segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

PELÉ EM CADEIRA DE RODAS NA RÚSSIA



Maradona dá beijo em Pelé no sorteio da Copa do Mundo da Rússia

Estadão Conteúdo










Os dois maiores astros do futebol deixam as diferenças de lado em demonstração de carinho e respeito



Antes do início do sorteio dos grupos da Copa da Rússia, realizado nesta sexta-feira, (1), em Moscou, o ex-craque Diego Armando Maradona protagonizou um momento histórico. Quando encontrou Pelé, que estava em uma cadeira de rodas, Maradona deu um beijo na testa do maior jogador do futebol. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, presenciou o momento ao lado de convidados ilustres.

Depois de anos de divergências, os dois maiores astros do futebol, convidados especiais da cerimônia, pareceram deixar para trás todas as diferenças com a demonstração de carinho.

Durante a cerimônia, Maradona não perdeu o tom crítico ao comentar as chances da Argentina na Copa do Mundo da Rússia. O craque participou do sorteio do Mundial, realizado na tarde desta sexta-feira, em Moscou, e analisou a chave de seu país, o Grupo D, formado por Islândia, Croácia e Nigéria.

"É um grupo acessível para a Argentina pelas equipes que foram sorteadas. Mas a Argentina tem de melhorar, não pode jogar tão mal como vem fazendo", afirmou Diego Armando Maradona, ex-craque argentino.

Maradona fez referência ao drama que a Argentina viveu para se classificar nas Eliminatórias. A equipe conseguiu a vaga apenas na última rodada, quando Lionel Messi fez os três gols da vitória sobre o Equador, em Quito.

O grupo da Argentina na Copa pode ser considerado de dificuldade média. A estreia será no dia 16 de junho, dois dias depois da estreia, em Moscou. O adversário será a Islândia, a grande surpresa da Eurocopa 2016, quando avançou até as quartas de final de maneira surpreendente, perdendo para a França.

O segundo adversário será a Croácia, na cidade de Nizhni, no dia 21 de junho. O último jogo, no dia 26 de junho, será diante da Nigéria, velho conhecido dos argentinos, em São Petersburgo.

O Grupo D é confortável do ponto de vistas dos deslocamentos que o time de Messi terá de fazer. A equipe de Jorge Sampaoli terá de viajar 2.266 quilômetros entre idas e voltas. Se terminar entre os melhores do grupo, a Argentina vai enfrentar os melhores classificados do Grupo C, formado por França, Austrália, Peru e Dinamarca.

PROPAGANDA ELEITORAL NO BRASIL SERÁ IDÊNTICA A QUE ELEGEU TRUMP



'Consultoria de Trump' negocia com candidatos no Brasil

Estadão Conteúdo









Donald Trump, presidente dos EUA

Empresa de análise de dados que usou métodos controversos na vitoriosa campanha de Donald Trump, nos Estados Unidos, a consultoria britânica Cambridge Analytica, desembarcou no Brasil e negocia com dois potenciais pré-candidatos à Presidência para as eleições de 2018. O "braço" da Cambridge Analytica no país é a Ponte Estratégia, empresa que tenta ganhar espaço no mercado de marketing político nacional num cenário em que a disputa vai além das propagandas na televisão: a briga pelo eleitor se dará, em grande parte, nas redes sociais e nos aplicativos de conversa instantânea.

A disputa virtual ganhou ainda mais força após a reforma política - aprovada pelo Congresso e sancionada em outubro pelo presidente Michel Temer - liberar o chamado impulsionamento de conteúdo nas redes sociais e aplicativos - por exemplo, propaganda em Facebook, Twitter, Instagram e WhatsApp.

Métodos

Os métodos da Cambridge consistem em processar uma quantidade enorme de dados e informações que circulam nas redes para definir perfis de eleitores. É possível mapear grupos por desejos e sentimentos, e não apenas por regiões ou faixas etárias. Nos Estados Unidos, a Cambridge dizia ser capaz de ler a mente dos cerca de 200 milhões de americanos.

A Cambridge levou para a política a estratégia usada por empresas: o microtargeting. A ideia de produzir discursos eleitorais "on demand", porém, provocou um debate nos Estados Unidos sobre os dilemas éticos envolvidos na estratégia, como a possibilidade de manipular discursos para grupos específicos.

Nos Estados Unidos, a eleição de Trump virou motivo de investigação, pelo FBI, de interferência russa no resultado do pleito por meio da compra de publicidade em redes sociais e disseminação de notícias falsas favoráveis ao candidato republicano.

Franquia

O publicitário André Torretta, de 52 anos, é dono da Ponte Estratégia, a consultoria que abriu no País a franquia da Cambridge Analytica. Com experiência em marketing político brasileiro, Torretta refuta a acusação de manipulação de informações nas eleições americanas. Ele disse que a Cambridge não tem tecnologia nova, mas "metodologia" diferente.

"A gente usa o que já existe. Se você tiver um banco de dados comportamental, pode usá-lo. Pega todo mundo que gosta de arma, que tem interesse por esporte, por exemplo. Os Estados Unidos têm legislação que permite a confecção desses bancos de dados, a compra deles", afirmou.

Segundo Torretta, o método da empresa britânica será "tropicalizado". "Não temos banco de dados no Brasil para fazer microtargeting por pessoa, como nos Estados Unidos", afirmou. "Mas, se eu tenho uma comunicação endereçada, por que eu não endereço?"

O publicitário afirmou que um candidato a presidente em 2018 deverá desembolsar ao menos R$ 30 milhões com "impulsionamento" nas redes sociais - compra de mídia em redes e aplicativos de conversas. É um valor bem menor se comparado aos gastos que os candidatos tinham ao produzir programas para televisão durante as campanhas nacionais. Ele não revelou com quais presidenciáveis está negociando para a eleição do próximo ano.

Torretta disse também que cabe às autoridades combaterem a disseminação de fake news nas redes sociais durante a eleição. "O risco de fake news será total em 2018. É preciso ter controle das redes sociais. Tudo na rede é rastreável", disse. No Brasil, segundo ele, será a eleição do aplicativo WhatsApp em razão de o número de usuários ser maior do que o do Facebook, por exemplo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

50% DA POPULAÇÃO DO BRASIL SE DIZEM NEGROS OU DESCENDENTES



Fórum denuncia Brasil à ONU por alta taxa de assassinato de negros; em Minas, são 73% das execuções

Tatiana Lagôa e Mariana Durães







Aos 16 anos, Leandro* foi vítima de “bala perdida” em Venda Nova, na capital mineira. Uma década depois, o irmão Vinícius*, de 33, foi executado por se envolver com o tráfico de drogas no mesmo bairro. Os dois fazem parte de uma estatística que mostra que nove negros morrem a cada dia em Minas – 73% dos homicídios registrados no Estado. Os dados mais atuais, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, são de 2015.
A quantidade de óbitos de jovens negros levou o Fórum Permanente pela Igualdade Racial (Fopir), entidade nacional que reúne grupos antirracistas, a protocolar denúncia contra o Brasil nas Organizações das Nações Unidas (ONU), em 22 de agosto. Apenas na semana passada ela se tornou pública.
Com base em histórias como as de Leandro e Vinícius e no relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Assassinato de Jovens do Senado, finalizado em 2016, o Fopir acusa o governo de omissão diante do que eles classificam como genocídio (extermínio parcial ou total de um grupo étnico, racial ou religioso). “O Senado faz recomendações a serem adotadas para mudar o quadro, mas nada foi feito desde então. Internacionalizando a questão, aumentamos a pressão”, afirma o advogado Daniel Teixeira, do Fopir.
A reportagem contactou o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Porém, não houve retorno até o fechamento desta edição.
Especialista em educação, cultura afro-brasileira e identidade racial, o professor Luiz Alberto Oliveira, da UFMG, afirma que a tentativa de pressionar a União não é nova e há certa dificuldade em levar as propostas até o fim por falta de interesse. “Os jovens negros estão morrendo de forma assustadora, e cada vez mais. É um assunto antigo, mas ninguém se importa com a vida deles. Isso é, claramente, racismo”.
Discriminação
Assassinatos de negros são apontados como reflexo de preconceito racial. O relatório indica que acontecem por ações de repressão por meio de intervenção policial e pela falta de políticas públicas eficientes de redução das mortes. “O Estado brasileiro é leniente com o genocídio”, diz o texto.
Pesquisador do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp), da UFMG, Frederico Marinho lembra que a vitimização dos negros é histórica. “É uma população inserida em áreas mais vulneráveis do ponto de vista de acesso à educação e inserção no mercado de trabalho. Isso faz com que a maioria resida em locais mais violentos e menos estruturados das cidades, tornando-se alvos fáceis”, observa.
O papel do crime organizado também deve ser discutido, reforça o professor Luiz Alberto Oliveira, da UFMG. Segundo ele, há mortes porque não existe controle nesse sentido. “São esses bandidos que assediam, dão oportunidade e também matam esses meninos”.
“Se a gente tivesse condições de morar longe do tráfico eu não teria perdido meus filhos. O mais novo tomou um tiro sem fazer nada de errado. O mais velho se envolveu com drogas por causa da falta de oportunidade” (Antônia*, de 58 anos, mãe de Leandro e Vinícius, jovens negros assassinados em BH, que culpa a desigualdade racial no país pela dor que sente desde 2001, quando perdeu o filho caçula)
Postura do país deverá ser cobrada em reunião internacional
Os assassinatos de negros no Brasil deverão pautar a próxima reunião de Direitos Humanos da ONU, prevista para março. “Já tivemos o retorno de que a instituição recebeu nosso doc[/TEXTO]umento e uma postura do país deverá ser cobrada no encontro”, afirma o advogado do Fórum Permanente pela Igualdade Racial (Fopir) que está à frente da medida, Daniel Teixeira. Ele explica que uma pressão do órgão internacional pode surtir efeitos devido às pretensões do governo federal de manter uma imagem de país justo e democrático. Neste ano, inclusive, as Nações Unidas chegou a fazer uma campanha chamada “Vidas Negras: Pelo fim da violência contra a juventude negra”.
No site da instituição, ela lembra que o Brasil está entre os 193 países que se comprometeram com a agenda de 2030 de desenvolvimento sustentável. “Se o racismo tem deixado os jovens negros para trás, ele precisa ser enfrentado. ‘Vidas Negras’ é um convite aos brasileiros e brasileiras a entrar no debate e promover e apoiar ações contra a violência racial”, diz a ONU.
De acordo com o Atlas da Violência, elaborado pelo Instituto de Economia Aplicada e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os negros têm 23,5% mais chances de serem mortos, se comparado aos brancos, amarelos e indígenas.
Em Minas, de 2005 a 2015, os óbitos de negros tiveram queda de 4,2% a cada 100 mil habitantes. Para o especialista em educação, cultura afro-brasileira e identidade racial, Luiz Alberto Oliveira, a variação ainda não significa melhora nesse cenário. “A realidade ainda é muito perceptível. Até temos programas como o ‘Fica Vivo!’, que tentam chamar a atenção do jovem para o risco da criminalidade, mas estamos longe de acabar com o problema. Nenhum Estado resolveu e não podemos blindar isso mais”, analisa.
No documento enviado pelo Fopir à ONU, são indicadas algumas soluções para o genocídio no país. Algumas propostas dizem respeito à padronização das informações sobre segurança pública, fundação de um banco nacional de dados sobre violência e desenvolvimento de um plano nacional de redução de homicídios.

LULA - MESMO CONDENADO POR CRIMES AINDA PRETENDE SER CANDIDATO A PRESIDENTE DA REPÚBLICA



Ações sobre Lula terão sentença até 2018

Estadão Conteúdo








As sentenças, com condenação ou absolvição, não têm o poder de inviabilizar a candidatura do petista mas podem dificultar ainda mais a campanha de Lula

Embora um dos principais obstáculos para disputar as eleições presidenciais do próximo ano seja uma possível condenação em segunda instância no processo do tríplex do Guarujá (SP), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda enfrentará outras batalhas jurídicas até outubro de 2018.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o petista será sentenciado, até as eleições, nas quatro ações penais sob tutela dos juízes Vallisney de Souza Oliveira e Ricardo Leite, respectivamente titular e substituto da 10ª Vara Federal em Brasília, especializada em lavagem de dinheiro e onde tramitam os processos relacionados às operações Lava Jato e Zelotes.

As sentenças, com condenação ou absolvição, não têm o poder de inviabilizar a candidatura do petista mas podem dificultar ainda mais a campanha de Lula para tentar voltar ao Palácio do Planalto. A primeira sentença em um caso envolvendo Lula na Justiça em Brasília pode sair ainda em 2017, e as outras três devem ser pronunciadas entre março e agosto.

O processo mais avançado é o de obstrução de Justiça no caso derivado da delação do ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) na Lava Jato. Conclusa para a sentença, a ação penal é conduzida pelo juiz substituto Ricardo Leite e deve ser decidida ainda este ano. Em setembro, o Ministério Público Federal (MPF) pediu a absolvição de Lula e do banqueiro André Esteves no caso.

No entendimento do procurador Ivan Marx, ao contrário do que afirmou Delcídio, "o pretendido silêncio" do ex-diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, à época em prisão preventiva, "não foi encomendado ou interessava a Lula, mas sim ao próprio senador".

"No entanto, (Delcídio) atribuiu falsamente a Lula a ordem para a prática do crime, e falsamente à família Bumlai (ligada a Lula) o pagamento da quarta e quinta entregas de valores para comprar o silêncio de Cerveró. Assim agindo, escondeu do Ministério Público Federal sua real função de chefe no esquema referido, angariando benefícios que não receberia se a verdade prevalecesse", sustentou o MPF ao pedir a absolvição do ex-presidente.

Também relacionado à Lava Jato, o processo da operação Janus é o segundo da lista de mais adiantados. As audiências devem ser realizadas em fevereiro, já que em janeiro há dificuldade no comparecimento de testemunhas.

Nesse cenário, a sentença é esperada para os meses de abril ou maio. Lula responde, nesse processo, por corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de influência por supostamente ter recebido valores da Odebrecht por meio de uma empresa do sobrinho de sua ex-mulher, Taiguara Rodrigues.

Segundo o MPF, "as práticas criminosas ocorreram entre, pelo menos, 2008 e 2015 e envolveram a atuação de Lula junto ao BNDES e outros órgãos sediados em Brasília com o propósito de garantir a liberação de financiamentos pelo banco público para a realização de obras de engenharia em Angola".

Carros

Lula responde a outros dois processos, no âmbito da Operação Zelotes. Um é sobre suposta aceitação de promessa de vantagem indevida de R$ 6 milhões para favorecer montadoras na edição da medida provisória 471, de novembro de 2009. A previsão é de que, neste caso, a realização das audiências das testemunhas de defesa e acusação aconteça entre os meses de março e abril. A meta na Justiça Federal é que o processo esteja concluso para sentença no mês de junho.

Já o processo sobre suposto tráfico de influência e corrupção na compra dos caças Grippen estava paralisado para cumprimento de cartas rogatórias, quando é necessário ouvir pessoas fora do País ou em localidades fora de Brasília, e deve ter seus interrogatórios realizados em fevereiro. A previsão é que em março o caso esteja concluso para sentença do juiz Vallisney de Souza Oliveira. O caso foi revelado pelo Estado em 2015.

Absolvição

Por meio de sua assessoria de imprensa, o advogado Cristiano Zanin, responsável pela defesa de Lula, afirmou que as acusações apresentadas contra o petista na Justiça em Brasília "seguem a mesma lógica das demais, pois não se baseiam em elementos concretos, mas em hipóteses delirantes e sem qualquer materialidade".

"Já foram ouvidas mais de 60 testemunhas, de acusação e defesa, e não há qualquer elemento que possa sustentar as acusações contra Lula. Na ação mais avançada, originada na delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral, o próprio Ministério Público Federal, corretamente, pediu a absolvição do ex-presidente, porque não há qualquer elemento que possa sustentar a acusação", afirmou o advogado.

No entendimento de Zanin, as ações somente terão resultados "legítimos" se houver a absolvição de Lula, "considerando que ele não praticou nenhum ato ilícito" na Presidência ou depois. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

ECONOMIA NO MUNDO E NO BRASIL

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