quinta-feira, 3 de maio de 2018

COLUNA ESPLANDA DO DIA 03/05/2018


Auxílio-Mansão

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 









Residente em uma mansão no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) é um dos 13 parlamentares do Senado que recebem mensalmente auxílio-moradia. Presidente nacional do PP, Ciro foi alvo de operação da “Lava Jato” na última semana, suspeito de obstrução de Justiça. Nos últimos quatro meses, recebeu R$ 22 mil em auxílio-moradia, conforme o portal da Transparência do Senado. Em 2015, a luxuosa residência recebeu a visita da Polícia Federal durante a Operação Politeia.
Portfólio 
Aliado do governo Temer,  o PP que Ciro preside tem seis senadores, 50 deputados federais eleitos e controla a Caixa e o Ministério da Saúde, entre outros órgãos.
Urna na grade 
O advogado Marcos Tolentino, proprietário da Rede Brasil TV, filiou-se ao Patriota de São Paulo. Seus maiores contatos políticos são Gim Argelo e Celso Russomano.

Fila anda 
Nome já definido pelo PT do Rio, o ex-chanceler Celso Amorim intensifica a pré-campanha a partir de hoje com encontros com lideranças regionais e setoriais do Estado.

Fiador no MDB
O governador de Minas, Fernando Pimentel, conseguiu reverter o cenário e vai segurar o processo de impeachment. Dos 13 deputados do MDB da Assembleia de Minas, só 2 compareceram ontem ao Ouro Minas para votar na convenção. O partido balançou contra o petista, mas o presidente da ALEMG, Adalclever Lopes (MDB), segurou a onda.

Rompimento
A coalizão PT-MDB editada em 2014, porém, foi para o brejo mineiro. O MDB decidiu por ampla maioria ter candidato próprio na eleição de outubro. Não há nome ainda, mas um deles pode ser Toninho Andrade, o atual vice rompido há dois anos com Pimentel.

Mapa da mina
Dois projetos patrocinados pela bancada ruralista (PL 3729/04 e PSL 168/18) propõem a alteração nas regras de licenciamento ambiental e liberam de exigência e aval da Funai nada menos que 42 projetos de infraestrutura e 193 processos minerários. 

Andrade elétrica 
Segundo levantamento do Instituto Socioambiental, ao qual a Coluna teve acesso, entre os beneficiados com a nova legislação ambiental está a Andrade Gutierrez, que teve projeto para a construção da Hidrelétrica Pompeu (MG) barrado após parecer da Funai. 

Mais atingidas 
Outro exemplo mencionado na análise do Instituto é o da Hidrelétrica Pedra Branca. As empresas interessadas (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco, Odebrecht S.A., Desenvix S.A. e Engevix S.A.) também tiveram que cancelar o projeto após o entendimento da Funai de que a obra impactaria a terra indígena Tumbalá, na Bahia.

Cartões$ 
Os senadores Eduardo Lopes (PRB-RJ) e Ataídes Oliveira (PSDB-TO) querem levar o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, e representantes dos bancos do Brasil, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander à CPI dos Cartões de Crédito para dar explicações sobre as elevadas taxas cobradas e a falta de concorrência.

Cartel 
Os senadores apresentaram 11 requerimentos - todos aprovados - para ouvir, além de dirigentes das instituições, representares da Febraban e do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Ataídes, que preside a comissão, fala em cartel: “No Brasil, só o Visa e o Mastercad concentram 90% do mercado”.

Cautela 
Em ano eleitoral e com a frágil base aliada no Congresso Nacional, o governo declinou de medidas que poderiam acirrar o embate e desgaste com os servidores federais. 

Não colou
Uma das medidas, o Programa de Demissão Voluntária, por exemplo, saiu de vez da pauta do Planalto. Em 2017, apenas 76 servidores aderiram ao PDV - instituído por Medida Provisória que perdeu a validade no Congresso após dois meses de tramitação. 

Ponto Final
Num país que se gaba de ter uma das maiores economias do mundo, a tragédia anunciada em São Paulo com o incêndio e desabamento do prédio nos põe de volta à realidade de que o Brasil é ainda país subdesenvolvido: prédio abandonado pelo governo, sem tetos desassistidos, e órgãos públicos incompetentes em resolver o caso.

EXISTE UM LUGAR PARA SER FELIZ - ALÉM DO HORIZONTE


Um lugar feliz para se viver

Simone Demolinari 








Definir e atingir a felicidade não é tarefa fácil, mas um grupo de pesquisadores vem, já há alguns anos, avaliando em números, a satisfação da população de diversos países. É o World Happiness Report, um relatório feito pela Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU, que mede o índice de felicidade de 156 países com base em seis pilares: renda, liberdade, confiança, expectativa de vida, generosidade da população e apoio social.
Nos últimos quatro anos, quatro países se revezaram na primeira colocação do ranking, todos na Europa: Dinamarca, Suíça, Noruega e Finlândia que levou o primeiro lugar nesse ano.
Mas o que faz um país ter a população mais feliz do mundo?
O levantamento de dados traz uma pergunta interessante e simples e a partir dela outras perguntas são feitas: “Imagine uma escada, com degraus numerados de zero na base e dez no topo. O topo dessa escada representa a melhor vida possível que você pode ter e a base da escada representa a pior vida possível que você pode ter. Em qual degrau você acredita que está?”
O sucesso recorrente dos países nórdicos tem a ver não só com os rendimentos da população e boa governança, mas também com questões de bem estar. Nesse quesito, a generosidade e a confiança, são fatores que fazem toda a diferença. Isso porque o relatório leva em conta não só a saúde física da população, mas também a mental como índice de ansiedade e estresse.
Os indicadores atestam, mas para nós brasileiros, povo alegre e festeiro, fica um pouco difícil entender porque pessoas de semblantes fechados, pouco afetuosas, nada simpáticas e que vivem em temperaturas tão baixas podem ser tão felizes assim.
Para analisar melhor essa questão, é importante pontuar a diferença entre felicidade e alegria. A felicidade é um sentimento que ocorre para “dentro”. Tem a ver com satisfação, contentamento, bem estar, plenitude. É algo que acontece no mundo interior e diz respeito a um estado profundo de paz, tranquilidade e serenidade. Portanto, é perfeitamente possível alguém estar com o semblante fechado ao mesmo tempo que degusta uma enorme sensação de felicidade.
Já a alegria é diferente, é um fenômeno que ocorre para “fora”, por isso conseguimos percebe-la com mais facilidade. A alegria tem a ver com euforia, agito, comemoração, risadas, carnaval. É algo que pode ocorrer mesmo quando o indivíduo está infeliz. Já diz o ditado: “por fora bela viola, por dentro, pão bolorento”.
Nós brasileiros, somos os mestres da alegria, porém enquadramos o vigésimo oitavo lugar do ranking da felicidade. Temos muito a evoluir.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

REUNIÃO MUNDIAL NA ALEMANHA PARA DEBATER O CLIMA


Brasil e mais de 180 países se reúnem na Alemanha para debater clima

Agência Brasil







Na tentativa de fechar acordos para implementar o Acordo de Paris contra a mudança climática, passo fundamental para sua entrada em vigor em 2020, representantes do Brasil e de mais 185 países participam de segunda-feira (30) a 10 de maio, em Bonn (Alemanha), de nova rodada de negociações. Em discussão, a COP 24 (Conference of  the Parties), que vai ocorrer de 3 a 14 de dezembro, na Polônia, e a COP 25, prevista para ser realizada no Brasil em 2019.
Nesta rodada de reuniões preparatórias da Cúpula do Clima, 4.119 analistas devem participar das discussões. "Para alcançar o êxito na COP24 é essencial que os países comecem a trabalhar na elaboração de textos de negociação nesta reunião de maio", disse, em comunicado, a secretária-executiva de UNCC, a mexicana Patricia Espinosa.
Segundo Patricia Espinosa, as conversas "apresentarão uma fundação sólida ao trabalho na segunda parte de 2018 e ajudarão a obter um resultado contundente".
O roteiro internacional climático prevê que na reunião da Polônia seja lembrada a implementação na prática do Acordo de Paris, tendo como alvo que a alta média das temperaturas não ultrapasse os dois graus centígrados com relação aos níveis pré-industriais.
Também será discutido o item denominado "Diálogo de Talanoa", uma aposta de Fiji, país que presidiu a COP23 do ano passado, para favorecer que os países se mantenham envolvidos no processo. Concretamente, a manutenção do compromisso, o acompanhamento dos avanços e que os países elevem progressivamente as metas de corte de emissões contaminantes de seus planos nacionais de luta contra a mudança climática (NDC).
Espinosa considerou que o "Diálogo de Talanoa" é uma "oportunidade chave" para avançar na luta contra o aquecimento global e pediu uma "ampla participação" nesta iniciativa.
Por último, a secretária-executiva do UNCC pediu aos países desenvolvidos que concretizem suas contribuições ao Fundo Verde do Clima, que deve contar com US$ 100 bilhões por ano a partir de 2020 para apoiar os países em desenvolvimento na sua luta contra a mudança climática.
COP 25
Em dezembro de 2017, o então ministro do Meio ambiente, Sarney Filho, afirmou que o Brasil dispõe de todas as condições para sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP 25), em 2019. "O Brasil é uma liderança expressiva no combate ao aquecimento global", disse Sarney, na ocasião.
No ano passado, o senador Jorge Viana (PT-AC), presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas do Congresso, disse que a conferência será a  oportunidade de o país seguir com uma agenda positiva na área ambiental.
Porém, no cenário latino-americano há entraves para a candidatura do Brasil como sede da COP 25. As posições políticas divergentes entre os países vizinhos levaram a Venezuela a resistir à candidatura brasileira. As negociações estão em curso.

PRÉDIO DO GOVERNO FEDERAL EM CHAMAS DESABA EM SÃO PAULO


Prédio de 26 andares em chamas desaba no centro de São Paulo

Da Redação







O edifício, que ficava na avenida Rio Branco, na região do Largo do Paissandu, era ocupado por um movimento social de defesa ao direto a moradia.

Um prédio de 26 andares no centro da capital paulista, onde viviam 50 famílias, desabou em chamas por volta das 3 horas desta terça-feira (1º), após ter sido atingido por um incêndio. O edifício, que ficava na Avenida Rio Branco, na região do Largo do Paissandu, era ocupado por um movimento social de defesa ao direto a moradia.

O Corpo de Bombeiros confirmou, até o momento, que uma pessoa morreu. Não há informações oficiais sobre o número de desaparecidos. Uma faixa da avenida Rio Branco foi tomada pelos escombros do edifício que desabou.

Um segundo prédio, próximo ao que desabou, também foi atingido pelo incêndio. O edifício, no entanto, estava vazio e as chamas estão restritas a um único andar. Cerca de 160 membros do Corpo de Bombeiros atendem a ocorrência.

Vítima

Segundo o Corpo de Bombeiros, a pessoa que morreu estava sendo resgatada por corda pelos militares quando a estrutura do prédio desabou. Os militares abriram um acesso pelo edifício vizinho e a vítima já estava pronta para sair quando toda a estrutura colapsou. A corda que a prendia se rompeu e ela caiu. Um bombeiro também ficou ferido durante o desabamento.

O prédio que desabou era uma antiga instalação da Polícia Federal. Segundo comerciantes do entorno, o local era ocupado ilegalmente. Antes de ruir, algumas pessoas pediam socorro no último andar. As chamas começaram no quinto andar, se alastrando rapidamente para os níveis superiores. Ao todo, 160 militares atuam no combate ao incêndio e no resgate das vítimas.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o prédio já havia passado por vistoria, na qual foram relatadas as péssimas condições do local às autoridades do município. De acordo com a corporação, os compartimentos entre os andares eram divididos por madeira, o que ajudou a propagar as chamas.

Ainda não há confirmação de outros mortos ou feridos. A Defesa Civil Estadual está no local e realiza cadastramento de todas as famílias que poderiam estar no prédio no momento do incêndio.

A Polícia Militar e a Companhia de Engenharia de Tráfego foram acionadas e auxiliam os trabalhos na região. Ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) estão de prontidão para atender as vítimas.

Comerciantes da região relatam correria nas ruas, com clientes deixando hoteis vizinhos às pressas. As testemunhas dizem que quebraram vidraças, se espalhando rapidamente pelos andares e atingindo os prédios vizinhos.

"Eu estava em horário de serviço e escutei várias pessoas gritando, barulho de vidros caindo. Quando fui ver o que era, as ruas, que estavam desertas, ficaram cheias de pessoas desesperadas", disse o recepcionista Flávio Gabia, que trabalha em um hotel no Largo do Paissandu. Segundo ele, vários clientes deixaram o estabelecimento quando viram o incêndio. Um hotel ao lado dos edifícios em chamas também foi esvaziado e interditado.

Devido ao combate às chamas, a CET interditou o trecho entre a avenida Rio Branco e a rua Antônio de Godói e recomenda aos motoristas que evitem passar pela região do Largo do Paisandu. Três quarteirões estão fechados.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...