quarta-feira, 19 de setembro de 2018

COLUNA ESPLANADA DO DIA 19/09/2018


Revoada do Centrão

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 









Diante do pífio e irreversível desempenho do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, partidos do chamado “Centrão”, seus aliados, começam a prospectar apoio aos concorrentes do eventual segundo turno das eleições. Ao selar a aliança com DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade, em julho, o tucano apostou todas as fichas na alavancagem nas pesquisas. A estratégia não deu certo. Alckmin estacionou no patamar dos 6%. Hoje, a aposta de caciques das legendas do Centrão é de um segundo turno com disputa “acirrada” entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).

Vitaminado
Com exceção do DEM, os demais partidos estão mais propensos a apoiar o pupilo-poste do ex-presidente Lula, que manda na campanha direto da cadeia.
Fisiologia 
Mas o Centrão com o PT pode causar efeito contra Haddad –que ocorreu com Alckmin: o eleitor identifica os partidos com o esquemão que reinou nos últimos governos.
Cadê ele?
O PSDB escondeu FHC na campanha de Alckmin. Causa estranheza na praça o silêncio ensurdecedor do outrora bem avaliado ex-presidente nesta disputa.
PT X Ciro 
A coordenação da campanha de Fernando Haddad (PT) já discute temas que podem ser explorados em um provável acirramento da disputa com Ciro Gomes (PDT) nos próximos dias. Pelo cenário, ambos estão no páreo para disputar eventual 2º turno com Bolsonaro (PSL). Enquanto Ciro ensaia tom de conciliação das “esquerdas”, o PT mantém distância e aposta no crescimento isolado de Haddad nas pesquisas.
Camaleão 
O troca-troca de legendas por Ciro ao longo da carreira política é um dos assuntos que podem ser usados pelo PT na ofensiva. Antes do PDT, Ciro passou pelo PMDB, hoje MDB de Michel Temer, fundou o PSDB e se desfilou depois pelo PPS, PSB e PROS.</CW>
Nunca antes
O plano de Lula, além de deixar a prisão em 2018: Haddad presidente, Dilma presidente do Senado, Gleisi presidente da Câmara Federal, já contando com Toffoli no STF.
Suspeita eleitoral
A reportagem do Fantástico sobre a fraude nos benefícios do INSS para idosos abonados e com alto patrimônio receberem o auxílio de investigação do órgão, da Polícia Federal e da Secretaria da Presidência. Curiosidade: a maioria dos benefícios foi aprovada em 2010, pelo Governo de Lula da Silva, durante a campanha eleitoral. Investiga-se a suspeita de uso político-eleitoral da fraude.
Dados cruzados
O decreto que põe ordem foi alterado em 2018 e agora, em setembro, houve portaria do ministro do Desenvolvimento Social e do presidente do INSS para fazer o pente-fino nos pagamentos. Foram cruzados CPFs dos segurados com a base da receita e outros órgãos do Governo para selecionar os que têm patrimônio e outras fontes de renda. A malha grossa já pegou muitos ricos falsos pobres.
Carta do cárcere
O ex-governador Sérgio Cabral, preso há quase dois anos e condenado por variados crimes, escreveu uma carta para o filho deputado federal Marco Antônio, que tenta a reeleição, para divulgá-la. Reconheceu que cometeu erros, diz que paga por erros de outros, mas que o filho não pode ser culpado por sua conduta.
‘Iluminado’
Eduardo Paes é um político iluminado. Foi salvo duas vezes em momentos cruciais da vida pública. Quando Cabral, então governador, levou o então ofuscado deputado federal do PSDB para o PMDB, e o ajudou a se eleger prefeito. Agora, com o MDB em baixa, foi Rodrigo Maia (DEM), em alta, quem filiou Paes ao seu partido. O ex-prefeito lidera as pesquisas para o Governo.
Sois rei
Rodrigo Maia é o homem mais poderoso de Brasília. Com o presidente Temer em baixa, é ele quem reúne ministros para cafés da manhã na residência oficial.
Desemprego
Mais de 5 milhões de brasileiros estão há mais de um ano em busca de emprego. A população ocupada sem carteira assinada no setor privado e os profissionais por conta própria aumentaram, respectivamente, 3,4% e 2,1% no último trimestre. A população ocupada com carteira assinada no setor privado recuou 1,1%. Os dados constam no relatório de setembro da Instituição Fiscal Independente do Senado.
Esplanadeira
O Instituto Igarapé está entre as três entidades da sociedade civil convidadas para compor o Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, do Governo Federal.


terça-feira, 18 de setembro de 2018

CANDIDATOS A GOVERNADOR DE MINAS GERAIS GASTAM BEM MENOS QUE A ELEIÇÃO ANTERIOR


Sem financiamento de empresas, arrecadações de campanhas passam longe do teto de R$ 14 mi

Lucas Simões e Rafaela Matias










Com a proibição do financiamento de campanha por empresas, candidatos ao Governo de Minas ficam reféns dos fundos partidários e valores arrecadados não chegam nem à metade do teto de gastos estipulado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de R$ 14 milhões.
Somente o senador Antonio Anastasia (PSDB) alcançou 50% do valor permitido, com arrecadação de R$ 7,8 milhões, mas o gasto de campanha dele até o momento foi de R$ 5,4 milhões – sete vezes menos que nas eleições de 2010, quando também concorreu ao cargo com uma campanha de R$ 38 milhões.
As informações foram divulgadas na primeira parcial da prestação de contas, fechada no último dia 15. Agora, os candidatos devem apresentar o balanço final 30 dias após o resultado da eleição.
Apesar das criativas alternativas de arrecadação, como vaquinhas virtuais e jantares beneficentes, a maior parte da verba que financia as campanhas é oriunda do Fundo Partidário, que aglutina R$ 1,7 bilhão para as legendas.
O governador Fernando Pimentel (PT), que tenta a reeleição ao Palácio da Liberdade, recebeu do PT R$ 3,6 milhões, 87% dos R$ 4,1 milhões arrecadados até agora para a campanha. Além disso, a vaquinha virtual do petista vai de vento em popa e garante a terceira fonte de renda para a campanha, somando R$ 56 mil (ver arte). Procurada, a assessoria do governador não comentou as doações.
O valor usado até agora pelo petista é de R$ 6,4 milhões, oito vezes inferior aos R$ 53,4 milhões gastos nas eleições que lançaram Pimentel ao cargo, em 2014, quando o financiamento de empresas ainda era permitido.
O PSDB de Anastasia também foi o principal doador da campanha, ao lado do presidenciável tucano Geraldo Alckmin, que somam, até o momento, R$ 2 milhões.
“Estamos fazendo uma campanha com menos recursos, dentro do planejado, com muita criatividade e austeridade”, afirmou o senador.
Em relação às doações da campanha por Alckmin, Anastasia disse que “o único acordo” que fez com Geraldo Alckmin é que, se eleito, “ele dará a Minas a atenção que nosso Estado merece e não recebeu do governo federal na gestão do PT. A doação já é um gesto de Alckmin em prol da reconstrução de Minas”.
Em meio a boatos de uma possível desistência da candidatura, Adalclever Lopes (MDB) também recebeu do próprio partido R$ 500 mil, quase a totalidade dos R$ 509 mil arrecadados até o momento para a campanha. O candidato preferiu não se manifestar sobre os gastos, alegando apenas que segue estritamente o que a legislação determina. Além disso, negou a possibilidade de desistir da candidatura.
Romeu Zema (Novo) foi um dos poucos que não recorreram majoritariamente ao partido para arrecadar verba. A maior parte dos R$ 385 mil conquistados pela campanha veio da doação de grandes empresários. Um deles é José Salim Mattar, dono da Localiza (R$ 200 mil). O outro é Rubens Menin Teixeira, fundador e acionista majoritário da MRV (R$ 35 mil). Do partido, Zema recebeu R$ 100 mil, ou seja, metade da doação de Salim.
Questionado se o fato de ter 61 % da campanha patrocinada por dois empresários poderia interferir em uma futura gestão, Zema negou que possa ser refém de interesses empresariais, caso vença nas urnas em outubro. “Não vejo com nenhum problema essas doações”, disse.

Nanicos enfrentam dificuldades até para imprimir ‘santinhos’
Os valores arrecadados até o momento pelos quatro menores candidatos na corrida pelo Governo de Minas somam, juntos, R$ 226 mil. O orçamento enxuto impõe uma série de obstáculos aos envolvidos nas campanhas, que enfrentam dificuldades até mesmo para imprimir os tradicionais santinhos, como é o caso de João Batista Mares Guia, da Rede.
Os R$ 73.685 arrecadados para a campanha do candidato não foram suficientes para garantir itens básicos, como o material publicitário impresso. A assessoria de Mares Guia afirmou que há no momento a urgência para imprimir cerca de 500 mil “santinhos”, com um custo estimado de R$ 27 mil, mas que a campanha não dispõe deste recurso, portanto, não terá o material impresso.
A assessoria ressaltou ainda que a quantidade é a mínima possível para ser impressa e não seria capaz nem mesmo de suprir a demanda da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
“A campanha é franciscana e conta com a colaboração de amigos, de voluntários e de apoiadores”, afirmou em nota.
De acordo com a prestação de contas de Mares Guia, a verba para a campanha do candidato da Rede vem principalmente do fundo partidário a que a Rede Sustentabilidade tem direito (R$ 50 mil), além de doações de prestadores de serviço, como o contador Robson Carvalho Agualusa (com valor estimado em R$ 6.693) e do assessor de imprensa da campanha, Manuel Mateus Marçal (estimado em R$ 6 mil).
Já Dirlene Marques, do PSOL, foi quem arrecadou a menor verba até o momento, R$ 8,2 mil. Ela estava atrás apenas do candidato Alexandre Flach (PCO), que arrecadou R$ 600, mas teve a candidatura impugnada pelo Tribunal Regional Eleitoral e não poderá concorrer ao cargo.
Claudiney Dulim (Avante) é o candidato com a maior arrecadação entre os nanicos, com R$ 97.663. Mais de 90% da verba veio da doação do partido (ex-PTdoB), sigla liderada pelo deputado federal Luis Tibé, também presidente nacional do Avante.
Jordano Metalúrgico (PSTU) arrecadou R$ 46.900 e o gasto até o momento foi de R$ 23.276.
Todos os dados referentes aos gastos dos candidatos estão disponíveis no site www.divulgacandcontas.tse.jus.br.







 

COREIAS DO NORTE E DO SUL BUSCAM A PAZ


Presidente sul-coreano é recebido por Kim Jong-un em Pyongyang

Estadao Conteudo








O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, desembarcou em Pyongyang nesta terça-feira, 18, para uma terceira reunião com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, que recebeu Moon no aeroporto. Os objetivos do presidente sul-coreano são elevados: tentar resolver a diplomacia nuclear paralisada, amenizar um impasse militar de décadas e promover a paz na Península Coreana.

Antes da viagem, Moon disse que irá pressionar por "paz irreversível e permanente" e por um melhor diálogo entre Pyongyang e Washington durante as conversas "de coração para coração" com Kim. O chefe de gabinete da Coreia do Sul, no entanto, minimizou a chance de que o encontro de Moon com Kim produzirá um grande progresso na diplomacia nuclear.

Moon foi recebido no Aeroporto Internacional Sunan, em Pyongyang, por milhares de norte-coreanos que se dividiram em fileiras e foram vestidos com ternos pretos. Eles acenaram com buquês de flores artificiais, com a bandeira norte-coreana e também com uma bandeira branca e azul com um mapa simbolizando a península unificada.

Soldados norte-coreanos e tropas navais se posicionaram para dar as boas-vindas a Moon e a irmã de Kim Jong-un andou em meio aos preparativos para receber o presidente sul-coreano, segundo imagens da mídia de Seul. Fonte: Associated Press.

A REVISTA TIME DOS EUA É VENDIDA A UM CASAL BILIONÁRIO


Revista Time é vendida por US$ 190 milhões a bilionário de tecnologia

Estadão Conteúdo






A revista Time, uma das publicações mais tradicionais dos Estados Unidos, tem um novo dono: neste domingo, 16, o grupo de mídia Meredith anunciou, por meio de comunicado de imprensa, a venda da publicação ao casal Marc e Lynne Benioff por US$ 190 milhões.


Fundador e presidente executivo da empresa de tecnologia Salesforce, Marc Benioff não se envolverá com o cotidiano da publicação ou decisões jornalísticas, que serão lideradas pelo time executivo que já está na revista. A compra também não vai unir a Time à Salesforce - trata-se de uma aquisição individual, não da empresa.

"Estamos honrados em cuidar de uma das principais empresas de mídia do mundo", declarou o casal, no comunicado enviado à imprensa americana na noite deste domingo. Hoje, a Time tem mais de 100 milhões de leitores em suas versões impressa e digital - 50 milhões deles também acessam o site da revista, que tem 40 milhões de seguidores em suas redes sociais. Espera-se que a venda seja concluída em 30 dias.

Conhecido por revistas femininas, a Meredith comprou a Time Inc., grupo que também continha veículos como Fortune e Sports Illustrated, por US$ 2,8 bilhões, em novembro de 2017. O negócio foi apoiado pelos bilionários irmãos Koch, conhecidos por seu posicionamento político conservador. Agora, começa a se desfazer de parte das publicações que adquiriu na transação - atualmente, busca compradores para as outras revistas.

Exemplo

Com fortuna avaliada em US$ 4,9 bilhões, Marc Benioff agora segue os passos de outro bilionário do ramo da tecnologia que se envolveu com a mídia: Jeff Bezos, fundador e presidente executivo da Amazon. Em 2013, ele comprou o jornal The Washington Post por US$ 250 milhões.

O investimento modernizou o veículo, colocando jornalistas e programadores de código trabalhando lado a lado. Além da área de mídia, a empresa se tornou também fornecedora de software para concorrentes, numa virada que lhe rendeu o título de uma das mais inovadoras do mundo, segundo a revista Fast Company.

PROPOSTA DE FIM DA ESCALA DE TRABALHO 6X1

  Brasil e Mundo ...