sábado, 6 de outubro de 2018

CHEFE DA INTERPOL DESAPARECE EM VIAGEM PARA A CHINA - É UM CASO PARA O 007


França investiga desaparecimento de chefe da Interpol após viagem à China

Estadão Conteúdo








Meng Hongwei tem 64 anos e foi eleito presidente da Interpol em 2016, para um mandato que vai até 2020

Um funcionário da Justiça francesa disse nesta sexta-feira (5) que o presidente da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), Meng Hongwei, foi dado como desaparecido depois de viajar para a China, país onde nasceu.

O funcionário falou sob a condição de anonimato, por não ter autorização para comentar uma investigação em andamento. Segundo a fonte, a mulher de Meng disse que não tem notícias do marido desde o fim de setembro, quando ele viajou para Lyon, na França, onde fica a sede da Interpol. Meng chegou à China depois disso, mas não houve notícias suas desde então.

Ainda não se sabe o motivo pelo qual a mulher de Meng esperou até agora para relatar seu desaparecimento.

A Interpol emitiu um comunicado, afirmando estar ciente do caso, mas sem fornecer detalhes. "Essa é uma questão para as autoridades competentes da França e da China", disse o texto. Autoridades francesas iniciaram uma investigação.

Meng tem 64 anos e foi eleito presidente da organização em 2016, para um mandato que vai até 2020. Ele ocupou diversos cargos dentro do establishment de segurança na China e foi vice-ministro de segurança pública.

Como presidente da Interpol, ele lidera o comitê executivo da organização. A administração cotidiana é realizada pelo secretário-geral, Jurgen Stock. (AP)

ELEIÇÃO - O MAIOR PROBLEMA SÃO FAKE NEWS


Voto não é fake: TRE alerta sobre influência de notícias falsas

Lucas Simões










Eleição acontece neste domingo

Após uma campanha curta em tempo e dinheiro, focada nas redes sociais e marcada pelo bombardeio diário de fake news, os brasileiros decidem amanhã o futuro do país. Em uma das eleições mais agressivas da história, com troca de acusações e ameaças também entre os eleitores, uma preocupação da Justiça Eleitoral é o cenário em que 75% do eleitorado admite ter medo de ser influenciado por notícias falsas para decidir o voto.
Entre os brasileiros mais jovens, de até 34 anos — que representam a segunda maior fatia do eleitorado —, o receio de acreditar em boatos sobe para 82%, segundo o estudo da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Além disso, seis em cada dez brasileiros admitem não ter preocupação em checar a veracidade das notícias, tendo acreditado em pelo menos um boato nestas eleições, segundo a empresa Ipsos. Aliás, levantamento do instituto, feito em 27 países, apontou que os brasileiros são os que mais acreditam em fake news no mundo.
O vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG), Rogério Medeiros, diz que “a campanha migrou definitivamente para a internet”, trazendo a reboque uma enxurrada de informações mentirosas. Prova disso é que, neste pleito, pela primeira vez as propagandas irregulares no mundo virtual — incluindo fake news — estão entre os três tipos principais de denúncias, somando 198 casos em Minas, de acordo com o TRE-MG.
Medeiros reconhece que principalmente correntes de WhatsApp com informações distorcidas ganharam espaço no debate eleitoral, influenciando eleitores.
Boatos
“As fake news sempre existiram. A novidade agora é a força e a velocidade com que são disseminadas. Infelizmente, por causa das redes sociais, há uma disposição maior do eleitorado em acreditar nas fake news. Além disso, esses 45 dias de campanha foram focados nas redes sociais, e isso contribuiu para que os boatos aumentassem”, analisa Medeiros.
O vice-presidente do TRE-MG é otimista em relação à punição para quem disseminar notícias falsas. Ele ressalta que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Fux, alertou que se o resultado de uma eleição qualquer for fruto de uma fake news, a Constituição prevê a anulação do pleito.
“O ministro Fux foi taxativo ao lembrar que o melhor antídoto para as fake news são as informações verdadeiras. Por mais cansativo que seja rebater fake news, é um ato necessário, principalmente nesse momento político de ânimos tão exaltados”, diz Medeiros.
O cientista político Mauro Bonfim, da UFMG, adverte, porém, que até checar as informações ficou mais difícil. “Nesta eleição apareceram sites que fazem checagens falsas de informação. Isso confunde mais ainda o eleitor leigo. Minha recomendação é só acreditar em algo que pode ser provado com documentos, fotos e fontes críveis”, adverte.


UFMG lança plataforma digital para combater boatos na eleição
Contra a disseminação de fake news durante as eleições, a UFMG lançou neste mês a plataforma digital “Eleições Sem Fake”, desenvolvida por alunos de graduação e doutorandos do Departamento de Ciência da Computação (DCC).
Numa frente principal, o site tem acompanhado 220 grupos públicos de WhatsApp e checado as informações divulgadas sobre a disputa eleitoral, como notícias, memes, fotos e vídeos. A intenção é produzir um relatório após as eleições sobre o percentual de fake news encontradas nos grupos.
“A ideia é que a gente possa mapear esses conteúdos e, por uma amostragem, claro, ter uma dimensão de como as fake news afetam a opinião das pessoas e até que ponto elas são levadas a sério. Por isso, usamos várias ferramentas distintas para cruzar dados e ter o máximo de informação possível”, explica o professor Fabrício Benevenuto, doutor em Ciência da Computação e coordenador do projeto “Eleições Sem Fake”.
Monitoramento
Intuitiva e simples, a plataforma trabalha com outros cinco eixos principais: monitor de anúncios, que checa a autenticidade e legalidade das propagandas eleitorais impulsionadas no Facebook; análises de robôs, focada em denunciar perfis conhecidos como “bots”, criados apenas para disseminar informações falsas; e audiência da mídia e dos políticos, que mede a confiabilidade dos conteúdos disseminados por centenas de portais jornalísticos, além de acompanhar a adesão do eleitorado aos políticos nas redes sociais.
Além disso, na seção “Notícias Lado a Lado”, a plataforma permite comparar reportagens de centenas de veículos, obtendo a abordagem mais frequente de cada um deles. 


ANÁLISE DE UM MINISTRO DO STF - SOBRE CORRUPÇÃO, SEGURANÇA E EDUCAÇÃO


Corrupção não é uma nota de pé de página da história, diz Barroso

Agência Brasil








Segundo Barroso há dois tipos de corruptos: os que não querem ser punidos e os que são os que não querem ficar honestos

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse nesta sexta-feira (5) no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), que a corrupção não é uma nota de pé de página da história. Barroso participou de um encontro para comemorar os 30 anos da Constituição Brasileira, organizado pela Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj).
“Ela [a corrupção] desvia recursos que não vão para serviços públicos, que não vão para serem redistribuídos. Ela cria uma relação pervertida entre cidadania e o Estado. Cria um ambiente generalizado de desconfiança em que todo mundo pensa que pode passar o outro para trás. Estão errados os progressistas que pensam assim”, disse à Agência Brasil após o encontro.
Segundo Barroso há dois tipos de corruptos: os que não querem ser punidos e os que são os que não querem ficar honestos, apesar dos escândalos já divulgados no país. Este segundo tipo, na opinião do ministro, são os piores. “Acaba sendo uma batalha muito difícil, quando não muito solitária, quando se precisa enfrentar os progressistas, a elite e os corruptos. Mesmo assim, acho que esse trem já saiu da estação e doravante, cada vez menos, a sociedade vai aceitar este modo desonesto com que se faz política e negócios no Brasil”, disse.
Violência
O ministro também destacou os altos índices de violência no Brasil. “Nos tornamos o país mais violento do mundo, com 63 mil homicídios por ano. É mais do que morre na guerra da Síria. É um número quase invisível, porque são pessoas pobres, de baixa escolaridade, negras. O país não pode conviver com estes índices de violência, portanto, precisamos ter isso na agenda brasileira e diagnosticar a causa dessas mortes e o que precisamos fazer para superar estes números que nos envergonham tanto quanto a corrupção”.
Para o ministro, uma das causas da violência pode ser a falta de investimentos efetivos na educação básica, que, apesar de ter registrado avanços, não foram suficientes para as necessidades da população.
“A educação é tratada com descuido no Brasil. Na economia todo mundo quer saber quais são os nomes e quais são os projetos pelo mundo para sair da recessão. Na educação ninguém debateu, ninguém pensou quais são os melhores nomes”, disse. “Acho que em um país polarizado nós devemos buscar denominadores comuns e acho que um projeto suprapartidário patriótico de curto, médio e longo prazo para a educação básica é capaz de unificar o país”.
De acordo com Barroso, um projeto como esse seria capaz de unir setores da esquerda à direita com o objetivo de elevar o nível educacional brasileiro e preparar a nova geração para um país melhor.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 06/10/2018


Empacou

Coluna Esplanada - Leandro Mazzini 










A dois meses do fim do Governo “tampão”, o presidente Michel Temer não irá cumprir a promessa feita quando tomou posse em 2016, após o impeachment da ex-presidente Dilma (PT). Ele prometera concluir mais de 7 mil obras paralisadas no País. Criou o programa Avançar baseado no modelo do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), dos Governos Lula e Dilma. O último balanço do Avançar, elaborado pelo Ministério do Planejamento, mostra que apenas 30,5% do total de projetos previstos foram concluídos até agora e “98,5% estão em andamento”.
Avatar
Nos bastidores de Brasília, e do próprio Governo, o Avançar, o PAC do Temer, é apelidado de ‘Avatar’. Ficou na ficção.

Antecipados
Ciro, Alckmin e Marina já se telefonam desde a segunda-feira para conversas sobre rumos do eventual 2º turno. Foi ideia de Ciro após o debate no SBT. Haverá reuniões.

Patronais x trabalhadores
Panorama da polarização eleitoral: a classe patronal está com Bolsonaro, que promete manter a reforma trabalhista; os sindicatos de trabalhadores com Haddad, contra.

‘Centrão’ de Bolsonaro
O anúncio do apoio da Frente Parlamentar Agropecuária à campanha de Jair Bolsonaro (PSL) escancara o abandono dos partidos do chamado Centrão à candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB). Com atuação na Câmara e no Senado, a Frente é formada por 260 parlamentares. A grande maioria pertence a legendas do PSDB, PP, DEM, PTB e PSD.

Frentão 
Alguns destes vêm da frente suprapartidária de apoio a Bolsonaro, lançada por ele há dois meses, na Câmara Federal. Muitos são de partidos que têm candidatos ao Planalto.

Capitão da ‘porteira’
A via Bolsonaro foi pavimentada pela presidente da Frente, deputada Tereza Cristina (DEM-MS), que chegou a ser cotada para vice de Alckmin. Durante almoço com parlamentares da Frente, há um ano, Bolsonaro disse que, caso seja eleito, entregará o Ministério da Agricultura de “porteira fechada” para o setor indicar técnicos. E vai fundir a pasta com Meio Ambiente, vista como entrave em muitos projetos.
Resistência 
Roberto Freire, presidente do PPS, disse a amigos que será difícil seu partido apoiar Bolsonaro. “Sempre lutei contra o fascismo”, disse Freire, numa clara alusão ao candidato do PSL. Ele elogiou a manifestação Mulheres contra Bolsonaro.

Polícia x fakes
A Polícia Federal vai montar um QG com delegados especializados em Brasília contra fake news no período de 1º a 8 de outubro, e de 22 a 29 – este em eventual 2º turno. A guerra virtual está feia. Estima-se um festival de inquéritos a partir de segunda-feira.

Homem de palavra
Oscar Maroni, o dono do prostíbulo de luxo mais famoso do Brasil, o Bahamas, em SP, promete noitada grátis de muito prazer com suas colaboradoras se Bolsonaro ganhar em 1º turno. Folder circula no whatsapp. Não conseguimos contato com o empresário, nem no site. Ele prometeu – e cumpriu – cerveja gratuita no dia da prisão de Lula da Silva.

A Menezes..
Os advogados Marcus Faver e Rafael Costa pediram ao Juiz João Fantinato, da 34ª Vara Cível do Rio, que anule as doações que o vereador Cesar Maia fez de bens que possuía e estão em sua ultima declaração ao TRE. Cesar Maia foi condenado a pagar pelos serviços que contratou da produtora Full Time, do jornalista Mauricio Menezes.

.. o que é de Cesar
A dívida é de 1998 e Cesar Maia foi condenado em todas as instâncias, mas não paga, segundo os advogados. E para evitar ter algum bem confiscado, ele ‘doou’ para conhecidos, inclusive apartamentos no Leblon e em São Conrado. Cesar Maia (DEM), pai do presidente da Câmara Federal, lidera a corrida para o Senado. Em resposta à Coluna, por e-mail, Cesar Maia foi lacônico: “Estranho. Vou me inteirar.”

Esplanadeira
Terraço Shopping em Brasília promove Dia das Crianças Solidário de doação de brinquedos para o Centro Social Comunitário Tia Angelina.

MICHAEL STOTT EDITOR DO FINANCIAL TIMES ANALISA A SITUAÇÃO ECONÔMICA E POLÍTICA BRASILEIRA DO GOVERNO LULA

  Área econômica é o ponto mais fraco do governo...