Temer recebe voto de fidelidade de bancada encrencada com a Justiça
Coluna Esplanada - Leandro Mazzini
Dos mais de 40
deputados recebidos pelo presidente Michel Temer no Palácio do Planalto, ontem,
nada menos que 24 respondem a processos na Justiça. As acusações contra a
bancada fidelíssima ao peemedebista versam sobre falsidade ideológica, crimes
contra a ordem tributária, peculato, recebimento de propina, formação de
quadrilha, improbidade administrativa e, claro, corrupção. Apenas três dos 47
deputados do PSDB foram convidados para mais uma da série de reuniões que Temer
fará para sepultar a segunda denúncia que o acusa de organização criminosa e
obstrução de justiça.
Replay
Embora Temer tente
angariar votos do ninho tucano, deputados da legenda preveem que o placar da
primeira denúncia deve ser mantido: ou seja, 21 votos (do PSDB) pela aceitação
da denúncia contra o peemedebista.
Sem sucesso
Além de pedir votos
contra a segunda denúncia, Temer tenta desativar a operação de partidos do
“Centrão” para desestabilizar o ministro Antônio Imbassahy (Secretaria de
Governo). Por enquanto, sem sucesso.
Abuso
Relator da proposta
que torna mais rigorosa a punição aos crimes de abuso de autoridade, Roberto
Requião (PMDB-PR), critica a Câmara pela demora na análise da matéria. “Tem que
pôr ordem nas investigações”, defende.
Rito de espera
A lei (de abuso de
autoridade) está parada há quatro meses “aguardando despacho do presidente da
Câmara dos Deputados”.
Enxurrada de ações
A privatização das
empresas que integram o sistema Eletrobras vai desencadear uma enxurrada de
ações no Judiciário. As peças jurídicas, já em confecção por sindicatos e
partidos de oposição, vão se sustentar principalmente na Lei 10.848/2004,
aprovada em 2004 – no início do primeiro governo Lula – que regulamentou a
comercialização da energia elétrica.
Burla
Dirigente do
Sindicato dos Urbanitários (Stiu), a engenheira Fabíola Antezana resume: “O que
existe hoje é uma tentativa de burla na legislação”.
“Nazista”
O deputado Eduardo
Bolsonaro (PSC-RJ) foi recebido sob gritos de “nazista” em recente passagem por
Fortaleza e pelo município de Baturité (CE).
Tô fora
O secretário de
Educação do Ceará, Idilvan Alencar, foi convidado para participar da audiência
com Bolsonaro na Assembleia Legislativa, mas declinou com um breve “tô fora”.
Basta
Deputado major
Olímpio (SD-SP) quer dar fim aos casos frequentes de assédio e atos obscenos.
Apresentou projeto que torna crime os atos de importunação ofensiva ao pudor e
a dignidade sexual. “Esse ato vem sendo praticado e repetido por esses
delinquentes, pois sabem que as lacunas da lei existentes os deixarão impunes e
livres, violando a dignidade humana”, diz o deputado.
Efetivo anti-tarados
Em Curitiba, a
Guarda Municipal ampliou o efetivo nos ônibus para combater a ação dos
tarados. A chamada Patrulha do Transporte Coletivo já identificou e prendeu
dezenas de homens que, pela frouxidão da lei, acabam sendo soltos dias depois
da autuação.
Brasil-China
Fundo Brasil-China
tem recursos de US$ 20 bilhões para projetos de infraestrutura: US$ 15 bi dos
chineses e US$ 5 bi dos brasileiros. Hoje, quatro propostas estão em fase final
de análise e outras 19 em andamento no Ministério do Planejamento.
Oncologia
O grupo Oncologia
D’Or realiza, nos dias 24 e 25 de novembro, no Rio de Janeiro, o V Congresso
Internacional - considerado o maior evento privado de Oncologia Clínica da
América Latina.
Ponto Final
“Não existe plano B
ou C, e, sim, plano L, de Lula”.
Da presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann.