sexta-feira, 23 de junho de 2017

QUEM VAI CONFIAR NAS PROMESSAS E PALAVRAS DOS POLÍTICOS BRASILEIROS



Noruega anuncia corte de quase R$ 200 milhões ao Fundo da Amazônia

Estadão Conteúdo










Em plena viagem oficial do presidente Michel Temer (PMDB) para Oslo, o governo da Noruega anuncia o corte de pelo menos 50% no valor enviado para o Brasil em projetos de combate ao desmatamento. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (22), em uma reunião entre as autoridades de Oslo e o ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho.

A Noruega é o maior doador ao Fundo da Amazônia e já destinou ao Brasil US$ 1,1 bilhão. Mas, para 2017, a liberação de recursos foi reexaminada. Em uma carta enviada pelos noruegueses ao governo brasileiro, publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo na segunda-feira, 19, o alerta já estava claro de que o dinheiro poderia secar diante das falhas do Brasil em suas políticas ambientais.

Questionado se poderia garantir que a taxa de desmatamento seria reduzida para o futuro, Sarney Filho disse que "apenas Deus poderia garantir isso".

"Mas eu posso garantir que todas as medidas para reduzir o desmatamento foram tomadas, e a esperança é de que ele diminua", afirmou o ministro brasileiro.

Sarney Filho ainda culpou o governo de Dilma Rousseff (PT) pelo desmatamento.

"O ministro norueguês é bem informado e sabe que (o aumento do desmatamento) é fruto do governo passado e do corte de orçamento nos órgãos de fiscalização", disse.

Corte

No total, o Brasil deve perder cerca de 500 milhões de coroas norueguesas (R$ 196 milhões) para o Fundo da Amazônia, metade do que recebeu no ano passado. O fundo tem como base um acordo de 2008 que diz que quando um desmatamento aumenta, o dinheiro é cortado. "Isso vai significar um corte de metade (da parcela)", disse o ministro do Meio Ambiente da Noruega, Vidal Helgeser, depois de uma reunião marcada às pressas com Sarney Filho.

"Nossas contas estão baseadas nas taxas. O resultado do desmatamento é o que importa", disse o ministro escandinavo, que afirmou estar confiante de que o problema volte a ser combatido no Brasil depois de algumas promessas do governo.

Mesmo assim, ele insistiu que uma decisão sobre o futuro da Amazônia não depende dele. "As decisões sobre as florestas brasileiras dependem do Brasil, não da Noruega", disse. "Estou otimista de que ministro brasileiro está fazendo o que pode para ter orçamento e leis."

Helgeser admitiu que sabe que existe um "debate político" no Brasil sobre o futuro da preservação ambiental.

"O Brasil mostrou ao mundo que pode ser feito e eu sempre usou como exemplo", insistiu o escandinavo, que fez questão de apontar que o dinheiro pode voltar em 2018 se o Brasil conseguir frear o desmatamento.

Desmatamento

O corte é baseado no avanço do desmatamento de 2016. Os valores, porém, serão confirmados nos próximos dois meses. De acordo com as autoridades norueguesas, esses números referentes ao dinheiro não devem sofrer grandes mudanças. Na parcela paga no final de 2016, Oslo admite que já havia realizado um corte - mas de apenas 10%.

No total, o desmatamento chegou a 6 mil quilômetros quadrados em 2015 e 8 mil km² em 2016.

Sarney Filho tentou minimizar o corte nos recursos. "Isso já estava previsto pelos acordos e é resultado dos últimos anos", afirmou.

Para o chefe da pasta no Brasil, o País já conseguiu recompor o orçamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e acredita que o controle vá voltar.

"A curva que estava ascendente começou a reverter. Nossa expectativa é de que o desmatamento tenha caído", disse.

Recuo

Na segunda-feira, Temer havia vetado medidas provisórias do Congresso que permitiam reduzir áreas de preservação no Pará. Mas não apresentou alternativas. Nesta quinta-feira, Sarney Filho indicou que não há mais garantia de que vá apresentar um projeto de lei ainda nesta semana que substitua as Medidas Provisórias 756 e 758, barradas pelo governo.

Depois do veto de Temer, ele se reuniu com a bancada do Pará no Congresso e, em um vídeo, aparenta concordar com gesto positivo com o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) de que as MPs seriam substituídas por um projeto de lei que iria no mesmo sentido de reduzir a área de proteção. Em Oslo, ele negou qualquer aprovação ao pedido do senador.

"Vamos esperar um parecer técnico. Mas isso não está pronto. O que há de concreto é que não há nada. O resto é especulação", completou, sendo retirado por assessores.

Segundo ele, o fato de se diminuir uma área de proteção não significa que esteja incentivando o aumento do desmatamento.

FMI APONTA OS PROBLEMAS E DESAFIOS DA ECONOMIA MUNDIAL



FMI aponta corrupção e evasão fiscal como grandes desafios da economia

Agência Brasil









Christine Lagarde condenou a corrupção, evasão fiscal e financiamento do terrorismo

A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse hoje (22), em Valência, na Espanha, que a corrupção, evasão fiscal, financiamento do terrorismo e a exclusão financeira são os grandes desafios da economia global.
Em um discurso inaugural diante do plenário do Grupo de Ação Financeira contra lavagem de dinheiro, ela pediu para "intensificar a luta contra a corrupção e evasão fiscal". Na sua opinião, o efeito dominó que provoca a falta de pagamento de impostos é um fator importante para um "descontentamento popular e instabilidade econômica".
A evasão fiscal, lembrou, faz com que "aumente a dívida pública e diminua o investimento em educação, saúde e outros serviços públicos. Significa mais desigualdade, já que os mais vulneráveis são os mais afetados pela forte queda das despesas sociais".
Christine Lagarde anunciou que o FMI publicará um relatório sobre o impacto da corrupção no crescimento econômico e elogiou o trabalho do Grupo de Ação Financeira, presidido pelo espanhol Juan Manuel Vega-Serrano, a favor da transparência.
Sociedades opacas
Neste sentido, lembrou Lagarde, revelações como Panama Papers, sobre o complexo sistema de sociedades opacas para ocultar capitais, demonstram a importância de apoiar este trabalho.
A diretora do FMI também fez apelou para "afogar os fluxos financeiros" que alimentam o terrorismo no mundo e pediu um maior trabalho de capacitação e o entendimento de novas tecnologias financeiras, como as moedas virtuais.
Neste sentido, lembrou que o chamado fintech (nova tecnologia financeira) é uma "faca de dois gumes", que pode ser utilizada por redes terroristas, mas também pode ajudar na linha de defesa contra elas.
Outro ponto destacado por Lagarde foi a necessidade de evitar a exclusão de pessoas em países em desenvolvimento do sistema bancário, pedindo melhores estruturas reguladoras.

O HISPANISMO É FORTE NO SUDESTE DOS ESTDOS UNIDOS



Trump e os latinos

Manoel Hygino 








As controvertidas ou polêmicas posições assumidas – e prometidas em campanha eleitoral – pelo presidente Trump suscitam naturais discussões em todo o mundo, especialmente nas Américas, porque, afinal, os Estados Unidos nelas se localizam. Ademais, o chamado Colosso do Norte tem passado por transformações expressivas com relação aos países do Sul – não é o mesmo de décadas atrás.
Sônia Torres, estudiosa do tema, autora de “America Ibrida”, publicada na Itália, dentre outros trabalhos de interesse no gênero, foi aqui comentada, há poucos anos. “Qual o significado e as implicações da crescente “hispanização” de um país tradicionalmente associado à cultura branca, anglo- saxônica e protestante, e à língua inglesa? Pergunta Liana Strozenberg?
Evidentemente, a “hispanização” não se cingirá aos aspectos culturais e a realidade já o prova, de maneira inequívoca. No entanto, o presidente republicano não se intimidou ou se intimida, mantendo posições inabaláveis, a despeito da oposição que já enfrenta internamente.
Torres lembra que, pela primeira vez na história dos EUA, um ocupante da Casa Branca deveu, em grande medida, sua vitória, no século XX, ao voto hispânico, quando 3,5 milhões de latinos ou hispânicos, votaram na chapa Bill Clinton/Al Gore, em novembro de 1996. Essa presença deverá ser maior no século XXI, quer queria ou não Trump, com toda sua jactância ou arrogância.
Verdadeiramente muito se esquece. Raciocino com Sônia Torres em uma dissertação, quando registra que vasta parte do território hoje norte-americano foi povoada por hispânicos, muito antes de ocupada pelos colonizadores franceses e ingleses.
O que hoje se denomina Sudoeste dos EUA foi, originalmente, território colonizado pelos espanhóis, tornando-se México depois da independência, em 1821. Em 1846, os EUA, com sua ideologia expansionista, “inventaram” uma guerra com o México, que se encontrava bastante enfraquecido depois de sua independência, ainda em fase de reconstrução nacional. Em 1848, com o controverso Tratado de Guadalupe-Hidalgo, esse grande quinhão passou a ser “americano”, correspondente presentemente ao Novo México, Arizona, Califórnia, Nevada, Utah, metade do Colorado e parte do Texas.
O hispanismo é forte no Sudeste dos Estados Unidos. Prova é que um “anglo” dificilmente sobreviverá ali, se não souber falar ao menos o espanhol básico, nem que seja para comunicar-se com as classes “subalternas”.
Contrariamente à ideia de fronteira, como limite entre dois países. Admite-se, uma possível parcela de americanos e mexicanos, que ela é um local de intersecção de realidades múltiplas, um espaço de solo comum compartilhado pela América do Norte e América Latina.
Não só. Em inúmeras cidades não fronteiriças, como Los Angeles, Phoenix, Albuquerque, Santa Fé, Pueblo, Santo Antonio, Austin e Houston, a presença mexicana é notória. Em San Antonio, décima cidade mais populosa dos Estados Unidos, há mais tejanos do que anglos, como se autodenominam. Mexer nisso é como mexer em caixa de marimbondos.

EXPORTAÇÕES DE CARNE BRASILEIRA PROIBIDA PELOS ESTADOS UNIDOS




EUA suspendem importações de carne bovina brasileira

Estadão Conteúdo










O secretário de Agricultura dos EUA, Sonny Perdue, anunciou nesta quinta-feira, 22, a suspensão de todas as importações de carne bovina in natura do Brasil, por causa de preocupações recorrentes em relação à segurança do produto destinado ao mercado norte-americano. A suspensão ficará em vigor até que o Ministério da Agricultura do Brasil adote medidas que o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) considere satisfatórias.

Desde março, o Serviço de Segurança Alimentar e Inspeção (FSIS) do USDA inspecionou 100% da carne in natura vinda do Brasil, e rejeitou 11% desses produtos. O número é bem maior do que a taxa média de rejeição de 1% para a carne importada de outros países, disse o USDA. Desde o início das inspeções mais rigorosas, foram rejeitados 106 lotes de produtos de carne bovina do Brasil, devido a preocupações de saúde pública, condições sanitárias e questões de saúde animal. O USDA ressaltou que nenhum dos lotes rejeitados entrou no mercado norte-americano.

O governo brasileiro já tinha anunciado na terça-feira a suspensão das exportações da proteína animal de cinco frigoríficos brasileiros para os EUA. A decisão anunciada hoje pelo USDA se sobrepõe à decisão do governo brasileiro.

"Garantir a segurança da oferta de alimentos de nossa nação é uma de nossas missões cruciais, e nos a levamos muito a sério", disse Perdue em comunicado. "Embora o comércio internacional seja uma parte importante do que fazemos no USDA, e o Brasil seja um antigo parceiro, minha maior prioridade é proteger os consumidores americanos. É isso que fizemos ao proibir a importação de carne bovina in natura do Brasil."

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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