quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

COLUNA ESPLANADA DO DIA 07/02/2018



Cofre aberto

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 







A mais recente aferição do Palácio do Planalto apontou que os votos favoráveis à reforma da Previdência estancaram no patamar de 250 a 260 – bem distante dos 308 necessários para aprovar a PEC no plenário da Câmara Federal. Além do desbloqueio de emendas parlamentares, o vale-tudo para conquistar os “indecisos” inclui a liberação de recursos dos ministérios das Cidades, Integração, Saúde e Desenvolvimento Agrário.
Assalto
A avaliação nas hostes e gabinetes do Palácio é a de que nunca um Congresso Nacional foi tão “fominha”. As demandas condicionantes ao voto de apoio não param.
De perto
Roberto Freire, ministro da Cultura por alguns meses, lançará até julho o livro “Governo de Transição”, com bastidores do impeachment de Dilma Rousseff e do atual governo.
Caiu a ficha
“Se eu não puxo palma ninguém aplaude”, desabafou o presidente Michel Temer, reclamando da plateia no lançamento do Documento de Identidade Nacional.
É guerra
Duas propostas em análise no Senado vão acirrar os ânimos entre o Congresso e o Judiciário. O primeiro, em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça, extingue o auxílio-moradia. O outro, já pronto para votação em plenário, acaba com a cela especial em caso de prisão de magistrados.
Sem cantinho
A proposta, de autoria do ex-senador Marcelo Crivella, prevê a revogação de normas da Lei Estatutária do Ministério Público e da Lei Orgânica da Magistratura, que asseguram aos juízes e procuradores o direito de ficar em ala separada no presídio onde estejam cumprindo pena definitiva.
PSDB x Lula
É nítida uma torcida da oposição pela prisão do ex-presidente Lula da Silva. O deputado Carlos Sampaio (SP), vice-presidente Jurídico do PSDB, aposta que Lula “deverá ser preso em no máximo dois meses”, ao rechaçar a hipótese de o STF rever a prisão após condenação em segunda instância: “Espero que não aconteça”.
Conexão Roma
Antônio Neto, presidente da CSB e do Sindpd, e Carlos Lupi, que preside o PDT, darão apoio à candidatura do advogado Luis Melossi, ítalo-brasileiro de Curitiba, às eleições para o Parlamento italiano, que começarão logo após o Carnaval.
Governo papão
O payout – proporção de arrecadação de loteria e pagamento do prêmio – no Brasil é o mais baixo do mundo; o governo abocanha grande parte, citou a Coluna na Mega da Virada – foram R$ 600 milhões para o Tesouro e R$ 280 milhões aos ganhadores.
American way
Um dos maiores especialistas no país em loterias e jogos, o professor Magno José, do Instituto Jogo Legal, lembra que os EUA têm tradição em pagar bem, ao contrário do Brasil. O payout médio lá (convertido em prêmio) é de 61,7% do arrecadado. Isso explica os valores de até US$ 900 milhões em apenas um sorteio...
Adeus, CLT
Um pouco do efeito imediato da reforma trabalhista, sem a carteira de trabalho: médico de uma conhecida clínica de medicina do trabalho do DF atesta: número de exames demissionais atendidos no consultório dele caiu pela metade em um ano. Em 2017, diz, chegou a fazer 38 em um dia. Hoje, a média fica entre 15 e 17.
Leite derramado
A Comissão de Direitos Humanos do Senado realiza audiência pública hoje para debater o relatório (esquecido) da (esvaziada) CPI da Previdência. Representantes de magistrados, auditores da Receita e procuradores da Fazenda estarão presentes.
Onde?
Dois dias antes do lançamento da pré-candidatura de Lula, marcado para amanhã, o PT ainda não havia definido o local do ato em Belo Horizonte. “O evento deve ocorrer no Expominas”, dizia o convite enviado aos filiados.
Samba, Suplicy
O vereador Eduardo Suplicy, que toca pandeiro há décadas, integra no sábado a bateria do Bloco Solteiro e Vagabundo, criado pelo filho João, em Pinheiros.


terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

NAS COZINHAS DOS RESTAURANTES - A MAIORIA DOS CHEFS SÃO HOMENS



Por que há tão poucas chefs mulheres?

Agência France Presse









Nas premiações e nos concursos de alta gastronomia é preciso procurar arduamente para encontrar o rosto de uma mulher

Um caráter forte e resistente. Assim se definem muitas chefs quando são indagadas sobre como conseguiram espaço no universo da gastronomia, monopolizado pelos homens e, segundo militantes, ainda muito impregnado pelo machismo.
Nas premiações e nos concursos de alta gastronomia é preciso procurar arduamente para encontrar o rosto de uma mulher. Apenas duas figuram na lista britânica das "50 melhores" e ainda é mais raro ver um nome feminino no Guia Michelin, já que representam menos de 5% dos chefs recompensados com estrelas.
Entre os 57 novos estabelecimentos premiados nesta segunda-feira (5) em sua última edição francesa, aparecem somente duas mulheres, que trabalham junto com seus parceiros.
"Não é algo que levamos em conta. Os examinadores verificam a qualidade da cozinha. Não nos fixamos no sexo, na origem e nem na idade", declarou à reportagem Michael Ellis, diretor internacional dos guias Michelin, considerando que é "uma questão de tempo" que cada vez mais haja chefs mulheres.
Segundo observadores, este fenômeno é explicado por vários fatores: a idiossincrasia de um restaurante, baseado no modelo do exército; um ambiente muitas vezes machista; e o fato de que, dos meios de comunicação até investidores, muitos as ignorem.
"Em uma cozinha, há o comando e as ordens. Usam termos como 'chef', 'brigada', 'coup de feu' (disparo, para momentos de mais agitação). Se os seus valores são a empatia e a colaboração - valores sobretudo femininos, como demonstram os estudos -, a cozinha não vai ser um lugar confortável para você", explica a jornalista e especialista gastronômica María Canabal.
'Muitas nem tentam'

"Seja você homem ou mulher, agir como alguém que não é se torna muito cansativo. Muitas desistem, ou nem tentam", afirma Canabal, presidente do Parabere Forum, uma rede que agrupa 5.000 chefs mulheres no mundo.
"É horrível dizer isso, mas me esforcei muito para que esquecessem que sou mulher, para que os homens me aceitassem enquanto chef no setor", admite à reportagem Anne-Sophie Pic, única mulher com três estrelas na França.
A jornalista e diretora do documentário francês "À la recherche des femmes chefs", Vérane Frédiani, defende que a única forma de ir em frente é com um caráter forte. "Ao menos durante os primeiros 10 anos de carreira, até que consiga se impor".
Antes de abrir em 2012 seu restaurante parisiense "Tempero", a chef brasileira Alessandra Montagne comprovou essa realidade trabalhando em vários estabelecimentos. Se aguentou, foi por causa de sua força.
"A cozinha é um universo totalmente fechado. Muitos chefs são donos de suas empresas e acreditam ser onipotentes. Há um machismo puro e duro. Mas não se deve levar as coisas ao pé da letra. Se me dizem que não sirvo, me levanto e vou em frente", afirma esta chef nascida no Rio de Janeiro e que abriu dois restaurantes junto com seu ex-marido.
"Todo chef tem que ser autoritário, se não sua cozinha não serve: tem que oferecer o serviço e os clientes esperam algo bom. Não vai estar no plano 'cool'", explica a mexicana Beatriz González, à frente de três restaurantes em Paris: Neva, Coretta e outro na Grande Épicerie de Paris.
'Não vai aguentar'

Jessica Prealpato, confeiteira do Plaza Athenée (3 estrelas Michelin), concorda que "precisa de caráter".
"Não tem que mostrar o lado sentimental, tem que mostrar que você é firme".
Canabal constata que "os estereótipos estão muito arraigados" na cozinha. "Inclusive nas escolas os professores dizem às meninas: 'você vai conseguir o diploma, mas não vai aguentar'".
O assédio pode ser outro problema. "Todos os ambientes que são 'male dominated' [dominados por homens] são de risco para as mulheres", continua.
Frédiani, que entrevistou dezenas de mulheres para seu documentário, vai mais longe: "em geral, as chefs mulheres são mais respeitadas quando são homossexuais, ou trabalham em casal".
Exemplo a seguir

Anne-Sophie Pic, que participou da produção e defende uma "maior solidariedade" entre as chefs mulheres, aponta para um fator mais social: "quando a mulher se torna mãe de família, se não estiver bem amparada, deverá escolher. Isso é algo que não se pode esquecer".
González, que trabalha com seu marido, defende o caminho aberto pelos homens na gastronomia: "graças a eles temos um exemplo a seguir, queremos trabalhar como eles, ser como eles".

FACEBOOK 14 ANOS - ERROS E ACERTOS



Zuckerberg faz autocrítica no dia em que Facebook completa 14 anos

Agência France Presse







Na reflexão sobre os 14 anos do lançamento do Facebook, Zuckerberg reconheceu os problemas na rede social

Mark Zuckerberg deu uma lição de autocrítica ao admitir que cometeu vários erros quando construiu a maior rede social do mundo, o Facebook, que nesta segunda-feira (5) completa 14 anos on-line.
"Com os anos cometi quase todos os erros que se pode imaginar", disse o cofundador do Facebook em sua conta pessoal.
"Cometi dezenas de erros técnicos e maus negócios. Confiei nas pessoas erradas e pus pessoas talentosas nas funções erradas. Perdi tendências importantes e fui lento com outras", escreveu.
Na reflexão sobre os 14 anos do lançamento do Facebook, quando era aluno de Harvard, reconheceu os problemas na rede social, que tem dois bilhões de usuários. A companhia foi alvo de críticas por facilitar a difusão de informações falsas e a manipulação.
Nas últimas semanas, o Facebook anunciou medidas que adotará para se concentrar na família e nos amigos, mesmo se isso significar que os usuários passem menos tempo na rede social.
Em seu post, Zuckerberg sugeriu uma reavaliação constante de como o Facebook trabalha.
"A razão pela qual nossa comunidade existe não é porque evitamos os erros", escreveu.
"É porque acreditamos que o que fazemos nos importa o suficiente para continuar tentando resolver nossos maiores desafios, sabendo muito bem que erraremos de vez em quando, mas é a única forma de progredir".

Facebook divulga princípios sobre privacidade e lança campanha educativa

Agência Brasil









A iniciativa propõe explicar como a empresa utiliza os dados coletados de seus usuários e como estes podem controlar as informações disponibilizadas em seus perfis

O Facebook divulgou nesta segunda-feira (29), pela primeira vez, seus princípios sobre a privacidade de dados dos usuários e anunciou uma campanha de esclarecimento sobre a política de privacidade da empresa. A iniciativa propõe explicar como a empresa utiliza os dados coletados de seus usuários e como estes internautas podem controlar as informações disponibilizadas em seus perfis.
O anúncio ocorre logo após o Dia Internacional da Privacidade de Dados, celebrado no domingo (28) justamente para aumentar a consciência das pessoas sobre a importância da privacidade e proteção de dados pessoais em ambientes digitais. Instituída em 2006, a data é um chamado para pesquisadores, ativistas, empresas, autoridades e usuários refletirem sobre o tema.
Princípios
Entre os princípios de privacidade do Facebook estão o controle da divulgação de informações pelos usuários; medidas de explicação sobre o uso de dados por meio da Política de Dados e de mensagens informativas; e a preocupação com a proteção de dados no desenvolvimento de soluções tecnológicas.
A empresa também incluiu nas orientações ações de segurança da informação para evitar vazamentos e outros acessos indevidos aos dados mantidos pela plataforma; a escolha pelo usuário do público de suas mensagens, bem como a chance de exclusão dos conteúdos publicados; e a busca pela melhoria constante nos controles de privacidade.
“Reconhecemos que as pessoas usam o Facebook para se conectar, mas nem todos querem compartilhar tudo com todos – incluindo conosco. É importante que você tenha escolhas quando se trata de como seus dados são usados”, disse a diretora de privacidade da companhia, Erin Egan, em nota divulgada nesta segunda.
Informações
Uma das ações anunciadas pela campanha é a simplificação do acesso às informações sobre privacidade dentro da plataforma. Atualmente, ela disponibiliza uma página denominada Noções Básicas de Privacidade e outra chamada Políticas de Dados. A primeira inclui informações sobre a privacidade nos diversos serviços e funcionalidades da rede social, incluindo a ferramenta de controle das configurações. Já a segunda traz explicações acerca de como os dados são coletados, tratados e usados pela empresa.
No comunicado divulgado nesta segunda, Erin Egan, informou que a companhia pretende centralizar e simplificar as informações e os sistemas de controle das configurações de privacidade. Mas não deu mais detalhes de quando nem como isso será feito.
Gerenciamento de privacidade
O Facebook apontou como um dos focos da campanha divulgar melhor as ferramentas de controle de privacidade. Elas permitem, por exemplo, definir o público destinatário de uma publicação, se amigos, amigos de amigos ou listas de contatos.
Na administração do perfil, há a funcionalidade de escolher quem pode acessar quais informações. O nome e a foto são sempre públicos. Mas informações como local de trabalho e idade podem ser expostas para determinadas pessoas e não para outras. O mesmo é válido para listas de amigos, comentários, marcações e mensagens na linha do tempo.
Avanço parcial
Na avaliação de Maria Cecília Oliveira Gomes, especialista em regulação de novas tecnologias e monitora do curso de proteção de dados da Universidade Mackenzie, de São Paulo, a divulgação dos princípios de privacidade é um movimento positivo do Facebook de ampliação da transparência sobre suas atividades. Para ela, parte da motivação da empresa está relacionada à adaptação aos princípios da nova legislação europeia, que entrará em vigor neste ano.
“A plataforma está tentando se tornar mais transparente e fazendo ações de educação, mas não acho que são ações suficientes. Não há transparência absoluta em relação ao que é feito com os dados dos usuários. O Facebook inclusive já enfrentou questionamentos sobre a falta de transparência em relação a isso e aos algoritmos que usa”, disse.
Um exemplo de medida de transparência, sugere a especialista, seria deixar mais claras as informações coletadas para a publicidade direcionada. “A própria pessoa que faz anúncio direcionado não tem conhecimento geral de quais dados são coletados. Isso seria algo interessante, até porque neste ano teremos eleições e este recurso será adotado”, complementa Maria Cecília.
Poder excessivo
Para Amanda Yumi Ambriola, especialista em tecnologia e integrante da associação Garoa Hacker Clube, a despeito dos princípios ainda há sérios riscos à privacidade dos usuários do Facebook.
A rede social concentra informações de mais de dois bilhões de usuários, segundo site oficial da empresa, e pode mudar sua política de privacidade. “As regras do jogo podem mudar com frequência e não são válidas para apenas publicações e contatos novos, mas sim, para todo seu histórico lá salvo”, alerta Amanda.
A pesquisadora acrescenta que, mesmo afirmando estar preocupado com a privacidade dos usuários, o Facebook ainda coleta uma grande quantidade de dados e os fornece para anunciantes sem que o usuário saiba como suas informações estão sendo geridas.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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