quarta-feira, 11 de julho de 2018

SOCORRISTAS E MERGULHADORES DO MUNDO INTEIRO AJUDARAM A SOCORRER OS MENINOS DA TAILÂNDIA


Tailândia: salvos por mais de mil socorristas, meninos se recuperam bem

Estadao Conteudo





A mobilização de mais de 1,3 mil voluntários e militares, tailandeses e estrangeiros, para salvar 12 meninos e o treinador do Javalis Selvagens, hoje o time de futebol mais famoso da Tailândia, terminou nesta terça-feira, 10. Encontrados somente no nono dia de buscas, todos saíram sem lesões graves da caverna Tham Luang, onde entraram em 23 de junho para um passeio, destaca o jornal O Estado de S. Paulo. Ficarão hospitalizados uma semana por haver risco de infecções, estresse pós-traumático e uma série de outras doenças.

Os quatro meninos que restavam e o treinador foram resgatados nesta terça, no 17º dia na caverna parcialmente inundada no norte da Tailândia, na fronteira com Mianmar e Laos.

Os médicos conduziam uma bateria de testes nos garotos. Exames de raio X apontaram sinais de pneumonia em dois deles. Todos têm sido tratados com antibióticos e receberam vacinas, incluindo doses contra tétano e raiva, disse o secretário de saúde pública, Jesada Chokedamrongsuk.

A atenção de um dos mais graduados médicos do governo indica a natureza excepcional da missão para salvar os garotos e seu treinador. Os meninos estão em diferentes estágios de recuperação. O primeiro grupo, retirado no domingo, 8, já se adaptou à luz normal. Os últimos, retirados na terça, ainda usam óculos escuros, disse Jesada. Todos estão no mesmo ambiente no hospital Chiangrai Prachanukroh, o principal da província.

Também estarão com eles em quarentena quatro mergulhadores tailandeses que tiveram contato com o grupo por mais de uma semana. Os mergulhadores correm menos risco que os meninos porque não estavam malnutridos e ficaram menos tempo nas galerias subterrâneas.

Os parentes dos quatro primeiros meninos resgatados foram autorizados a vê-los através de uma janela. Os médicos só devem autorizar visitas nos próximos dias. "Quando houver confirmação de que não há infecções, permitiremos que os pais os visitem", disse Jesada. "Sem abraços ou toques até que exames de sangue mostrem que eles estão bem", complementou.

Pequenos arranhões ou infecções bacterianas adquiridas pela ingestão de água contaminada podem se tornar um problema para os meninos, porque seus sistemas imunológicos foram comprometidos em tantos dias de ambiente inóspito e alimentação inadequada.

Embora a probabilidade de infecção grave seja pequena, especialistas disseram que estão tomando precauções caso os meninos tenham adquirido uma doença rara. Um perigo é uma infecção contraída a partir das fezes de morcegos ou roedores que eles possam ter encontrado no subsolo. Os sintomas variam de dores de cabeça e febre a, em casos graves, insuficiência respiratória aguda ou mesmo morte.

"Não temos experiência nesse tipo de caverna profunda, mas eles disseram que não viram nenhum morcego ou animal", disse Jesada. "Morcegos podem levar a várias doenças", afirmou. A gruta em que eles se refugiaram estava a cerca de um quilômetro da superfície.

O hospital enviou amostras de sangue dos meninos para um laboratório de Bangcoc especializado em doenças infecciosas. Martyn Farr, um explorador de cavernas que mora no País de Gales, disse duvidar que os morcegos estivessem lá nesta época do ano porque eles são "criaturas inteligentes" capazes de voar longas distâncias e que "não querem ser cercados por enchentes".

Chocolate

Os médicos também estão atentos à dieta dos meninos. Eles ficaram nove dias sem comer e quando foram encontrados receberam alimentos ricos em proteínas. Ainda assim, segundo autoridades, ainda se queixam de fome.

Eles têm sido alimentados com mingau de arroz, apesar dos inúmeros pedidos de vários deles por krapao, uma comida típica tailandesa que consiste de carne de porco frita com manjericão. Nesta terça, no hospital, um médico aprovou o pedido dos meninos para comer pão com cobertura de chocolate.

http://externo.hojeemdia.com.br/internos/agenciaestado/ae.jpg

CRONOLOGIA DO RESGASTE DO MENINOS DA TAILÂNDIA


Confira como foi o resgate dos meninos presos em caverna na Tailândia

Estadão Conteúdo







O resgate dos 12 meninos de um time de futebol e seu treinador chegou ao fim nesta terça-feira, 10. Confira como foi cada dia desde que o grupo desapareceu no complexo de cavernas Tham Luang, no norte da Tailândia.

23 de junho

Depois de um treino matinal, 12 membros da equipe Javalis Selvagens e seu treinador vão de bicicleta até a caverna Tham Luang. Uma chuva forte começa depois que o grupo já está dentro do local. Quando nenhum dos meninos volta para casa depois de escurecer e não podem ser contatados, seus pais relatam que estão desaparecidos. Uma operação de busca começa por volta da meia-noite e encontra as bicicletas estacionadas e trancadas na entrada da caverna.

24 de junho

Equipes de resgate locais encontram chuteiras e mochilas deixadas pelos meninos perto da entrada da caverna.

25 de junho

À medida que a busca se expande, impressões digitais e pegadas atribuídas ao grupo são encontradas dentro da caverna. Os pais, em vigília do lado de fora, começam a realizar orações.

26 de junho

Cerca de uma dúzia de marinheiros tailandeses e outros socorristas entram na caverna. O ministro do Interior da Tailândia, Anupong Paojinda, diz que a água lamacenta encheu algumas câmaras subterrâneas até o teto, dificultando o trabalho dos resgatistas.

27 de junho

Chuvas atrapalham esforços de busca, inundando passagens da caverna mais rápido do que a água é bombeada para fora. Uma equipe militar americana e especialistas britânicos participam da operação.

28 de junho

A água começa a ser drenada a partir de perfurações na montanha. A busca por outras entradas para a caverna é intensificada, já que o mergulho é temporariamente suspenso por questões de segurança.

29 de junho

O primeiro-ministro tailandês, Prayuth Chan-ocha, visita o local e pede aos parentes que não percam a esperança. Trabalhos para drenar a caverna fazem pouco progresso.

30 de junho

Chuva para e diminui a inundação, permitindo a retomada do esforço de resgate. Mais especialistas de diversos países tomam parte na missão. Antecipando a localização dos meninos, uma operação de socorro é planejada para determinar como os garotos serão enviados ao hospital depois de saírem da caverna.

1º de julho

Os mergulhadores avançam pela passagem principal e estabelecem uma área de preparação no interior. Mergulhadores de elite da Tailândia chegam a uma curva, depois de um quilômetro, onde a passagem se divide em duas direções.

2 de julho

Dois mergulhadores britânicos localizam os meninos desaparecidos e seu treinador.

3 de julho

Os vídeos são divulgados e mostram os meninos se apresentando, juntando as mãos em uma saudação tradicional tailandesa.

4 de julho

Mergulhadores tailandeses e um médico se juntam aos garotos com comida e remédios. São discutidas opções de retirada, se as crianças devem sair com os mergulhadores ou mantidos até que as condições melhorem.

5 de julho

Os meninos começam a ter aulas de mergulho. Aumentam os esforços de drenagem para diminuir os níveis de água na caverna.

6 de julho

Autoridades indicam que preferem tirar as crianças o mais rápido possível, temendo aumento das inundações. A preocupação aumenta conforme caem os níveis de oxigênio. Um mergulhador tailandês morre durante uma missão.

7 de julho

Autoridades sugerem que a retirada será feita nos próximos dias por conta das previsões de tempestade. No entanto, afirmam que as habilidades de mergulho das crianças ainda não são suficientes.

8 de julho

O líder da operação declara que o "Dia D" chegou e anuncia o início dos trabalhos para resgatar os meninos e seu treinador. Mergulhadores retiram com sucesso as primeiras quatro crianças.

9 de julho

Mais quatro garotos são resgatados, elevando para 8 o número de sobreviventes. Quatro meninos e o treinador permanecem na caverna.

10 de julho

No terceiro dia de resgate, mergulhadores retiram as quatro crianças e o treinador, dando fim à angústia de duas semanas.

STJ MANTEM LULA PRESO


Presidente do STJ nega pedido de liberdade ao ex-presidente Lula

Agência Brasil









Na decisão, a ministra Laurita Vaz entendeu que a decisão do juiz plantonista Rogério Favreto desrespeitou a decisões anteriores que mantiveram a prisão do ex-presidente

A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita Vaz, decidiu há pouco negar um habeas corpus protocolado a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O pedido de liberdade não foi feito pela defesa de Lula e é um dos 146 que chegaram ao tribunal após as recentes decisões conflitantes que determinaram a soltura e a manutenção da prisão de Lula. 
Na decisão, a ministra entendeu que a decisão do juiz plantonista Rogério Favreto, que estava no plantão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, no último fim de semana, desrespeitou a decisões anteriores que mantiveram a prisão do ex-presidente.
"Causa perplexidade e intolerável insegurança jurídica decisão tomada de inopino, por autoridade manifestamente incompetente, em situação precária de Plantão judiciário, forçando a reabertura de discussão encerrada em instâncias superiores, por meio de insustentável premissa", decidiu ministra. 

COLUNA ESPLANADA DO DIA 11/07/2018


Judiciário em xeque

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 









Enquanto boa parte da sociedade discute as suspeitas das indicações políticas para as Cortes superiores do Brasil e as decisões polêmicas dos ministros, juristas em Brasília já debatem um modelo totalmente isento: sem apadrinhamento político de nomeação para os tribunais. Há casos bem perto. Na Bolívia, os ministros das Cortes são escolhidos por conselho de 7 notáveis de setores da sociedade. No Equador, há sistema misto: os ministros são escolhidos por votos dos Poderes Executivo, Legislativo, mas também com aval ou não de uma câmara de representantes da sociedade civil.

Mandatos
Há outra questão polêmica: no Brasil – assim como EUA e Canadá – os ministros são vitalícios. Na maioria dos outros países há mandatos, com ou sem recondução.

Exemplos
Na Bolívia são 10 anos de mandato com possível recondução após intervalo de 10. Alemanha dá mandato de 12, sem recondução; Argentina concede cinco anos com recondução imediata.

Até na Venezuela
Na França, um dos berços do conceito de democracia moderna, são nove anos de mandato, mas sem recondução; também não há “reeleição” na Venezuela, que dá 12 anos.

My friend
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou ontem a Lei – a mesma regra que o Brasil segue – para nomear mais um membro para a Suprema Corte americana.

Destravando
Jair Bolsonaro, bem nas pesquisas, mas sem coalizão, conseguiu uma bancada de 110 deputados suprapartidários. Além da identidade programática e ideológica, pesa a promessa de, se eleito, destravar o país. Caso por exemplo da ideia de unir numa mesma pasta os ministérios do Meio Ambiente com Agricultura, hoje de ‘times’ opostos.

Discurso conquista
Bolsonaro tem criticado as políticas indigenistas de demarcações de terras, as cotas raciais para concursos e universidades e o MST, que considera facção criminosa (há casos que, sim, os sem-terra cometem crimes). Música para os ouvidos dos ruralistas.

Mistério 
O governador Paulo Hartung (MDB), do Espírito Santo, surpreendeu equipe ontem à noite ao avisar que não tentará a reeleição. Das duas, uma: ou está mal nas pesquisas encomendadas ou será vice na chapa de alguém com chances ao Planalto.

A Conta
Já são seis as representações contra o desembargador Rogério Favreto, do TRF 4, acolhidas pelo Conselho Nacional de Justiça para investigá-lo. E mais duas entram hoje.

Fake maldosa
Há uma maldade circulando nas redes. Não é Favreto o homem que beija Lula numa foto em que aparece também Dias Toffoli. É o irmão do ministro, down, fã do petista.

As planilhas
A quem encontra em reuniões privadas e ouve a pergunta se a candidatura é para valer ao Planalto, Henrique Meirelles (MDB), paciente, abre planilhas e mostra pesquisas. Explica dados e diz que tem chances. “Não entrei numa aventura não”.

Memória 1
Há suspeitos, sim, para várias cadeiras na alta Corte. A Coluna já registrou casos de Gilmar Mendes – tucano e ex-AGU de FHC – Dias Toffoli – petista, ex-advogado do PT e ex-AGU de Lula – e Marco Aurélio Mello, primo do ex-presidente Fernando Collor, que o indicou para a Corte.

Memória 2
A indicação do advogado Alexandre de Moraes, ligado ao PSDB de São Paulo – e apadrinhado pelo senador Aécio Neves – também suscitou questionamentos, e citamos.

Memória 3
Vale lembrar que a agora presidente do STF, Cármen Lúcia, a despeito de ter sido nomeada pelo presidente Lula em 2006, foi também apadrinhada pelo então governador Aécio Neves – hoje investigado na Lava Jato no Supremo – que ela livrou da prisão em confuso voto de minerva. Publicamos há meses.




MOURÃO CRITICA PLANO DE GOLPE SEM PÉ E NEM CABEÇA

  Brasil e Mundo ...