terça-feira, 23 de janeiro de 2018

DEVEMOS ELEGER CANDIDATO QUE PENSA NO PAÍS E NÃO NELE PRÓPRIO



Todo cuidado é pouco na eleição de outubro

Gabriel Azevedo 






Em outubro, cerca de 145 milhões de brasileiros terão a responsabilidade de votar no primeiro turno das eleições deste ano. Com o país em meio a uma grave crise política que não dá sinais de arrefecimento e com a economia ainda respirando por aparelhos, o ato de votar reveste-se de importância ainda maior e exige reflexão, serenidade e inteligência para que as escolhas na urna não tragam ainda mais prejuízos para o Brasil e os brasileiros.
Com certeza, as atenções estarão direcionadas majoritariamente para a sucessão presidencial, tendo em vista os traumas que o país sofreu nos últimos quatro anos, desde o primeiro dia do segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff. É natural que seja assim. Este período de extrema turbulência institucional acirrou os ânimos e polarizou a disputa.
Entretanto, a escolha dos senadores, deputados federais e deputados estaduais que serão empossados em 2019 também deve ser feita com muito cuidado. Eleger pessoas dispostas a exercer com transparência e honestidade a missão de legislar e fiscalizar é fundamental para que o Brasil comece a deixar para trás todos esses anos de convulsão e desarranjo político, econômico e social.
Sem um Legislativo renovado e dedicado à transformação não será possível implementar as mudanças de que o país tanto precisa.
Sobre as mudanças necessárias, refiro-me a duas reformas que não podem ser postergadas: a reforma política e a reforma tributária. Sobre a reforma política entendo que precisamos implantar o voto distrital no país. Com o voto distrital, o representante estará mais próximo de quem representa no Legislativo. E tal fato é benéfico para o aprimoramento da democracia no Brasil.
Ainda se faz necessário, no âmbito da reforma política, implementar uma reforma partidária radical. Não se pode conviver com dezenas de legendas de aluguel, voltadas tão somente para o fisiologismo e o clientelismo. Temos que fortalecer partidos ideológicos e representativos dos interesses da população. Parte da descrença dos eleitores com a política vem justamente dessa mixórdia de siglas que não representam ninguém além de seus criadores e aliados.
Quanto à reforma tributária, que vem sendo adiada há décadas, é consenso que o sistema tributário brasileiro é perverso, impede o desenvolvimento econômico, inibe o empreendedorismo e é injusto, onerando setores essenciais e se submetendo a pressões de outros segmentos. A alteração desse quadro só será possível com a eleição de um congresso comprometido com a cidadania.






FEBRE AMARELA - PERIGO NO BRASIL



Alto grau de destruição do vírus da febre amarela

Editorial – Jornal Hoje em Dia 







Todos os alertas sobre a febre amarela já foram lançados, mas, ao que parece, ainda é pouco. Tanto que, na semana passada, reportagem do Hoje em Dia mostrou que nada menos do que 3,5 milhões de mineiros ainda não haviam se protegido contra a doença. Acorda, gente!
Agora, vem novo dado alarmante: quem tem o vírus da febre amarela tem muito mais chances de morrer do que os que contraíram dengue, chikungunya ou zika. Levantamento feito pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) mostra que de julho de 2017 até o momento já foram registradas oficialmente 16 mortes por febre amarela, dos 22 casos verificados no período, o que representa uma taxa de letalidade de 68,2%, enquanto nas outras três doenças não chegou a 1%. Só para se ter uma ideia, ocorreram 19.086 registros de dengue no mesmo período, também com 16 mortes, e o número de óbitos ficou em 0,07%.
A agressividade do vírus pode levar uma pessoa à morte com hepatite fulminante em apenas quatro dias. Quatro dias para morrer picado por um mosquitinho em pleno século 21. Como agravante, um quadro de falência renal ainda pode aparecer até três anos após uma pretensa cura.
Enquanto a febre amarela ataca diretamento fígado e rins, a dengue atinge mais o sistema circulatório. O da chikungunya atinge mais as articulações, enquanto o da zika compromete o sistema nervoso central e periférico. A agilidade no socorro às vítimas que contraem a febre pode garantir maior sucesso no tratamento, já que até a mucosa do estômago começa a sangrar.
Entre os sintomas da febre amarela estão febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômitos, dores no corpo, além de icterícia – que deixa a pele e os olhos amarelados – e hemorragias nas gengivas, nariz, estômago, intestino e urina. Nas formas grave da doença, vale ressaltar, o paciente deve ser atendido em uma UTI.

É bom reforçar: quem ainda não foi imunizado deve procurar o mais rápido possível o posto de saúde mais próximo de casa. É questão de vida.
A febre amarela é uma doença infecciosa causada por um vírus e transmitida por mosquitos. A infecção pode ser categorizada de duas formas: febre amarela urbana, quando é transmitida pelo Aedes aegypti; ou febre amarela silvestre, quando transmitida pelo Haemagogus e Sabethe.
A doença é considerada aguda e hemorrágica e recebe este nome, pois causa amarelidão do corpo (icterícia_ e hemorragia em diversos graus. O vírus é tropical e mais comum na América do Sul e na África. Apesar de ser considerado um vírus perigoso, a maioria das pessoas não apresentam sintoma e evoluem para a cura.
A febre amarela pertence à classificação das arboviroses, , tendo várias diferenças entre a dengue e ao Zika Vírus, apesar de pertencerem à família dos Flavivírus.



segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

OS ESTADOS UNIDOS VÃO FORNECER ARMAMENTOS PARA A UCRÂNIA



EUA vão fornecer mísseis antitanque para Ucrânia, dizem autoridades

Estadão Conteúdo










O presidente dos Estados Unidos Donald Trump aprovou um plano para fornecimento de armas letais para a Ucrânia

Autoridades norte-americanas disseram na sexta-feira (22) que o governo do presidente Donald Trump aprovou um plano para fornecimento de armas letais para a Ucrânia, uma medida que vai aprofundar o envolvimento dos Estados Unidos no conflito militar entre ucranianos e separatistas e pode abalar ainda mais a relação com a Rússia. O armamento inclui mísseis antitanque Javelin, de fabricação americana, que os ucranianos desejavam há muito tempo para ampliar suas defesas contra os tanques dos separatistas apoiados pela Rússia. A violência no leste da Ucrânia já deixou mais de 10 mil mortos desde 2014. Anteriormente, o envolvimento norte-americano se limitava ao fornecimento de equipamentos e treinamento para os ucranianos. O governo dos EUA também autorizava empresas privadas a vender pequenas armas como rifles.

A decisão do governo americano deve se tornar outro ponto sensível nas relações entre Washington e Moscou. A Ucrânia acusa a Rússia de enviar tanques às áreas de conflito, e os EUA dizem que Moscou está armando e treinando separatistas e combatendo ao seu lado. Trump vinha considerando o plano há algum tempo, após o Departamento de Estado e o Pentágono terem dado seu aval. O ex-presidente Barack Obama também tinha cogitado o envio de armas letais para a Ucrânia.

O Departamento de Estado, responsável pela supervisão de vendas militares externas, não confirmou a informação. Em comunicado na sexta-feira, a porta-voz do departamento, Heather Nauert, disse que os EUA decidiram fornecer "melhores capacidades defensivas" para ajudar a Ucrânia a defender sua soberania e "deter novas agressões". "A assistência dos EUA é de natureza defensiva, e como sempre dissemos, a Ucrânia é um país soberano e tem o direito de se defender."

O vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Grigory Karasin, disse que a decisão vai agravar o conflito no leste da Ucrânia. Em declaração à agência estatal de notícias RIA Novosti, Karasin disse que o envio de armas pelos EUA pode atrapalhar a busca de uma resolução pacífica na Ucrânia.

Um acordo de paz intermediado por França e Alemanha em 2015 ajudou a reduzir a escala do conflito, mas a violência não cessou completamente. Além disso, um acordo político ainda não foi implementado.

A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Emmanuel Macron, emitiram comunicado conjunto neste sábado pedindo que os dois lados do conflito cumpram os compromissos assumidos no acordo, que incluem a retirada de armamentos pesados como tanques e lança-foguetes das linhas de frente e uma troca de prisioneiros.

Nos últimos dias, o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, advertiu que a violência na região aumentou cerca de 60% este ano. Em declaração feita na Europa este mês, Tillerson disse que o envolvimento da Rússia é o maior ponto de tensão entre os dois ex-rivais da Guerra Fria. "É o maior obstáculo para a normalização das relações com a Rússia, algo que gostaríamos muito que acontecesse", disse.

Também se discute o envio de tropas de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) para o leste da Ucrânia, para melhorar as condições de segurança para ucranianos e também para monitores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa. O presidente russo, Vladimir Putin, propôs o envio das tropas de paz, mas há grandes divergências entre a Rússia e outros países sobre como e onde esses soldados operariam. Fonte: Associated Press.

PERÍODO DE MAIOR CORRUPÇÃO NO BRASIL FOI NO GOVERNO DE LULA - VEJA AS CORRUPÇÕES DA ODEBRECHET E DA PETROBRAS - ESPERAMOS QUE A JUSTIÇA SEJA FEITA



Destino de Lula será definido no dia 24: entenda como será o julgamento do ano

Filipe Motta






A revisão da sentença expedida pelo juiz Sergio Moro contra o ex-presidente Lula (PT), a ser feita na próxima quarta-feira pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), é um dos momentos cruciais do atual quadro político brasileiro.
Caso confirme a condenação dada pelo juiz de Curitiba, a decisão dificultará a participação nas eleições da principal liderança política do país, que encabeça as intenções de voto para o Planalto, além de abrir caminho para uma eventual prisão do petista.
O julgamento ocorre a pedido da defesa do ex-presidente, mas também do Ministério Público Federal, que faz a acusação. Por razões diferentes, ambos discordam da sentença dada por Moro em julho.
Naquela ocasião, Lula foi condenado a nove anos e meio de prisão por, supostamente, ter recebido propina de R$ 3,7 milhões da OAS, através da doação e reforma de um tríplex no Guarujá. O agrado seria uma forma de mediar contratos da construtora com a Petrobras. Dentre as bases da sentença está a delação premiada do ex-gestor da OAS, Léo Pinheiro.
O MPF cobra que a pena por corrupção contra Lula seja multiplicada por três, afirmando que a OAS teria sido beneficiada em três contratos diferentes, via interferência do petista.
Já a defesa de Lula argumenta que não há elementos materiais para provar a transferência do apartamento para ele, tampouco que o ex-presidente tenha facilitado qualquer transação da OAS com a Petrobras. Além disso, os advogados questionam a imparcialidade de Moro no julgamento do processo.
Quando uma pessoa é acusada, espera-se que a acusação apresente provas materiais de que é dona de um apertamento. Não posso ser dono de nada sem que apresentem uma documentação com prova de pagamento, de aquisição"
Lula, em entrevista à veículos de imprensa de fora do país, na última semana
“É pouco provável que a questão da parcialidade seja considerada a ponto de anular o primeiro julgamento. Já o argumento da necessidade de materialidade nas provas em processos de corrupção e lavagem de dinheiro, para além da delação premiada, é muito relevante. Mas nesse cenário de casos de grande repercussão, a manutenção da pena é o mais provável”, diz o advogado e professor de processo penal André Coura. Ele pontua que eventual pedido de vista por um dos juízes, na quarta-feira, adia a decisão.
Caso Lula seja condenado, terá o direito a recorrer ainda no TRF-4 antes do pedido de prisão. O próprio MPF descarta o pedido de prisão cautelar antes que o resultado final aconteça. Além disso, a defesa também deve recorrer ao Superior Tribunal de Justiça para evitar que Lula vá para a cadeia. E, se preciso, ao STF.
Quanto às eleições, a legislação estipula que condenados em segunda instância são proibidos de se eleger. “Enquanto o TSE não julgar o deferimento da candidatura, em agosto, ele pode fazer campanha normalmente. Se o registro for negado, pode continuar por 'liberdade de expressão'... À decisão do TSE só cabe recurso no STF caso viole a Constituição”, diz o professor de Direito Constitucional e Eleitoral Raphael Maia.
Ele, no entanto, lembra que o direito é uma ciência subjetiva, e que momentos específicos podem trazer entendimentos diferentes sobre uma mesma questão, inclusive nas altas cortes.