TRF4 julga
hoje recurso da defesa de Lula contra condenação em 2ª instância
Agência Brasil
Defesa de Lula
recorre contra decisão que aumentou pena do ex-presidente
O recurso da defesa do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva contra a decisão em segunda instância, que aumentou a
pena no caso do triplex em Guarujá, em São Paulo, chamado de embargos de
declaração da apelação criminal, será julgado nesta segunda-feira (26), em
sessão da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), sediado em
Porto Alegre. A sessão está prevista para começar às 13h30.
O desembargador federal João Pedro
Gebran Neto, relator da Operação "Lava Jato" no TRF4, incluiu o
processo em mesa para julgamento na última quarta-feira (21). Estarão
julgando o recurso os três desembargadores titulares do colegiado. São eles: o
relator Pedro Gebran Neto, Leandro Paulsen e Victor Luiz dos Santos
Laus. De acordo com nota divulgada pelo TRF4, os embargos de declaração
têm um rito de julgamento rápido.
“No julgamento, não há sustentação
oral das defesas, nem do Ministério Público Federal (MPF) e o relator pode ou
não se pronunciar, fazendo um breve relato do pedido e um resumo do voto. Na
sequência, votam os outros dois integrantes da turma”, informa o tribunal.
A ordem do processo na sessão
dependerá, segundo o TRF4, da existência de pedido de preferência por parte das
defesas. Caso isso aconteça, o julgamento dos embargos poderá ocorrer no
início. Caso contrário, será julgado após as sustentações orais.
Na sexta-feira (23), o Supremo
Tribunal Federal (STF) emitiu o salvo-conduto para evitar a eventual prisão de
Lula até o dia 4 de abril, quando a Corte voltará a julgar o pedido
de habeas corpus (HC) feito pela defesa de Lula. A emissão do
documento é uma formalidade cumprida para efetivar a liminar concedida na
quinta-feira (22) durante sessão do STF para julgar o HC.
O documento foi assinado pela
presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, e foi enviado ao juiz Sérgio Moro, da
13ª Vara Federal em Curitiba, e ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em
Porto Alegre.
General Mourão
critica Tribunal por dar salvo-conduto a Lula
Estadão Conteúdo
No seu discurso de
despedida, Mourão também elogiou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra,
reconhecido pela Justiça brasileira como torturador
O
general da reserva Antonio Hamilton Martins Mourão criticou, nas redes sociais,
a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de garantir salvo-conduto ao
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva até o dia 4 de abril, quando a Corte
vai analisar o mérito do habeas corpus pedido por seus defensores. O militar
afirmou que se sentiu "envergonhado" pelo que chamou de
"covardia moral" do ministros do Supremo.
"Sinto-me envergonhado pela falta de espírito público, pela covardia moral, pela linguagem empolada - destinada a enganar o homem comum -, pelas falsidades e, principalmente, por observar que uns merecem mais que outros ante os olhos daquele colegiado. Fica claro que os que possuem 'pertences' jamais cumprirão a pena que merecem por haver surrupiado o bem público. Fica o alerta de soldado, cuidado com a cólera das legiões!!!!".
Em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo" no sábado (24), ele afirmou que o país vive um momento crítico e que a Justiça deveria ser um dos pilares para solucionar os problemas brasileiros, "ou vamos viver o caos". "O Judiciário tem que exercer sua responsabilidade ou vão fazer justiça com as próprias mãos", afirmou. "Os presídios estão cheios de presos pobres e os de colarinho branco soltos, com o Judiciário sentado em cima dos processos".
O general se aposentou no mês passado. Na cerimônia de despedida, ele fez críticas à intervenção no Rio e à classe política. Ele também anunciou apoio à candidatura à Presidência do deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ). A reportagem tentou contato com o STF, mas até a conclusão desta edição não houve retorno.




