terça-feira, 9 de janeiro de 2018

A POLÍTICA É UM JOGO DE PESSOAS COM DINHEIRO? - ENTÃO OPRAH TEM CHANCE DE SER PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS



Oprah para presidente? Discurso no Globo de Ouro gera especulações

Agência France Presse






Oprah recebeu o Prêmio Cecil B. Demille

Será que Oprah Winfrey disputaria a Presidência e conseguiria derrotar Donald Trump? Hollywood, liberais e fãs fervorosos estão agitados com as especulações de que a bilionária apresentadora teria ambições na Casa Branca após o fervoroso discurso que fez no Globo de Ouro.
Winfrey mal havia acabado de falar sobre um "novo dia" após o divisor de águas que representou a enxurrada de denúncias de assédio sexual, e muitos já pediam para que uma das mulheres mais famosas dos Estados Unidos concorresse ao mais alto cargo no país.
A aversão de Hollywood a Trump e o desconcerto de que uma estrela de reality-show grosseira e sem experiência anterior de governo pudesse vencer a Presidência alimentou as especulações com a pergunta "Por que outra estrela da televisão, uma com a política "certa", não pode concorrer?
Enquanto a própria Oprah nunca demonstrou interesse em disputar o cargo - ao ser perguntada nos bastidores do Globo de Ouro se tinha alguma intenção, ela respondeu "eu não, eu não" -, seu parceiro de longa data sugeriu que ela poderia ser persuadida.
"Depende das pessoas", disse Stedman Graham ao The Los Angeles Times. "Ela faria isso, absolutamente".
"Ela lançou um foguete esta noite. Quero que concorra a presidente", declarou Meryl Streep ao The Washington Post. "Não acho que ela tenha a intenção, mas agora ela não tem escolha".
A CNN citou anonimamente dois "amigos íntimos" que disseram que Oprah estava "pensando bastante" em uma disputa presidencial, mas enfatizando que ela ainda não havia se decidido.
Se a especulação é ilusória, a fama e riqueza de Oprah Winfrey, que tem uma história pessoal extraordinária de superação da pobreza, de estupro e gravidez quando adolescente para construir uma fortuna de 2,6 bilhões de dólares e uma carreira de atriz indicada ao Oscar, surgem a seu favor.
"Dormi pensando nisso e cheguei à conclusão de que Oprah (como candidata) não é tão louco", tuitou Dan Pfeiffer, ex-conselheiro de Barack Obama, presidente para o qual Winfrey teve um papel importante em sua eleição de 2008.
Uma pesquisa realizada em março de 2017 pela Universidade Quinnipiac, que deu a Trump aprovação de 41%, mostrou que 52% das pessoas têm opinião favorável a Oprah. 
Em entrevista à Bloomberg TV naquele mesmo mês, ela insinuou que a falta de experiência de Trump no governo tinha recalibrado seus pensamentos. "Eu pensava, 'ah, não tenho experiência, não sei o suficiente'. E agora estou 'ah...'".
'Ela iria querer?'

Três meses depois, Oprah tuitou para seus 41 milhões de seguidores o link para um editorial do New York Post que a colocava como a melhor esperança dos democratas para vencer Trump em 2020.
"Precisam de uma estrela - uma grande, especial, destemida estrela que nem Trump possa intimidar, ou ofuscar", dizia o editorial. "Ela pode fazer isso, em teoria. A pergunta é: ela iria querer?".
"Obrigada pelo VOTO de confiança", respondeu Winfrey no Twitter.
Criada em Nashville, Milwaukee e Mississippi, Oprah foi estuprada aos 14 anos por um tio, engravidou e fez um aborto.
Após a faculdade, entrou para o Jornalismo antes de reinar por 25 anos como apresentadora, inaugurando uma era de televisão confessional antes de se tornar a primeira mulher negra a ser dona de uma rede de televisão.
No início da cerimônia do Globo de Ouro, no domingo (7), o mestre de cerimônias Seth Meyers divertidamente encorajou Oprah a concorrer contra Trump. Ao se tornar a primeira mulher negra a receber o prêmio Cecil B. DeMille pelas conquistas ao longo da vida, seu discurso abordou gênero, pobreza e questão racial.
"Por muito tempo, não ouviam as mulheres, ou não acreditavam nelas quando ousavam falar a verdade sobre o poder desses homens", disse, sob aplausos. "Então, eu quero que todas as garotas que estão assistindo aqui, agora, saibam que um novo dia está no horizonte".
Mas o eleitorado está pronto para colocar não apenas outra estrela da televisão, mas um "outsider" da política na Casa Branca?
"Existe um sentimento entre muitos no país de que experiência política anterior é na verdade um déficit", afirmou Cindy Rosenthal, professora de Ciência Política na Universidade de Oklahoma.
Mas se a política é um jogo de pessoas com dinheiro, então as chances existem.
"Há dinheiro ao redor de Oprah, Michelle Obama e George Clooney, mas as chances sugerem que Donald será difícil de ser batido", avalia Rupert Admas, porta-voz da rede mundial de apostas William Hill.

NOVAS SOLUÇÕES PARA O JEANS



Calça jeans pode se tornar mais 'verde' graças a bactéria

Agência France Presse






O índigo é o único corante capaz de dar ao blue jeans sua cor emblemática

A tradicional calça jeans poderia se somar à revolução verde, graças a um novo método de tintura mais ecológico, capaz de substituir o famoso corante azul índigo, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira (8).
O índigo, que é extraído de uma planta - embora hoje em dia seja sobretudo sintetizado-, é o único corante capaz de dar ao blue jeans sua cor emblemática. 
"Mas o processo requer etapas químicas prejudiciais ao meio ambiente" e "inviáveis" no futuro, indicaram os autores do estudo, publicado na revista científica Nature Chemical Biology.
Os cientistas desenvolveram um método para produzir o pigmento através de uma bactéria concebida em laboratório, advertindo que o processo requererá, no entanto, "melhorias" para ser utilizado em escala industrial. 
Naturais ou sintéticos, os cristais de índigo aderem à superfície do tecido. Seu azul intenso é muito resistente à lavagem, mas ao mesmo tempo os cristais vão se desgastando, dando esse efeito característico de calça usada.
Um total de 95% das 45.000 toneladas de índigo sintético utilizadas a cada ano são usadas para tingir as quatro bilhões de peças de blue jeans fabricadas anualmente, segundo dados do estudo.
Essa demanda "supõe um grave problema" de longo prazo, indica o estudo, referindo-se por exemplo ao uso de produtos químicos como o formol e o cianeto de hidrogênio, assim como ao fato de que "muitas fábricas (...) despejam os materiais de tintura nos rios, com um impacto ecológico negativo".
Os autores do estudo conceberam uma bactéria E.coli, que como a planta fabrica indoxil, ao que se adiciona uma molécula de açúcar, antes de acrescentar uma enzima que permite obter o índigo para tingir o tecido. 
"O produto final é idêntico", assegurou um dos autores, John Dueber, da Universidade da Califórnia.
No entanto, para produzir as cinco gramas de índigo necessárias para tingir uma calça, seriam necessários "nesta fase vários litros de bactérias", de modo que seu laboratório está trabalhando para melhorar o processo, explicou à reportagem.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 09/01/2018



Fundo partidário: Senado quer derrubar veto do TSE

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 






O Senado Federal quer derrubar a resolução de 2014 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que vetou o repasse dos diretórios nacionais das legendas para representações regionais ou candidatos impedidos de receberem recursos do chamado Fundo Partidário.  O projeto, de autoria do presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), está pronto para ser votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O parlamentar argumenta que a decisão do TSE “invade de forma indevida a gestão interna das legendas”.
Boa hora
Também do PP, o relator do projeto, senador Benedito de Lira (AL), endossa o discurso de Ciro ao afirmar que a proposta vem “em boa hora e corrige a atitude do TSE”.
Novos antigos
Se o eleitor já se confunde em meio às dezenas de legendas existentes no Brasil, imagine agora. Diversos partidos mudaram, mas o Tribunal Superior Eleitoral ainda não oficializou os novos nomes. A Câmara e o Senado também mantêm os nomes antigos.
Estanque
A primeira semana de articulação por votos pela reforma da Previdência foi estéril. O Governo não conseguiu avançar e conta, hoje, com no máximo 260 votos para aprovar as mudanças nas regras de aposentadoria. Mesmo patamar de dezembro, antes do recesso parlamentar.
Micou
A Coluna antecipou que o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e Adilson Barroso, presidente do Patriota, tinham travado a negociação. Áudio de Barroso pra militantes foi estopim. Patriota deve voltar a se chamar PEN. Barroso consulta TSE. Mico de 2017/18. Fez até propaganda na TV. Bolsonaro queria partido todo pra família.
Avesso do avesso
O PEN já se mobilizou no fim de semana atrás do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa para lhe oferecer a legenda.
À Hitler
A ex-atriz global Valéria Monteiro se juntou às fileiras anti-Bolsonaro. Em vídeo, cita Hitler ao atacar o presidenciável: “Ele (Hitler) começou assim: levou uma Alemanha pobre e descrente a acreditar nas suas mentiras assim como você faz”.
Disparo
Presidente da CPI que investigou o sistema carcerário, o deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF) dispara contra o Judiciário ao comentar os motins no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia e em outras cadeias brasileiras: “O gestor do sistema prisional precisa isolar os líderes das facções, mas, infelizmente, o Poder Judiciário não permite o isolamento”.
No papel
A CPI aprovou uma série de propostas que não saíram do papel. Entre elas, a que determina a adoção de escâner corporal nos presídios, para acabar com a revista íntima, e regras para o interrogatório por vídeoconferência para réus presos. Outra sugestão é a instalação de câmeras de vídeo com captação de áudio nas celas.
Cony: no trilho das letras
Como a vida dá voltas e às vezes te tira dos trilhos, literalmente, o Brasil ganhou um senhor escritor e jornalista, que deixou sua obra imortal: quando pequeno, Carlos Heitor Cony sonhava ser.. maquinista da Central do Brasil.
Pacto
Carlos Heitor Cony e Ziraldo tinham um pacto velado: os inseparáveis suspensórios para as calças: quem morresse primeiro deixava os seus de herança ao amigo.
Ponto Final
“As provas da absoluta negligência do governo Marconi Perillo em relação aos presídios de Goiás são irrefutáveis”.
Do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO)

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

VOCÊ AINDA ACREDITA EM POLÍTICO? - EU NÃO.



Presidenciáveis mudam discurso e defendem posições que antes criticavam

Estadão Conteúdo






Rosto velho, roupa nova. A expressão "se não me falha a memória..." deverá ser muito usada neste ano eleitoral. Afinal, "se não me falha a memória", o candidato que hoje prega contra a reforma da Previdência já foi mais simpático às mudanças no setor. "Se não me falha a memória", outro presidenciável que hoje garante que vai privatizar diversas estatais já jurou que jamais tocaria em nenhuma delas. Políticos realmente mudam de opinião ou apenas adaptam seus discursos de acordo com a plateia ou conveniência eleitoral?

Quando a memória falha ainda é possível ir ao Google ou às redes sociais para se certificar daquilo que foi dito em outro "momento". Veja o caso do deputado e presidenciável Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que acaba de se acertar com o PSL e reforça a ideia de ser um defensor da economia de mercado. Recentemente, Bolsonaro escreveu que "o Brasil precisa de um Banco Central independente!". Para ele, com a independência do BC, "profissionais terão autonomia para garantir à sociedade que nunca mais presidentes populistas colocarão a estabilidade do País em risco".

Em 2016, porém, questionado sobre o tema, proferiu: "Daí eles decidem a taxa de juros de acordo com os interesses dos colegas do mercado financeiro? Então é melhor o pessoal do BC governar o País como se uma junta fosse". Procurada, a assessoria do deputado informou que ele não se manifestaria.

Além de Bolsonaro, outros presidenciáveis também mudaram ou adaptaram seus discursos. Se hoje o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chama a reforma da Previdência de "crime contra o povo mais pobre", em 2015 ele pensava um pouco diferente. Em entrevista, Lula falou: "A gente morria com 60 anos de idade, com 50 anos de idade, agora a gente tá morrendo com 75 (...). Você não pode ficar com a mesma lei que você tinha feito há 50 anos".

Questionada, a assessoria do petista afirmou que não há contradição e que Lula é contra "essa reforma da Previdência, proposta por Michel Temer".

Já o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que, em novembro passado, declarou que "um terço das estatais federais foi criada pelo PT e que a maioria delas deve ser privatizada", já teve opinião diferente. Na eleição de 2006, quando disputou o segundo turno com Lula, ele dizia não existir nenhum projeto de privatização. "Vamos investir em empresas públicas, como Banco do Brasil, Correios, Caixa e Petrobrás." Na mesma eleição, Alckmin chegou a vestir jaqueta com o logotipo de estatais para indicar que não iria privatizá-las.

Questionado agora, o tucano disse que em 2006 procurou "contestar Lula". "Ele dizia que eu ia privatizar Banco do Brasil e Petrobras. Eram mentiras. Mas eu sempre fui favorável à redução do tamanho do Estado", afirmou.

Discursos

Para o cientista político Claudio Couto, da Fundação Getulio Vargas (FGV-SP), essas "reorientações de discursos" têm ocorrido em um grau cada vez mais forte. "Isso acontece porque o discurso que se faz dentro dos partidos para animar as militâncias costuma ser muito diferente do discurso que é produzido para conquistar o eleitor comum." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

DEMOCRACIA RELATIVA DE LULA E MADURO CADA UM AO SEU MODO

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