segunda-feira, 19 de junho de 2017

TEMER VIAJA PARA O EXTERIOR PARA FUGIR DA CRISE POLÍTICA



Temer tenta afastar crise com visita a Rússia e Noruega

Estadão Conteúdo











Na tentativa de passar uma mensagem de normalidade em meio ao acirramento da crise política, o presidente Michel Temer embarca nesta segunda-feira (19) para a Europa, onde terá uma agenda de quatro dias na Rússia e na Noruega em busca de mais comércio, investimentos e cooperação. Enquanto na primeira parada a agenda será eminentemente econômica, na segunda ele deverá ouvir críticas a medidas aprovadas pelo Congresso Nacional que reduzem as áreas de preservação ambiental.

O presidente decidiu manter a viagem mesmo após a entrevista do empresário Joesley Batista, um dos donos do Grupo J&F, à revista Época na qual ele acusa Temer de ser chefe de uma organização criminosa envolvendo peemedebistas na Câmara dos Deputados. O Palácio do Planalto divulgou nota no sábado para rebater o empresário e informou que vai processá-lo.

Temer levará a Moscou, como sinal das intenções do Brasil de aprofundar suas relações com a Rússia, a notícia de que colocará em funcionamento um acordo para proteger da dupla tributação empresas que atuam nos dois países. "Esse acordo foi assinado em 2004, mas só passou no Congresso em maio deste ano", disse o gerente-executivo de Comércio Exterior da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Diego Bonomo. "Falta um decreto do governo brasileiro."

O acordo evita que haja dupla incidência do Imposto de Renda em operações que envolvem dividendos, juros e royalties, informa carta do Fórum de Empresas Transnacionais (FET) entregue ao governo na semana passada, pedindo sua entrada em vigor. O acordo contribui para "ampliar os fluxos de comércio e investimentos entre os países", diz o texto assinado por seu presidente, Dan Ioschpe.

A formalização do acordo foi informada pelo próprio Temer, em artigo publicado no Estado na última sexta-feira. Ele disse também que pretende assinar acordos de investimento e facilitação de comércio. O compromisso de negociação desses dois acordos já é considerado um saldo positivo pelo empresariado. A indústria gostaria de ver avanços, também, nas áreas de proteção de patentes e de Previdência.

Embora os dados parciais deste ano mostrem alguma recuperação em relação a 2016, o comércio entre Brasil e Rússia vem se reduzindo desde 2013. "A Rússia sofre com a queda dos preços do petróleo", comentou Bonomo. "E nossa pauta é muito concentrada em produtos básicos e semimanufaturados."

Os russos querem equilibrar a balança comercial, que historicamente é favorável ao Brasil. "Eles querem abertura do mercado do Brasil para trigo, peixes e frutas, para prosseguir abrindo mais espaços para as carnes", informou ao Estado o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que está na Ásia e não acompanhará Temer. "Vamos nos abrir e ampliar nossa participação lá."

Entre os itens que o Brasil passará a importar deve estar o bacalhau. Muito da produção russa já chega aqui por intermédio da Noruega e de Portugal. Em troca, o País poderá obter cotas mais generosas para exportar carnes bovina, suína e de frango. No ano passado, o Brasil respondeu por 60% das importações russas de proteína animal.

Temer vai, também, "vender" projetos de concessão em infraestrutura. Os russos já indicaram interesse em operar a Ferrovia Norte-sul, que deve ir a leilão em fevereiro de 2018. Também serão oferecidas oportunidades em óleo e gás, como as áreas de exploração de petróleo a serem leiloadas em setembro.

Tal como Temer, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, é suspeito de corrupção. Na semana passada, houve protestos contra o governo em cerca de 200 cidades russas, liderados pelo oposicionista Alexei Navalni, que acusa o primeiro ministro, Dmitry Medvedev, de comandar um império imobiliário financiado por oligarcas. Putin e Navalni são candidatos às eleições presidenciais no ano que vem.

Ambiente. O avanço do desmatamento no Brasil e a aprovação, pelo Congresso, de duas medidas provisórias que reduzem as áreas de proteção ambiental na Amazônia deverão estar no centro das reuniões de Temer na Noruega, com o rei Harald V, a primeira-ministra Erna Solberg e com o presidente do Parlamento, Olemic Thommessen. A Noruega é a principal financiadora do Fundo Amazônia, que mantém 89 projetos de combate ao desmatamento, de regularização fundiária e gestão territorial e ambiental de terras indígenas. O país já aportou R$ 2,8 bilhões.

As duas Medidas Provisórias (MPs) que reduzem as áreas de parques ambientais aguardam sanção presidencial. Questionado se Temer vetaria ao menos parte dos textos, reduzindo seu impacto ao meio ambiente, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, disse na semana passada que o presidente aguardava pareceres técnicos para tomar sua decisão. "Quanto a mim, não preciso enfatizar o quanto é importante preservar a defesa do meio ambiente e de sua sustentabilidade, que vêm se afirmando, contra ventos e marés, desde a Constituição de 88 e a Rio 92, como um dos traços mais valiosos da identidade internacional do Brasil", comentou.

A estatal norueguesa Statoil tem investimentos em exploração de petróleo no Brasil e Temer deverá oferecer as áreas a serem leiloadas em setembro. Mas, tanto lá quanto na Rússia, deverá ser questionado sobre a prorrogação do Repetro, um programa que suspende a cobrança de impostos nos projetos de exploração de óleo e gás e que reduz o valor do investimento entre 45% a 65%.

A Noruega integra, junto com a Suíça, a Islândia e o Liechtenstein, um bloco de países chamado Efta (Associação Europeia de Livre Comércio, na sigla em inglês), com o qual o Mercosul negocia acordo de livre comércio. A primeira rodada de negociações ocorreu na semana passada, em Buenos Aires.

NOVAS SANÇÕES AMERICANAS IRÃO PREJUDICAR A RUSSIA



Novas sanções vão complicar relação entre Rússia e EUA, diz Putin

Estadao Conteudo










Putin disse que a Rússia seria forçada a fazer mudanças por causa da sanções, mas que isso não levaria a um "colapso".

O presidente russo, Vladimir Putin, advertiu os EUA que novas sanções contra a Rússia vão prejudicar a relação entre os dois países. Putin fez a declaração neste sábado, de acordo com uma entrevista publicada pela agência de notícias TASS. O líder russo disse, porém, que ainda é muito cedo para falar sobre uma possível resposta.

O Senado dos EUA aprovou na quinta-feira, por ampla maioria, sanções contra a Rússia pela suposta interferência do país na eleição presidencial norte-americana, em 2016. O projeto de lei, que foi aprovado por 98 votos a 2, tem como alvo indivíduos russos acusados de corrupção e setores-chave da economia russa.

Putin disse que a Rússia seria forçada a fazer mudanças por causa da sanções, mas que isso não levaria a um "colapso". As penalidades foram criticadas pela Áustria e pela Alemanha por promoverem interesses econômicos dos EUA. Fonte: Associated Press.

EMBRAER PODE EQUIPAR A FORÇA AÉREA AMERICANA COM O AVIÃO SUPER TUCANO



Estados Unidos avaliam avião Super Tucano da Embraer

Estadão Conteúdo









O avião de ataque A-29 Super Tucano, da Embraer Defesa e Segurança (EDS), será avaliado em julho pela Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), para substituição do jato A-10 Javali na frota de ações contra alvos no solo. Os ensaios serão conduzidos no complexo de Holloman, no Novo México. A observação ainda não é um programa, todavia, especialistas militares americanos estimam que um futuro pacote, a ser definido nos próximos anos, possa abranger mais de 120 unidades, valendo acima de US$ 1,2 bilhão.

O convite é importante para a Embraer. A demanda por aeronaves da classe do Super Tucano está em crescimento na Ásia, África, Oriente Médio e América Latina. O convite do Pentágono é fator de prestígio, e eventualmente um bom argumento comercial, em um segmento avaliado em US$ 3,5 bilhões, envolvendo encomendas potenciais de 300 aeronaves. O principal produto militar da companhia já atua regularmente na aviação do Afeganistão, Angola, Brasil, Burkina-Fasso, Chile, Colômbia, Equador, Indonésia, EUA, Líbano, Mauritânia, Mali e Republica Dominicana.

O viés do estudo OA-X (Conceito de Observação e ataque na sigla em inglês) é definir os benefícios do uso de um modelo novo, de baix0 custo, e que não requeira desenvolvimentos para fornecer o apoio tático à tropa, em missões em ambiente de baixo risco - por exemplo, onde as defesas antiaéreas estiverem limitadas a metralhadoras ou mísseis disparados do ombro de um soldado.

O modelo examinado deverá ter, ainda, capacidade para receber acessórios que permitam realizar voos de coleta de informações de inteligência. A análise considera uma solução em dois vieses: a compra de uma aeronave para fazer esse trabalho mais leve, associada à modernização de uma parte da frota do A-10, providência capaz de estender a vida útil do pesado e caro Javali até ao menos 2035.

O ágil turboélice A-29 não está sozinho na OA-X. A USAF convidou também as empresas Beechcraft, com o AT-6 Wolverine - muito parecido com o Super Tucano -, e a Textron Airland, por meio do Scorpion, o único jato do grupo. A preocupação das autoridades americanas com o gasto operacional é grande. Uma hora de voo do A-10 não sai por menos de US$ 17 mil. O novo F-35 Lightning exige entre US$ 35 mil e US$ 42 mil. A despesa com o Super Tucano, pelo mesmo tempo de emprego, fica na faixa entre US$ 1 mil e US$ 1,5 mil. "O nosso produto é a solução ideal para a USAF porque é especialmente adequado para o tipo de missão pretendido", disse Jackson Schneider, presidente da EDS.

Com uma vasta lista de admiradores e volumosa ficha de sucesso em combate, o Javali, entrou em operação há 40 anos - ainda é eficiente, mas ficou velho. A rigor, o A-10 foi desenhado em torno do maior canhão embarcado de sua classe: o GAU-8 Vingador, um gigante de 300 kg, 6 metros de comprimento e 7 canos rotativos de 30 mm. A arma é um metro mais comprida que o Mercedes Benz S/500L, um dos maiores sedãs do catálogo da fabricante alemã.

Sucessão

A Comissão das Forças Armadas do Senado dos EUA quer que a desmobilização comece já em 2017 no âmbito de um corte proposto de despesas da aviação militar da ordem de US$ 4 bilhões. Não é tão simples.

"O A-10 é muito bom no que faz", diz o ex-piloto ‘Bock’ Martin, lembrando que nas duas guerras do Iraque, em 1991 e 2003, "foram cumpridos mais de 4 mil ataques com os Javalis - o índice de êxitos foi superior a 94%, um recorde - fica difícil tirar do ar um recurso eficiente assim". O problema é que o A-10 não tem sucessor claro. A solução mais prática para o problema, de acordo com os consultores do Pentágono, é submeter a um amplo programa de modernização de 173 exemplares extraídos da atual frota pronta para uso, cerca de 290 unidades - 160 delas compondo esquadrões em permanente mobilização.

Esse conjunto permaneceria engajado nas tarefas mais pesadas. As missões mais leves caberiam a uma outra aeronave, entre as avaliadas na OA-X. Leve vantagem para o A-29 Super Tucano, da EDS.

Considerado o melhor de sua classe em produção no mundo, com 200 aviões produzidos, e uso regular em 13 países contra insurgentes, no trabalho de apoio aproximado da tropa em terra, o A-29 leva a vantagem de já ter sido escolhido uma vez pelo Departamento de Defesa dos EUA e de já estar sendo fabricado em território americano. Mais do que isso: o avião brasileiro é citado nos EUA em todos os principais estudos a respeito da troca do A-10 como opção para atender ao segundo viés do empreendimento: "ataque leve em território hostil de baixo risco".

O Super Tucano foi selecionado pela Força Aérea dos EUA para ser comprado e repassado para a aviação do Afeganistão. O contrato, de US$ 428 milhões, cobre 20 aviões. Parte desse lote, 8 aeronaves, permanecerá em território americano servindo ao treinamento de pilotos na base de Moodys. Os 12 restantes já foram entregues estão sendo empregados para atingir alvos do Taleban, da Al-Qaeda e do Estado Islâmico. Entre janeiro e março de 2016 - único balanço oficial divulgado - foram realizados 260 ataques. Em apenas um deles 42 líderes radicais teriam sido eliminados, de acordo com o comando afegão de operações aéreas.

A linha de produção americana fica em Jacksonville, na Flórida. É dessa facilidade industrial, mantida em associação com o grupo Sierra Nevada Company, que saem outras encomendas intermediadas em Washington, como os seis Super Tucanos comprados em novembro de 2015 pelo Líbano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

TEMER E AÉCIO COMPLICADOS NA JUSTIÇA FEDERAL

Semana decisiva para Aécio e Temer no Supremo

Tatiana Moraes









CORRUPÇÃO – Temer deverá ser acusado pelo MPF por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução de justiça

Os próximos dias serão turbulentos para Aécio Neves (PSDB) e Michel Temer (PMDB). A primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) analisa amanhã pedido de prisão do senador, reiterado pelo procurador- geral da República Rodrigo Janot na semana passada. Quando consultada, a primeira turma manteve a prisão de Andrea Neves, irmã do senador, fato que pesa contra o parlamentar. Além disso, ainda nesta semana deve ser apresentada ao STF denúncia envolvendo o presidente no caso da JBS . Antes, o texto será apreciado pela Câmara dos Deputados, cujo presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é aliado de Temer.
Ao chegar na Câmara, a acusação contra Temer será encaminha à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), encabeçada pelo mineiro Rodrigo Pacheco (PMDB). É ele quem nomeia o relator do caso.
Se quando candidato à Prefeitura de Belo Horizonte Pacheco usava a proximidade com o presidente para arrecadar votos (afinal, a aliança poderia auxiliá-lo na gestão da capital mineira), agora os ânimos parecem mais exaltados.
Questionado na semana passada sobre a escolha do relator, ele disse que não aceitaria interferência do governo na nomeação.
Enquanto isso, as reformas da Previdência e trabalhista, bandeiras levantadas pelo governo Temer como necessárias para a recuperação econômica, ficam travadas. O cientista político Lucas Cunha ressalta que a delação da JBS pode ser crucial para o engavetamento das propostas. Afinal, parte dos aliados de Temer deixou o governo. E a relação com o PSDB, de Aécio Neves, está estremecida.
No começo de junho, o PMDB chegou a mandar um recado duro para os tucanos: se o PSDB desembarcasse do governo, os peemedebistas romperiam com o partido as alianças para 2018. O apoio do PMDB a um candidato do PSDB, caso Temer fosse afastado e eleições indiretas fossem convocadas, também estaria descartado.
O PMDB também estaria irritado com o fato de os advogados dos tucanos continuarem sustentando a tese de impeachment da chapa Dilma-Temer junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Nos bastidores, Aécio e Temer negociaram a permanência dos tucanos na base. A aliados, o senador afirmou que desejava que a situação ficasse como está. Hoje, o PSDB tem quatro ministérios no governo.
A ameaça deu certo. Apesar de um racha no partido, os tucanos permaneceram na base sob a justificativa de que abandonar o governo poderia prejudicar a aprovação das reformas. Além disso, o rompimento com o PMDB poderia prejudicar o senador mineiro.
A leitura é simples: um racha com o PMDB poderia fazer com que Aécio, supostamente envolvido na “Lava Jato”, fosse cassado. Juntos, peemedebistas e tucanos são a maior bancada do Congresso.



quarta-feira, 14 de junho de 2017

INCÊNDIO EM LONDRES CAUSA MORTES E VÍTIMAS



Incêndio em edifício residencial em Londres deixa ao menos seis mortos e mais de 70 feridos

Agência Brasil










O incêndio no edifício residencial Grenfell, de 27 andares em Londres, deixou nesta quarta-feira (14) ao menos 6 mortos e aproximadaemnte 76 feridos. A causa do fogo ainda é desconhecida, confirmou a representante dos serviços de bombeiros da capital, Dany Cotton. A informação é da Agência EFE.
Em declaração à imprensa, Cotton não pôde dizer ainda o número exato de mortos em consequência do incêndio, de enormes dimensões, que começou às 0h15 (horário local, 21h15 de terça-feira em Brasília) na torre Grenfell, entre o bairro de Kensington e Notting Hill.
"Trata-se de um incidente sem precedentes. Nos meus 29 anos como bombeiro, nunca vi nada dessa magnitude", afirmou Cotton sobre o acidente. Cerca de 200 bombeiros, com o uso de 40 caminhões, trabalham no local.
O serviço de ambulâncias confirmou que pelo menos 50 pessoas ficaram feridas e tiveram que ser levadas a cinco hospitais da capital britânica.
Segundo o líder do distrito de Kensington e Chelsea, Nick Paget-Brown, no momento em que começou o incêndio, havia no edifício "centenas de pessoas", mas esse número ainda não foi confirmado pelas autoridades.
Pelo menos 20 ambulâncias foram enviadas às imediações do edifício, que conta com 120 apartamentos nos quais se estima que viviam cerca de 500 pessoas, muitas delas famílias jovens.
A Polícia Metropolitana de Londres informou, em sua conta no Twitter, que várias pessoas estão sendo atendidas devido a ferimentos diversos e à inalação de fumaça, ao mesmo tempo em que se tenta resgatar as que ainda continuam dentro da torre.



AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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