segunda-feira, 26 de junho de 2017

PARADA GAY PROTESTA CONTRA TRUMP EM NEW YORK



Parada do Orgulho Gay em Nova York tem protesto contra Trump

AFP










Pessoas fizeram vários tipos de protestos durante a Parada

Dezenas de milhares de pessoas marcharam neste domingo pelo Orgulho Gay em Nova York em um mar de bandeiras com as cores do arco-íris, com a oposição ao presidente Donald Trump e a defesa dos transexuais como as grandes causas do momento.
Pelo 48º ano consecutivo, milhares de participantes, a pé, de moto ou em caminhões pela 5ª Avenida, entre os aplausos de uma multidão alegre, percorreram três quilômetros entre os arranha-céus de Midtown até a zona de Greewich Village, onde nasceu o movimento pelos direitos dos homossexuais após os distúrbios de Stonewall em 1969.
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Enquanto em Istambul os participantes da Parada do Orgulho Gay foram dispersados pela polícia, que disparou balas de borracha, na maior metrópole americana a marcha é uma verdadeira instituição.
Sob um sol radiante, centenas de policiais e muitos políticos, entre eles o prefeito Bill de Blasio, o governador de Nova York, Andrew Cuomo, e o senador Chuck Schummer, todos democratas, caminharam sorridentes junto com os participantes.
Em junho de 2015, a marcha celebrou a legalização do casamento entre homossexuais. Em junho de 2016, ocorreu em clima de luto depois do massacre na boate Pulse em Orlando, na Flórida.
Este ano, muitos marcharam com cartazes escritos "Resistir", denunciando o governo republicano de Donald Trump e as suas propostas legislativas - em particular a derrubada da lei de saúde Obamacare - e o questionamento dos direitos dos transexuais.
Assim, Gavin Grimm, o estudante do Ensino Médio cujo pedido para poder usar o banheiro masculino de sua escola está no centro da "batalha dos banheiros", marchou na procissão da ACLU, a poderosa organização das liberdades individuais, designado o "grande marechal" do desfile.
Enquanto muitos participantes se mostraram claros opositores a Trump, outros assinalaram também não querer fazer desta marcha um evento político.
"A atual administração é abominável", disse Cara Lee Sparry que, em sua motocicleta, participou de uma dúzia de Paradas do Orgulho Gay. "Mas estar rodeado de milhares de pessoas gritando por horas, é incrível, não pode ir contra isso!".


TEMER NA MIRA DA JUSTIÇA



Direto da Rússia, Temer de volta ao campo minado da política nacional

AFP










O presidente Michel Temer retornou de uma viagem à Rússia e à Noruega, marcada por desencontros, para pisar em um campo político minado, que poderia transformá-lo, esta semana, no primeiro presidente do país denunciado formalmente por corrupção.
Seu contraparte russo, Vladimir Putin, o deixou plantado no aeroporto de Moscou, e seus contatos com empresários russos não se materializaram em nenhum contrato. Já em Oslo, o governo norueguês anunciou um corte substancial em sua contribuição para o Fundo da Amazônia, devido ao aumento do desmatamento na floresta ante o avanço do agronegócio, e expressou sua preocupação com a corrupção no Brasil.
Uma realidade da qual talvez Temer esperasse se distanciar em sua viagem, mas que o aguardava em seu retorno ao Brasil.
Entre segunda e terça-feira, o Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deveria apresentar uma ou mais denúncias contra Temer, no âmbito de sua investigação por corrupção, obstrução da Justiça e organização criminosa.
Embora ainda se desconheça a gravidade de seu conteúdo, Temer, com apenas 7% de popularidade, terá que lidar com seu impacto judicial e com a ameaça de uma erosão ainda maior de sua base governista.
Desde que, em meados de maio, veio à tona a gravação feita por um dos donos da JBS, Joesley Batista, em que parece dar seu aval ao pagamento de propina para silenciar o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), o presidente foi saltando obstáculos: superou um julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que poderia ter cancelado a chapa que compôs com a presidente Dilma nas eleições de 2014 e conseguiu conter a deserção de seu principal parceiro no governo, o PSDB. Mas durante sua acidentada viagem, o principal argumento de sua defesa se esvaiu.
A Polícia Federal concluiu na sexta-feira a perícia da gravação de Batista e concluiu que o áudio não foi editado ou manipulado, como tinha denunciado o presidente.
Questão de números?
A Constituição prevê que, quando um presidente é denunciado, dois terços dos deputados devem validar a denúncia para que o Supremo Tribunal Federal (STF) possa processá-lo. Se isto ocorrer, Temer se tornará formalmente réu e terá que se afastar do cargo por no máximo 180 dias, enquanto a mais alta corte trata do caso.
Seria a segunda crise de poder em pouco mais de um ano no Brasil, pois Temer, que foi vice de Dilma, assumiu o cargo em maio de 2016, após o impeachment da presidente, acusada de manipulação de contas públicas por causa das chamadas pedaladas fiscais.
Este cenário parece improvável atualmente, visto que Temer tem a maioria na Câmara.
Além disso, "há muitos legisladores envolvidos em casos de corrupção e isto cria uma rede de solidariedade", disse à AFP Sylvio Costa, diretor do portal político Congresso em Foco.
"Estamos vivendo uma situação parecida à de Dilma no início do processo de impeachment. Temer não tem mais uma maioria sólida no Congresso, mas a oposição ainda não tem a força suficiente para afastá-lo", acrescentou.
Mas "já não basta saber se o presidente continua tendo força na Câmara (...), senão se seu esforço cada vez maior para se manter no poder não prejudicará ainda mais o país, inviabilizando as reformas que são a única razão de ser de seu governo", escreveu no fim de semana Merval Pereira, colunista de O Globo.
Temer prometeu tirar o país da pior recessão de sua história, através de uma série de reformas impopulares de austeridade, mas a trabalhista e a previdenciária - desejadas pelo mercado - estão travadas no Congresso desde que a crise eclodiu.
O papel do PSDB
O presidente se apresenta como o único capaz de levar adiante a aprovação destas polêmicas reformas e, apoiando-se na tímida recuperação econômica, promete terminar o mandato no fim de 2018.
As eleições gerais, previstas para outubro do ano que vem são, de fato, o fator que muitos parlamentares e partidos têm em mente.
Se estar junto de Temer é visto como um salva-vidas para boa parte da classe política suspeita de corrupção, também pode ser tóxico para quem tem aspirações eleitorais. O PSDB está neste dilema há semanas.
"Sem o apoio do PSDB, a governabilidade deixa de existir. Isto é um fato, a solidez (do governo) está comprometida", advertia no sábado o prefeito de São Paulo, João Doria, um dos favoritos do partido para as presidenciais do ano que vem.
Mas as coisas tampouco são evidentes para a oposição de esquerda, visto que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) também está na mira da Justiça por corrupção e poderia ser condenado à prisão em breve pelo juiz de primeira instância Sérgio Moro.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 26/06/2017



Tiro no escuro

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 






Passeia no gabinete do ministro da Justiça, Torquato Jardim, um calhamaço com o plano de retirar das mãos da Polícia Federal as atividades de Polícia Administrativa, questão de segurança nacional para o Governo, como controle de imigração, passaportes e fiscalização de segurança privada. A meta é deixar tudo com departamento especial do MJ. Agentes e delegados são contra. O escopo enfraquece a PF.
Guerra do diploma
O CADE vota na quarta o processo de fusão da Kroton com a Estácio, as gigantes do diploma universitário. Em jogo, o monopólio de um filão: o ensino à distância.
Aviso prévio
Senadores foram avisados por ministros que o presidente não quer traição na votação da reforma Trabalhista no plenário. Há lista de seus apadrinhados na mesa de Temer.
Estilo
Os Josés Sarney, pai e filho, rasparam de leve os bigodes. Isso é um sinal.
Ninho em chamas
O PSDB completa 29 anos no domingo, sem ter o que festejar no atual cenário: partido sem protagonismo no Governo, rachado sobre apoio ao Palácio, com seu principal nome na porta do camburão e afastado do Senado.
Tucano abatido
Em 2016, o então ativo senador Aécio Neves presidia o partido e figurou como garoto-propaganda do aniversário de 28 anos na TV: “É com seriedade que o PSDB comemora seus 28 anos de vida. . . e com respeito a cada cidadão brasileiro”.
Reparação
A despeito do fim da Comissão da Verdade, a História segue. Mãe do guerrilheiro Pedro Alexandrino de Oliveira, morto na Guerrilha do Araguaia, Diana Maria Piló Temporão, 94 anos, recebeu em maio R$ 111.360,00 de indenização da União.
Justiceiros do bem
O processo que autorizou o pagamento de indenização teve como relatora a procuradora regional da República Eugênia Augusta Gonzaga, presidente da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) do Ministério dos Direitos Humanos.
Estratégia
O Palácio analisa hipóteses para vencer a denúncia do PGR Janot contra Temer. Até esvaziar o plenário da Câmara no dia da votação, diante dos ‘aliados indecisos’.
Tô bem!
Adivinha quem ganha com o embargo da carne brasileira pelo Governo dos EUA? Joesley Batista. Ele é o maior vendedor de carnes no país. E sua exportação de proteína animal do Brasil é em grande parte para China, Rússia e Europa.
Efeito colateral
A reforma tributária é alvo de críticas de entidades. Estimativas do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário indicam que a alteração da cobrança do PIS-Cofins pode levar a perda de dois milhões de empregos no setor de serviços.
Garupa infantil
Pela velocidade da tramitação, transporte de crianças menores de 11 anos em motos tem dias contados. Projeto do deputado Victório Galli (PSC-MT), que o torna infração no Código de Transito, foi aprovado na Câmara e seguiu para análise do Senado.
Som na caixa
Nomes conhecidos do funk, de hoje e dos anos 90, como Anitta, Valeska Popozuda, Mc Marcinho, Cidinho e Doca, devem aparecer no Senado para discutir em audiência proposta pelo senador Romário Faria (PSB-RJ) a ‘criminalização do funk’. Alias, Romário quer que um deles cante no plenário.
Faz sentido
De um sábio leitor, 88 anos, sobre o envelope com fezes recebido pelo gabinete do presidente da Câmara, Rodrigo Maia: “Cocô no envelope não é crime. Grana sim...”
Ponto Final
Começaram as festas juninas pelo país. Alertamos ao povo: cuidado com as quadrilhas. Há rojão para todo lado.



AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...