sexta-feira, 21 de julho de 2017

COLUNA ESPLANADA DO DIA 21/07/2017



Deputados querem regular delação e condução coercitiva (os próximos a serem presos podem ser eles)

Coluna Esplanada - Leandro Mazzini





Os deputados federais querem regular a condução coercitiva pela polícia e a delação premiada coordenada pelo Ministério Público com enrolados com a Justiça. O escopo circula pela Comissão Especial da reforma do Código Penal, em debate na Câmara Federal. No texto, a condução coercitiva só servirá para casos em que o citado for reincidente em recusa para audiências; e a colaboração premiada precisa ter limites e ser avalizada por outro órgão judicial. O projeto já foi aprovado pelo Senado.
Leve e solto
O objetivo da proposta, alegam deputados, é evitar que se repita o caso de Joesley Batista, que vive livre, leve, solto e bilionário nos EUA após escapar da Justiça.
Na lei
O presidente da Comissão da Reforma do Código Penal é o deputado Danilo Forte (PSB-CE), para quem “a Justiça só pode fazer aquilo que está na lei”.
‘Abuso’
Além da reforma do Código Penal, deputados também analisam a Lei de Abuso de Autoridade que prevê punições a procuradores e policiais sem intimação prévia.
Descontentamento
O presidente da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) foi à Câmara e disparou contra o projeto: “Basta um descontentamento e a autoridade será criminalizada”.
Decreto
O Governo mexeu com o caixa dos cartórios, que ganham milhões por mês com estes serviços. Para simplificar a relação com o público, foi instituída a Carta de Serviço ao Usuário que dispensa, em decreto, reconhecimento de firma e autenticação em documentos produzidos no país.
Acima da lei
Defesa de Lula ironiza Sérgio Moro e diz que o juiz se acha. “Coloca-se acima da lei em relação à parte e aos seus defensores, que foram tratados sem a devida urbanidade”, assina o advogado do petista, Cristiano Zanin.
Perseguição
O bloqueio dos bens do ex-presidente Lula, inclusive o apartamento em que mora, foi taxado pelo líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP), como retaliação: “Essa decisão do ‘juiz de Curitiba’ é prova de sua parcialidade e perseguição”.
‘Crise’ no ar
Uma das principais bases aéreas do país, o 4º Comando Aéreo Regional da Força Aérea, em Santos (SP), será desativado em agosto. O local vai receber as instalações do Comando-Geral de Apoio que será transferido do Rio de Janeiro.
BBB da bandidagem
Brasília registrou redução de quase 30% nos roubos em coletivo no último mês. Resultado da obrigatoriedade para as empresas instalarem câmeras internas de monitoramento. A bandidagem está apavorada com o BBB da Secretaria de Segurança.
Navalha na carne
Adormece há mais de dois anos no Senado a PEC que reduz o número de representantes na Câmara dos Deputados – dos atuais 513 para 386 – e do Senado, de 3 para 2 por unidade da Federação. O texto está pronto para ser votado na Comissão de Constituição e Justiça sob relatoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR).
Apoio virtual
Esquecida por senadores, a PEC que enxuga o quadro parlamentar no Congresso já recebeu mais de 1, 4 milhão de “sins” de internautas no sistema de consulta do Senado. Pouco mais de 8 mil pessoas se posicionaram contra a matéria.
IAB
O ministro Mauro Campbell, do Superior Tribunal de Justiça, participará do painel Instituições e Democracia no congresso nacional que o Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) realizará em João Pessoa (PB), de 31 de agosto a 2 de setembro.
Ponto Final
“Temer em mais uma agenda secreta para ‘estancar a sangria’ vai à casa da líder do PSB para cabalar votos, não ser cassado e evitar que Maia o suceda”
Do deputado Ivan Valente (PSOL-SP)


O GOVERNO GASTA MAIS DO QUE ARRECADA - O POVO PAGA A CONTA COM AUMENTO DE IMPOSTOS



Alíquota de PIS/Cofins ficará R$ 0,41 mais cara na gasolina e R$ 0,21 no diesel

Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte








A área econômica do governo anunciou, por meio de nota, um aumento de PIS/Cofins sobre combustíveis para tentar arrecadar R$ 10,4 bilhões a mais neste ano. Para isso, a alíquota do imposto para a gasolina mais que dobrará, passando dos atuais R$ 0,3816 por litro para R$ 0,7925 por litro. A estimativa de arrecadação com o aumento é de R$ 5,191 bilhões até o fim do ano. Já a alíquota para o diesel subirá de R$ 0,2480 por litro para R$ 0,4615 por litro do combustível, com reforço de receitas de R$ 3,962 bilhões ao Tesouro até o fim do ano.
Mesmo assim, ainda será necessário cortar R$ 5,9 bilhões em despesas para fazer frente ao rombo que existe hoje no Orçamento sem colocar em risco o cumprimento da meta fiscal deste ano, de déficit de R$ 139 bilhões.
A ampliação do corte ocorre em meio às reclamações de diversos órgãos que estariam estrangulados pela falta de recursos. Alguns deles, como as polícias Federal e Rodoviária Federal, chegaram a ameaçar paralisar seus serviços. O valor total do contingenciamento em vigor neste ano subirá para R$ 44,9 bilhões, superando inclusive o bloqueio inicial anunciado no fim de março, de R$ 42,1 bilhões.
A nota foi divulgada de maneira conjunta pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento, depois de o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, confirmar na portaria da sede da pasta em Brasília que haverá aumento de tributos. As medidas anunciadas pretendem ajudar o governo em R$ 16,3 bilhões para o alcance da meta fiscal.
O aumento do PIS/Cofins para os produtores de etanol será menor, passando de R$ 0,1200 por litro para R$ 0,1309 por litro, com impacto de apenas R$ 114,90 milhões na arrecadação. Na distribuição do etanol, o PIS/Cofins estava zerado, mas voltará a ser cobrado em R$ 0,1964 por litro, com uma receita esperada de R$ 1,152 bilhão ainda este ano.
"O aumento das alíquotas do PIS/Cofins sobre combustíveis é absolutamente necessário tendo em vista a preservação do ajuste fiscal e a manutenção da trajetória de recuperação da economia brasileira", afirmaram as pastas. O presidente Michel Temer já assinou o decreto que eleva as alíquotas.
Desde a quarta-feira, 19, fontes do governo admitiam que um aumento de impostos teria "impacto político", justamente no momento em que Temer tenta angariar votos para derrotar a denúncia contra ele no Congresso Nacional. A ampliação do corte em meio às reclamações dos ministérios por falta de recursos deve ampliar ainda mais esse impacto.
A equipe econômica espera compensar esse bloqueio adicional com o recolhimento de receitas extraordinárias previstas para o segundo semestre. No entanto, economistas e o próprio Tribunal de Contas da União (TCU) já alertaram o governo para a incerteza que ronda essas receitas.
O relatório de avaliação de receitas e despesas primárias, com o detalhamento do contingenciamento, será divulgado amanhã (21), pelo Planejamento e pela Receita Federal. O ministro da Fazenda viaja ainda nesta quinta-feira, 20, para Mendoza, na Argentina, onde participará da cúpula do Mercosul.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

TRUMP QUER REVOGAR O OBAMACARE



Podemos apenas revogar Obamacare, mas substituí-lo é melhor, diz Trump

Estadão Conteúdo











Trump teve um encontro com os senadores nesta quarta-feira

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu nesta quarta-feira (19) que os senadores de seu Partido Republicano decidam revogar o modelo de seguro-saúde atual, conhecido como Obamacare, e aprovem um novo sistema. "Podemos apenas revogar o Obamacare, mas revogá-lo e substituí-lo é melhor", afirmou Trump durante encontro com os senadores.

Trump defendeu que os senadores permaneçam em Washington antes do recesso para resolver essa questão. "O Obamacare está machucando os EUA irreparavelmente", argumentou, dizendo que o modelo de seguro-saúde aprovado no governo de seu antecessor, Barack Obama, aumentou os custos para os usuários e é insustentável. Ele pediu aos senadores republicanos que não deixem suas cidades sem um modelo sustentável no setor. "Vocês prometeram agir na saúde e agora é a hora de fazer isso", afirmou.

O presidente defendeu a proposta republicana para o setor, dizendo que ela é "muito boa e mais justa" em comparação com o sistema atual. "Eu tenho a caneta nas mãos e espero por um novo projeto de saúde para assinar", disse. Trump insistiu que é preciso mais do que apenas revogar o sistema atual, mas é crucial substituí-lo por outro.

Além de tratar do assunto, Trump aproveitou para criticar a oposição democrata no Congresso. "Não temos ajuda dos democratas, eles são obstrucionistas", afirmou. Segundo ele, os democratas não defendem mais o Obamacare "porque sabem que o plano falhou".

O presidente disse também que é preciso fazer cortes no Medicaid, a fim de deixá-lo em um caminho sustentável, o que não seria o caso atualmente. O Medicaid é um programa conjunto federal e estadual que prevê auxílio-saúde para cidadãos de baixa renda nos EUA.

PLÁSTICO - UM PROBLEMA MUNDIAL



Estudo revela que humanidade já produziu 8,3 bilhões de toneladas de plástico

Estadão Conteúdo











Segundo os cientistas, a quantidade de plástico jogada em aterros ou no ambiente chegará a 13 bilhões de toneladas até 2050

Uma nova pesquisa mostra que o ser humano produziu 8,3 bilhões de toneladas de plástico, desde o início a produção em massa desse material, em 1950, até 2015. A maior parte desse plástico já virou lixo e quase 80% do material está agora em aterros sanitários ou no meio ambiente.

O estudo, publicado nesta quarta-feira, 19, na revista Science Advances, foi liderado por cientistas das universidades da Geórgia, da Califórnia e da organização oceanográfica Sea Education Association (SEA) - todas dos Estados Unidos. Segundo os autores, a pesquisa faz "a primeira análise global da produção, uso e destino de todo o plástico já fabricado".

Das 8,3 bilhões de toneladas de plástico produzidas até 2015, cerca de 6,3 bilhões já foram descartados. De todo esse lixo, apenas 9% foi reciclado, 12% foi incinerado e 79% está acumulado em aterros ou poluindo o ambiente natural.

O estudo também mostra que a produção de plástico acelerou nos últimos anos: metade da produção de 8,3 bilhões de toneladas ocorreu nos últimos 13 anos do período estudado, isto é, entre 2002 e 2015.

Nesse ritmo, segundo os cientistas, a quantidade de plástico jogada em aterros ou no ambiente chegará a 13 bilhões de toneladas até 2050.

"A maior parte do plástico não é bidegradável em nenhum sentido, portanto o lixo plástico gerado pelos humanos poderá permanecer conosco por centenas ou até milhares de anos", disse uma das autoras do estudo, Jenna Jambeck, professora da Universidade da Geórgia.

Para realizar a pesquisa, os cientistas compilaram estatísticas de produção de resinas, fibras e aditivos de diversas fontes industriais e sintetizaram os dados de acordo com tipo e setor de consumo.

Segundo o estudo, em 1950, a produção de plástico era de 2 milhões de toneladas anuais. Em 2015, ela já era de 400 milhões de toneladas por ano. Com isso, dizem os cientistas, o plástico ultrapassou vários outros materiais no ranking dos mais produzidos pela humanidade. Atualmente, os mais produzidos são os materiais relacionados à construção civil, como aço e cimento.

Os cientistas afirmam, porém, que o aço e o cimento são usados principalmente para construção, enquanto o plástico tem seu maior mercado nas embalagens, que na maior parte das vezes são utilizadas uma só vez e descartadas.

"Mais ou menos metade de todo o aço que é produzido vai para a construção, e por isso terá décadas de uso. Com o plástico acontece o contrário. Metade do que é produzido se torna lixo com quatro anos ou menos de uso", disse o autor principal da pesquisa, Roland Geyer, também da Universidade da Geórgia.

Segundo Geyer, o estudo tem o objetivo de criar os fundamentos para uma gestão sustentável de materiais. "Dito de forma simples, não é possível fazer a gestão do que não foi medido. Então, achamos que as discussões sobre políticas públicas ficarão mais informadas e baseadas em fatos agora que temos esses números", disse Geyer.

A mesma equipe de pesquisadores publicou em 2015, na revista Science, um estudo que calculou a quantidade de plástico no ambiente marinho. A estimativa é de que só no ano de 2010, mais de 8 milhões de toneladas de plástico foram jogadas nos oceanos.

"Existe gente viva atualmente que ainda se lembra de um mundo sem plástico. Mas esse material já se tornou tão onipresente que não conseguimos ir em lugar algum sem encontrar lixo plástico no ambiente, incluindo os oceanos", disse Jenna.

Os autores do estudo destacaram que não têm a pretensão de remover o plástico do mercado, mas de incentivar um exame mais crítico do uso do material.

"Há áreas nas quais o plástico é indispensável, especialmente em produtos desenhados para a durabilidade. Mas acho que precisamos olhar com mais cuidado para o nosso caro uso dos plásticos e devemos nos perguntar quando o uso desses materiais fazem ou não fazem sentido", afirmou outra das autoras do estudo, Kara Lavender Law, da SEA.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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