segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

O GOVERNO TERÁ QUE MOSTRAR A SUA AGENDA DE REFORMAS PARA 2018



Rodrigo Maia diz que Meirelles deveria apresentar agenda pós-Previdência

Estadão Conteúdo






A respeito da votação da reforma na Câmara, marcada para a semana do dia 19 de fevereiro

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acredita que o ministro da Fazenda e possível candidato à Presidência da República, Henrique Meirelles (PSD), deveria apresentar à sociedade uma agenda que avance além da reforma da Previdência. "Na minha opinião, a agenda do ministro Meirelles, e não estou aqui querendo criticar... Ela comete (um erro), do meu ponto de vista, e já disse (isso) a alguns assessores dele. Ela vai só na primeira parte do processo. A sociedade quer saber como você faz a segunda", disse o deputado, em entrevista ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, exibida no início da madrugada desta segunda-feira, 8. "Todos nós que temos essa agenda (da reforma) como prioritária, temos que falar da segunda parte da agenda. Senão fica muito árida. Fica só a parte que, em tese, vai tirar alguma coisa de alguém. Que não é verdade, mas é o que se vende aí, pelos campos da esquerda."

Ao responder uma questão sobre a convergência de pensamento de pré-candidatos que se colocam como alternativas de centro nas eleições deste ano - caso de Meirelles e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) -, Maia demonstrou distanciamento do ministro da Fazenda. "Discordo frontalmente de que a minha agenda necessariamente é 100% igual ao que pensa o Meirelles", afirmou, para então dizer que o possível candidato do PSD à Presidência deveria apresentar à sociedade um discurso que justifique a reforma da Previdência e que mostre o impacto que ela terá na vida das pessoas. "Por que vai fazer a reforma da Previdência? Ela existe porque na hora que tem uma rebelião em Goiás (como ocorreu no início deste ano), os governadores fazem uma carta e todos os pedidos deles têm relação com dinheiro. Porque está faltando recurso para a segurança. A gente quer a reforma da Previdência para reduzir o gasto aqui para sobrar recurso e cuidar da segurança", afirmou o parlamentar.

A respeito da votação da reforma na Câmara, marcada para a semana do dia 19 de fevereiro, Maia manteve o discurso otimista. "Dia 19 vamos ter voto", afirmou. "O deputado é pragmático. É um tema polêmico, mas fundamental." O parlamentar afirmou que o governo, "em um primeiro momento", falhou na comunicação das mudanças na Previdência. Agora, no entanto, ele acredita que o "que está colocado para a população é facilmente explicável para a sociedade". Maia contou um episódio recente em que teria saído aplaudido após fazer um discurso em defesa da reforma em um "bairro simples" (sem identificar a cidade).

O presidente da Câmara voltou a lamentar que a reforma não tenha sido aprovada no ano passado, por causa das denúncias da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer. "Em março ia votar. A gente estaria hoje com previsão de crescimento de 4% a 4,5% da economia. Ia ter que estar controlando o consumo de energia por causa disso."

Presidenciável. Maia participou do programa Canal Livre no âmbito de uma série de entrevistas dedicada aos possíveis candidatos à Presidência. Apesar disso, disse que, no momento, a chance de ser o escolhido do DEM é "zero", embora reconheça que seu nome esteja "colocado no debate". "O DEM vai ter um candidato nessa bancada aqui (durante as eleições), o candidato do DEM, não estou dizendo que sou eu." Ele citou como outros possíveis nomes do partido o ministro da Educação, Mendonça Filho (PE), e o prefeito de Salvador, ACM Neto. A última vez que o DEM encabeçou uma chapa presidencial foi em 1989, com Aureliano Chaves (o partido ainda se chamava PFL).

Maia disse que, acima da discussão sobre candidaturas ou sobre a eventual união de partidos de centro-direita, é preciso que seja definido um projeto "que saia do populismo, da demagogia". "Quero fazer parte de um projeto que seja muito transparente com a sociedade, que fale pra sociedade de forma clara: 'tem aqui um volume de despesas que é incompatível com a realidade do Brasil'." Não é possível, no entanto, "misturar o governo com a construção de um projeto", disse Maia. "O governo é beneficiário desse candidato (que defenderia a agenda reformista e de corte de gastos). A agenda que o governo colocou na pauta é uma agenda que é convergente com a desse candidato. Agora se você começar a estar preocupado com candidato que é pra defender governo, não vai sair do lugar. Você vai perder a oportunidade de atrair outros polos da sociedade em um primeiro momento."

O presidente da Câmara acredita ser possível participar da eleição com o discurso da austeridade. "Se for pra ganhar mentindo, é melhor perder falando a verdade." Em tom de brincadeira, Maia afirmou que o centro está congestionado (por causa do grande número de pré-candidatos), mas ao mesmo tempo vazio (pois não há um pré-candidato dessa linha que apareça bem nas pesquisas). "Tem que ver como se constrói um cento com votos." Maia declarou "apostar tudo" na ideia de que a aprovação da reforma da Previdência irá gerar efeitos econômicos positivos ainda em período eleitoral, o que tem o potencial de beneficiar eleitoralmente seus defensores. "Se (a reforma) não for aprovada, o cenário econômico será pior para a eleição e ruim para quem está na base do governo, mas o debate da reforma do estado está colocado", disse.

Lula. Sobre o líder das pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Maia disse preferir que ele seja vencido nas urnas. "Queria disputar com o Lula. Ele sairá derrotado da eleição. Vamos acabar com o mito." Segundo o presidente da Câmara, a campanha servirá para mostrar que o petista é o "culpado" pela crise. "Lula está bem nas pesquisas porque o governo do presidente Michel está injustamente muito mal avaliado", disse. "O candidato que for para o debate, colocar o dedo na ferida, tem espaço para que ele (Lula) não tenha os 30% (de intenção de voto) que tem hoje." Maia disse não crer em "convulsão social" caso a condenação de Lula seja confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, no dia 24.

Regra de ouro. O presidente da Câmara afirmou que a flexibilização da chamada "regra de ouro", que impede o governo de emitir dívida em volume superior a investimentos, é necessária para 2019. Segundo ele, com o atual crescimento das despesas, "a regra de ouro fica impossível de ser atingida" no próximo ano. Maia disse que a discussão sobre a medida é a "prova" da necessidade de aprovar a reforma da Previdência.

O parlamentar aproveitou a discussão sobre o tema para alfinetar o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro. O deputado lembrou que o cumprimento da regra para este ano pode ser assegurado com a devolução de R$ 180 bilhões pelo banco ao Tesouro Nacional. Rabello, no entanto, já mostrou resistência em devolver os recursos. "Ele deve ter sido nomeado pelo presidente (dos Estados Unidos, Donald) Trump e aí não quer devolver", comentou Maia.



PAPA DÁ LIBERDADE ÀS MÃES PARA AMAMENTAREM OS SEUS FILHOS



Sintam-se livres para amamentar seus filhos na Capela Sistina, diz papa

AFP








O Papa Francisco batizou 34 crianças durante uma grande cerimônia na Capela Sistina

O Papa Francisco batizou 34 crianças durante uma grande cerimônia na Capela Sistina neste domingo e disse às mães que poderiam sentir-se livres para amamentar os bebês ali se eles tivessem fome.
Durante a cerimônia, que durou mais de duas horas, Francisco batizou 18 meninas e 16 meninos, incluindo dois pares de gêmeos. As informações são da agência Reuters.
"Se eles começam com um concerto (de choros), ou se estão incomodados, ou com calor, ou não se sentem bem, ou têm fome... Amamentem-os, não tenham medo, alimentem-os porque isso também é linguagem de amor", disse o papa em uma homilia improvisada.
As mulheres ainda enfrentam demonstrações de desgosto em alguns países por amamentarem seus filhos em público, embora a atitude esteja mudando.
O papa já fez comentários similares em cerimônias passadas. Imagens de televisão mostraram ao menos uma mãe alimentando seu bebê com uma mamadeira.
O batismo papal é um evento anual restrito a filhos de funcionários do Vaticano ou da diocese de Roma.

ANITTA - FENÔMENO NACIONAL E INTERNACIONAL



Sucesso no Brasil e no mundo, Anitta foi a cara e a atitude do pop em 2017

Jéssica Malta





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Com o perdão do trocadilho, foi impossível ignorar a presença de Anitta em 2017. A cantora carioca dominou as paradas musicais, explorou diversos estilos – desde o sertanejo pop de “Loka”, com a dupla Simone & Simaria, à quase bossa nova de “Will I See You”, parceria com o compositor e produtor norte-americano Poo Bear – e partiu em busca da carreira internacional, com canções em espanhol e inglês.
Ou seja, em 2017 nasceu “Anira” (pronúncia americanizada do nome da cantora), com um projeto de internacionalização da carreira que rendeu vários frutos. O mais suculento, a 10ª posição na lista dos 50 artistas mais influentes nas redes sociais da Billboard, alcançada nesta semana. Além ser a primeira brasileira a entrar neste ranking, Anitta superou nomes como Lady Gaga, Beyoncé e Justin Bieber.
Culpa de hits como “Downtown”, parceria com o colombiano J Balvin, e seu mais recente lançamento “Vai Malandra”, que se posicionaram entre os mais executados mundialmente no Spotify. “A Anitta é um caso interessante, porque ela não tem uma carreira longa, mas já está conseguindo feitos grandes”, observa o jornalista Valmique Júnior, do portal Muza, especializado em cultura LGBT. “Ela conseguiu trazer para o pop nacional um interesse do público, uma visibilidade comum às divas internacionais. Mesmo que você não goste, você não ignora: fica sabendo dos lançamentos, dos feitos”.

Força
Com tanta exposição e sucesso, não faltaram motivos para que a cantora protagonizasse um dos memes mais difundidos nas redes sociais, que cravava: “A Anitta é a única coisa que funciona no país”. As mais de 1,5 bilhões de visualizações conquistadas somente com os lançamentos de 2017 reforçam ainda mais essa crença. “Ela rompeu com a tradição brasileira de mostrar ao mundo exclusivamente a MPB, que é vista geralmente como uma produção de melhor qualidade”, pontua o jornalista Paulo Proença, da Rádio Inconfidência.
As elogiadas estratégias de marketing adotadas pela cantora renderam análises (os “textões”) que povoaram as redes sociais, também são um fator importante para entender o êxito da cantora. Sem lançar um disco, ela apostou um diversos singles – todos com grandes resultados nas plataformas de streaming, nas rádios e no YouTube. Resultado? “É impossível lembrar de 2017 e não pensar no tanto que a Anitta esteve presente”, aponta Valmique Júnior.

Comportamento
Além dos recordes e dos sucessos no cenário da música pop, a cantora também levantou debates e propagou a representatividade em vários de seus trabalhos. “O maior acerto da Anitta em 2017 foi possibilitar o debate de questões que permeiam o funk e a cultura periférica, entre artistas, estudiosas e movimentos sociais. Vide o clipe de ‘Vai Malandra’, um dos assuntos mais comentados recentemente nas redes sociais no Brasil”, pontua Proença.
Prova disso é que o citado vídeo, que apresenta a funkeira plus size Jojo Todynho, representantes das comunidades periféricas e pessoas LGBT, rendeu a melhor estreia brasileira da história no YouTube, com 14 milhões de visualizações em 24 horas.

DEMOCRACIA RELATIVA DE LULA E MADURO CADA UM AO SEU MODO

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