sexta-feira, 24 de agosto de 2018

MARACAIBO NA VENEZUELA JÁ FOI CONSIDERADA A ARÁBIA SAUDITA


Venezuelanos fazem fila por carne estragada em Maracaibo

Estadão Conteúdo









A ponte sobre o Lago Maracaibo é uma lembrança de quando a situação do país era melhor

Em Maracaibo, cidade que já foi considerada a Arábia Saudita da Venezuela por sua ampla reserva de petróleo e pela riqueza proporcionada pela commodity, os moradores fazem fila para comprar carne estragada já que não é mais possível refrigerar alimentos em razão da falta de energia constante - realidade da região há mais de 9 meses e que tem piorado recentemente.

Algumas pessoas ficam doentes depois de comer carne podre, mas como elas são vendidas a preços baixos, em muitos casos essa tem sido a única maneira que muitos venezuelanos encontraram para ingerir proteína em um país cada vez mais afetado por uma severa crise econômica.

"(A carne) tem um cheiro forte, mas é só enxaguar com um pouco de vinagre e limão", explica Yeudis Luna, pai de três garotos, enquanto compra cortes de carne já escurecida em um açougue nesta que é a segunda maior cidade da Venezuela.

Os venezuelanos enfrentam a pior crise econômica na histórica do país, que tem as maiores reservas conhecidas de petróleo do mundo. Serviço básicos como água encanada e energia elétrica se tornaram luxo para grande parte da população.

O presidente socialista Nicolás Maduro culpa uma "guerra econômica" travada pelos Estados Unidos e outras potências capitalistas pela situação do país. O governador do Zulia, Estado onde fica Maracaibo, Omar Prieto, disse recentemente que a administração trabalha para acabar com os blecautes constantes, mas que ainda não é possível dizer quando a situação será normalizada.

A extensa área portuária de Maracaibo, às margens de um vasto lago, era um dos principais centros de produção de petróleo da Venezuela, de onde saia cerca de metade do petróleo bruto do país, que era embarcado para todo o mundo.

A ponte sobre o Lago Maracaibo é uma lembrança de quando a situação do país era melhor. A estrutura de oito quilômetros de comprimento, construída há cinco décadas, brilhava à noite com milhares de luzes, ligando a cidade ao resto da Venezuela. Maracaibo era limpa e movimentada e tinha muitos restaurantes internacionais.

Hoje, as luzes da ponte não são mais acesas e plataformas de petróleo quebradas se espalham pelo lago, cujas margens estão poluídas. Os centros comerciais outrora luxuosos caíram em ruínas e as empresas internacionais deixaram a cidade.

Nos últimos nove meses, os moradores de Maracaibo tem sofrido com os apagões constantes. E as coisas ficaram ainda pior depois que no dia 10 um incêndio destruiu a principal linha de energia que abastecia essa cidade de 1,5 milhão de pessoas.

As geladeiras se tornaram peças de decoração na maioria casas e as carnes passaram a estragar rapidamente. Pelo menos quatro açougues vendem carne apodrecida em Las Pulgas, o mercado central de Maracaibo.

O açougueiro Johel Prieto conta que a falta de refrigeração fez com que um lado inteiro de uma grande peça de carne apodrecesse. Ele admite que triturou grande parte e misturou com uma peça de carne fresca, na tentativa de mascarar a deterioração.

Uma bandeja de carne moída e de outros cortes acinzentados expostos em seu balcão a céu aberto é alvo das moscas - e de um fluxo constante de clientes. Alguns usam essa carne para alimentar seus cães, mas muitos cozinham para suas famílias, explica Prieto.

"É claro que eles comem a carne - graças a Maduro" diz o açougueiro. "A comida dos pobres é comida estragada."

Do outro lado da rua, em outro comércio, um açougueiro - sem camisa e fumando um cigarro - oferece bandejas de cortes escurecidos."As pessoas estão comprando", afirma José Aguirre, enquanto descarrega um lote de frango estragado.

Luna, um vigia de estacionamento de 55 anos de idade, levou um quilo de cortes bovinos para casa sabendo que estavam em condições inadequadas para consumo.

No ano passado, sua mulher foi para a Colômbia e o deixou com ele os três filhos, de 6, 9 e 10 anos. Segundo Luna, ela não aguentava mais passar fome e, desde então, ele não tem notícias da companheira.

Para preparar a carne, o vigia diz que primeiro a lava com água e depois a deixa de molho durante a noite em vinagre. Ele espreme dois limões e a cozinha com tomate e cebola.

Atualmente, Luna e seus filhos só conseguem comer carne apodrecida. "Estava preocupado que ficariam doentes por causa do mau cheiro", diz o vigia. "Mas só o mais novo teve diarreia e vomitou."

O BRASIL PROTEGE OS CORRUPTOS - SE SAIR DO BRASIL O FBI PEGA


Ex-chefões da CBF que escaparam do FBI seguem tranquilos no Brasil

Agence France Presse








Del Nero chegou ao Brasil a tempo e, nos últimos três anos, assistiu em liberdade à prisão de velhos parceiros

Quando Marco Polo Del Nero soube que seu sucessor no comando do futebol brasileiro havia sido preso, abandonou às pressas o hotel em Zurique e tomou o primeiro avião rumo ao Rio.
Ele não podia esperar. A cúpula da Fifa desmoronava e a Suíça já não era mais território seguro.
Del Nero chegou ao Brasil a tempo e, nos últimos três anos, assistiu em liberdade à prisão de velhos parceiros, incluindo do próprio José Maria Marin, condenado na quarta-feira a quatro anos de prisão nos Estados Unidos pelo recebimento de 6,6 milhões de dólares em propinas.
Embora o juri acusou Del Nero de ter recebido metade desse valor, o ex-presidente da CBF se vê amparado pela legislação brasileira, que só permite a extradição de um de seus cidadãos em caso de envolvimento com o narcotráfico. É o mesmo caso de Ricardo Teixeira, que durante 23 anos comandou a CBF.
Quando foram acusados formalmente pelos Estados Unidos - em dezembro de 2015 - ambos já estavam em suas residências no Rio.
Como eles, suas propriedades sobreviveram à devassidão daqueles anos dourados em que, segundo as investigações, multiplicaram seus patrimônios com as propinas recebidas pela venda de direitos televisivos da Copa América e da Libertadores.
Tempos em que os agora septuagenários passeavam em iates ao lado de exuberantes modelos, capas das revistas 'Sexy' ou 'Playboy'.
A ação policial de Zurique acabou com os luxos à luz do dia e com a possibilidade de viajar sem serem presos, mas não com as comodidades de quem comandou durante quase três décadas o futebol mais famoso do mundo.
"Eles agora evitam aparecer, mas não perderam de forma nenhuma o padrão de vida que tinham. Continuam usufruindo", garantiu à AFP o jornalista Juca Kfouri, que há anos denuncia os excessos dos ex-dirigentes da CBF.
'Promiscuidade'
O escândalo de corrupção no futebol encontrou um já aposentado Ricardo Teixeira, três anos depois de sua súbita saída da CBF, assediado pelos escândalos e longe da proteção de falecido ex-sogro, o influente ex-presidente da Fifa João Havelange.
Marin sucedeu Teixeira no comando da CBF. Em seguida foi a vez de Del Nero tomar o poder em 2015. E sequer a prisão do antecessor impediu o poderoso advogado paulista de seguir no cargo até dezembro daquele ano, quando a Fifa o suspendeu primeiro temporariamente e logo à vida.
Pouco importava o assédio dos Estados Unidos, ou que seu estreito colaborador Marin - agora com 86 anos - estivesse preso, ou que uma CPI no Senado em Brasília, presidida por Romário, revelasse todos seus delitos: no Brasil, Del Nero segue livre e clama inocência.
"Ao longo dos anos, a promiscuidade entre a CBF e a política brasileira foi muito elevada. Eles ainda colhem os frutos de uma relação do passado que gerou algum tipo de blindagem", explica o jornalista Jamil Chade, autor do livro 'Política, propina e futebol'.
E a chamada 'bancada da bola', seu lobby no Congresso, não falhou quando os ex-dirigentes mais precisaram.
A CPI foi concluída sem apresentar denúncias e somente um relatório alternativo apoiado por Romário levou a uma investigação judicial que transita sob segredo, após nove meses parada.
Assim como o pedido de prisão de Ricardo Teixeira formulado no ano passado pela Espanha, que o acusa de participar no caso que levou à prisão o ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell.
Separação
Com tudo jogando contra fora do Brasil, Del Nero se tornou para muito o "Marco Polo que não viaja", desde aquele fatídico 27 de maio de 2015.
Também não sobrou rastro da relação com seu "gêmeo" Marin, como os descreveu uma testemunha durante o julgamento. Sua precipitada saída da Suíça, deixando para trás a octogenária esposa do amigo, os separou definitivamente.
"Marin era o dirigente que fazia os brindes, enquanto Marco Polo comandava tudo", explicou o advogado de Marin durante o julgamento.
Não é o único que garante que Del Nero continua mandando no futebol brasileiro, apesar do banimento da Fifa.
"A casa dele continua a ser frequentada pelo mundo do futebol, pelos dirigentes da própria CBF e das federações estaduais, tanto que ele teve influência decisiva para fazer deste Rogério Caboclo o próximo presidente da CBF", lembrou Kfouri.
Ricardo Teixeira também não parece muito preocupado, citado no julgamento como um dos pilares do sistema de corrupção desvendado, ao lado do paraguaio Nicolás Leoz e do falecido Julio Grondona, chefão do futebol argentino durante anos.
Investigado também na Espanha, na Suíça e em Andorra, Teixeira sabe que não deixará o Brasil tão cedo.
"Tem lugar mais seguro que o Brasil? Qual é o lugar? Vou fugir de quê, se aqui não sou acusado de nada? Você sabe que tudo que me acusam no exterior não é crime no Brasil. Não estou dizendo se fiz ou não", declarou o próprio Teixeira à Folha de São Paulo no ano passado.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 24/08/2018


Concessão de rodovias

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 










Deputados da Comissão de Viação e Transportes cobram do Governo e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) agilidade na revisão dos contratos de concessões de rodovias no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), operam atualmente 19 concessionárias federais e 36 estaduais. O presidente da Comissão, Domingos Sávio (PSDB-MG), defende uma repactuação “equilibrada” para evitar a “caducidade” dos atuais contratos de concessões. O tucano aponta que o impasse jurídico em torno das concessões vem provocando acidentes fatais nas estradas.

Pedágio
Segundo Domingos Sávio, “não dá mais para aceitar que o cidadão pague um pedágio alto e conviva com rodovias que não são duplicadas, com perda de vidas diariamente”.

Orçamento
O deputado João Carlos Bacelar (PR-BA) também defende a revisão dos contratos: “Se houver a caducidade dos contratos, quem vai administrar as rodovias? É o DNIT, que teve redução de 1/4 no seu orçamento?”

Auditoria
A ANTT elabora proposta de rito para a revisão dos contratos de cinco em cinco anos. O TCU também finaliza auditoria sobre o programa de concessões.

Ensino médio
Um dado do registro geral de candidaturas no TSE chama a atenção: cerca de 30% dos postulantes têm apenas o ensino médio completo como grau de instrução.

Fundamental
São mais de 2.400 os candidatos com ensino fundamental completo e incompleto. Este ano, o TSE recebeu 28.133 pedidos de registro de candidaturas.

Alfabetização
Em Goiás, o jornalista Jorge Kajuru (PRP), candidato ao Senado, não apresentou comprovante de escolaridade no registro de candidatura e teve que comprovar no Tribunal Regional Eleitoral em Goiás (TRE-GO) sua alfabetização.

Rádios
Presidente da Associação Brasileira de Emissões de Rádio e Televisão (Abert), Paulo Tonet Camargo, classifica como “brutalidade” a aprovação, pelo Senado, do projeto de lei que aumenta a potência das rádios comunitárias e possibilita a veiculação de propaganda comercial.

Concorrência
A Abert realizou em Brasília o 28º Congresso Brasileiro de Radiodifusão. Tonet observou, no evento, que as emissoras de rádio comerciais pagam uma série de tributos: “Não é justo sofrerem uma concorrência de emissoras que não têm ônus para obterem autorização”.</CW>

Ficha Limpa
O deputado João Gualberto (PSDB-BA) quer proibir o Judiciário de liberar candidato inelegível pela Lei da Ficha Limpa.

Urnas
Em projeto (PLP 518/18) que tramita na Câmara, Gualberto cita que, em alguns casos, pessoas beneficiadas por medidas cautelares acabam tendo seus nomes inseridos nas urnas eletrônicas sem que os registros tenham sido julgados em definitivo.

Promessa
Preso há 4 meses, o ex-presidente Lula – se puder concorrer e for eleito – irá reformar o sistema carcerário brasileiro.

Crime organizado
Foi o que afirmou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), representante da campanha Lula-Haddad-Manuela, em seminário de segurança em Brasília: “O sistema carcerário estadual hoje é controlado pelo crime organizado, é o locus da organização do crime no Brasil”.

Serviço público
O Fórum das Carreiras de Estado (Fonacate) realiza na próxima semana em Brasília o seminário “O serviço público que queremos”.

Administração
Presidente da entidade, Rudnei Marques, diz que lideranças do funcionalismo devem aprofundar conhecimentos em áreas como finanças e administração pública: “Por isso, vamos reunir dirigentes com especialistas em diversas áreas do setor público”.

DEPUTADO DA OPOSIÇÃO FALOU ALGUMA COISA É INDICIADO PELA PF

Brasil e Mundo ...