quinta-feira, 20 de setembro de 2018

O BRASIL ESTÁ NUM INFERNO OU NÃO?


O quinto dos infernos

Manoel Hygino 








Lendo “O outro Pedro e a Outra Madalena segundo os apócrifos”, de autoria de Jacir de Freitas Faria, que Yara Tribuzzi gentilmente me enviou, tive ensejo de aprender mais a respeito do inferno, além do que ensina Aurélio Buarque de Holanda Ferreira em seu popular dicionário da língua portuguesa.
Pois bem. Jacir, padre e frade franciscano, que fez seus estudos de mestrado em exegese bíblica no Pontifício Instituto Bíblico de Roma, lembra que a nossa linguagem conserva expressões referentes ao inferno. Quando a situação está ruim, dizemos: “está um inferno”. Quando um árduo verão chega, é comum ouvir-se: “que calor infernal”.
Acrescenta o sacerdote que até a história do Brasil Império conservou uma expressão nada simpática a nosso país. “Os portugueses exigiam que um quinto de nosso ouro fosse levado para Portugal. E, quando o ouro lá chegava, se dizia: é o quinto – vindo dos infernos”. Por aqui, tornou-se comum ouvir alguém mandando alguém para o quinto dos infernos. Isso significa, nada mais, nada menos, que mandar-se para o Brasil, “lugar longe, distante, ruim, e perigoso para os portugueses daquela época”.
Passados séculos, comemorada a data da Independência brasileira no ultimo dia 7 de setembro, poder-se-ia meditar sobre a expressão e seu verdadeiro sentido. Estamos ou somos mesmo um inferno? O novo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, afirmou no discurso de posse, conciliador, que não estamos sequer em crise, pois somente em “transformação”. O brasileiro espera que a transformação seja realmente para melhor, porque não a sentíamos tão cômoda e feliz como se desejaria.
Ao falar por cerca de uma hora, o novo titular do STF, exaltou, como publicaram os jornais, a pluralidade e o respeito ao outro como “essência da democracia”, evidentemente sem tocar, porque inadequado, no episódio em que fora ferido gravemente um candidato a presidente da República.
Sobre o tema, aqui mesmo, neste jornal, o advogado Antônio Álvares da Silva, professor titular da Faculdade de Direito da UFMG, publicara com diferença de dias: “a facada em Bolsonaro é o exemplo máximo da intolerância política. Quem quiser combatê-lo deve usar a força da palavra e não os instrumentos primitivos da violência e das armas. Democracia não é só liberdade. É também tirocínio e responsabilidade para entregarmos a pessoas certas a missão de agir em nosso nome para a construção do bem comum”.
Não somos uma Nicarágua ou uma Síria, mas estamos muito distantes do que cada cidadão desejaria para si e sua pátria. O Brasil é consciente de que temos de aprender muito e nossas lideranças assimilarem na prática o que ensinam nossos melhores pensadores e estadistas de superior nível, por motivos sabidos e consabidos: “nos países em que há serenidade, respeito aos direitos humanos, construção filosófica e definitiva da liberdade e o direito de expressá-la em qualquer lugar, ninguém se deixa enganar por demagogos, salvadores, demiurgos e todos os que julgam ter na palavra exagerada e falsa a salvação de tudo”.
Se assim não for, terminaremos no “quinto dos infernos”. 


quarta-feira, 19 de setembro de 2018

JUSTIÇA CONFIRMA QUE A URNA ELETRÔNICA DE VOTAÇÃO É CONFIÁVEL


Suspeitas sobre as urnas são 'descoladas da realidade', diz Rosa Weber

Agência Brasil









As urnas eletrônicas são utilizadas desde 1996 no Brasil. O país foi pioneiro na adoção deste tipo de tecnologia, segundo o TSE

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Rosa Weber, afirmou que acusações de falta de segurança nas urnas eletrônicas são “descoladas da realidade”. A ministra falou com jornalistas antes da sessão da Primeira Turma da Corte. As declarações foram divulgadas na página oficial do TSE.
“As pessoas são livres para expressar a própria opinião. Mas, quando essa opinião é desconectada da realidade, nós temos que buscar os dados da realidade. Para mim, as urnas são absolutamente confiáveis”, afirmou.
Em vídeo, o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) denunciou suposta possibilidade de fraude na votação de outubro com voto eletrônico por falta de comprovante impresso em tordas as urnas. O voto eletrônico seria, nas palavras dele, “o caminho para o poder” do PT. Bolsonaro, contudo, não apresentou indícios ou fatos para endossar a afirmação.
A presidente do TSE destacou que a legislação eleitoral permite a representantes de candidaturas participar de processos de fiscalização como as auditagens. Contudo, Rosa Weber lembrou que, em geral, representantes das candidaturas não comparecem nesses momentos. “Ninguém vai lá para ver. Me parece que há uma confiança”, comentou.
A ministra citou como exemplo o pleito de 2014. Após o resultado que terminou com a vitória de Dilma Rousseff (PT), o partido de seu adversário, o PSDB de Aécio Neves, levantou a possibilidade de fraude. Após um exame de cerca de um ano, não foi constatada qualquer alteração externa ou problema no sistema de votação.
As urnas eletrônicas são utilizadas desde 1996 no Brasil. O país foi pioneiro na adoção deste tipo de tecnologia, segundo o TSE.

PRESIDENTE TEMER DIZ QUE A REFORMA DA PREVIDÊNCIA É NECESSÁRIA


Próximo presidente terá que fazer reforma da Previdência, diz Temer

Agência Brasil









O presidente Michel Temer Temer listou diversas ações do seu governo, como a aprovação do Teto de Limite dos Gastos Públicos, a liberação dos recursos do FGTS e a reforma trabalhista

O presidente da República, Michel Temer, disse na noite de terça-feira, (18) que o próximo presidente eleito não conseguirá deixar a trilha traçada por seu governo. Temer, que discursou em evento de empresários na capital paulista, ressaltou ainda que o futuro mandatário da nação terá de fazer “necessariamente” a reforma da Previdência.
“Tenho a mais absoluta convicção que seja quem venha a ser eleito, ele não vai conseguir sair da trilha que nós traçamos. E se quiser sair, vai ter de dizer o seguinte: eu não quero essa inflação ridícula de 3,5%, 4%, eu quero 10%, 11%; eu não quero juros a 6,5%, eu quero 14,25%; eu não quero a modernização trabalhista, a modernização do ensino médico, a responsabilidade fiscal”, disse, em discurso no Prêmio 2018 da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco).
Temer listou diversas ações do seu governo, como a aprovação do limite do teto dos gastos públicos, a liberação dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a abertura de 500 mil novas vagas do ensino em tempo integral, a reforma trabalhista e a reforma do ensino médio.
“Dificilmente alguém que venha a ser eleito, por mais que se faça propaganda eleitoral dizendo ‘nós vamos terminar com tudo isso que foi feito no governo’, não vai conseguir, porque a consciência popular hoje já tomou ciência de que é indispensável continuar com as reformas”, disse.
De acordo com o presidente, a reforma da Previdência saiu da pauta legislativa em razão das eleições, mas não saiu da pauta política. “Não haverá presidente que venha a ser eleito que não tenha que fazer necessariamente a reforma da Previdência”, disse. “Os deputados, senadores estarão recém-eleitos, portanto adequados, com disposição, para fazer a reforma previdenciária”.
Michel Temer foi premiado na solenidade com uma colher de pedreiro dourada, uma homenagem da entidade organizadora ao operário número um da construção.

TRUMP ALEGA PREJUIZOS DO EUA NO COMÉRCIO INTERNACIONAL COM A CHINA E A UNIÃO EUROPEIA


Trump defende tarifas impostas sobre China e diz que 'estamos apenas começando'

Estadão Conteúdo









Donald Trump voltou a dizer que a China e a União Europeia têm "saqueado" os EUA

O presidente dos EUA, Donald Trump, defendeu nesta terça-feira (18) as tarifas impostas sobre a China e disse que este é apenas o começo.

Durante coletiva de imprensa, Trump foi questionado se as tarifas realmente estão ajudando a economia americana, uma vez que o déficit comercial dos EUA aumentou US$ 7 bilhões entre maio e julho, atingindo no último mês mencionado a maior alta mensal desde 2015. O presidente americano respondeu que as tarifas "estão, sim, indo muito bem e estamos apenas começando".

Nessa seguda-feira (17), Trump anunciou tarifas de 10% sobre o valor de US$ 200 bilhões em importações chinesas, e essas tarifas aumentarão para 25% no início de 2019.

Trump voltou a dizer que a China e a União Europeia têm "saqueado" os EUA. "China tem tomado "500 bilhões de dólares do nosso país e precisamos fazer mais". Em relação a União Europeia, Trump disse que tem sido difícil negociar porque o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, é "um homem muito duro e desagradável".

O presidente americano destacou também a dificuldade em chegar a um acordo com o Canadá, destacando que o "Canadá não pode continuar cobrando tarifas de 300% sobre produtos lácteos". "Preciso proteger trabalhadores americanos e agricultores", disse Trump.

Polônia

Em sem encontro com o presidente polonês, Andrzej Duda, Trump afirmou que ambos os países concordaram em elevar os gastos com defesa e inteligência, buscando a construção de uma base militar na Polônia, além de aumentar o acesso ao mercado de energia.

Duda, por sua vez, disse que a presença das forças armadas americanas trará segurança "para nós como parte no mundo". O presidente polonês também se ofereceu para contribuir com os gastos para a construção de uma base militar dos EUA.

PROPOSTA DE FIM DA ESCALA DE TRABALHO 6X1

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