terça-feira, 31 de julho de 2018

COLUNA ESPLANADA DO DIA 31/07/2018


Auditores preparam retomada da greve

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 










Os auditores fiscais da Receita Federal ameaçam retomar a greve nas alfândegas e nas delegacias a partir de quarta-feira, 1º de agosto, caso o Governo não publique o texto que regulamenta o chamado “bônus de eficiência” da categoria. Iniciada em novembro de 2017, a paralisação foi suspensa no início do mês a pedido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que se comprometeu a pressionar o Palácio do Planalto para atender à reivindicação dos servidores do Fisco. De acordo com a Advocacia Geral da União (AGU), o impacto financeiro da greve dos auditores gira em torno de R$ 10,1 milhões por dia, incluindo perdas de arrecadação.
Sem entrave
O presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Sindifisco), Claudio Damasceno, afirma que não há qualquer entrave para a publicação do decreto: “Esperamos que hoje ou amanhã, o presidente Michel Temer possa assinar o decreto e resolver essa questão”.
Virar a página
Damasceno acrescenta que, para a categoria, o momento é de “virar a página, desde que o Governo cumpra com o acordo assinado há dois anos”.
Nunca antes 
É um país sui generis. Foi a primeira vez na História do Brasil que um político condenado e preso por corrupção ganha um show de homenagem. Gil, Chico e cia que o digam.
Greve anunciada
Começa hoje a tal greve de fome de militantes de movimentos sociais pela libertação do ex-presidente Lula. O “sacrifício” só terá início após ser anunciado em coletiva à imprensa, em Brasília, pela Via Campesina.
Frequência política 
O Supremo Tribunal Federal não tem a menor pressa em vetar o controle de emissoras de rádio e TV por políticos. Atualmente, mais de 50 deputados e senadores têm participação declarada em emissoras Brasil afora.
Isonomia
Já se vão oito meses desde que o Psol protocolou no STF a Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 379, com o argumento de que o comando de veículos de comunicações por políticos “viola preceitos fundamentais como a realização de eleições livres, o pluralismo político e o princípio da isonomia”.
Rifado 
A aliança de partidos do chamado Centrão com o tucano Geraldo Alckmin começa a ter efeito nos estados e no DF. O apoio do PSD, por exemplo, derrubou a candidatura do deputado federal Izalci Lucas (PSDB) ao Governo do DF.
Coalizão
Pesou o poder de convencimento do deputado Rogério Rosso (PSD-DF) junto ao presidente da legenda, Gilberto Kassab. Rosso será o candidato da coalisão de oposição ao governador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), que tentará a reeleição.
Fiscalização 
O Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) vão intensificar a fiscalização das condições de trabalho nas plataformas de petróleo e gás do país.
Ouro negro
Os órgãos assinam nos próximos dias termo de cooperação para reforçar a atuação conjunta. “Essa cooperação irá otimizar as ações fiscais por meio do compartilhamento de recursos e intercâmbio de informações”, afirma a procuradora Júnia Bonfante, gerente do projeto Ouro Negro no âmbito do MPT.
Lista negra
Deputado Cabo Sabino (PR-CE) quer obrigar as empresas aéreas a manterem “lista negra” com os nomes de pessoas que cometeram ou tentaram cometer atos de terrorismo contra a aviação civil.
Sanções 
No Projeto de Lei 9.331/17, Sabino indica que devem constar na lista pessoas que efetuarem “qualquer tipo de comunicação falsa sugerindo que a segurança de uma aeronave possa estar em perigo pela presença de artefatos explosivos”.
Barretão
Aos 90 anos, o produtor Luis Carlos Barreto será homenageado no 25° Festival de Cinema de Vitória, no dia 6 de setembro.
Marielle 
Entre os mais de 70 filmes que produziu, dirigiu e roteirizou, destacam-se Dona Flor e Seus Dois Maridos, O Que É Isso, Companheiro, O Quatrilho e Lula, o Filho do Brasil. Atualmente, Barretão produz filme sobre a vereadora Marielle Franco.
Cinquentenário
Como parte das comemorações dos 50 anos do Hospital Geral do Ingá (RJ), foram inaugurados na instituição, em Niterói, consultórios para atender pacientes de Cirurgia Geral, Ortopedia e Urologia.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

PARTIDOS PREPARAM CHAPAS PARA AS PRÓXIMAS ELEIÇÕES


Puxadores de voto em alta: partidos buscam aumentar bancadas de deputados com chapas proporcionais

Lucas Simões









Convenção - Anastasia apresentou proposta de chapas no sábado, quando a pré-candidatura ao governo

A seis dias para o fim das convenções, os partidos em Minas Gerais não se preocupam apenas em definir candidatos ao governo, vices e alianças majoritárias. Por trás dos acordos principais mirando o Palácio da Liberdade, líderes de PSDB, PT, DEM e PSB tentam garantir a formação de chapas proporcionais, de olho em aumentar as bancadas de deputados na Assembleia e na Câmara Federal. Partidos que não possuem pré-candidatos ao governo também valorizam o passe, tendo como estratégia eleger o maior número de representantes na Câmara e na Assembleia. 

Apesar de apenas um partido ter definido as proporcionais até agora — o DEM, com apoio do PP— as outras legendas começaram a aglutinar apoios com aliados que devem “puxar votos” e, consequentemente, aumentar o poder representativo dos partidos.

Com o maior número de legendas apoiadoras até agora, tendo oito siglas na base, a pré-candidatura de Antonio Anastasia (PSDB) se adianta para formar as chapas proporcionais, após realizar a convenção partidária no último sábado. A expectativa, segundo o deputado estadual tucano João Vítor Xavier, é expandir a bancada na Assembleia dos atuais oito deputados estaduais para dez, e manter a bancada federal nos atuais sete parlamentares.

“Das legendas que temos, a expectativa é compor nas proporcionais com pelo menos cinco. Mas podemos somar outros partidos ainda”, disse Xavier. Além de PSD, PTB, PP, SD, PMN, PHS e PSC, os tucanos também esperam apoio do DEM estadual, alinhado com o centrão nacional que irá apoiar o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB). Para tanto, precisam da desistência do democrata Rodrigo Pacheco na corrida ao Palácio da Liberdade.

“Temos todo o respeito pela pré-candidatura do Rodrigo. Mas ele sabe que tem as portas abertas para convergir conosco. Se trouxer o DEM estadual junto numa proporcional, podemos chegar a 12 deputados na Assembleia, talvez”, diz Xavier.

Pacheco resiste em aceitar uma vaga ao Senado na chapa tucana e desistir do governo de Minas. O problema é que, apesar de ter se alinhado a sete partidos — PP, Avante, PEN, Patriota, PTC e PMB — apenas o PP irá compor a chapa proporcional com o DEM. “Não acho que dois partidos seja um desempenho fraco em proporcionais. O importante é o projeto de renovação que temos para Minas”, diz Pacheco, sem citar a expectativa do número de deputados que podem ser eleitos, caso o democrata leve a pré-candidatura ao governo adiante.

No PSB de Marcio Lacerda, apenas PDT e PROS definiram o apoio ao ex-prefeito de Belo Horizonte, e devem compor as proporcionais com os pessebistas.

MDB

Os emedebistas apostam mesmo em chapas proporcionais “mais fortes”, elegendo 25 deputados estaduais e 13 federais, o que praticamente dobraria a representatividade do partido, que hoje conta com 13 estaduais e seis federais.

Para alcançar a façanha, o MDB não descarta fazer as pazes com o PT de Fernando Pimentel, ainda que apenas nas proporcionais. “Independentemente de quem estará na composição proporcional, mantemos o objetivo de dobrar a bancada. Muita gente disse que só com o PT, o MDB poderia dobrar sua base. Claro que é possível esse acordo, mas o PT não é o único partido grande aqui”, diz o deputado Iran Barbosa. Os emedebistas conversam ainda com Lacerda.

O atual governador Fernando Pimentel (PT) patina sobre a indefinição de apoios. Apesar de ter alianças majoritárias com PCdoB, PR e PSDC, as proporcionais para os petistas são uma incógnita. O líder do governo na Assembleia, deputado Durval Ângelo (PT), insiste no discurso de que o partido irá aglutinar o “maior bloco em Minas”.

Mesmo sem indicativos da promessa, Durval nega que o PT possa reduzir a atual bancada em Minas e na Câmara, tendo, respectivamente, nove deputados estaduais e outros nove federais.

“Apoio não vai faltar ao PT. Na pré-campanha existe muita euforia. Acredito que teremos uma surpresa quando a campanha começar. Pimentel terá o maior apoio”, disse Durval, sem citar as conversações de possíveis alianças e chapas proporcionais do PT.



BALANÇO TRÁGICO DAS VÍTIMAS DO INCÊNDIO NA GRÉCIA


Sobe para 91 número de mortos por incêndios na Grécia

Agence France-Presse









Bombeiros combatem chamas em um restaurante em Mali


O balanço dos incêndios que castigaram a Grécia este mês subiu para 91 mortos, enquanto 25 pessoas continuavam desaparecidas - indicou a porta-voz dos Bombeiros, Stavroula Malliri, neste domingo (29).
Esta é a primeira vez que o número de desaparecidos é sistematizado, embora alguns possam estar entre as 28 vítimas, cujos corpos estão sendo examinados por peritos, disse à AFP o porta-voz da Agência de Defesa Civil, Spyros Georgiou.
Várias crianças encarnaram o rosto dessa tragédia, incluindo gêmeas de nove anos, um bebê de seis meses, dois irmãos de 11 e 13 anos e um garoto de 13 anos.
Até agora, quatro estrangeiros foram identificados, entre eles um jovem irlandês que estava em lua de mel, uma polonesa com o filho e um belga, cuja filha foi resgatada.
As brigadas de incêndios continuavam investigando, neste domingo, as causas dessa tragédia, depois que o governo sinalizou uma pista criminosa. Segundo o jornal Kathimerini, um informe inicial apontou que uma das origens poderia ser a negligência na queima de folhas secas e galhos.

RELAÇÃO ENTRE O PRESIDENTE TRUMP E A IMPRENSA AMERICANA NÃO É BOA


Ataques de Trump à imprensa são 'perigosos', diz editor do NY

Agence France-Presse









Jornalista conversou com o presidente americano sobre os ataques verbais aos veículos de comunicação dos EUA

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O editor do jornal "The New York Times" advertiu o presidente Donald Trump, em uma reunião na Casa Branca, que seus crescentes ataques aos veículos de comunicação são "incendiários", "perigosos" e "nocivos" aos Estados Unidos.
A reunião entre Trump e A.G. Sulzberger, que assumiu esse prestigioso jornal em 1° de janeiro, aconteceu em 20 de julho, após um pedido da Casa Branca.
A sessão, da qual também participou o editor da página editorial do NYT, James Bennet, foi mantida em segredo até Trump torná-la pública em um tuíte neste domingo de manhã.
"Tive uma reunião muito boa e interessante na Casa Branca com A.G. Sulzberger, editor do New York Times", tuitou Trump.
"Passamos muito tempo falando sobre a grande quantidade de notícias falsas publicadas pela imprensa & como as 'Fake News' se tornaram 'Inimigas do Povo'. Triste!", acrescentou.
Em um comunicado divulgado pelo NYT, Sulzberger disse que o tuíte do presidente torna pública a reunião e descreveu o que pareceu ser um encontro incomumente duro e contundente com o presidente.
"Disse diretamente ao presidente que acredito que sua linguagem não apenas é divisiva, mas que é cada vez mais perigosa", relatou Sulzberger no comunicado.
A conversa acontece em um momento de alta tensão entre Trump e os veículos americanos, com o presidente denunciando regularmente notícias críticas como "notícias falsas" ("fake news").
"Disse-lhe que, embora a frase 'fake news' não seja correta e seja prejudicial, me preocupa muito mais que se rotule os jornalistas como 'o inimigo do povo'. Adverti que essa linguagem incendiária está contribuindo para um aumento das ameaças contra os jornalistas e levará à violência", acrescentou o editor do NYT.
Sulzberger afirmou ainda que, com alguns líderes estrangeiros usando a linguagem de Trump para justificar repressões a jornalistas, isso estava "pondo vidas em risco".
"Eu lhe implorei que reconsiderasse seus amplos ataques ao jornalismo, que considero perigosos e nocivos para o nosso país", disse o editor.
Trump já reagiu. Em uma série de tuítes neste domingo à tarde, lançou novos ataques à imprensa. Segundo ele, os jornais é que "põem vidas em risco, não apenas a dos jornalistas... ao revelar as deliberações internas do governo".
"O falido New York Times e o Washington Post da Amazon não fazem mais do que escrever matérias ruins, mesmo em histórias de sucesso muito positivas, nunca mudarão!", tuitou Trump.
'Última oportunidade'

Sulzberger, de 37 anos, é o último de uma longa lista de Sulzbergers a liderar o jornal americano. Quando ele assumiu o Times após vários anos como repórter, ou editor, Trump tuitou que a ascensão do jovem deu ao jornal uma "última oportunidade" de demonstrar imparcialidade e de informar as notícias "sem temor ou FAVOR".
Desde então, porém, tanto o jornal quanto outras fontes de notícias têm ecoado os problemas pessoais e políticos de Trump, e publicado seus frequentes erros.
O presidente respondeu com tuítes contra o NYT, chamando o veículo de "muito desonesto", "falido e corrupto" e assegurando que usa "fontes falsas e inexistentes".
Não está claro se o encontro entre Trump e Sulzberger levará a uma melhor relação entre a Casa Branca e a imprensa. A esse respeito, um ex-editor do NYT recomendou nas redes sociais: "Não tenham grandes expectativas".
Seja como for, as relações de Trump com a imprensa tiveram uma piora recentemente.
Na última quarta-feira, a Casa Branca proibiu Kaitlan Collins, da rede CNN, de participar de uma coletiva de imprensa, alegando que a jornalista fez perguntas consideradas "inapropriadas" em um evento.
Olivier Knox, titular da Associação de Correspondentes Casa Branca, condenou a decisão como uma resposta "mal orientada e frágil" para lidar com uma jornalista que estava apenas fazendo seu trabalho