segunda-feira, 20 de novembro de 2017

POLÍTICOS MIRAM REDES SOCIAIS PARA FAZER POLÍTICA



De olho em 2018 e em busca de 'likes', políticos mineiros reforçam presença na rede social

Da Redação







Com uma campanha eleitoral mais curta, de apenas 45 dias, e menos dinheiro, já que o novo teto para os gastos está em vigor, cresce exponencialmente a importância das redes sociais como meio de melhorar a imagem da classe política – desgastada com a “Lava Jato” – e de angariar votos.
A pouco menos de um ano para o pleito, políticos mineiros tarimbados, pretensos candidatos e partidos começam a definir estratégias e já lançam mão do mundo virtual. Nas mídias sociais, desfilam algumas pré-candidaturas – o que é permitido pela legislação eleitoral.
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Um dos pré-candidatos ao governo de Minas mais atuantes nas mídias sociais é o ex-deputado Dinis Pinheiro (PP). Mas ele, mineiramente, nega que seja pré-candidato. “Ainda é cedo. Só se tira o sapato na beira do rio”, diz. Mesmo assim, admite que tem usado a internet como forma de conversar com o eleitor.
Ex-presidente da Assembleia Legislativa de Minas, Dinis diz que seu trabalho nas mídias sociais ainda não exige uma equipe profissional. “São no máximo duas pessoas. E eu mesmo estou envolvido”, afirma, sem revelar se já mudou alguma estratégia depois da repercussão de alguma postagem. “Estamos ali para discutir, debater e ouvir sugestões”, resume. A fanpage de Dinis Pinheiro já tem cerca de 130 mil seguidores. Só neste ano, ele visitou entre 70 e 80 cidades mineiras.
Já o ex-prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, que também é pré-candidato ao Palácio Tiradentes, viajou por mais de 100 cidades de janeiro de 2017 pra cá. Tudo devidamente registrado nas redes sociais.
Na sua página do Facebook, onde acumula mais de 45 mil curtidas, as postagens são quase que diárias. Em uma das publicações mais recentes, Lacerda, que é presidente estadual do PSB, disse que só será candidato no ano que vem se tiver um plano de governo com propostas viáveis. “Não irei nunca prometer uma coisa e fazer outra”, escreveu.
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campanha na internet
O presidente do PDT mineiro, Mário Heringer, também reconhece o poder das mídias sociais. Tanto que já tem conversas adiantadas com o especialista em Marketing Eleitoral e Digital Marcelo Vitorino. “O contrato deverá ser assinado nos próximos dias”, revela. Além de Minas, Marcelo também estaria sendo sondado para trabalhar na campanha do presidenciável Ciro Gomes, pelo PDT nacional.
Heringer critica a legislação que diferencia pré-candidatos de candidatos. “É uma hipocrisia. Estão cerceando as discussões políticas. Mais do que nunca precisamos ampliar o debate e as discussões. Sem isso, não se faz política”, alfineta.
Legislação
Enquanto a campanha não esquenta, todos devem – segundo a legislação eleitoral – se apresentar nas mídias sociais como pré-candidatos. Porém, a regulamentação recebe algumas críticas.
“Não se pode pedir votos, e sim, apoio político. Mas como diferenciar um do outro? É uma linha muito tênue, mas há jurisprudência”, diz o especialista em Direito Eleitoral Raphael Maia. Segundo ele, a Justiça entende que pedir votos é citar um número específico que já remete àquele candidato.
Maia lembra que o então candidato Hélio Costa teve que mudar sua identificação no Twitter onde aparecia com o nome de @heliocosta15. A interpretação foi a de que ele já remetia ao número de seu partido, o PMDB.
Somente após as convenções, previstas para junho, é que as candidaturas serão oficializadas.
Reversão da imagem negativa requer tempo e estratégia
Apesar dos esforços no mundo virtual, há pela frente um longo caminho a ser percorrido. Para o especialista em Marketing Eleitoral e Digital Marcelo Vitorino, ainda falta muito para que as pessoas façam a coisa certa.
“Como o nome diz, redes sociais demandam relacionamento social. Não é da noite para o dia. Não há prazo para reversão da imagem arranhada de um político, por exemplo, porque vai depender da estratégia. Além das redes, há ainda a reputação no Google, que demanda, no mínimo, seis meses de trabalho”, calcula.
Para ele, o eleitor cansou de “conversa mole”. “Ele quer as cartas na mesa. Ficha Limpa é o mínimo. Mais do que se mostrar como o novo, será necessário se apresentar como autêntico”, diz.
Com relação a reverter os danos à imagem dos políticos, Vitorino cita o exemplo do senador Aécio Neves.
“Ele já vinha perdendo musculatura política. Porém, o afastamento do Senado foi além e o jogou no grupo de corruptos para o eleitor médio. Pensar em expansão de marca diante de um cenário como o que ele encontra é jogar o pouco tempo que tem fora. Agora terá que tentar salvar o nome, provavelmente fazendo um resgate histórico”, opina o especialista. Aécio alega inocência.
Legendas
Procurado para falar sobre as estratégias em mídias sociais, o PSDB, por meio da assessoria de comunicação, alegou que o partido não influencia nem elabora nenhum planejamento, deixando as estratégias para os próprios candidatos.
Os demais partidos em Minas não se posicionaram. A maioria já atua nas mídias sociais com atualizações frequentes.
Impulsionamento
Vitorino prevê ainda um novo momento das mídias sociais e sua grande influência nas eleições. Com a permissão do chamado “impulsionamento de conteúdo”, o especialista acredita que os candidatos vão “sair da bolha”. Com conteúdos patrocinados, os pré-candidatos terão a chance de falar com públicos que estão além do seu grupo habitual de seguidores.
Porém é preciso cuidado, alerta. O conteúdo deve ser de qualidade e abrangente. “Não é como vender fralda”, ironiza. E, neste aspecto, o especialista avalia que faltam profissionais qualificados. “É preciso entender de tecnologia e política. Só que geralmente quem entende de um não entende do outro”, compara.


FUTURO - CARRO SEM MOTORISTA CIRCULANDO PELAS RUAS E ESTRADAS



Londres autorizará a circulação dos primeiros carros sem motorista

AFP










O Reino Unido anunciará na próxima quarta-feira (22) um plano que permitirá que os primeiros carros sem motorista comecem a circular pelas ruas britânicas até 2021, informou neste domingo (19) o ministério das Finanças.
O governo fornecerá mais informações a respeito de mudanças nas normas para que a indústria dos carros autônomos possa fazer circular esses novos veículos, segundo partes do documento orçamentário que srá apresentado na quarta-feira, divulgadas por seu gabinete.
Londres prevê também investir 160 milhões de libras esterlinas para instalar a tecnologia 5G, considerada como necessária para a fabricação de um carro sem motorista e um orçamento de 75 milhões de libras para financiar o desenvolvimento da inteligência artificial.
O setor dos carros autônomos movimentará 28 bilhões de libras esterlinas, cerca de 120 bilhões de reais, segundo estimativas.
O ministro também anunciará um fundo de 400 milhões de libras destinados às empresas que queiram instalar pelo país pontos de recarga elétrica para esses carros.
O Executivo prevê, por último, planos de financiamento para os cidadãos que tiverem interesse em adquirir um veículo elétrico.

FAMOSO ASSASSINO MORRE NA CADEIA NOS ESTADOS UNIDOS



Assassino Charles Manson morre aos 83 anos na Califórnia

Estadão Conteúdo










O guru-assassino Charles Manson, 83, morreu neste domingo (19) de causas naturais


O assassino em série Charles Manson morreu na noite deste domingo, 19, em um hospital do condado de Kern, na Califórnia, aos 83 anos, de causas naturais. Manson estava preso desde 1971 por ter sido o mentor intelectual da morte da atriz Sharon Tate e de outras seis pessoas em 1969.

Os assassinatos foram cometidos em Los Angeles por membros da "Família Manson", uma seita que o tinha como líder máximo. A morte a facadas de Tate, então grávida do diretor Roman Polanski, teve repercussão mundial. Inicialmente, Manson foi condenado à morte, mas teve sua punição convertida em prisão perpétua quando a pena capital foi abolida na Califórnia.

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REVIVENDO O PASSADO DA REVOLUÇÃO DE 1964



O ano de 1968 e o AI-5
Manoel Hygino 









Zé Torres, ou melhor José Antônio Breyner Torres, lançou em 2013 seu livro “Mineiríades – Cantos de Minas”, com versos muito irônicos sobre a gente de Belo Horizonte ou que aqui viveu. Eis o sexteto inicial: “Quando eu nasci, aquele anjo me olhou de soslaio e disse: – Seja o que Deus quiser! Amém”.
O registro vale para Márcio Moreira Alves, de ilustre família de minha cidade natal, com forte atividade política e social. À porta da casa de um deles, do médico João Alves e D. Tiburtina – se deu o famoso tiroteio de 6 de fevereiro de 1930, com mortos e feridos.
Pois bem. Márcio Moreira Alves se tornou o principal protagonista da batalha que resultou no Ato Institucional nº 5, em 1968. O ano que já bate à porta do calendário, o 2018, assinala o cinquentenário do AI-5, de temida lembrança, e de tantos outros fatos de repercussão internacional. Sobre o tema, Márcio escreveu “68 mudou o mundo”, lançado pela Nova Fronteira em 1993, com prefácio de Gilberto Dimenstein. O volume conduz um subtítulo: “A explosão dos sonhos libertários e a guinada conservadora num ano que valeu por décadas”.
Efetivamente assim é. Pode-se, assim, evocar Marx que, ao ensejo da Comuna de Paris, escreveu: “Há dias que valem por séculos na história dos povos”. A propósito, John Reed também lembrará a revolução russa de 1917 em “Dez dias que abalaram o mundo”.
Neste tempo em que se recorda com ênfase a Jornada contra a Fome, liderada pelo mineiro Betinho, Herbert José de Souza, gente do Norte de Minas, sociólogo e hemofílico, nada mais próprio do que advertir sobre 1968, quando se deram fatos dignos de menção. Há meio século, um discurso do deputado Márcio foi considerado ofensivo às Forças Armadas, contestadas veementemente, inclusive porque renovava denúncia de torturas.
Os estudantes ficaram ao lado do Márcio Alves, até porque ainda estava muito vívido o assassinato de Martin Luther King, líder da luta dos negros norte-americanos por seus plenos direitos civis. Executado em um hotel de Memphis, no Tennessee, sua morte foi um rastilho de pólvora pelos bairros pobres das grandes cidades de Tio Sam, com extensão pelo mundo. No Brasil, os grupos radicais defendiam a luta armada, embora Márcio sustentasse que os jovens não se moviam pelo sonho socialista, mas pelo sonho “pequeno burguês”. Queriam entrar na faculdade (como até hoje), conseguir uma vaga de trabalho, aumentar a competitividade no mercado, algo muito pragmático.
Enfim, um sonho de mudança, com a lei acima dos homens. O deputado se defendeu na Câmara, com o país tenso. Resultado: o AI-5 foi assinado em 13 de dezembro de 1968, embora se afirmasse que a decisão fora tomada em 27 de junho, quando um atentado a bomba matou um sentinela do QG do III Exército, em São Paulo. Com a invasão da Universidade de Brasília pelas forças de segurança, os ministros militares exigiram do Parlamento licença para processar Márcio, abrindo uma grave crise institucional.
Márcio foi cassado. Depois, veio o que se sabe e que o autor do livro, o próprio Márcio, conta em minúcias muito valiosas para visão mais aprofundada da questão.
Em resumo, estamos ingressando no cinquentenário de um ciclo da história que até hoje nos influencia.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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