG com delegados especializados em Brasília contra fake news no período de 1º a 8 de outubro, e de 22 a 29 – este em eventual 2º turno. A guerra virtual está feia. Estima-se um festival de inquéritos a partir de segunda-feira.

Homem de palavra
Oscar Maroni, o dono do prostíbulo de luxo mais famoso do Brasil, o Bahamas, em SP, promete noitada grátis de muito prazer com suas colaboradoras se Bolsonaro ganhar em 1º turno. Folder circula no whatsapp. Não conseguimos contato com o empresário, nem no site. Ele prometeu – e cumpriu – cerveja gratuita no dia da prisão de Lula da Silva.

A Menezes..
Os advogados Marcus Faver e Rafael Costa pediram ao Juiz João Fantinato, da 34ª Vara Cível do Rio, que anule as doações que o vereador Cesar Maia fez de bens que possuía e estão em sua ultima declaração ao TRE. Cesar Maia foi condenado a pagar pelos serviços que contratou da produtora Full Time, do jornalista Mauricio Menezes.

.. o que é de Cesar
A dívida é de 1998 e Cesar Maia foi condenado em todas as instâncias, mas não paga, segundo os advogados. E para evitar ter algum bem confiscado, ele ‘doou’ para conhecidos, inclusive apartamentos no Leblon e em São Conrado. Cesar Maia (DEM), pai do presidente da Câmara Federal, lidera a corrida para o Senado. Em resposta à Coluna, por e-mail, Cesar Maia foi lacônico: “Estranho. Vou me inteirar.”

Esplanadeira
Terraço Shopping em Brasília promove Dia das Crianças Solidário de doação de brinquedos para o Centro Social Comunitário Tia Angelina.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

ALERTA PRESIDENCIAL PELO CELULAR FOI TESTADO NOS EUA PELA PRIMEIRA VEZ


EUA testam sistema de alerta nacional pelo celular pela primeira vez

Estadão Conteúdo














Aparelhos eletrônicos ao redor dos Estados Unidos receberam alertas na quarta-feira (3), quando a Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (Fema) realizou seu primeiro teste nacional de alerta de emergência sem fio. A mensagem foi emitida às 14h18, com o título "Alerta Presidencial", seguido da mensagem "ESTE É UM TESTE do Sistema Nacional de Alerta de Emergência Sem Fio. Nenhuma ação é necessária."

Funcionários da Fema estimaram que cerca de 225 milhões de dispositivos receberiam o alerta aproximadamente no mesmo horário.

O sinal foi transmitido por torres de celular por 30 minutos, fazendo com que alguns recebessem mais cedo que outros. E enquanto houve celulares que receberam até quatro alertas, outros simplesmente não receberam a mensagem. Em uma emergência real, os dispositivos receberiam o alerta ao mesmo tempo ou o mais próximo possível do mesmo horário.

Além dos celulares, um segundo alerta transmitido pela televisão e rádio disparou às 14h20, mas esses já são realizados há anos.

O teste do sistema na quarta-feira simulou o caso de um alerta de alto nível, que seria utilizado apenas em caso de uma emergência nacional. A ação foi realizada em coordenação com a Comissão Federal de Comunicação. Ainda não se sabe o quão bem-sucedida foi a simulação.

Funcionários da Fema disseram que os dados seriam compartilhados com operadoras de telefonia móvel, para ajudar a garantir que o sistema funcione bem em caso de uma emergência real. A agência estimou que a mensagem teria chegado a 75% de todos os telefones móveis do país.

O sistema de alerta sem fio foi lançado em 2012 e embora os cidadãos possam escolher não receber alertas sobre desastres naturais ou crianças desaparecidas, não é possível recusar os alertas presidenciais, que são emitidos sob ordem da Casa Branca e ativados pela Fema.

PERFIL DOS CANDIDATOS BRASILEIROS NAS ELEIÇÕES DE 2018


Empresários, advogados e deputados são maioria entre candidatos

Agência Brasil










No caso dos artistas, se eles não tiverem visibilidade, como o deputado federal Tiririca (PR-SP), um dos mais votados do Brasil nas eleições passadas

Definir o perfil da sociedade brasileira a partir das ocupações dos candidatos nestas eleições pode ser mais complexo do que se imagina. Em meio às 29.090 candidaturas (para todos os cargos) apresentadas nestas eleições, há um astrólogo, dois bailarinos, oito artistas de circo, nove catadores de recicláveis, 20 ambulantes e feirantes, além de 24 empregados domésticos, 47 artesãos e 110 religiosos.
Mas a maioria dos nomes postos é formada por empresários e advogados, assim como homens e mulheres que simplesmente se declaram “deputados”, sem especificar formação nem atividades profissionais. São 2.820 empresários, 1.719 advogados e 1.097 que se autodenominam “deputado”.
O professor de ciência política Antônio Testa, da Universidade de Brasília, observou que mudou bastante o perfil dos candidatos, aumentando o número de empresários e advogados. “A partir das eleições de 2010, houve um acensão muito grande de empresários e advogados, pessoas que antes bancavam candidaturas, e que depois passaram a se candidatar.”
Tendências
Antônio Testa analisa as candidaturas de religiosos e militares, por exemplo. “O mesmo aconteceu com pastores evangélicos e policiais, este último grupo porque a questão da segurança entrou muito forte na agenda das eleições”.
Para Antônio Testa, no caso dos artistas, se eles não tiverem visibilidade, como o deputado federal Tiririca (PR-SP), um dos mais votados do Brasil nas eleições passadas, é “muito difícil” conseguir sucesso nas urnas.
Porém, ele ressalta a importância de representantes entre artistas de rua, catadores, ambulantes e empregados domésticos.
“Essa é uma velha estratégia que os partidos adotam para atrair votos, já que essas candidaturas estão concentradas em cargos proporcionais [deputados estadual, federal e distrital]. Como esses candidatos, muitas vezes, são lideranças em suas comunidades, eles conseguem 500 votos ali, 300 daqui e isso ajuda nomes de seus partidos a conquistar mais vagas nos parlamentos”, disse.

Com temas ligados à lei e à ordem, candidaturas de militares crescem

Agência Brasil









Na lista de concorrentes, estão os presidenciáveis o capitão da reserva do Exército Jair Bolsonaro (PSL) e Cabo Daciolo (Patriota), do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro

Temas ligados à lei e à ordem, como segurança pública e combate à corrupção, fortalecem as candidaturas de militares ao longo das últimas eleições nos mais distintos cargos. Pelos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 961 candidatos militares disputam as eleições neste ano.
Na lista de concorrentes, estão os presidenciáveis o capitão da reserva do Exército Jair Bolsonaro (PSL) e Cabo Daciolo (Patriota), do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. Do total, 575 são policiais militares, 202 são das Forças Armadas, 88 estão na reserva e 96 são do Corpo de Bombeiros.
Em 2014, 765 militares concorreram às eleições, um número 194 menor em comparação à disputa deste ano. Para o cientista político da Universidade de Brasília Lúcio Rennó, apesar de não ter ocorrido um crescimento expressivo, há um desejo do eleitorado de resolver problemas do seu cotidiano e que, por vezes, estão entre as habilidades dos militares.
“Há uma sensação de medo no país todo. Até em locais onde a incidência oficial de crimes é relativamente baixa, o medo é alto, então esse tema favorece muito a uma retórica de combate ao crime e, nesse sentido, os militares em geral são favorecidos”, avaliou Rennó.
O cientista político ressaltou que a presença de candidaturas de 178 policiais civis é associada aos mesmos anseios que ligam o eleitorado aos nomes de militares das Forças Armadas, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar.

VÁRIOS RECADOS SOBRE O CONTROLE DAS BIG TECHS

  Big Techs ...