sexta-feira, 23 de março de 2018

COLUNA ESPLANADA DO DIA 23/03/2018


Raquetada

Coluna Esplanada - Leandro Mazzini 










Os Correios decidiram patrocinar com R$ 700 mil, com dispensa de licitação, a Confederação Brasileira de Squash (CBS), como apoiador logístico dos torneios dos praticantes do esporte ainda desconhecido do grande público. Segundo a assessoria, o apoio terá “duração de um ano, de março de 2018 a março de 2019, período em que pretende ampliar a sua imagem como fomentadora do esporte, incentivando uma modalidade na qual o Brasil já é medalhista (9 medalhas em Jogos Pan-americanos)”. A exemplo de outras modalidades, o squash pode estrear na Olimpíada em 2024.

Tropa de elite
A PF e o Gabinete de Segurança Institucional já têm um plano de contingência nas ruas e estratégia de prevenção de tumultos com a eventual prisão de Lula semana que vem.

Mistério da Carne
Foi encontrado morto, com um tiro na cabeça, dentro de casa em Ponta Grossa (PR), o juiz estadual André Luiz Schafranski, responsável pela Operação Carne Fraca.

Passageiro insólito
José Carlos Bumlai, o fazendeiro enrolado na Lava Jato e amigão de Lula, estava ontem solitário e abatido numa poltrona do voo 1744 da GOL, de São Paulo para Brasília.

Atenção, Brasil 
O julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula sela a falta de liderança, acirramento de ânimos e fragmentação interna da Corte. A presidente Cármen Lúcia, em entrevista recente à Globo, cravou que não há mudança no entendimento sobre prisão após segunda instância. Então, fica a pergunta: por que o STF vai se manifestar?

Voto Vencido 
Cármen Lúcia afirmou que a Corte não se “apequenaria” diante da pressão sobre o caso Lula. Somam-se ao episódio outros que fragilizaram a ministra, como o confuso voto que livrou da cadeia o senador Aécio Neves (PSDB-MG), em setembro de 2017, e o recente encontro, em casa, com o presidente Michel Temer, investigado pelo STF.

Anotações jurídicas
Em tempo, Aécio Neves, então governador de Minas Gerais, foi um dos padrinhos da indicação de Cármen Lúcia para o STF. Outra situação: o HC de Lula hoje não importa somente a ele, mas a todos os adversários de outros partidos a caminho da cadeia.

“Plebeu”
Sabem quem estava fora do palanque, discreto, sentado na escadaria da Câmara do Rio na homenagem a Marielle Franco na terça? O senador Roberto Requião (MDB-PR). Ele diz que decidirá no Domingo de Páscoa se concorre à reeleição.<EM>

PF x Corrupção
Pesquisa encomendada pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e realizada pela Brain Análise e Consultoria posiciona a PF como “maior responsável pelo combate à corrupção no país”.

Panorama
Foram ouvidas 1,2 mil pessoas em 18 estados entre os dias 18 de janeiro e 5 de fevereiro: 87% dos entrevistados disseram que a corrupção aumentou nos últimos 10 anos, mas o combate aos atos ilícitos também vem aumentando, na opinião de 64,5%.

Voz do povo
O presidente da Fenapef, Luís Boudens, afirma que a pesquisa reforça o “reconhecimento da sociedade sobre o trabalho da PF” e traz um mapeamento preciso dos problemas de segurança pública no país.

Porta-voz
Uma pequena e rápida citação do ministro Luís Barroso no ataque ao ministro Gilmar Mendes, dentro do STF, chamou a atenção: “É muito penoso para todos nós termos que conviver com Vossa Excelência”. Foi o que mais doeu em Gilmar. Porque nenhum dos colegas no plenário se manifestou contra.

Autodefesa 
“Desonra se faz numa punição que não existe. Estou absolutamente tranquilo. Não se pode inventar uma Constituição”, disse o ministro Gilmar Mendes, em argumento de votação, com clara conotação de autodefesa sobre as críticas de libertar Eike Batista, Daniel Dantas, Jacob Barata. Foi logo depois de ser atacado pelo colega Barroso.

Ponto Final
Apagão no Norte e Nordeste, quebra-pau verbal no STF, renúncia do presidente do Peru por causa da Odebrecht. O segundo dia de Outono foi em clima de verão.


PROBLEMAS POLÍTICOS E MILITARES DO BRASIL


Além de armas e blindados

Manoel Hygino 







A intervenção militar federal no estado do Rio de Janeiro não pode nem deve ser encarada como simples tomada de posição em face de problema em uma unidade federativa. Tampouco pode ser vista como providência meramente política, considerados os graves aspectos envolvendo a segurança, numa área de notável significação histórica, intelectual e artística. De fato, o estado do Rio ocupa posição estratégica singular para o país e para a nação.
Há de se convir que a violência não se restringe unicamente àquela região. De fato, todos os estados, em seus rincões ou nas capitais, passam por um momento de gravidade, que se medirá pelo fragor das estatísticas, que não se deve ignorar ou menosprezar. O Brasil vive sob o signo da criminalidade disseminada em todos os setores e atividades.
A propósito, o general Braga Neto declarou, com consciência de difícil missão que lhe foi atribuída: “Não haverá território em que a polícia não entre. Se houver mandado e a polícia desejar entrar, ela pode fazê-lo com maior ou menor dificuldade. Quando ela pede nosso apoio, nós entramos em qualquer lugar do estado”.
O que está em risco não são as UPPs pacificadoras que, por sinal, nada pacificaram ou encontraram condições somente para amenizar situações extremamente conflitivas. Mas a violência no Brasil não reside mais aqui e ali. O crime está distribuído e organizado sistematicamente, nele atuando centenas e centenas de agentes do mal. O Rio de Janeiro é ponto de referência, mas não caso isolado.
O Brasil precisa mais do que novos e mais modernos armamentos, mais do que viaturas e blindados, para servir a todas as unidades da federação. Tem-se de compenetrar de que há uma guerra, em que devem se empenhar todos os segmentos da sociedade, além dos que servem às forças armadas e às polícias. As quadrilhas já identificadas, seus comandantes, têm de ser tratados como tal, formadas por seres humanos que perderam o itinerário do bem e de superiores interesses.
Se assiste, a cada dia e hora, a ação de baderneiros e bandoleiros, seguros de serem os donos inexpugnáveis de negócios, evidentemente escusos. Mas, o Brasil não está à venda nem o futuro das gerações que ora se formam. A maneira insistente, sem medo e pudor dos criminosos nas áreas sob alerta das autoridades, demonstra que eles se julgam capazes de resistir à lei, à ordem, danificando o patrimônio público e privado, sacrificando a vida de milhões já atormentados pela força de outros desvios do interesse nacional.
Os direitos humanos têm de ser respeitados. Não simplesmente pelos que lutam pela paz, palavra de três letras que contém um desígnio especial e humano inabalável e da maior grandeza. A luta pelo bem e pelo futuro reclama coesão e consciência. Como tal deve ser encarada, se reconhecendo de antemão que serão embates duros, com repercussão ampla e profunda.
Os inúmeros erros de sucessivos e muitos anos de enganos e desenganos, poderão se repetir em refregas com aqueles que não sonham com o Brasil abençoado por Deus, que desejamos transferir às novas gerações. Não é mais hora de tergiversíveis, adiamentos e procrastinação. Cumpre seguir com prudência, mas agir.

quinta-feira, 22 de março de 2018

COLUNA ESPLANADA DO DIA 22/03/2018


Ninho cercado

Coluna Esplanada -Leandro Mazzini







Caciques tucanos não escondem a preocupação com o avanço das investigações da Lava Jato que podem fulminar a campanha presidencial do governador Geraldo Alckmin (PSDB). A força-tarefa do Ministério Público em São Paulo foi ampliada há um mês. Uma das linhas de investigação mais avançada, que apura pagamento de propina a tucanos de alta plumagem, segue no Rio de Janeiro, com o juiz da Lava Jato Marcelo Bretas. A investigação foca nos repasses ao operador Adir Assad.
Alckmin & Serra
O operador Adir Assad confessou ter recebido R$ 46 milhões por meio de empresas de fachada que venceram concessões nas gestões tucanas de Alckmin e José Serra.

GSI Hermano
O general Etchegoyen, do GSI, revelou em palestra em Brasília que o Governo ajudou com know how o Paraguai a criar seu serviço secreto. Enviou oficiais para Assunção.

Caifás
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reagiu com sonoro silencio à Operação Caifás que desbaratou um esquema de desvio de recursos da Cúria da Diocese da Igreja Católica de Formosa (GO) e paróquias de outras cidades. Foram presos quatro padres e um bispo. Há funcionários de paróquia envolvidos.

Dízimo desviado
Por meio da assessoria, a entidade alegou que o caso seria analisado pelo departamento jurídico “antes de qualquer pronunciamento”. De acordo com as investigações, os recursos tinham origem em dízimos, doações e taxas como batismo e casamento. Foram presos um bispo e quatro padres.<QA0>

Mais dois
Nessa ‘janela’ partidária aberta, mais dois em mudança. Os deputados do Rio de Janeiro Pr. Eurico (PHS) e Clarisse Garotinho (PR) estão com os pés no Patriota.

Chapa..
Relator da reforma Trabalhista, o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) tem um carinho para lá de especial pela cidade de Caicó (RN), reduto eleitoral administrado pelo afilhado político Batata Araújo, também do PSDB.
..e parceiros
Em 2017, Marinho destinou mais de R$ 3 milhões em emendas para a prefeitura. Os recursos saíram dos ministérios das Cidades, Integração e Indústria e Comércio Exterior. Batata trocou o MDB pelo PSDB em 2016, eleito com apoio de Marinho.
Ga$!
A Gas Natural Fenosa vai destinar para o Brasil o arrecadado no “Dia Solidário”, quando os funcionários de todo o mundo doam um dia de salário para projetos sociais. Serão selecionados projetos dos Estados do Rio de Janeiro, do Sul, de SP e do Piauí.

Ponto Final
A violência no Rio é arquitetada pelas organizações criminosas cujo alimento econômico é a droga e, a sua proteção, a arma - e ambas entram no Brasil principalmente através do Paraguai. Não adianta somente intervir no Rio - ou no Brasil - sem se ter uma dura conversa com o governo Paraguaio.

Andou 
Depois de a Coluna antecipar no domingo o descaso da Câmara com o projeto que acaba com o foro privilegiado, o tema voltou à tona, mas.. no STF. Ministro Dias Toffoli confirmou que vai liberar para plenário a ação que analisa a restrição do foro.



INGLATERRA ATACA PUTIN SOBRE A COPA DO MUNDO DE 2018


Reino Unido compara Copa da Rússia a Olimpíada de Hitler, em 1936

Estadão Conteúdo







O governo do Reino Unido deixa claro que considera que a Copa do Mundo na Rússia, em junho, servirá ao presidente Vladimir Putin como um instrumento de propaganda, da mesma forma que Adolf Hitler usou em 1936 os Jogos Olímpicos de Berlim. As declarações foram feitas pelo secretário de Relações Exteriores britânico, Boris Johnson, respondendo em um debate com o parlamentar Ian Austin, que sugeriu que o Mundial seria uma forma de abafar um "regime corrupto".

Austin, no debate numa das comissões do Parlamento, indicou que "a ideia do presidente Vladimir Putin dar a taça ao capitão do time vencedor me enche de horror" e que o Mundial seria um exercício de relações públicas de um regime "brutal". "O que vai ocorrer em Moscou na Copa, acho que a comparação com 1936 está certamente correta", reforçou Johnson.

Três anos antes da Segunda Guerra Mundial, o Comitê Olímpico Internacional (COI) aceitou as condições apresentadas por Hitler para que os Jogos ocorressem em Berlim, ainda que muitos dos atletas judeus não tenham sido autorizados a participar nas equipes alemãs. Mas o líder do movimento nazista usou a ocasião para tentar demonstrar ao mundo o poder de seu país e, num teatro coordenado, desfazer ideias de que se tratava de um regime que caminhava para promover um genocídio. O evento de 1936 é até hoje lamentado nos corredores do COI, que permitiu que Hitler o transformasse em sua Olimpíada.

O chefe da diplomacia britânica indicou, nesta quarta-feira, que precisará manter conversas com o governo russo e com a Fifa sobre a segurança dos torcedores ingleses durante a Copa. Isso depois que a polêmica foi instalada nas relações entre os dois países por conta do envenenamento do ex-espião Sergei Skripal e a subsequente expulsão de 23 diplomatas russos de Londres.

Apesar da comparação de Johnson, ele insiste que discorda do apelo de parte dos parlamentares para que o time da Inglaterra boicote o evento. Sua justificativa é de que isso puniria "torcedores e jogadores".

Se o time inglês não pensa em faltar ao evento, o governo britânico já deixo claro que não enviará um representante para o jogo de abertura e as festas que Putin promete organizar para a abertura. Nenhum representante da realeza britânica estará em Moscou para o primeiro jogo, no dia 14 de junho.

Parte de um projeto de política externa, a Copa na Rússia será a mais cara da história. O Kremlin já acenou que quer transformar ainda o evento num gesto de força, demonstrando a popularidade de seu líder recém reeleito no mundo. O Estado apurou que convites foram formulados para todos o governos dos 31 times presentes no Mundial, mas também para aliados de todo o mundo.

Os ingleses, porém, não estarão sozinhos no boicote. O governo polonês de Andrzej Duda confirmou que ele não pensa em viajar para Rússia em junho. "O presidente decidiu não participar como representante da Polônia na Copa", afirmou Varsóvia.

Outro que pode evitar Moscou é o governo da Islândia, sensação da Eliminatória e pela primeira vez num Mundial. Durante a Eurocopa de 2016, ministros islandeses se misturaram aos torcedores nos estádios franceses. Agora, consideram um boicote, ao lado de outros governos como o da Suécia. Estocolmo indicou que, de fato, essa é "uma das ideias que sendo considerada".

Na Dinamarca, a chancelaria também indicou que a possibilidade de não viajar até Moscou estava sendo considerada, ainda que não houvesse uma decisão final.

Pela Europa, governos têm trocado impressões durante reuniões sobre como poderiam usar a Copa do Mundo de 2018 como uma forma de punir Putin. O problema é que não querem causar eventuais incidentes para os torcedores de seus países que estarão nas cidades russas em junho.

Em Moscou, as indicações de um boicote por parte dos governo foi ironizada por russos. "Só podemos lamentar pelos membros do governo da Islândia, que teriam adorado torcer por seu time", disse o deputado Mikhail Degtyarev, chefe da comissão de Esportes do Parlamento russo. Alexei Sorokin, CEO da Copa, indicou que a ausência de políticos britânicos em "nada importaria a qualidade do torneio".

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AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...