Austeridade econômica compromete políticas de combate à violação dos
direitos humanos
Coluna Esplanada - Leandro Mazzini
A austeridade
econômica, com a redução e contingenciamento de recursos, atinge em cheio
programas e ações de combate à violação dos direitos humanos no Brasil. É o que
mostra amplo relatório produzido pela Plataforma DHESCA no período de abril a
setembro de 2017. Nas 128 páginas, são detalhados o “desmonte” da política de
agricultura familiar, a violação dos direitos humanos da população afetada pela
tríplice epidemia (dengue, chikungunya e zika), o aumento vertiginoso da
violência nas favelas cariocas e as violações dos direitos indígenas – além dos
ataques à população em situação de rua e em ocupações de moradia.
Violência crescente
O relatório registra
a crescente violência no campo e aponta que a “descontinuidade de ações do
Executivo demonstra a disposição do Governo Temer em não atender a direitos
básicos”.
Sangue no campo
De acordo com o
levantamento da Plataforma DHESCA, nos últimos 9 meses, foram registrados 65
assassinatos no campo: “Em 2015, foram 50 assassinatos; sendo que em 2016,
foram 61 mortes, ou seja, em um ano houve um crescimento de 22%”.
Genocídio
Sobre violência no
Rio de Janeiro, o relatório resume: “Com o agravamento dos dispositivos de
violência, militarização e racismo, é possível denominar este padrão de
intervenção como uma política de genocídio do povo negro”.
Sem detalhes
Procurada pela
Coluna, a Petrobras não entrou em detalhes sobre as tratativas que levaram à
parceria com a petrolífera americana ExxonMobil.
Escalados
Além do Palácio do
Planalto, os ministérios estão de portas abertas em dias de mutirão por votos
para derrubar a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara dos
Deputados. A pasta das Cidades, comandada pelo tucano Bruno Araújo (PE), é uma das
mais acessíveis. Nos últimos sete dias, dez deputados passaram pelo gabinete de
Araújo, entre eles Carlos Marun (PMDB-MS), líder da tropa de choque de Temer na
Câmara.
Esculhambação
Indagado pelo colega
Orlando Silva (PCdoB-SP) como estava a votação em plenário da Câmara, o
deputado Sílvio Costa (Avante-PE) resumiu: “Não sei, tá uma esculhambação”.
Mantra
O senador Fernando
Bezerra Coelho (PMDB-PE) recorreu ao mantra dos políticos ao comentar a
aprovação da reforma política: “Não é ideal, mas trará avanços”.
Contra Trump
Ex-ministro das
Relações Exteriores, Celso Amorim, taxa como “gravíssimas” as ameaças de Trump
de intervenção na Venezuela: “Isso é gravíssimo, porque traz de volta a
doutrina Monroe (A América para os americanos)”.
Dilma recusa convite
mineiro
Apesar da pressão e
da pesada campanha nas redes sociais de deputados e militantes mineiros, a
ex-presidente Dilma Rousseff decidiu manter seu domicílio no Rio Grande do Sul.
A petista teria até esta sexta-feira para migrar e concorrer às eleições
de 2018 pelo estado governado pelo amigo Fernando Pimentel.
Reprovação
É cada vez menos
provável a candidatura de Dilma ao Senado em 2018. Além de ter sumido da cena
política após o impeachment, recente sondagem da Paraná Pesquisa mostrou que,
no Sul, a reprovação à petista chega a 72,1%.
Na berlinda
O senador afastado
Aécio Neves (PSDB-MG) se prepara para deixar definitivamente a presidência do
partido se o STF decidir mantê-lo afastado do mandato na próxima semana.
Preservativos
Casas noturnas terão
que a distribuir preservativos e folhetos informativos sobre doenças
sexualmente transmissíveis, em especial a Aids. É o que prevê projeto aprovado
na Comissão de Seguridade da Câmara.
Nota 10
A estudante Bruna
Neri Cardoso Brandão, do Colégio Militar Dom Pedro II, de Brasília, foi a
vencedora do concurso de redação do projeto Jovem Senador 2017.
Ponto Final
“Acredito que não só
o produtor rural, mas todo cidadão de bem tem que ter o direito de ter uma arma
para defender sua família”.
Do deputado da ‘bancada da bala’ Alberto Fraga (DEM-DF)