segunda-feira, 7 de agosto de 2017

A SENTENÇA DO JUIZ SERGIO MORO CONTRA LULA É PERFEITA - VAI ENTRAR PARA A HISTÓRIA



Moro foi 'irretocável' sobre Lula, diz presidente do TRF

Estadão Conteúdo









O juiz Sérgio Moro condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 9 anos e 6 meses de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro

O presidente do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, de 54 anos, disse, em entrevista ao Estado, que a sentença em que o juiz Sérgio Moro condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 9 anos e 6 meses de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, "é tecnicamente irrepreensível, fez exame minucioso e irretocável da prova dos autos e vai entrar para a história do Brasil".

Ele comparou a decisão de Moro à sentença que o juiz Márcio Moraes proferiu no caso Vladimir Herzog - em outubro de 1978, quando condenou a União pela prisão, tortura e morte do jornalista. "Tal como aquela, não tem erudição e faz um exame irrepreensível da prova dos autos", disse.

O TRF-4 é a segunda instância de julgamento dos recursos da Operação Lava Jato. Até quinta-feira, em três anos e cinco meses de força-tarefa, 741 processos já haviam chegado lá, 635 dos quais baixados. Entre os que estão na iminência de dar entrada está a apelação da defesa do ex-presidente Lula contra a sentença de Moro, a ser julgada pela 8.ª Turma, composta por três desembargadores. O presidente do TRF-4 recebeu o Estado na tarde de segunda-feira passada, em seu amplo gabinete no 9.º andar da sede do tribunal. Leia os principais trechos da entrevista:

Tão logo saiu a sentença em que o juiz Sérgio Moro condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 9 anos e 6 meses de prisão o sr. disse que era uma sentença "bem preparada"...
E, acrescento agora, tecnicamente irrepreensível. Pode-se gostar dela, ou não. Aqueles que não gostarem e por ela se sentiram atingidos têm os recursos próprios para se insurgir.

O sr. gostou?
Gostei. Isso eu não vou negar.

Se o sr. fosse da 8ª Turma - a que vai julgar a apelação - confirmaria a sentença?
Isso eu não poderia dizer, porque não li a prova dos autos. Mas o juiz Moro fez exame minucioso e irretocável da prova dos autos. Eu comparo a importância dessa sentença para a história do Brasil à sentença que o juiz Márcio Moraes proferiu no caso Herzog, sem nenhuma comparação com o momento político. É uma sentença que vai entrar para a história do Brasil. E não quero fazer nenhuma conotação de apologia. Estou fazendo um exame objetivo.

Por que a comparação?
É uma sentença que não se preocupou com a erudição - como a sentença do juiz Márcio Moraes, lá atrás, também não se preocupou. É um exame irrepreensível da prova dos autos. É uma sentença que ninguém passa indiferente por ela.

Não é uma forma de dizer que o sr. a confirmaria?
Eu digo, em tese: se eu fosse integrante da 8.ª Turma, e se estivesse, depois do exame dos autos, convencido de que a sentença foi justa, eu teria muita tranquilidade em confirmar.

E se tivesse que decidir só em cima das 218 páginas que a sentença tem, confirmaria ou não?
É muito difícil eu responder assim. Eu teria que ver os autos, os argumentos da apelação. Mas as questões preliminares, por exemplo, a suspeição do magistrado, as nulidades, ele respondeu muito bem.

O que vai estar em discussão no julgamento da apelação é, essencialmente, a qualidade da prova.
Mais do que isso, a idoneidade da prova.

Ou seja: até que ponto os indícios e a prova indireta valem como prova efetivamente.
Volta e meia eu vejo declarações, até mesmo de renomados juristas, dizendo algo como "nós só temos indícios, não temos provas". Começa que é um equívoco, porque indícios são provas. O ministro Paulo Brossard, de saudosa memória, tem um acórdão no Supremo Tribunal Federal, em que diz exatamente isso: a prova indiciária é tão prova quanto as outras. Então, essa distinção não existe.

A questão é, no mínimo, polêmica.
É polêmica, sem dúvida.

O que é que o tribunal examina, no essencial, quando julga apelações como essa?
O tribunal não vai fazer nova instrução, mas vai reexaminar toda a prova. A importância desse julgamento é que o que nós decidirmos aqui em matéria de fato é instância final. O Supremo e o Superior Tribunal de Justiça, em eventuais recursos lá interpostos, não vão examinar fatos, só matéria de direito. Eles podem reexaminar, por exemplo, a idoneidade da prova.

Em que sentido?
Se determinada escuta telefônica foi válida ou não, por exemplo. Ou se a prova indireta é suficiente para a condenação. Isso é matéria de direito.

Uma das discussões no caso da sentença que condenou o ex-presidente Lula é até que ponto pesa na balança ele não ser proprietário do imóvel.
Proprietário é o que está no registro de imóveis...

O juiz Sérgio Moro reconhece, na sentença, que ele não é proprietário - mas entende que esse fato não tem importância para a qualificação do crime de corrupção passiva.
Esta é uma das grandes questões jurídicas com que o tribunal vai se debater. Se a prova indiciária é suficiente para embasar um conteúdo condenatório. À acusação incumbe demonstrar a culpa do réu. É este o princípio da presunção da inocência. Esse ônus é da acusação - o ministro Celso de Mello tem preciosos julgados nesse sentido -, mas isso não estabelece uma imunidade à defesa dos réus.

Outra questão polêmica da sentença que condenou Lula é se deve ou não deve haver vínculo direto entre as despesas da reforma do tríplex e os recursos que a OAS recebeu da Petrobrás. O juiz Sérgio Moro defende, por exemplo, que não há necessidade de especificar o vínculo.
Essa é outra grande questão com a qual o tribunal vai se deparar. O delito de corrupção passiva, e isso o Supremo decidiu desde o caso Collor, diz que precisa haver um ato de ofício que justifique a conduta praticada e o benefício recebido. Eu diria, e até já escrevi sobre isso, e por isso falo à vontade, que este ato de ofício, a meu juízo, precisa ser provado. Essa vai ser a grande questão. Comprovar o elo entre esse dinheiro supostamente mal havido e o apartamento e outros benefícios. Para a configuração desse crime de corrupção passiva, essa ligação certamente terá de ser examinada. É a jurisprudência do STF.

O sr. conhece bem o juiz Sérgio Moro?
Não. Eu o conheço muito pouco. Nos encontramos em solenidades do tribunal, umas duas ou três vezes.

O sr. tem opinião sobre ele?
É um juiz muito preparado, estudioso, íntegro, honesto, cujo trabalho já está tendo um reconhecimento, até mesmo internacional. É um homem que está cumprindo a sua missão.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

VENEZUELA ESTÁ SUSPENSA DO MERCOSUL



Mercosul receberá Venezuela de volta 'de braços abertos' após retorno à democracia, diz Temer

AFP       






      
       

A crise venezuelana intensificou-se na semana passada com a eleição de uma Assembleia Constituinte, convocada por Maduro

O presidente Michel Temer afirmou neste domingo (6) que, após a suspensão da Venezuela do Mercosul, o bloco regional espera que o país "volte à democracia" para recebê-lo de volta "de braços abertos".
"Esperamos que a Venezuela encontre o caminho para a recomposição da ordem democrática, do respeito à diversidade de visões e posições", disse o presidente em um vídeo publicado nas redes sociais.
"Queremos uma Venezuela que, de volta à democracia, possa também voltar ao Mercosul, onde será recebida de braços abertos", acrescentou.
Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, membros fundadores do Mercosul, decidiram de forma unânime no sábado suspender a Venezuela, aplicando pela segunda vez na história do bloco a chamada "cláusula democrática".
"A suspensão da Venezuela foi aplicada em função das ações do governo de Nicolás Maduro e é um chamado ao início imediato de um processo de transição política e restauração da ordem democrática", ressaltou o comunicado assinado após uma reunião dos chanceleres dos quatro países sul-americanos em São Paulo.
Na prática, a decisão aplicada muda pouco ou nada na situação do país caribenho, que está suspenso do Mercosul desde dezembro de 2016 por descumprir obrigações comerciais contraídas quando se incorporou ao bloco.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que seu país "nunca" será afastado do bloco e reagiu à medida com duras críticas.
"Não vão tirar a Venezuela do Mercosul. Nunca (...) Algumas oligarquias golpistas, como a do Brasil, ou uns miseráveis, como os que governam a Argentina, poderão tentar, mas sempre estaremos aí", declarou Maduro à Rádio Rebelde da Argentina.
A crise venezuelana intensificou-se na semana passada com a eleição de uma Assembleia Constituinte, convocada por Maduro.
O órgão, um "suprapoder" instalado em meio a um forte repúdio internacional e a denúncias de "fraude", decidiu que legislará por até dois anos - além do fim do mandato de Maduro - para reescrever a Carta Magna de 1999 e, ao mesmo tempo, tomar outras decisões de efeito imediato.
A onda de manifestações, impulsionada pela oposição para exigir a realização de eleições gerais e a saída do governo, deixou 125 mortos em quatro meses.

COREIA DO NORTE AMEAÇA OS ESTADOS UNIDOS COM ARMAS NUCLEARES



Não usaremos arma nuclear contra qualquer país, exceto EUA, diz Coreia do Norte

Estadão Conteúdo









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Além disso, o regime de Pyongyang afirmou que "em nenhuma circunstância" negociará seus programas de armas nuclear e de mísseis

A Coreia do Norte ameaçou utilizar armas nucleares contra os Estados Unidos, caso seja provocada militarmente. Além disso, o regime de Pyongyang afirmou que "em nenhuma circunstância" negociará seus programas de armas nucleares de mísseis.

Em comunicado por escrito divulgado a repórteres em Manila, onde ocorre um fórum de segurança regional, o ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong Ho, sustenta que o regime tem desenvolvido armas nucleares como uma legítima opção de autodefesa "diante da ameaça clara e real representada pelos EUA". A autoridade garante que as armas nucleares não seriam usadas contra nenhum país, com exceção dos EUA.

O regime norte-coreano argumenta que as armas nucleares são um meio de desestimular uma eventual invasão americana ao país. Além disso, qualificou as sanções aprovadas no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas contra Pyongyang como ilegais. Fonte: Dow Jones Newswires.

AGRONEGÓCIO É UM BOM NEGÓCIO



Agronegócio mineiro cresce e produtos já alimentam famílias de mais de 150 países

Heraldo Leite






Cesta recheada - Produtos mineiros expandem fronteiras e chegam às mesas de famílias no mundo todo: China é o maior consumidor

Em um mundo que cada vez mais necessita de alimentos com o crescimento populacional previsto para os próximos anos, Minas deixa de ser um Estado meramente exportador de minério de ferro para consolidar o agronegócio. As estimativas dão conta que em 2050 o planeta terá mais 2 bilhões de habitantes, o que significa 40% a mais do que é produzido, em escala mundial, em alimentos. Atualmente, somos 7,6 bilhões de pessoas.

Diante destas perspectivas, Minas apresenta grande potencial, juntamente com o Brasil e suas possibilidades de expansão de áreas plantadas. Entre janeiro e junho deste ano houve um crescimento de 13,29% nas exportações de produtos agrícolas Made in Minas Gerais quando comparado com o mesmo período do ano passado. Destaque para o café, os queijos, as frutas e a carne bovina. Todos, à exceção do café, registraram incremento tanto no volume embarcado quando no faturamento contabilizado em dólares.

De acordo com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) o agronegócio mineiro tem expandido suas fronteiras e já desembarca e alimenta famílias em 156 países. Destaque para a China, com 20,6% do que é exportado, seguido dos Estados Unidos (10,3%), Alemanha (8,7%), Itália (5,7%) e Japão (5,2%).

O grande campeão ainda é o café que, além do volume, também ganha ares de sofisticação e atrai público cada vez mais exigente nos Estados Unidos, Canadá e Emirados Árabes Unidos. O produto, que enfrentou um mercado adverso no ano passado, voltou a ser atrativo. Embora tenha embarcado menor volume, a alta dos preços no mercado internacional recompensou produtores. Enquanto a tonelada no ano passado custava US$ 2.492 (cerca de R$ 7.800), este ano a cotação internacional chegou a US$ 2.898 (cerca de R$ 9 mil).

Além da sofisticação (leia matéria na página 7), metade do café oferecido nas lojas Starbucks e nas máquinas Nespresso são provenientes do Brasil.








Sudeste

Números apresentados pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) também registraram, de uma maneira geral, em toda a Região Sudeste, um incremento nas exportações brasileiras – 24,6% – quando comparados os dois primeiros semestres de 2016 e deste ano.

E o mesmo levantamento da Apex aponta que juntas – a indústria de alimentos e bebidas e a agropecuária – têm uma participação maior do que a indústria extrativa. São 23,5 contra 20,5% do segmento ligado à mineração, muito forte na região, principalmente em Minas – o segundo estado em exportações, atrás apenas de São Paulo, ainda de acordo com os números da Agência. Foram mais de US$ 21 bilhões em produtos mineiros em 2016.

Estimativas apontam que população mundial chegará a, aproximadamente, 10 bilhões de habitantes em 2050. O que vai exigir uma produção de alimentos, em escala mundial, em torno de 40% a mais do que é plantado e produzido atualmente.

Brasil tem enorme potencial para expandir áreas plantadas

Números divulgados pela FAO (sigla em inglês para Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) registram que o crescimento populacional mundial vai exigir 20% a mais de alimentos, o que significa 40% a mais diante da produção atual. E um dos poucos países a ter potencial para expandir sua área plantada é o Brasil. Hoje são 65 milhões de hectares. Só que a área de pastagens (naturais e plantadas) chega a outros 190 milhões de hectares. As informações são do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), Roberto Jaguaribe, e foram divulgadas durante o 7º Encontro Nacional de Editores, Colunistas, Repórteres e Blogueiros, em Porto Alegre. O tema este foi Exportação e Atração de Investimentos.

“Não tenho pudor nenhum em ser exportador agrícola”, defende Jaguaribe, rebatendo as críticas de que o Brasil é apenas um exportador de commodities (matérias-primas e alimentos). “Temos água doce, biodiversidade, e enorme potencial de energia solar e eólica. E isso nos faz únicos no mundo. Temos de aproveitar melhor estes diferenciais”, acrescentou Jaguaribe.

Segundo o presidente da Apex, o Brasil é o segundo maior exportador individual de alimentos, atrás apenas dos EUA. Neste sentido, Roberto Jaguaribe adiantou que vai trabalhar para que o Brasil seja sede de uma feira de alimentos de proporções mundiais.De acordo com ele, as grandes feiras que atraem dezenas de países ávidos por exportarem alimentos de qualidade são realizadas somente na Europa e nos EUA.




‘Mercado da Saudade’ incentiva o intercâmbio comercial

Um dos grandes incentivadores da exportação de alimentos brasileiros, em especial os mineiros, é o chamado ‘mercado da saudade’. São brasileiros que se mudam para o exterior e sentem saudades, por exemplo do café, do pão de queijo e das frutas típicas. Além de levarem o produto para consumo próprio, as iguarias despertam a atenção dos estrangeiros e assim tem início um fluxo comercial.

A banana do tipo prata já chega aos mercados belga, francês e britânico. Mas ainda exige muita pesquisa para garantir sua conservação, por enquanto são despachados pequenos lotes que seguem de avião, pois por via marítima correm o riso de chegarem deteriorados a seu destino. Mas pelo menos 500 kg mensais são enviados aos EUA. “Estamos nos esforçando para obter viabilidade econômica para estas operações”, garante a gerente-geral da Associação Central dos Fruticultores do Norte de Minas (Abanorte), Ivanete Pereira. A região também exporta limão do tipo Taiti e Manga.

Já o café ganha ares mais requintados. Um dos exemplos é o produto das Fazendas Klem, na cidade de Luisburgo (a 278 km de Belo Horizonte, no Sul de Minas). Produzido de maneira 100% orgânica (sem defensivos nem fertilizantes), as primeiras 15 toneladas já desembarcaram nos EUA.

No caso da Klem, o café do tipo premium, pode chegar a US$ 60 (cerca de R$ 190) o quilo, dependendo da região e da cafeteria. “É um público muito seleto”, explica Euler Brandão, um dos responsáveis pela divulgação do produto.

Outro produto de larga tradição em Minas que também já ganhou o mundo é o pão de queijo. A principal exportadora, a Forno de Minas, já está presente em 3 mil pontos de venda em 30 dos 50 estados norte-americanos.


AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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