sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

TRUMP EM DAVOS



Trump chega a Davos para vender EUA para elite mundial

Agence France Presse








"Serão dois dias emocionantes", disse Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou nesta quinta-feira (25) em Davos, onde participou do Fórum Econômico Mundial (WEF) para vender sua política à elite econômica mundial e teve reuniões com seus aliados tradicionais, Israel e Reino Unido.
Um ano depois da chegada à Presidência, Trump fez uma entrada triunfal, bastante sorridente, no centro de convenções da estação alpina onde era esperado por um grupo de curiosos.
"Serão dois dias emocionantes", disse Trump, que na sexta-feira (19) à tarde vai explicar seu slogan "America First" a um público, a princípio, hostil ao protecionismo que ele defende.
"Acho que o mais fascinante com o presidente Trump é que tem a capacidade de surpreender, e tenho certeza de que amanhã nos surpreenderá", disse Alexander Stubb, ex-primeiro-ministro da Finlândia e novo vice-presidente do Banco Europeu de Investimentos.
Pouco antes da chegada de Trump, o secretário americano do Tesouro, Steven Mnuchin, abalou os mercados quando disse não estar preocupado com o valor do dólar em curto prazo, provocando a queda da moeda americana.
"Não estamos preocupados com o nível do dólar em curto prazo. É um mercado com muita liquidez e acreditamos no câmbio livre", afirmou à imprensa em Davos.
Alguns analistas acreditam que essa possa ser uma estratégia deliberada do governo Trump para beneficiar as exportações americanas, em detrimento de seus compromissos com o G20.
Trump, primeiro presidente americano a ir ao Fórum desde Bill Clinton, em 2000, provoca reações contraditórias entre os cerca de 2.500 delegados e 70 chefes de Estado e de Governo que estão em Davos.
De um lado, estão os grandes empresários que comemoram sua recente reforma tributária, que reduz a carga de impostos para empresas, e que celebram ainda a alta da Bolsa nos Estados Unidos e o crescimento econômico do país.
Do outro, seu discurso protecionista e suas declarações intempestivas sobre questões geopolíticas não agradam Davos, onde muitos dos seminários são dedicados a explicar os benefícios do livre-comércio e da globalização.
- Ajuda financeira a palestinos bloqueada -
Logo que chegou, Trump se reuniu com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, aliado tradicional dos Estados Unidos, e garantiu que vai bloquear ajudas financeiras aos palestinos porque eles "faltaram com o respeito" com os Estados Unidos.
"Eles nos faltaram com o respeito na semana passada impedindo que nosso grande vice-presidente os visse", afirmou Trump, garantindo que "bilhões" de ajuda americana "não chegarão até que se sentem para negociar a paz", acrescentou.
De Ramallah, Hanan Ashrawi, funcionária de alto escalão da Organização de Libertação da Palestina (OLP), disse que "recusar a se encontrar com seu opressor não é desrespeito, é respeito a si mesmo".
Os palestinos rejeitam a recente decisão de Trump de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, rompendo décadas de consenso internacional.
O presidente americano também teve uma reunião bilateral com a primeira-ministra britânica, Theresa May, e destacou que eles têm uma "relação especial".
Mas o destaque será na sexta-feira, seu discurso imprevisível e muito aguardado.
"Não é um público especialmente bem predisposto", comentou William Allein Reinsch, do Center for International and Security Studies. Segundo ele, dizer que Trump "se mete na boca do lobo é uma boa metáfora".
Ele terá que superar as falas da chanceler alemã, Angela Merkel, e do presidente francês, Emmanuel Macron, - que virou uma estrela entre os empresários em Davos após garantir que "a França está de volta".

COLUNA ESPLANADA DO DIA 26/01/2018



Palavra final

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 









Decisões recentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reduzem cada vez mais as chances de o ex-presidente Lula se candidatar à Presidência da República em outubro. Alvo de três denúncias e seis ações penais, o ex-presidente sofreu novo revés após o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) confirmar a condenação sacramentada, em primeira instância, pelo juiz Sérgio Moro. A Lei da Ficha Limpa determina: se houver condenação de grau colegiado (caso de Lula no TRF 4), o candidato já está inelegível independentemente do julgamento de recursos.

Barrado 
Foi com esse entendimento que o TSE barrou, por exemplo, em 2014, a candidatura do então deputado Marcelo (PV). O parlamentar pretendia concorrer ao cargo de vice-governador do Tocantins, mas foi barrado após ser condenado por abuso de poder.

Balde 
No fundo, no fundo, o PT até esperava a condenação do ex-presidente. Mas o voto do desembargador Gebran Neto foi um balde de água fria. A defesa do petista esperava que o relator votasse, no mínimo, pela diminuição da pena.

Unanimidade 
Pelo contrário, Gebran aumentou a pena do petista e foi seguido pelos demais. A unanimidade reduz a quantidade de recursos que Lula pode apresentar.

Huck
O PPS ainda pondera sobre a candidatura à Presidência da República. Os dois nomes são Luciano Huck e o senador Cristovam Buarque (DF). A presença ou não de Lula nas eleições será decisiva para que o partido discuta internamente e faça a escolha – seja por prévias ou por consenso.

Reformas 
Relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS-BA) adianta à Coluna que, seja qual for o nome, o partido tem que se posicionar como “opção de centro-esquerda” ao eleitor e a favor das reformas: “Não se pode confundir posição política com irresponsabilidade”.

Executiva
Em nota enviada à Coluna, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirma que o apoio ao ex-presidente Lula foi “submetido à Executiva Nacional do partido e aprovado pela amplíssima maioria de seus membros – 26 a 4”.

Prerrogativas 
Na terça-feira, 23, véspera do julgamento do ex-presidente Lula, Siqueira emitiu nota na qual defendeu o direito do petista a disputar as eleições. “Jamais excedi ou excederia as prerrogativas de meu mandato”, afirma, ao negar que tenha “atropelado” a Executiva da legenda.

Aromatizados
O STF deve julgar em fevereiro a ADI 4874 contra resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que proíbe a venda de cigarros com aroma e sabor. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) sustenta que a medida não vai diminuir o consumo do produto e ainda deverá estimular o mercado ilegal.

Contrabando
O Brasil se tornou o maior mercado global de cigarros ilegais. Em 2017, 48% das marcas vendidas no país eram ilegais – maioria de origem paraguaia. De todos os estabelecimentos que comercializam cigarros no país, 67% vendem produtos ilegais.

Facultativo
Pode ser votado neste semestre, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, projeto que torna o voto facultativo. O autor da matéria, senador Romero Jucá (PMDB-RR), diz que a obrigatoriedade do voto é “letra morta” no Brasil, já que as sanções pela ausência são “brandas” e têm “pouca efetividade”.

Cooperação 
Procuradoria-Geral da República firmou memorando de entendimento com a agência especializada do Reino Unido que atua no combate à corrupção - Serious Fraud Office (SFO). Objetivo é fortalecer a cooperação jurídica e o intercâmbio de informações entre os dois países.

Pontos Finais
“Processo (contra Lula) expõe sombras da democracia brasileira”
Do líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS)

“A lei é para todos e ninguém está acima dela”
Do deputado Rocha (PSDB-AC) 


quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

INDONÉSIA FAZ SHOW "NÃO MUITO COMUM" PARA SECRETÁRIO DA DEFESA DOS EUA VER



Indonésia faz show com cobras e fogo para secretário da Defesa dos EUA

Agence Presse







Cobras mortas a dentadas, muros de tijolos em chamas destruídos a cabeçadas, cães policiais que descem de helicóptero: o secretário americano da Defesa, Jim Mattis, foi recebido em Jacarta, nesta quarta-feira (24), com uma espetacular apresentação das unidades de elite do Exército indonésio.
Na Indonésia para reforçar a cooperação com esse país não alinhado que busca se proteger da hegemonia chinesa na região, Mattis foi recebido com todas as honras na base de Cilankap, no leste da capital.
Dezenas de soldados das forças antiterroristas começaram exibindo suas competências em artes marciais e, na sequência, a apresentação tem uma virada inesperada. Nesse momento, surgem seis homens com imponentes serpentes, que terminam mortas. Uma delas é destroçada a dentadas pela cabeça.
Depois, um soldado faz um dos colegas beber o sangue do animal em sinal de fraternidade, explicou um comentarista indonésio, o que provocou um riso de Mattis.
Em outro momento, um soldado atira, com os olhos vendados, para os balões que um de seus companheiros segura. Outro caminha sobre as chamas.
O espetáculo terminou com a chegada de dois helicópteros cheios de soldados de elite da unidade especializada no resgate de reféns e de um veículo dirigido por um soldado que desempenha o papel de terrorista com um refém.
Ao som de "Missão Impossível", os militares pulam dos helicópteros, alguns acompanhados de cães, neutralizando o sequestrador com a ajuda de um desses animais.
"Isso é que são forças especiais! Até os cães sabiam o que tinham de fazer", exclamou Mattis no avião que o levava para Hanói, segunda etapa de sua turnê pela Ásia.

A LEI É PARA TODOS - LULA NÃO PODE DESAFIAR A LEI IMPUNEMENTE



'A lei é para todos', diz revisor da apelação de Lula

Estadão Conteúdo








Paulsen mencionou, por exemplo, a aprovação das leis Anticorrupção, de tipificação de organização criminosa e das delações premiadas

O revisor da apelação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra sua condenação no âmbito da Operação "Lava Jato" no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), Leandro Paulsen, ressaltou, no início da leitura de seu voto que a "lei é para todos" ao mencionar que Lula é agora acusado por crimes com base em leis promulgadas em governos de seu partido.

Paulsen mencionou, por exemplo, a aprovação das leis Anticorrupção, de tipificação de organização criminosa e das delações premiadas, todas aprovadas e sancionadas durante o governo Dilma Roussef.

"Tal qual ocorreu com o presidente americano Richard Nixon no caso Watergate cujas investigações se viabilizaram com a aplicação de leis que ampliaram as possibilidades de investigação criminal por ele próprio promulgadas agora vemos um presidente se deparar com acusações baseadas em leis que sobrevieram durante os governos de seu partido. Mas a lei é para todos", afirmou.

'Episódios não deixam margem da ação dolosa no esquema de propinas', diz relator

Estadão Conteúdo






Gebran Neto citou trechos dos acordos de delações premiadas de nomes como Alberto Youssef, Nestor Cerveró, Delcídio Amaral e Pedro Corrêa, que vincularam Lula ao esquema de corrupção

O desembargador João Pedro Gebran Neto, relator do caso tríplex do Guarujá (SP) no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), afirmou que não há margens para dúvidas da "intensa ação dolosa" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no esquema de propinas da Petrobras. "Há prova acima do razoável de que Lula foi um dos articuladores, se não o principal, do esquema." Poro volta das 12h15, o relator realizava a leitura do seu voto havia mais de uma hora a meia - sem ainda ter entrado no mérito do processo.

Gebran Neto citou trechos dos acordos de delações premiadas de nomes como Alberto Youssef, Nestor Cerveró, Delcídio Amaral e Pedro Corrêa, que vincularam Lula ao esquema de corrupção. "Tomados isoladamente, cada um dos depoimentos pode parecer frágeis - mas em conjunto, com outras provas, é possível confirmar todas as assertivas que tenham feito", declarou o relator. Ele também avaliou que há prova de que a OAS pagava propina para dirigentes da Petrobras.

Durante sua fala, o relator também considerou que não é necessário um ato de ofício para relacionar Lula ao caso. "No caso, a corrupção passiva perpetrada pelo réu difere do padrão dos processos julgados na "Lava Jato". Não se exige a demonstração de participação ativa de Lula em cada um dos contratos. O réu em verdade era o garantidor de um esquema maior que tinha por finalidade de modo sub-reptício o financiamento de partidos. Pelo que agia nos bastidores pela nomeação e manutenção de agentes em cargos-chave para organização criminosa", disse o relator Gebran sobre o ex-presidente Lula.

Além dessa condenação, Lula já foi denunciado 9 vezes pelo Ministério Público Federal e responderá a processos por:
·       246 vezes pela Lavagem de Dinheiro;
·       21 vezes por corrupção passiva;
·       13 vezes por Formação de Quadrilha;
·       4 vezes por Tráfego de Influência;
·       2 vezes por Obstrução de Justiça.